sexta-feira, 2 de agosto de 2024

 

Imagem acima:

- Mapa de levantamento territorial – 1940

- Reimpresso, com alterações – 1954

(Arquivo Histórico Antônio Soares da Fonseca - Gravataí – RS)

- No mapa lê-se a palavra “Cachoeira” ao lado da ponte sobre o Rio Gravataí (referência a antiga queda d'água), logo à frente a conhecida “Villa da Cachoeirinha” distrito de Gravataí (atual Município de Cachoeirinha).

___Neste aparece o primeiro núcleo urbano a chamada Vila Imbuí.

___Com as ruas da direita para esquerda:

·         Rua Tamoyos,

·         Rua Tabajara,

·         Rua Tupy (atual Papa João XXIII),

·         Rua Tapajós,

___Do lado contrário da Estrada Flores da Cunha:

·         Rua Amapá,

·         Rua Rio Branco.

___A este núcleo após foram abertas:

·         Rua Gravatay,

·         Rua Imbuy,

·         Rua Guarany,

·         Rua Clóvis Pestana,  

·         Rua Ruy Ramos,

___Do lado contrário:

·         Rua da Quitandinha,

·         Rua Brochado da Rocha,

·         Rua Dona Cecília.


CACHOEIRINHA

Cachoeirinha

I tu cum issu

15 de Maio de 1966 
Emancipação

Anos de Bons Serviços
Bem Vindo 

Cachoeira

Cachoeirinha

Villa da Cachoeirinha

Distrito de Cachoeirinha

Cidade de Cachoeirinha


Noiva do Vale do Gravataí

Cidade do Leite


Pórtico de Cachoeirinha

Monumento do Rotary após a ponte

___Muito se escreve sobre a História de Cachoeirinha, mas é inegável que ainda somos carentes de obras abrangentes sobre a formação e evolução da região, das comunidades, da cidade, do pitoresco, seu estado, em seus aspectos sociais, urbanísticos, políticos, econômicos e ambientais. A carência é ainda maior quando se trata de trabalho de difusão do conhecimento histórico, da Cidade, no Estado, e seu contexto no cenário Nacional e Mundial, que transcendem os meios acadêmicos para alcançar camadas mais amplas da população, principalmente às novas gerações. 

___Um dos princípios que orientam as ações em Cachoeirinha é o compromisso com a Qualidade de Vida, com a melhoria do bem-estar e das condições sócio econômicas dos moradores através da Participação Popular diante da eterna busca da Felicidade com Sustentabilidade.

___Conhecer a própria história é pressuposto básico para a cidadania, tem hoje no dado cultural um dos seus indicadores mais importantes.

___Acredito que este trabalho de resgate esteja à altura da trajetória dos fundadores que buscaram pela Civilidade, a, a preocupação com a Cultura e preservação do Meio Ambiente.

___Historicamente, a 'Cachoeirinha' integra um espaço dos Povos Originários, da vinda para o território de espanhóis, até a ocupação portuguesa que remonta ao “período colonial”, mas somente nas primeiras décadas do século XIX a região foi ocupada com a instalação da “Fazenda dos Baptista”, mas a cidade tem uma ligação direta com o município mãe Gravataí (Aldeia dos Anjos) e a capital Porto Alegre, e suas decisões.

J. Muller

Cachoeirinha

Estado do Rio Grande do Sul

Brasil


Centro Novo – Vila Eunice

Município de Cachoeirinha

Emancipação: 15 de Maio de 1966

Gentílico:        Cachoeirinhense ou “Cachoeirinha”


___Dentro da história de Cachoeirinha compreende a ocupação de áreas de cultivo de hortifrutigranjeiros, plantação de eucaliptos, criação de gado e uma produção voltada para a atividade leiteira, levando o município a ser reconhecido como “Cidade do Leite”.

___Cachoeirinha com milhares de habitantes é uma das cidades mais desenvolvidas da região.

___Possui importantes indústrias como:

Companhia Souza Cruz (uma das maiores fábricas de cigarros da América do Sul),

Jimo (indústria química),

Parks (importante fabricante de modens digitais e ADSL),

Conservas Ritter (a mais antiga indústria da cidade),

Trafo Equipamentos Elétricos, junto a um comércio e serviços diversificados.



O Nome 

Terras da Cachoeirinha
Estância da Cachoeirinha ou Cachoeira

Villa Cachoeirinha

Distrito de Cachoeirinha

Município de Cachoeirinha

___A origem do nome Cachoeirinha provém por existir uma “pequena cachoeira” situada entre 13 km da antiga ponte de ferro (1925) sobre o Rio Gravataí.

___Essa “cachoeirinha”, como era chamada, aparecia mais acentuadamente em época de estiagem e impedia a navegação no rio até a cidade de Gravataí.

___Por determinação do Governo do Estado começaram a dragar o Rio Gravataí, para facilitar a navegação de embarcações maiores, e dinamitaram as pedras que formavam a famosa "cachoeirinha", desaparecendo o acidente geográfico que explica a origem do topônimo.
Nota:

- Vale lembrar que até a metade do século XX, no município e arredores, o meio de transporte mais utilizado eram as Gasolinas (barcos de pequeno porte) providas de motor, que circulavam pelo Rio Gravataí.


Títulos

___A Cidade de Cachoeirinha tem dois títulos:

Noiva do Vale do Gravataí

___O Rio Gravataí é um curso de água que banha o estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. ___Por sua ligação direta com o Rio Gravataí e também ser o município mais jovem do vale, é proclamada como “Noiva do Vale do Gravataí”.

Cidade do Leite

___Inicialmente, a economia de Cachoeirinha estava baseada no cultivo de hortifrutigranjeiros e na criação de gado, destacando-se, sobretudo, pela produção leiteira, o “Tambo de Leite” que a levou a ser reconhecida como "Cidade do Leite".

Leiteiro de Porta a Porta

___Até o final da década de 1960, o “leiteiro” entregava o leite em garrafa de vidro, de porta em porta toda a manhã, onde era deixado o valor de pagamento semanal.


Primeiro Slogan

___Na década de 1970, foi criado o slogan em formato de adesivo "Cachoeirinha i tu cum issu", para tirar o estigma que o município tinha de “cidade dormitório”, pobreza e sem desenvolvimento.

Cachoeirinha I Tu Cum Issu


Poema

“Canções de amor, água na fonte. 

- É Cachoeirinha, logo ali, 

Cruzando a ponte”.


Rio Gravataí

___Cachoeirinha tem uma ligação muita próxima com o Rio Gravataí, que corta o município e o divide em dois.

O rio serpenteia a sua Noiva

___O Rio Gravatahy ou Gravataí forma-se no Banhado Grande, que abrange os atuais municípios (2024) de Santo Antônio da Patrulha, Glorinha, Gravataí, Cachoeirinha, Alvorada e Viamão.

___Este banhado recebe as águas de toda a bacia hidrográfica compreendida nestes municípios, se situando entre a Serra Geral e a Coxilha das Lombas.

___Deságua no Delta do Jacuí, um conjunto de canais, ilhas e pântanos, a partir do qual, forma o Lago Guaíba. A partir do Guaíba as águas seguem para a Lagoa dos Patos e, daí, por seqüência, para o Oceano Atlântico.

Afluentes

___Os principais afluentes do Rio Gravataí no Banhado Grande são:

·         Arroio Miraguaia,

·         Arroio Chico Lomã, em Santo Antonio da Patrulha;

·         Arroio Passo Grande, em Glorinha;

·         Arroio Passo do Pinto na divisa Glorinha-Gravataí,

·         Arroio Sanga da Porteira,

·         Arroio do Vigário,

·         Arroio Alexandrina, em Viamão.

___Temos também a importante contribuição das vertentes das do Arroio Águas Claras, no município de Viamão.

___Fora da área do Banhado:
Em Gravataí:

·         Arroio Demetrius, também chamado de “Arroio Passo dos Ferreiros”, principal afluente do Rio Gravataí (tem sua nascente no município de Taquara).

·         Arroio Barnabé (tem sua nascente no Morro Itacolomi).

Em Alvorada:

·         Arroio Águas Belas,

·         Arroio Passo do Feijó, como os mais expressivos neste município.

Água para Abastecimento

___O Rio Gravataí é a principal alavanca para o desenvolvimento de toda a região. Deste “manancial hídrico” é realizada a captação de água para o abastecimento público de quase um milhão de pessoas.

Água para as Demais Atividades

___A água que abastece as indústrias dos mais diversos ramos é retirada do Rio Gravataí, assim como as lavouras de toda a região da bacia, a criação de gado, as atividades de lazer e recreação são abastecidas pelas águas deste manancial hídrico.

Descrição da Área

___A sub-bacia hidrográfica do Rio Gravataí possui uma área de 2.200 Km², o que corresponde a 2,6% da área da bacia hidrográfica do Guaíba, incluindo, total ou parcialmente, os municípios de Santo Antônio da Patrulha, Taquara, Glorinha, Gravataí, Alvorada, Viamão, Cachoeirinha, Canoas (zona Sul) e Porto Alegre (parte da zona Norte).

___O sistema de drenagem é formado por três conjuntos de comportamentos hidráulicos distintos: - nascentes, Banhado Grande e curso inferior (ou Rio Gravataí propriamente dito).

___As nascentes são constituídas por vertentes íngremes no divisor de águas com o Rio dos Sinos, em altitudes de até 400 m, recolhendo as precipitações e despejando no Banhado Grande.

___O Banhado Grande, que atua como regulador de vazão, originalmente ocupava uma área de 450 km², sendo reduzido para apenas 50 km², em função do uso da água para “irrigação das culturas de arroz”.

___O Rio Gravataí possui um trecho em canal artificial, construído pelo DNOS na década de 1960, iniciando ao final do Banhado Grande até próximo da Olaria Velha (Cachoeirinha), percorrendo cerca de 20 km.

___O Rio Gravataí é um rio de planície, de baixa velocidade, sinuoso e com muitos meandros. ___Ao longo do seu curso, de 34 km desde o Passo dos Negros até o Delta do Jacuí, a profundidade, a largura e a velocidade da corrente são variáveis, mesmo considerando curtas distâncias. No seu trecho inferior ocorre o fenômeno de inversão de correntes, em função da influência do Delta do Jacuí.

___Os efeitos do regime pluviométrico da região Sul refletem-se na vazão do Rio Gravataí, determinando um período de cheia no inverno e um de estiagem no verão. Baseados nos dados das vazões medidos pelo DNAEE no período de 1939 à 1989, na Estação de Campo Bom (Rio dos Sinos) definiu-se o período de estiagem (novembro a maio) e o período de chuvas (junho a outubro).

___A área da bacia do Gravataí apresenta duas regiões com características de ocupação distintas: - predomínio da atividade agropecuária na área superior, banhados, e predomínio do uso urbano-industrial no curso inferior do rio. Os usos predominantes das águas são para irrigação de lavouras de arroz (entorno do Banhado Grande e canal do DNOS) e o abastecimento público no curso inferior, além de servir como corpo receptor de grande carga de despejos domésticos e industriais.

Carga Poluidora

___Segundo levantamentos da FEPAM (Cargas Poluidoras Lançadas nos Corpos Hídricos do Estado do RS, 1997), as indústrias da sub-bacia do Gravataí geram uma carga orgânica bruta de aproximadamente 2.516 ton/ano de DBO, mas com o tratamento implantado nas indústrias, a carga remanescente lançada é de 1.100 ton/ano de DBO.

___Quanto aos esgotos domésticos, a carga orgânica gerada é de 19.524 ton/ano de DBO.


Cachoeirinha – Sua História

Cronologia 

Antepassados

Primórdios

Povos Originários

___Antes da chegada dos espanhóis e portugueses ao Continente Perdido de São Pedro, a região era habitada por Povos Originários designados equivocadamente de “Índios” pelos europeus.

___Os principais grupos que aqui viviam eram:

·         Minuano,

·         Charrua,

·         Tape,

·         Coroado,

·         Arachane,  

·         Carijó.

___O Norte do território foi ocupado por um grupo de origem que foi designado como Guaianás, mas também era chamado de Botocudos ou Coroados, e, por último, de Kaingángs.

___Os Guaranis que habitavam os Vales do Taquari e do Jacuí eram designados de Tape.

___Os Guaranis do litoral Norte ficaram conhecidos como Carijós.

___Os que viviam nas áreas da várzea da Laguna dos Patos eram conhecidos como Arachane.

___Os Minuanos e Charruas que viviam no Sul do estado eram os dois únicos grupos autóctones da região.

Nota:

___Desde os tempos pré-coloniais que os reinos de Portugal e Espanha avançavam um no território de outro.

Brasil Colônia 

Século XVIII

1736

Estrada dos Tropeiros

Por volta de 1736, nas terras do Sul do atual Brasil, é aberta por Cristóvão Pereira de Abreu a longa Estrada dos Tropeiros, que se dirigia até Sorocaba (São Paulo).

Estrada dos Tropeiros – Patrulha

___Devido ao contrabando de gado que passava por essa estrada, surgiu um “Registro” ou "Guarda", mais tarde chamada “Patrulha” (origem da atual Santo Antonio da Patrulha).

___Essa fiscalizava e cobrava os impostos dos rebanhos que passavam por ali e seguiam para Sorocaba (São Paulo) e as Minas Gerais.

1750

Tratado de Madrid

Em 1750, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Madrid, estipulando que Portugal devolveria a Colônia do Sacramento (no Uruguai), fundada em território espanhol em troca dos Sete Povos das Missões, mais a Nordeste.

___Para povoar os Sete Povos das Missões, os portugueses trariam colonos do densamente povoado arquipélago dos Açores.

Tratado de Santo Ildefonso 

___Como consequência do acordo e do posterior Tratado de Santo Ildefonso (1777), os Guaranis que habitavam os Sete Povos das Missões deveriam deixar a região.

Guerra Guaranítica

___Os “índios” não aceitaram abandonar as terras espanholas no território das Missões, teve início a Guerra Guaranítica.

___Em consequência da guerra, milhares de “índios” fugiram para o território português, estabelecendo-se nas imediações do Rio Pardo, atualmente Rio Santa Maria.

Coroa Portuguesa 

Sesmarias

Nesta época, ao expandir seus domínios para o Sul da América, a Coroa Portuguesa concedia “cartas de sesmarias” a quem já habitava a região, com o intuito de povoá-la. 

Sesmeiro – Pedro Gonçalves Sandoval

___Pedro Gonçalves Sandoval, natural de Lima (Peru), recebeu a “primeira sesmaria”, pois já habitava o chamado Rincão de Gravathay, nos Campos de Viamão.

Sesmeiro – João Lourenço Veloso 

Neste período, o capitão João Lourenço Veloso também recebeu sua “sesmaria”, dando posse das terras que habitava no Rincão de Gravathay, mais a Nordeste, próximo ao Morro Itacolomi.

Aldeia dos Anjos – Terras  

___Parte dessas terras seria comprada pela Coroa Portuguesa para assentamento da então Aldeia dos Anjos.

___Era o primeiro “arranchamento da aldeia”, transferido posteriormente para as atuais terras centrais de Gravatahy.
1762

Aldeia dos Anjos – Povoação

Em 1762, desse contingente de refugiados, cerca de mil “índios” Guarany foram trazidos, pelo capitão Antônio Pinto Carneiro para as proximidades do Rio Gravathay, dando início a povoação da então Aldeia de Nossa Senhora dos Anjos e terras da futura Villa da Cachoeirinha”, tendo a pecuária e a agricultura como atividades predominantes. 
Nota:

- A Aldeia dos Anjos já existia de fato antes de sua data oficial de fundação, em 08 de abril de 1763.

- Com a confusão gerada pela Guerra Guaranítica, os colonos açorianos que originalmente seriam assentados nos Sete Povos das Missões tiveram que ocupar outras áreas (Vale do rio Jacuí (centro do estado) e o Vale do rio Gravathay).

José Marcellino de Figueiredo

Aldeamento

___José Marcellino de Figueiredo urbanizou o aldeamento, construindo escolas, olarias e moinhos.

Aldeia dos Anjos

José Marcellino – Aldeia dos Anjos – Índios  

___Os cerca de 1.000 índios Guarany/Tapes, “mestres” em diversas áreas, foragidos das Missões Jesuíticas do Rio da Prata (atual Uruguay), foram estabelecidos na Aldeia dos Anjos (Gravatahy) por Marcellino de Figueiredo.

___O governador fez aprender a “cultura do trigo” a que mais tarde se dedicaram.

Rafael Pinto Bandeira 

Rafael Pinto Bandeira – Herói 

Em 2 de janeiro de 1765, atendendo aos seus méritos, o vice-rei o promoveu ao posto de tenente para servir na Companhia de Dragões comandada por seu pai, já capitão.

___Participou ativamente da luta de reconquista de Rio Grande e seus grandes feitos foram a tomada do Forte São Martinho (posto avançado dos Sete Povos das Missões, considerado inexpugnável por causa do terreno escarpado) e o sítio ao Forte de Santa Tecla (próximo à atual cidade de Bagé-RS), onde, após 26 dias de cerco, a guarnição espanhola capitulou, sob condições, retirando-se para Montevidéu. As muralhas de Santa Tecla foram totalmente arrasadas.

___Por essa época, Porto Alegre firmou-se como sede da governança militar de São Pedro do Rio Grande.

___A notícia da tomada de Santa Tecla chegou a Lisboa com vibrante júbilo, resultando na promoção de Rafael ao posto de coronel (comandante da Legião de Tropas Ligeiras) e na concessão do hábito da “Ordem de Cristo”.

1771

Pôrto – Estaleiro

Em 08 de outubro de 1771, os artesões do maior estaleiro do Rio Guaíba realizam um grande feito, lançaram n’água a fragata São José e Belona.

___Era o primeiro grande barco totalmente feito aqui. O Porto dos Casais fez uma grande solenidade, desceram todas as autoridades de Viamão.

José Marcellino – Chamado para o Rio de Janeiro

___José Marcellino Figueiredo vai embora, chamado pelo vice-rei ao Rio de Janeiro.

Novo Governador

Em 25 de outubro de 1771, assume outro governador do Território de São Pedro da Capitania o Tenente-coronel Antonio da Veiga Andrade.

1772

Aldeia dos Anjos – Tropeiros

___A Aldeia de Nossa Senhora dos Anjos, caminho de “tropeiros”, começou a se desenvolver.

Pôrto (Porto do Viamão/Porto Alegre) – Freguesia 

Em 26 de março de 1772, no Pôrto (Porto dos Casais), a história de “Porto Alegre”, capital da Capitania de São Pedro do Rio Grande, no Brasil, inicia oficialmente, quando o povoado primitivo foi elevado à condição de “Freguesia”.

___A primeira boa notícia que os “casais açorianos” receberam em 20 anos acampados a margem do Guaíba foi que Dom Antonio do Desterro, do bispado do Rio de Janeiro, havia assinado pastoral, transformando o povoado do Porto dos Casais (Porto Alegre) em “Capela” ou Freguesia de São Francisco das Chagas do Porto dos Casais, desmembrada da Villa de Viamão.

Freguesia:

- Era uma divisão territorial que tinha como sede um povoado com uma igreja matriz e diversas capelas disseminadas em sua área geográfica.

- A igreja matriz registrava os batismos, casamentos e óbitos.

Posse da Terra

___Agora o povoado começaria a solucionar seus problemas, haveria a instalação de serviços públicos e sonhar com a denominação de “Villa”. Mas o principal era resolver a questão da “posse da terra”.

1773

Porto Alegre

Pôrto (Porto Alegre) – Paróquia

Em 18 de janeiro de 1773, no Brasil, o bispo Dom Antônio do Desterro, bispo do Rio de Janeiro, tendo sido mudado seu orago, substitui a invocação de “São Francisco das Chagas” pela de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre, elevando o povoado à categoria de “Paróquia”, assim muda para Freguesia Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre.

José Marcellino – Transformar o Pôrto em Villa e Capital

___José Marcellino de Figueiredo no Rio de Janeiro continuava com a ideia de transformar o Porto dos Casais em “Villa e Capital”, foi ele que convenceu o Bispo e o Vice-Rei Marquês de Lavrádio, da importância estratégica e militar do povoado.

José Marcellino – Governador

Em 11 de julho de 1773, José Marcellino de Figueiredo retorna novamente como governador da Capitania de São Pedro do Rio Grande, dias depois envia ofício a Câmara em Viamão.

Ofício a Câmara de Viamão

Em 25 de julho de 1773, de Porto Alegre José Marcellino de Figueiredo envia Ofício a Câmara no Arraial do Viamão, informando os “Senhores juízes ordinários e mais offecciais da Câmara deste Continente do Rio Grande”, a mudança da capital para Porto Alegre.

___E, logo adiante, ordenava que os “juízes ordinários da Câmara de Viamãotambém se mudassem para o Pôrto. 

___Neste que foi o “primeiro documento oficial” da Freguesia de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre, com um pouco mais de um ano era elevada a capital.

Resistencia de Viamão

___Houve resistência dos membros da Câmara, por um mês; mas o governador Marcellino de Figueiredo mandou prende-los.

___Acabaram cedendo.

Última Sessão da Câmara em Viamão

Em 29 de agosto de 1773, é realizada a última sessão da Câmara na Villa de Viamão, onde a última ata, o Termo de Vereança lavrado em Viamão conta com toda a clareza a intimação para mudança da capital que determinava a transferência da Câmara para o Porto, devido à ordem do Governador.

Terceira Capital da Capitania

___A Câmara se mudava para a Freguesia (Villa) de Porto Alegre, a terceira capital da Capitania de São Pedro:

·         Rio Grande (até 1763),

·         Viamão (até 1773).

·         Porto Alegre (de 1773 em diante)

___O Porto foi à capital da “Capitania, Província e Estado”, com a exceção de um período durante a Revolução Farroupilha, que a capital voltou a Rio Grande na Barra Sul.

Porto Alegre – Primeira Sessão da Câmara

Em 06 de setembro de 1773, em Porto Alegre, o poder civil foi instalado oficialmente quando promoveu a “primeira sessão solene” da Câmara.

___Os primeiros sinais de prosperidade fincam raiz na Freguesia.

1776

Guerra Portugal – Espanha

Porto Alegre – Acampamento Militar

Em 1776, Porto Alegre se transformaria em um formigueiro, 7.000 soldados circulavam entre a sede do Governo e a Laguna dos Patos, passando pela Estrada dos Tropeiros e a Aldeia dos Anjos.

___Acamparam no Largo da Quitanda (atual Praça da Alfândega), onde não havia mais lugar, era tanta gente que o próprio governador José Marcellino de Figueiredo reclamou dos gastos com os soldados:

- “Come muito. - Dão muita despesa”.

Expulsar os Espanhóis

___Este contingente militar enviado pelo Marquês de Lavradio, para expulsar os espanhóis de São Pedro do Rio Grande, aqui se formou o “primeiro exército luso-brasileiro, com soldados de todas as Capitanias.

Maior Operação Bélica do Brasil

Em 07 de abril de 1776, em Porto Alegre, com suas ações planejadas pelo governador José Marcellino de Figueiredo e Bohm, a “Villa de Rio Grande” no Sul da Capitania foi retomada dos espanhóis, assim como a margem direita da Lagoa Mirim e o Canal de São Gonçalo.

___Esta foi à “maior operação bélica do Brasil Colônia”, executada pelo “primeiro Exército Luso-Brasileiro” até então formado.

1777

Em 1º de outubro de 1777, a paz entre Portugal e Espanha se fez com o Tratado de Santo Ildefonso.

___Com a “Paz”, a rotina voltou a extensa Freguesia de Porto Alegre e a sua Aldeia dos Anjos.

1778

Freguesia do Pôrto de Porto Alegre

Acrópole Militar

Entre 1773 e terminou em 1778, são levantadas fortificações, não foi por acaso que os poderes da Freguesia do Pôrto de Porto Alegre foram instalados na parte mais alta do “espigão na península”, em uma Acrópole, como na Grécia antiga.

___Da mesma maneira que a Colônia de Sacramento (no Uruguay), Porto Alegre nasceu com o objetivo Militar e Fortificada, seguindo as peculiaridades do terreno por ser mais econômico.

1784

Rafael Pinto Bandeira – Governador Militar

Em 25 de janeiro de 1784, ao Tratado de Santo Ildefonso seguiu-se a demarcação de limites, em operação conjunta dos dois países. O governador militar, brigadeiro Veiga Cabral, foi indicado como 1º Comissário de Portugal e em função disso teve de ausentar-se de Porto Alegre.

___Em seu lugar, a governança foi assumida interinamente por Rafael Pinto Bandeira, tendo sido ele o “primeiro rio-grandense” a ascender a tão alto cargo.

1788

Rafael Pinto Bandeira – Casamento

Dona Josefa Eulália de Azevedo e Souza

Em 02 de abril de 1788, o Brigadeiro Rafael Pinto Bandeira casou pela segunda vez, já com 47 anos de idade, com Dona Josefa Eulália de Azevedo e Souza, natural da Colônia do Sacramento (Rio da Prata), que viera com seus pais José de Azevedo e Souza e dona Bernardina do Espírito Santo Duarte e mais onze irmãos, para a “Via do Rio Grande” em virtude do tratado de 1777.

·         Rafael Pinto Bandeira, filho de Francisco Pinto Bandeira (*1701, Laguna-SC; †15.6.1771, Rio Pardo-RS), capitão de dragões, e

·         Clara Maria de Oliveira (*1720, Colônia Sacramento; †1º.01.1781, Porto Alegre-RS), casados em Rio Grande-RS em 1738, nasceu na hoje cidade de Rio Grande-RS, em 16 de dezembro de 1740 provavelmente.

Rafael Pinto Bandeira

___Dotado de prodigiosa acuidade visual, Rafael Pinto Bandeira era o típico vaqueano, guardando na memória os rios, as serras, as cruzadas de todo o Continente de São Pedro. Rafael Pinto Bandeira – Lenda Viva

___Surgiu daí a lenda, originada da supersticiosa adoração que seus soldados lhe devotavam, de que Rafael, mesmo a qualquer hora da noite mais tenebrosa, podia orientar-se unicamente provando o sabor dos pastos e ervas.

___O Marquês de Lavradio, em carta ao vice-rei Vasconcelos, enfatizava:

"A cabeça de Rafael é o verdadeiro mapa do Rio Grande”.

Rafael Pinto Bandeira – Segundo Casamento

___Desse segundo matrimônio houve o casal uma filha - Dona Rafaela (que passou à História com o apelido de "Brigadeira") - que foi casada com o Coronel Vicente Ferrer da Silva Freire, um dos primeiros habitantes do atual município de Canoas e proprietário de uma chácara em Porto Alegre, na zona no alto do espigão (Praça D. Feliciano entre as ruas Pinto Bandeira e Coronel Vicente, até o Caminho Novo).

1794

Cultura do Trigo

Em 1794, a produção de trigo junto às várzeas de Porto Alegre cresceu tanto que começou a exportar, plantava-se por todas as direções.

___Nas cercanias, os colonos aplicavam-se na agricultura e criações várias para mantimento dos cidadãos, com primazia para a produção de trigo e farinha.

Chácara da Brigadeira

___O local era conhecido por "Chácara da Brigadeira", em Porto Alegre, pois ali residiu Dona Rafaela filha de Rafael Pinto Bandeira, após a morte do marido.

1795

Rafael Pinto Bandeira – Morto

Em 09 de janeiro de 1795, em Rio Grande-RS, faleceu Rafael Pinto Bandeira.

___Seus despojos encontram-se na Matriz daquela cidade, à esquerda de quem entra, numa tosca urna de madeira.

Fazenda Cachoeira

___Com a morte de Rafael Pinto Bandeira, Dona Josefa Eulália de Azevedo e Souza foi a herdeira das terras na futura Fazenda Cachoeira (futura Cachoeirinha).

Estrada do Passo d`Areia – Tropeiros  

No século XVIII, conhecida inicialmente como Caminho do Passo da Areia, era um dos segmentos da velha Estrada da Aldeia dos Anjos, que ligou a Villa de Porto Alegre ao povoado da Aldeia de Nossa Senhora dos Anjos de Gravatahy (atual município de Gravataí) e de lá até Santo Antonio da Patrulha.

___Esta estrada em terras de D. Josefa Eulália de Azevedo, por meio da pioneira, Alicinha Brigadeiro, por ser esposa do Brigadeiro Rafael Pinto Bandeira.

Nota:

- Uma estrada, vários nomes, a atual Rua 24 de Outubro em Porto Alegre, que iniciava nos altos do espigão, era chamada de Estrada da Aldeia dos Anjos, e era o caminho natural para aqueles que seguiam rumo a Gravatahy, à época conhecida como a “Aldeia dos Anjos”. Por ela passavam viajantes em mulas e cavalos, peões tocando a boiada, carreteiros transportando charque, arroz, feijão, batata, milho e hortaliças.

Século XIX
1809

Capitania Geral de São Pedro – Divisão Política

Em 07 de outubro de 1809, em Porto Alegre, a elevação da “Freguesia a Villa”, foi determinada também pela divisão política, sendo preciso fazer uma nova Provisão Real (o decreto da época), formalizando a Real Resolução de 27 de abril de 1809, proposto pelo governador Paulo José da Silva Gama ao Príncipe Regente de Portugal em carta de 04 de dezembro de 1803, na primeira divisão da recém denominada Capitania Geral de São Pedro (Rio Grande do Sul).

___A Provisão Real criou quatro municípios, instalados pelo governador D. Diogo de Souza em 1810 e 1811:

·         Porto Alegre (capital),

·         Rio Pardo (a Oeste),

·         Rio Grande (ao Sul), e

·         Santo Antônio da Patrulha (ao Norte).

Extensão inicial da Villa de Porto Alegre

___A área do antigo município de Porto Alegre se estendia de Camaquã até a atual Caxias do Sul, desmembraram-se mais de 80 dos atuais municípios gaúchos:

·         Até 1889, 13 municípios;

·         Até 1967, 57 municípios tinham se desmembrado da sede.

___Porto Alegre ficou (2011) como um dos menores municípios do Estado, com 522 km2.

Aldeia dos Anjos – Distrito
___Com a criação dos quatro primeiros municípios da Capitania de São Pedro, a então Aldeia dos Anjos alçou-se à condição de “distrito” de Porto Alegre.

1811

Ferrugem no Trigo

Em 1811, em Porto Alegre, abateu-se sobre a lavoura de “Trigo” (principal cultura) a “praga da ferrugem” e a produção da Capitania caiu para 180 mil alqueires, em relação aos 460 mil alqueires do ano anterior.

___A lavoura de trigo não se recuperou.

1812

Capitania de São Pedro do Rio Grande

Em 16 de dezembro de 1812, através de Alvará, Porto Alegre tornou-se “sede” da Capitania de São Pedro do Rio Grande, recém-criada, e cabeça da comarca de São Pedro do Rio Grande e Santa Catharina.

João Baptista Soares da Silveira e Souza 

1813

Terras da Cachoeirinha 

Em 1813, chega ao Brasil e ao Rio Grande de São Pedro o sr. João Baptista Soares da Silveira e Souza (1801-1870), natural da Ilha de São Jorge, Arquipélago dos Açores.

1814

João Baptista – Sesmaria

Em 1814, João Batista Soares da Silveira e Souza, nascido na Freguesia de Nossa Senhora do Rosário da Villa de Velas, na Ilha de São Jorge, Arquipélago dos Açores.

___ João Batista naquele momento residente na Aldeia Nossa Senhora dos Anjos (Gravatahy), reivindicou a administração colonial uma sesmaria de terras, 18 meses após sua chegada a região, primeiramente uma área na região do atual município de Sapucaia do Sul, mas acabou recebendo as terras as margens do Rio Gravatahy, a Estrada de Sapucaia, as “terras” dos Pachecos e o Arroio Brigadeiro (Arroio Barnabé), as quais compõem aproximadamente o território e os limites do Município de Cachoeirinha.

___João Baptista foi o primeiro a se estabelecer na região, que era estrada de “passagem de tropeiros”.

Família Baptista

Fazenda da Cachoeira

___Fixou residência na Fazenda da Cachoeira, sua propriedade tinha em torno de dois mil hectares.

___A casa está situada na Estrada Porto Alegre/Santo Antônio (atual Avenida Flores da Cunha, pda. 52, ao lado do INPS).

Brasil Reino

1815

Casa dos Baptista

Em 1815, construiu a sede da estância no estilo açoriano, a Casa dos Baptista, a sede é formada pela “Casa Grande, Senzala e Alfona”.

___O conjunto arquitetônico totaliza 761,10 m2.

Nota:

- Em 2011, apresenta ótimo estado de conservação, onde se pode ver uma construção que no passado serviu de senzala, e um galpão que foi uma atafona (local onde se produzia farinha de trigo).

Terras da Cachoeirinha
___Os 43,77 km² do atual município pertenciam ao coronel João Batista Soares da Silveira e Souza, e era um distrito da Aldeia de Nossa Senhora dos Anjos (Gravataí).

Brasil Império

1825

João Baptista – Aprovador

A partir de 1825, João Batista Soares da Silveira e Souza ocupou o ofício de Aprovador de Testamento da Aldeia Nossa Senhora dos Anjos.

1829

João Baptista – Juiz Suplente

Em 1829, elegeu-se como suplente de Juiz de Paz de Gravatahy, porém.

1833

João Baptista – Juiz Titular

Em 1833, com a morte do titular, assumiu efetivamente o cargo.

1837

João Baptista – Juiz de Paz Eleito

Em 1837, elegeu-se Juiz de Paz.

João Baptista – Construtor de Mil Escravos

___João Baptista foi um empreiteiro-construtor, rico proprietário de “MIL ESCRAVOS”, se dizia, - estes trabalhavam nas suas empreitadas, participando de construções da capital da província Porto Alegre do século XIX.

João Baptista – Comendador
___Pelos serviços prestados João Baptista Soares da Silveira e Souza recebeu o título de "Comendador".

1844

João Baptista – Obras do Empreiteiro

A partir de 1844, o já Comendador Batista destaca-se como empreiteiro em diversas obras públicas, como o aterro da Praça do Paraizo, a construção da Ponte de Pedra (Ponte dos Açores de Porto Alegre) do Rio Jacaraey (Riacho), do prédio da Bailante, do Theatro São Pedro, da Casa de Correção e de outras obras particulares importantes como o edifício Malakoff, que foi o “primeiro prédio de quatro andares” de Porto Alegre.

1845

Primeira Ponte – Rio Gravataí

Construída em Pedra

Aldeia dos Anjos – Cachoeirinha

Por volta de 1845, a principal obra construída na Aldeia Nossa Senhora dos Anjos foi a Ponte de Pedra em “estilo romano açoriano” com três vãos em arco (modelo da época) sobre o Rio Gravatahy, ligando sua propriedade e toda região a Porto Alegre.

___Esta foi a primeira ponte na 'Cachoeira ou Cachoerinha' sobre o Rio Gravatahy para facilitar o transito entre Porto Alegre e a Aldeia dos Anjos, pela Estrada do Passo da Areia, sob ordens do juiz de paz, político e empreiteiro João Baptista Soares da Silveira e Souza, o “Comendador Baptista”.

Pedágio – Ponte Rio Gravataí

___Quando acabara de ser erguida a ponte, o governo da Província estabeleceu ali, no Caminho entre Porto Alegre e Conceição do Arroio (atual Osório) um posto de arrecadação de impostos sobre os tropeiros que faziam a rota, para arrecadação.

___Mesmo com todos os esforços a arrecadação era ínfima.

— Os tropeiros buscavam partes mais rasas do rio para passar e evitar o posto de arrecadação, no Verão, no Inverno, quando da cheia anual do Rio Gravataí, ainda com seu curso praticamente intocado e a queda d'água da Cachoeira, tudo ficava alagado.

Guilherme Dias da Silva, historiador da Secretaria da Cultura de Cachoeirinha

Nota:

- A ponte foi demolida no início do século XX, para a construção da Ponte de Ferro.

1853

João Baptista – Vereador

Em 1853, o Comendador Baptista tomou posse como “vereador” em Porto Alegre, durante seu mandato teve diversas propostas rejeitadas, entrando em atrito com a Câmara quando tentou apropriar-se de Campos da Várzea do Rio Gravatahy.

1856

Situação do Pedágio na Ponte

Em 1856, no Relatório da Província, mostrava o fracasso na “cobrança do pedágio” na Ponte da Cachoeira (Cachoeirinha).

1860

João Baptista – Arranha-Céu

Em 1860, em Porto Alegre, o empreiteiro João Batista Soares da Silveira e Souza o “maior construtor da cidade” inaugurou quatro anos depois do início da obra, teve sua conclusão, no Largo do Paraíso (atual Praça XV), em frente ao primeiro Mercado Público, o então espetacular Edifício Malakoff, que com o seu térreo e outros três andares, tornou-se o maior edifício da cidade e o primeiro exclusivamente comercial.

1870

João Baptista – Casamentos

___O Comendador João Batista Soares da Silveira e Souza foi casado com Dona Maria Baptista Felícia da Silveira e Souza, depois com Dona Joaquina de Jesus.

Escravos

___Em seus registros, João Baptista contabilizava 72 escravos.

___Entre eles, Severino, a quem o comendador alforriava e “lançava em seu testamento como herdeiro”, junto com a esposa, de toda a fatia de terras (atual formam o Norte de Cachoeirinha, em direção à RS-118).

João Baptista – Falecimento

Em 16 de março de 1870, o Comendador João Batista Soares da Silveira e Souza faleceu sem deixar filhos, legítimos ou ilegítimos.

___O comendador era um homem bastante poderoso. Conhecido como o "senhor de mil escravos", os documentos, não apontam este número, pois em 1870, a Freguesia da Aldeia dos Anjos tinha 5.855 habitantes, sendo 1.161 escravos.

João Baptista – Testamento

___Deixou sua “Fazenda” no Vale do Gravatahy para usufruto dos seus dois sobrinhos:

·         2/5 das terras para o Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza, e

·         3/5 das terras para José Baptista da Silveira e Souza, conforme testamento na página seguinte - “A herança do colonizador”.

João Baptista – Os Herdeiros

___Do Coronel João Batista Soares da Silveira e Souza,

Aos dez dias do mês de outubro de mil oitocentos setenta e nove, nesta Secretaria do Governo da Província  de S. Pedro do Rio Grande do Sul, compareceu João Batista Soares da Silveira e Souza, naturalizado cidadão Brasileiro por Casta Imperial de 19 de julho último, e, perante mim em execução e de conformidade com as disposições dos antigos 5º e 6º do Decreto nº 1950 de 12 de julho de 1871, prestou juramento de obediência e fidelidade à Constituição e ás Leis do País, jurando ao mesmo tempo reconhecer o Brasil por sua pátria daquele dia em diante, e na mesma ocasião declarou ser Católico Apostólico Romano, natural da Ilha de São Jorge, Reino de Portugal, Casado com brasileira, da qual tem três filhos, a saber: João, com seis anos de idade, Antonio com cinco anos e Maria com dois e meio anos de idade, nascidos na Freguesia de N. Sª dos Anjos d' Aldeã, município desta cidade de Porto Alegre. E para constar se lavrou o presente termo que é assinado por mim e pelo naturalizado.

___De José Batista Soares da Silveira e Souza,

Ao primeiro dia do mês de Outubro de mil oitocentos setenta e nove, nesta Secretaria do Governo da Província de S. Pedro do Rio Grande do Sul, compareceu José Batista Soares da Silveira e Souza, naturalizado Cidadão brasileiro por Carta Imperial de 14 de Junho do corrente ano, e, perante mim, em execução e de conformidade com as disposições dos artigos 5° e 6° do Decreto n° 1950 de 12 Junho de 1871, prestou juramento de obediência e fidelidade á Constituição e ás Leis do império, jurando ao mesmo tempo reconhecer o Brasil por sua pátria daquele dia em diante, e na mesma ocasião declarou ser Católico, Apostólico Romano, natural da Ilha de S. Jorge, Reino de Portugal, casado com brasileira da qual tem três filhas a saber: Maria José com sete anos de idade, Maria Domingas com quatro anos e Cipriana, com três anos, todas naturais desta cidade de Porto Alegre. E para contar se lavrou o presente termo, que sai por mim assinado e pelo naturalizado.

1875

Família Cunha

Cachoeirinha – Propriedade de Presente

Em 1875, Inocência Soares da Cunha, casada com Manoel Basílio da Cunha, sobrinha e afilhada do coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza ganhou de presente a propriedade vizinha a sua Fazenda Cachoeira.

___Nesta casa dona Inocência e seu Manoel passaram a viver.

 Casa dos Cunha

Povoamento
Cachoeirinha – Estrada da Aldeia dos Anjos

___O povoamento do local onde atualmente se localiza a cidade de Cachoeirinha começou com a construção da Estrada Gravatahy – Santo Antônio da Patrulha (RS 030), em terras de Dona Josefa Eulália de Azevedo, por meio da pioneira, Dona Alicinha Brigadeiro, por ser esposa do Brigadeiro Rafael Pinto Bandeira.

Cachoeirinha – Loteamento Inicial

___Essas terras foram loteadas dando inicio a construção de casas à margem da referida estrada.

1880

Tropeirismo

Em 11 de junho de 1880, a Aldeia dos Anjos, com o grande trânsito de carretas pela Estrada da Aldeia dos Anjos, com mercadorias vindas principalmente do Litoral Norte e de Santo Antônio da Patrulha, passou à condição de “Villa”.

Município Mãe

Gravatahy

Em 23 de outubro de 1880, quatro meses depois, foi instalado de forma oficial o Município de Gravathay; que tem origem na língua Guarany, onde “gravatá” é o nome de uma espécie de “Apiácea”, embora erroneamente classificado como Bromeliácea, abundante na região, enquanto que "hy" significa rio na linguagem dos Povos Originários da nação Guarany.

Nota:

- Até o final do século XIX a grafia correta para o nome do município era "Gravatahy", que pode ser traduzido literalmente como "Rio dos Gravatás".

1884

Cachoeirinha – CEF

Em 1984, esquina da Rua Lídio Batista (Rua da Quitandinha), o novo prédio da primeira agencia da CEF – Caixa Econômica Federal.

Loja Universal

___Nos anos 1970 até 1984, nesse local, em um prédio antigo, existia a Loja Universal de tecidos e confecções, propriedade de seu André e dona Juraci.

Porto Alegre – Libertem seus Escravos

Em 12 de agosto de 1884, pela manhã, em Porto Alegre, um grupo de pessoas caminhou em passeata pela Rua da Praia, batendo de porta em porta e pedindo aos donos que libertassem seus escravos.

___Vivia-se a agitada “Semana da Libertação” em várias cidades do Império.

Porto Alegre – Extinta a Escravidão

Em 07 de setembro de 1884, em Porto Alegre, a Câmara declarou Extinta a Escravidão na cidade, quase quatro anos antes da Lei Áurea.

– No Arquivo Histórico de Porto Alegre:

- O “Livro de Ouro” do Centro Abolicionista da capital lista, em 28 páginas, 870 pessoas que libertaram os seus escravos naqueles dias.

·         O recordista foi Lutero Ferreira Ávila, que soltou 95, seguido de João Gonçalves Lopes, com 51, e o coronel José Manoel Correa, 19.

·         A cidade na qual viviam 5.790 escravos registrados, no ano seguinte possuía 1.815, e em 1887, às vésperas da Lei Áurea, apenas 58.

___Somente um problema; os libertos foram largados, abandonados sem direitos sem nada, ao “bel prazer”.

___Alforros se aglomeraram na Colônia Africana (atual bairro Rio Branco), Campos do Bom Fim que passou a chamar “Campos da Redenção” e no Areal da Baronesa (atual Cidade Baixa).

1886

Aldeia dos Anjos – Criação 2 Distritos

Em 24 de abril de 1886, pelo Ato Provincial nº 1578, foi criado os distritos de Glória e Costa do Ipiranga, na Aldeia dos Anjos (Gravatahy).

Brasil República

1897

Cachoeirinha – Visita de Herr Collenbusch

Em 1897, a região da atual cidade de Cachoeirinha teve a visita do alemão Herr Collenbusch, e um “grupo de caçadores” com o pequeno vapor que os levara para os arredores da então Aldeia dos Anjos (Gravatahy) onde praticavam o seu esporte.

Barco vapor no Gravatahy

Margens do Rio Gravatahy em um trecho muito próximo onde passa a atual Auto-estrada Porto Alegre-Osório (Freeway)

Herr Collenbusch no detalhe com a mão sobre seu cão

Gravatahy – Casas de Farinha

Nas últimas décadas do século XIX, registrou-se um significativo desenvolvimento da região, principalmente em função do “cultivo da mandioca” e da exportação de sua farinha para outras partes do país e exterior, através do Passo das Canoas.

Gravatahy – Farinha de Mandioca

___A cultura da “farinha de mandioca” garantiu desenvolvimento econômico para o município até a primeira metade do século XX.

Século XX

1902

Família Bins
___O major Alberto Bins, nome expoente do Partido Republicano Rio-grandense, proprietário da Fábrica Berta de cofres em Porto Alegre, possuía a Granja Progresso as margens do Rio Gravataí, lado contrário da
“cachoeirinha”, na vila de mesmo nome.

Cachoeirinha – Granja Progresso

Agrônomo Oscar Loewen 

Em 1902, é fundada a Granja Progresso (que já existia desde o final do século XIX), pelo engenheiro agrônomo Oscar Loewen, cunhado do major Alberto Bins, situada na margem direita do Rio Gravataí, na época uma área de 1.200 hectares.

A residência – 1935  

Circulação de automóveis nos caminhos internos da granja – 1915

Cachoeirinha – Granja Progresso

Videiras

___Oscar Loewen dedicava-se a cultura das videiras. A granja começou uma plantação de 72 variedades de videiras, oriundas de países europeus.

Colheita de uvas – 1915

De chapéu e colete o Major Alberto Bins

Granja Progresso – Produção de Vinhos

Entre 1910 e 1920, a Granja Progresso passou a produzir vinhos do tipo “Merlot, Bourdeaux e Malbec”, e depois os vinhos brancos (Rheno) a partir da uva “Traminer”.

Granja Progresso – Produtiva

___Após a morte do agrônomo Oscar Loewen, continuou a cultura de videiras na Granja Progresso.

Granja Progresso – Arroz

___Com um sistema avançado para a época, Alberto Bins deu início ao plantio do arroz, produção de mais de 400 hectares de arroz.

Granja Progresso – Gado e Eucalípto

___ A granja ainda criava gado leiteiro e de corte junto com a plantação de eucalipto.

Plantação de eucaliptos – 1918

Granja Progresso – Empreendedorismo

___As atividades agropecuárias desenvolvidas na Granja Progresso, ficaram conhecidas até fora do estado do Rio Grande do Sul, graças ao empreendedorismo do Major Alberto Bins e dos 20 trabalhadores que garantiam seu funcionamento.

Granja Progresso

1912

Gravatahy – Distrito de Canoas

Em 26 de dezembro de 1912, pelo Ato Municipal nº 48, foi criado o distrito de Canoas, no município de Gravatahy.
Família Wilkens

1917

Cachoeirinha – Armazém de Campanha

Em maio de 1917, Carlos Antônio Wilkens, natural da cidade de São Leopoldo, fixou residência e se estabeleceu comercialmente na região da “Cachoeirinha”, próximo a Ponte do Gravatahy com um armazém de campanha.

___Logo expandiu sua firma, tornando-se um comerciante conceituado. Além de comerciante, político e agropecuarista era humanitário e religioso, prestimoso dos que dele necessitavam.

Carlos Antônio Wilkens, sua esposa Olivia Baptista (filha do coronel Baptista) junto aos filhos Carlos, Heitor, Ceres, Antenor e Nestor. Na foto faltou a filha menor, Terezinha – 1928

Capela da Boa Viagem

Capela Nossa Senhora da Boa Viagem

___ Carlos Antônio Wilkens, junto à esposa Dona Olívia, empenhou-se em dirigir a construção da antiga Capela Nossa Senhora da Boa Viagem.

___A capela seria por muito tempo o prédio que se via na entrada e saída da cidade, pois a parada 46 era em frente a capela, assim como a casa dos Wilkens que fica do outro lado da faixa em frente.

___ Carlos Antônio Wilkens faleceu em 20 de junho de 1941, com 52 anos de idade.

Gravatahy – Distrito de Butiá

Em 20 de julho de 1917, pela Lei Municipal nº 99, foi criado o Distrito de Butiá, no município de Gravatahy.

Primeira Ponte de Pedra – Demolida

Em 1917, a Ponte de Pedra construída pelo coronel e comendador João Batista Soares da Silveira e Souza, foi dinamitada pela Companhia de Navegação Fluvial e Lacustre, melhorando a navegação no Rio Gravatahy, uma vez que o movimento já era alto para Gravataí e Santo Antonio da Patrulha.

Fim da Cachoeirinha

Pedra da Cachoeirinha

___A pedra que formava uma “pequena cachoeira” a 'Cachoeirinha' na época de seca, originou o nome do Povoado, foi dinamitada para facilitar a navegação do Rio Gravataí.

Família Ritter
1919

Fábrica de Alimentos

Em 1919, é fundada por Frederico Augusto Ritter, gaúcho, neto de imigrantes alemães. ___Empreendedor nato iniciou uma atividade industrial inovadora, na região, com a fundação de uma “fábrica de alimentos”.

 Conservas Ritter 

___A Conservas Ritter iniciou suas atividades com a produção de leite e derivados destinados ao mercado de Porto Alegre, na Granja Esperança plenamente arborizada com mais de 50 hectares, onde também eram cultivadas diversas árvores frutíferas, onde moravam e produziam os produtos.

Granja Esperança

Portão de Entrada

 Conservas Ritter – Pioneirismo

___A única alternativa foi desenvolver uma linha de produtos industrializados, não perecíveis, que pudessem suportar a demora da viagem, sem comprometer a sua qualidade. Assim foi introduzida, com pioneirismo no Estado do Rio Grande do Sul, a produção industrial de uma linha de conservas salgadas, além de uma ampla linha de doces e geléias de frutas.

___O início da moderna fábrica à vapor, na época recém construída, para oferecer ao consumidor alimentos da mais “alta qualidade”.
1923

Cachoeirinha – Fazenda Cachoeira
Em 1923,
o herdeiro do “Comendador Baptista”, o Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza faleceu, proprietário das terras da Fazenda da Cachoeira.

___Porém a execução de seu testamento dependia do trabalho de medição de suas terras.

João Baptista Soares da Silveira e Souza

1924

Fazenda Cachoeira – Fatiada

___Com o falecimento do coronel João Batista Soares da Silveira e Souza.

___Os filhos e filhas do coronel João Batista Soares fizeram entre 1924 e 1936 a divisão da propriedade em fatias.

1º Núcleo Urbano

Villa Cachoeirinha

___A maior parte deles se lotou nas terras herdadas o que originaram os primeiros grupamentos da região, conhecida como Villa Cachoeirinha.

Fazenda Cachoeira – Loteada

___Os herdeiros lotearam e iniciaram a venda das terras da Fazenda Cachoeira, com a exceção da sede e sua área ao redor.

___Foram abertas as ruas com nomes indígenas, no também chamado Parque Imbuí:

·         Tamoio,

·         Tabajara,

·         Tapajós,

·         Tupi, atual Papa João XXIII, formando-se o primeiro loteamento urbano, a Vila Cachoeirinha.

·         Imbuí,

·         Gravataí,

·         Guaraní.

Estrada Porto Alegre/ Conceição do Arroio

Em 1925, em Porto Alegre, é construída a “primeira estrada” (depois Estrada Flores da Cunha, antiga parte da BR 101, atual RS-030) da Capital até Conceição do Arroio (atual Osório), passando pela Cachoeirinha e por Gravatahy em direção a Santo Antonio da Patrulha.

·         A partir de 1938, passa a ser chamada de RS-030.

·          Até meados de 1960, a viagem para o litoral Norte ainda era um tormento, antes da instalação da segunda ponte de ferro.

Segunda Ponte – Rio Gravataí

1925

Construída em Ferro

Em 1925, oito anos depois de dinamitada a Ponde de Pedra e da “cachoeirinha” (1917) foi construída a nova Ponte em Ferro sobre o Rio Gravataí, a segunda ponte sobre o Rio Gravataí era de mão única, ligava a Estrada Porto Alegre-Conceição do Arroio (Osório).

Ponte de Ferro – Doação

___A estrutura da ponte ferroviária, foi uma doação do Exército da Tchecoeslováquia (país do Leste europeu) ao governo Gaúcho, que veio desmontada de navio até o Porto de Porto Alegre, partes vieram pelo Rio Gravataí, partes de caminhão e carroças até a beira do rio.

Ponte de Ferro – Estrutura

___Construída em vigas de ferro e parafusos, com arco fechado (ferroviário).

___Foi montada em Cachoeirinha, com piso de acesso em pranchas (tabuão) de madeira, sobre 2 estruturas de concreto, como pilastras dentro do rio.

___Nas laterais dos dois lados da estrada e dos dois lados da ponte, para segurança a indicação do caminho:

·         4 Muradas em concreto, com detalhes entalhados, junto as laterais da ponte.

·         30 Balaustres laterais em molde concreto, com detalhes únicos, ligados por correntes pesadas, indicavam o acesso, pintados de branco.

Alicerce da Cabeceira

Ponte de Ferro – Inauguração

___Em sua base, pelo lado de Cachoeirinha, existia uma placa em bronze da inauguração, onde compareceram o presidente do Estado Borges de Medeiros e autoridades de Gravatahy, Porto Alegre e moradores da Cachoeirinha.

___Este era o único acesso para se chegar à Porto Alegre ou Gravataí, na entrada da Villa de Cachoeirinha, ponte esta que virou símbolo de Cachoeirinha.

Ponte de Ferro

Década de 1960

Auto Omnibus

Em 1926, em Porto Alegre, circula o primeiro Auto Omnibus (também conhecidas por Jardineira), já testados desde 1925, propriedade de Amador dos Santos Fernandes e Manuel Ramires, circula pelas ruas, com linhas direcionadas ao subúrbio da zona Norte, onde o sistema de Bondes da cidade não alcançava, mas ainda não chegava na região da Aldeia dos Anjos.

1928

Rio Gravataí – Dragagem

Em 1928, o Governo Estadual executou dragagem e abertura do canal no Rio Gravataí, para facilitar a navegação entre os municípios de Santo Antônio da Patrulha, Gravataí e Porto Alegre (naquela época Gravataí exportava farinha de mandioca para todo o Estado).

___O rio era importante meio de transporte entre os municípios da região.

Visita do Presidente da República
Em 1926, a então Villa de Cachoeirinha teve a honra de receber a visita do Presidente da República Washington Luis Pereira de Souza (1926-1930), em roteiro oficial.

___É a primeira vez na República que um presidente visita o Rio Grande do Sul.

Presidente Washington Luis Pereira de Souza

Cachoeirinha – Granja Progresso

___O presidente Washington Luis era convidado de honra do major Alberto Bins, Intendente (Prefeito) de Porto Alegre na sua Granja Progresso na Cachoeirinha.

Sede da Granja Progresso

Washington Luis Pereira de Souza (de bengala) tendo ao lado o governador Borges de Medeiros (com um menino) bem como outros políticos do PRR (Partido Republicano Rio-Grandense).

Alberto Bins, aparece à esquerda ao lado do filho Edgar Bins. Fora do grupo e a direita com o guarda-chuva, aparece o antigo e conhecido jornalista Archimedes Fortini do jornal Correio do Povo.

1928

Rio Gravataí – Dragagem

Em 1928, o Governo Estadual executou dragagem e abertura do canal no Rio Gravataí, para facilitar a navegação entre os municípios de Santo Antônio da Patrulha, Gravataí e Porto Alegre (naquela época Gravataí exportava farinha de mandioca para todo o Estado).

___O rio era importante meio de transporte entre os municípios da região.

1929

Estrada do Passo d’Areia

Em 1929, em Porto Alegre, a Estrada do Passo d’Areia (antiga Estrada da Aldeia dos Anjos), ganhou trecho de concreto, da Rua Benjamin Constant até o triângulo (atual triângulo da Assis Brasil) que dão acesso a Estrada do Passo do Feijó (Alvorada) e para a Aldeia dos Anjos (Gravataí).

Porto Alegre – Avenida Assis Brasil

·         Em 1948, ganhou o nome de Avenida Assis Brasil, mesmo sendo um desafeto do governo anterior. Imaginava-se que esta rua não seria importante por ficar fora do núcleo urbano da cidade, mas a história acabou outra.

___Atualmente com 9 km de extensão a Avenida Assis Brasil, expandiu a cidade para a zona Norte até seus limites de Porto Alegre com Cachoeirinha.

 

Conservas Ritter – Medalha de Ouro
Em 1929, a preocupação de Frederico Augusto Ritter com a qualidade era constante e fazia parte da sua filosofia de vida, a Conservas Ritter ao longo da sua história conquistou vários prêmios de reconhecimento de qualidade.

___Ganhou a “Medalha de Ouro” pela qualidade na produção de geléias, na Exposição Nacional de Horticultura.

___A Alimentos Ritter S/A é a empresa com a maior linha de doces de frutas e geléias no Brasil. 

Família Brambila
1930

Na década de 1930, em meados, foi construída uma casa por Sr. João Brochado Smith, herdeiro do coronel João Baptista Soares da Silva e Souza, com o objetivo servir de moradia para a Família Brambila

Cachoeirinha – Produção Leiteira

___A Família Brambila dedicou-se na produção leiteira (tambo de leite) por mais de três décadas.

Nota:

- A edificação ficou conhecida como "Casa do Leite". Em 2011, restaurada e preservada, abriga o Ecomuseu Casa do Leite.

Casa do Leite

1931

Gravataí – José Loureiro da Silva 

Em 1931, assumiu o governo do município de Gravataí, o dr. José Loureiro da Silva (1931/ 1933) que, durante seu mandato, configurou uma importante fase desenvolvimentista para a cidade.

___Entre as suas principais realizações estão:

·         Implantação do sistema de energia elétrica na cidade,

·         Alargamento e calçamento das primeiras ruas,

·         Construção da faixa ligando Gravataí a Porto Alegre, passando pelo distrito de Cachoeirinha,

·         Projeto urbanístico atual do Centro da cidade de Gravataí.

Capela da Boa Viagem

1932

Capela da Boa Viagem – Pedra Fundamental

Em 04 de novembro de 1932, foi lançada a pedra fundamental da capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, o “primeiro templo religioso” de Cachoeirinha.

Capela da Boa Viagem – Construção  

___ Carlos Antônio Wilkens, junto à esposa Dona Olívia, empenhou-se em dirigir a construção da antiga Capela Nossa Senhora da Boa Viagem.

Capela da Boa Viagem – Imagem

___A imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, doada para a igreja Nossa Senhora dos Anjos de Gravataí, foi trazida em procissão para a nova capela, com a participação dos moradores, comandados pelo padre Pedro Wagner, pároco da matriz Nossa Senhora dos Anjos, onde foi entronizada no altar pintado com o fundo de “Céu Azul”.

1934

Imagem – Nossa Senhora da Boa Viagem

Em 1934, na Capela da Boa Viagem, a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes é venerada sob o título de “Nossa Senhora da Boa Viagem”.

Família Wilkens – Prédio

Na década de 1930, os Wilkens estavam em plena obras do novo prédio comercial e residencial, no melhor estilo alemão, na entrada de Cachoeirinha, junto ao porto de areia.

Casa dos Wilkens

Observa-se ao lado a maravilhosa casa em estilo açoriano

Fazenda dos Baptista – Medição

___Com a morte do Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza, para execução de seu testamento dependia do trabalho de medição de suas terras.

Entre janeiro de 1929 e abril de 1934, ocorreu a medição das terras, trabalho coordenado pelo Major Engenheiro Tito Marques Fernandes.

Fazenda dos Baptista – Partilha

___A partilha da Fazenda dos Batista, bem como outras terra contíguas que foram adquiridas pelo Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza entre 1872 e 1913, teve seus quinhões definitivamente distribuídos entre:

·         Lydio Baptista,

·         Carlos Wilckens,

·         João Brochado Smith,

·         Francisco Martins e

·         Melania Vieira Soares.

___A formação da Villa de Cachoeirinha, e depois a cidade, ocorreu devido ao “processo de fragmentação” da Fazenda do Coronel João Batista.

1937

Interventor em Porto Alegre

Em 22 de outubro de 1937, em Porto Alegre, é nomeado pelo novo Interventor Federal (governador) Daltro Filho, o intendente (prefeito) de Porto Alegre Loureiro da Silva (mandato: 22.10.1937-15.09.1943), descendente do primeiro sesmeiro, do antigo Porto de Viamão, Jerônimo de Ornelas, seu sétimo avô, em substituição do major Alberto Bins.

___O major Alberto Bins, quando se opos ao controle do partido hegemônico, com Getúlio Vargas à frente, ficando ao lado de Flores da Cunha.

___Ele era o responsável pela exposição do Centenário da Revolução Farroupilha (1935), foi acusado de desviar recursos no momento de prestar contas.

Granja Progresso – Confiscada

___A granja era como um local de repouso para o político, e chegou a ser ponto de encontro dos poderosos que chegariam ao poder no Brasil em 1930.

___Alberto Bins pagou o preço da perseguição política. Como resultado deste processo, o Estado lhe tomou a Granja Progresso e instalou ali, posteriormente, o IRGA (Instituto Rio-grandense do Arroz).

___Ironicamente, dando sequência à promissora produção de arroz que Alberto Bins dera início.

Nota:

-Por este motivo a destruição da casa da Granja Progresso, hoje em ruínas.

Ruínas da sede Granja Progresso – 2022

1938

Capela da Boa Viagem – Autorização

Em 31 de dezembro de 1938, Dom João Becker, arcebispo metropolitano de Porto Alegre, autoriza o funcionamento da Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, o tradicional prédio “verde esmeralda” e sua pequena torre, que recebia as pessoas na entrada da cidade.
Nota:

- Até 1955, a Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem pertenceu à paróquia Nossa Senhora dos Anjos de Gravataí.

Dom João Becker

1939

Cachoeirinha – Ônibus

Viação Gravataiense

Em 1939, na Villa de Cachoeirinha, distrito de Gravataí, os moradores estavam insatisfeitos com o transporte coletivo que passava pela faixa em seu distrito, gerido pela Viação Gravataiense.
Cachoeirinha – Protesto

___Como uma forma de manifestação, a Ponte de Ferro foi “fechada com arame farpado”. Assim, nenhum ônibus podia passar para ir ou vir de Porto Alegre por Cachoeirinha. 

Nota:

- Foi um movimento vitorioso dos futuros cidadãos da ainda Villa Cachoeirinha, distrito de Gravataí.

Viação Gravataiense – 1944

1941

Grande Enchente

Em 10 de abril de 1941, começou a chover sobre a região durante 22 dias, causando a Maior Enchente já vista na Cachoeirinha, onde o Rio Gravatahy ultrapassou e invadiu a região.

Enchente – Índice Pluviométrico

___Os índices pluviométricos atingiram altíssimos 619,4 milímetros.

Enchente – Sol

Em 15 de maio de 1941, em Porto Alegre, finalmente, o Sol apareceu.

___Mas o mesmo vento “Minuano” que limpou o tempo represou as águas do Guaíba, permanecendo a enchente.

Cachoeirinha – Aglomerado Urbano

Em 1941, começa a ocupação urbana com o surgimento do aglomerado urbano da Villa da Cachoeirinha.

Fazenda Cachoeira – Lydio Baptista Soares

___O sobrinho José Baptista Soares da Silveira e Souza, herdeiro direto do Comendador Baptista, ficou com o casarão sede da Fazenda Cachoeira, posteriormente, o filho dele, Lydio Baptista Soares.

___O único herdeiro da Fazenda Cachoeira que não loteou suas terras foi Lydio Baptista Soares.

1942

Fazenda Cachoeira – Morre Lydio Baptista

Em 1942, com a morre de Lydio Baptista Soares, herdaram a fazenda sua esposa e os filhos:

·         Júlio Baptista Soares e os demais irmãos.

___Júlio Batista, que seria o último morador da sede Casa dos Baptista, esta foi a única terra não desmembrada pelos herdeiros.

Fazenda Cachoeira – Mato do Júlio Baptista

___A propriedade, com toda a área verde no entorno preservada, ficou conhecida como Mato do Júlio.

1948

Plano de Eletrificação do Estado

Em outubro de 1948, em Porto Alegre, no restaurante das Lojas Renner, nas esquinas das ruas São Raphael e Otávio Rocha, onde eram realizadas as reuniões da FIERGS por ser A.J. Renner membro ativo da entidade.

___O governador do Estado Walter Jobim comparece a entidade para anunciar o Plano de Eletrificação do Estado, uma luta das indústrias do estado.

Villa Cachoeirinha

___Com o início dos loteamentos, a Villa Cachoeirinha transformou-se, a área rural deu lugar à ruas, quadras, comércio e fortalecimento da comunidade.

1954

Gravataí – Ônibus

SOGIL
Em 25 de maio de 1954, em Gravataí, 16 empreendedores decidiram lançar-se à tarefa de desenvolver um serviço eficaz de transporte coletivo de passageiros, capaz de ligar Gravataí a Porto Alegre (futura SOGIL).

___Os sócios eram donos de um ou dois ônibus que, somados àqueles comprados da Viação Gravataiense, que anteriormente mantinha o serviço.

Nota:

- A empresa só se chamará Gigante na década de 1950 em homenagem ao funcionário "cobrador baixinho", SOGIL – Sociedade de Ônibus Gigante Ltda.

Primeira Paróquia
1955

Gravataí – Proposta de Distrito de Cachoeirinha

Em 1955, proposta para tornar a Vila de Cachoeirinha um distrito por iniciativa do vereador Mário Rosa.  Mas a questão só será aprovada em 1957.

Arquidiocese – Criação de Paróquia

Em 30 de dezembro de 1955, o arcebispo metropolitano de Porto Alegre Dom Vicente Scherer, determinou a criação da "primeira paróquia de Cachoeirinha", a Paróquia São Vicente de Paulodesmembrada da Paróquia Nossa Senhora dos Anjos de Gravataí.

Dom Vicente Scherer

Arquidiocese – Decreto

Em 31 de dezembro de 1955, foi decretada a criação da Paróquia São Vicente de Paulo, desmembrada da Paróquia de Gravataí.

Primeiro Pároco

___Assumiu como primeiro pároco Pe. João Valter Giehl, que passou a atender também a Capela Nossa Senhora da Boa Viagem, com missas uma vez por mês.

___Párocos:

·         Em 02 de fevereiro de 1958, toma posse o segundo pároco Pe. Luiz Geremias que dá início a construção na nova Igreja Matriz.

·         Em 16 de janeiro de 1966, assume o Pe. Seno Schneider como pároco e celebra a primeira missa na nova Igreja.

·         Em 31 de janeiro de 1971, Pe. Ilmo Schutz toma posse como pároco e

·         Em 16 de janeiro de 1972, é substituído pelo Pe. João Poletto, no mesmo ano da fundação da paróquia N. Sra. da Boa Viagem desmembrada da paróquia S. Vicente de Paulo.

·         Em 03 de novembro de 1974, inauguração oficial do piso da Igreja Matriz com a presença do cardeal D. Vicente Scherer.

·         Em 30 de dezembro de 1984, assume o Pe.Francisco Nicolau Scheibel.

·         Em 02 de agosto de 1986, assume Pe. Arlindo Bottan.

·         Em 04 de janeiro de 1987, assume Pe. Ermelindo Lottermann que muito se empenhou na restauração da Igreja Matriz, uma bela obra arquitetônica que tanto orgulha o povo de Cachoeirinha.

·         Em 27 de setembro de 2009, assume Pe. José Brand reformulando os movimentos da Paróquia, acrescentando ideias novas como a instalação de ar condicionado na Igreja, a introdução do polo da Faculdade EAD UNIERGS e proporcionando um pouco de cultura com apresentação de shows e palestrantes aos paroquianos e a comemoração dos 60 anos da Paróquia, com uma festa inesquecível.

·         Em 28 de maio de 2017, assume Pe. José Antônio Heinzmann com a intenção de dar continuidade ao trabalho de seus antecessores, cativando paroquianos com sua palavra, voz grave, apoiando os movimentos, jovens, idosos, reformando instalações e incentivando as comunidades com seus projetos de desenvolvimento.

1956

Escola Wilkens

Em 1956, Carlos Wilkens, filho mais velho de Carlos Antônio Wilkens e também proprietário de armazéns de secos e molhados e dono de uma “grande extensão de terras”, doou uma parte de terras para que se construísse uma escola.

___Contam que as terras foram doadas porque o Sr. Antônio fizera uma promessa quando a mãe estava doente, se a mãe se curasse ele doaria as terras para construção da escola (que recebeu seu nome). 

São Carlos Borromeu – Imagem  

___Mais tarde a esposa do Sr. Carlos Antônio Wilkens em viagem para Europa trouxe uma imagem de São Carlos Borromeu que a partir de então se tornou o patrono da escola.

Cachoeirinha – Energia Elétrica

Em 20 de maio de 1956, foi com festa a inauguração da “energia elétrica” da Vila Regina até a Ponte.

Foto estão o Capitão Hélio, assistente do Interior e Justiça, Coronel Perachi, Capitão Walmor, assistente do governador Ildo Meneghetti, o prefeito de Gravataí Emílio Allem e o deputado Lima Becker.

Distrito de Cachoeirinha
1957

Cachoeirinha – Distrito  

Em 07 de junho de 1957, pela Lei Municipal nº 3, da Prefeitura Municipal de Gravataí, foi criado o Distrito de Cachoeirinha, aprovada e sancionada pelo prefeito gravataiense Alfredo Emílio Allem.

Centro de Gravataí, Estação Rodoviária na Praça D. João Becker – Década de 1950

Município Mãe

Sub-Prefeitura

___Com a formação do Distrito de Cachoeirinha foi aberta uma sub-prefeitura para administrar o distrito que crescia em tamanho e importância.

Sub-Prefeitura de Cachoeirinha

Sub-Prefeitura de Cachoeirinha

1958

Gravatahy – Distrito de Ipiranga

Em 08 de janeiro de 1958, pela Lei Municipal nº 1, foi criado o Distrito de Ipiranga.

Gravatahy – Distrito de Dom Feliciano

Em 09 de janeiro de 1958, pela Lei Municipal nº 302, foi criado o Distrito de Dom Feliciano.

Cine Danúbio Azul

Primeiro Cinema

___Anteriormente neste mesmo prédio era um Salão de Bailes, e o Bar e Café Ouro Verde.

Cinema – Primeiro Proprietário

Em 1958, é inaugurado o “primeiro cinema” de Cachoeirinha, o Cine Danúbio Azul, popularmente conhecido como "Pulguinha", de propriedade do sr. Leopoldino Luiz Ribeiro.

Como diz o anúncio da época: - “Amplo e Confortável”

Cinema – Segundo Proprietário

___Depois o Cinema Danúbio Azul passou para a D. Olga e Seu Nenê.
Nota:

- Muito popular aos domingos com filmes de Mazzaroppi e Teixeirinha.

- Na década de 1980, começou a passar filmes de chanchadas brasileiras.

Fotos Jornal "O Gravataiense" de 25/12/1958

(Arquivo Histórico Antônio Soares da Fonseca - Gravataí, RS)

Padre Jeremias
Em 02 de fevereiro de 1958, toma posse o segundo pároco da Paróquia São Vicente de Paulo Pe. Luiz Frederico Geremias.

Pe. Luiz Frederico Geremias

___Este dará início à construção da nova “Igreja Matriz”.

Igreja Matriz
___Logo na chegada teve como meta principal a construção da igreja. Para obter recursos realizou diversas rifas e durante a missa pedia para que os fiéis deixassem de fumar por um dia e ajudar com o valor da carteira de cigarro.

Nota:

- Desta forma já havia erguido uma igreja em Glorinha.

Matriz – Projeto

___Um prédio colossal para um distrito que ainda não era cidade e muito pouco desenvolvido.

___A nova paróquia com 36,7 metros de comprimento, 18,35 metros de largura e área total de 673,44 metros quadrados.

Projeto da nova Paróquia

Matriz – Obras

___O Pe. Luiz Frederico Geremias acompanhava as obras de perto e inclusive botava a “mão na massa”.

Padre Geremias com a mão na massa – década 1950

Acervo Igor Zaro

Pe. Luiz Frederico Geremias 

___Ele nasceu no dia 4 de março de 1918, na cidade de Guaporé e tinha 18 irmãos. Foi ordenado padre em 30 de novembro de 1945.

___Chegou na Capela São Vicente de Paulo, na então Villa Cachoeirinha, em fevereiro de 1958.

___Em uma trajetória de lutas e conquistas, Pe. Luiz Frederico Geremias foi muito importante para a construção da Igreja São Vicente de Paulo.

Obras da Matriz em andamento

Obras da Matriz

Mobilização

___O “município mãe” de Gravataí (sede) não aceitava o desmembramento do Distrito de Cachoeirinha.

___A mobilização, luta, discussões, brigas e manobras não foram fáceis de ambos os lados.

___O padre Luiz Frederico Geremias, ou “padre Geremias” foi muito importante para a emancipação de Cachoeirinha.

Comissão de Emancipação

___Por duas vezes, Pe. Geremias havia sido procurado pela “comissão de emancipação”, mas não quis participar deste movimento oficialmente. 

No centro da foto está o padre Luiz Frederico Geremias, ou padre Geremias 

Emancipação – Padre Geremias Adere 

___Somente na terceira vez o padre Geremias aceitou o convite da “comissão de emancipação” e resolveu aderir ao movimento.

___Com seu carisma e trabalho teve grande participação na emancipação de Cachoeirinha

Lutas pela Emancipação
1959

Primeira Tentativa de Emancipação
Em 1959, iniciaram as reuniões para a emancipação de Cachoeirinha.

___As primeiras reuniões foram realizadas na casa de José Teixeira.

___Essa casa fez parte da história do município por ser sede da ADP - Aliança Democrática Popular, local de reuniões para tratar da emancipação, e depois, por se tornar a sede do agencia dos Correios.

Casa de José Teixeira

Emancipação – CORREIOS E TELÉGRAFOS

___Conforme:

·         Maria De Fátima Silva Rosa a casa dos Correios era na Rua Brochado da Rocha, era a casa da Dona Glória bem em frente ao açougue do Seu Jaci.

·         Márcia Ferraz diz, minha madrinha Ceully Costa Teixeira, disponibilizou uma parte da casa para a Agência dos Correios.

___Neste endereço também se reuniram pessoas para discussão sobre o processo de emancipação do município.
___A primeira Comissão de Emancipação de Cachoeirinha não deu resultado na tentativa de separar-se de Gravataí, pois não contava com a adesão da população e esvaziou-se.

Plano Diretor de Porto Alegre

Em 30 de dezembro de 1959, em Porto Alegre, é aprovado pela Câmara de Vereadores o primeiro Plano Diretor de Porto Alegre (Lei 2046/59).

___Porto Alegre foi à “primeira cidade do Brasil a ter seu crescimento disciplinado por um Plano Diretor”, este conjunto de diretrizes foi inaugurado no Governo JK enquanto construía Brasília a nova capital federal, no cerrado de Goiás.

___Este plano pretendia controlar o crescimento desordenado da cidade impedir que ela fosse descaracterizada (mas foi exatamente o que aconteceu).

___As cidades limítrofes no Eixo Norte:

·         Cachoeirinha, Gravataí e Alvorada crescem e intensificam sua ligação física com a Capital.

Família Muller
1960

Cachoeirinha – Rua Guaraní

Em 1960, chega ao Distrito de Cachoeirinha vindos de Porto Alegre o casal Jacob Muller e Antonieta Magdalena Larini Muller, ele de origem alemã de Triunfo e ela italiana de Caxias, fixaram residência na Rua Guarany, 155, Parque Imbuí.

___Jacob Muller adquire outros imóveis no distrito de Cachoeirinha e na cidade de Gravataí.

Segunda Tentativa de Emancipação
Em 1960, na primeira metade, iniciou-se a segunda Comissão de Emancipação de Cachoeirinha.

Segunda reunião de Emancipação

___Na segunda reunião de emancipação do Distrito de CachoeirinhaRuy Teixeira aparece discursando para empresários e moradores de Cachoeirinha

___Essa foi a segunda reunião, mas a ata só começou a ser registrada a partir do terceiro encontro.

Gravataí – Resiste a Emancipação do Distrito

___Mas esta comissão de emancipação de Cachoeirinha, também não foi vitoriosa.

Gravataí – Desenvolvimento e Crescimento

A partir da década de 1960, a cidade de Gravataí entrou em um rápido processo de industrialização, que chega ao auge a partir de 1973.

Casa do Leite

Na década de 1960, na parada 57, o leite recolhido ali era levado para a CORLAC (Companhia Rio-grandense de Lácteos).

CORLAC – Pedra Fundamental

___A área da Casa do Leite, pertencia a Corlac, e nesta foi colocada a pedra fundamental da nova fábrica, evento que teve a presença de políticos da região.

___A fábrica não saiu da pedra fundamental, a área abandonada atualmente ao lado do Shopping do Vale, e tem um posto de gasolina.

Nota:

- A figueira continua ali, e a casa ruína também continua no canto direito, marcando o lugar, do principal produto de Cachoeirinha até a década de 1980.

Ruínas

Casa do Leite restaurada

Ecomuseu Casa do Leite

Distrito de Cachoeirinha

Em 01 de julho de 1960, na divisão territorial, o Distrito de Cachoeirinha, figura no município de Gravataí.

___Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31-XII-1963.
Casa Baptista

Nos anos 1960, há uma preocupação com a relevância histórica do imóvel da Família Baptista no "Mato do Júlio".

1961

Estancia Cachoeira

Em 1961, o historiador Francisco Riopardense de Macedo já apontava a Estância da Cachoeira como relevante na história do estado.

“Ela é representativa de um momento da arquitetura das estâncias luso-brasileiras, um exemplo de arquitetura colonial”.

___Na região metropolitana de Porto Alegre, não se tem notícia de outro imóvel nestas condições que esteja no estado de conservação em que a casa se encontra.

Nota:

- Na data a casa continuava com mobiliário de época quando inspecionada.

Cachoeirinha – Protesto Aumento da Passagem

Em Julho de 1961, Cachoeirinha foi capa de todos os jornais de capital, devido aos protestos pelo aumento da passagem de ônibus.

___Foram feitas barreiras na RS-030 (Avenida Flores da Cunha) nas paradas 46 na Ponte e 53 entre o Cine Danúbio Azul e o Mato do Júlio que impediam a passagem dos ônibus da empresa "Sociedade de Ônibus Gigante Ltda".

___O protesto que começou de forma pacífica acabou evoluído para apedrejamento dos carros da Polícia que vieram com muita truculência tentar acabar com o protesto da população.

___O povo da Cachoeirinha fechou a Ponte.

___O protesto só terminou quando o DAER (Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem) suspendeu a concessão da empresa que estava com presos abusivos e atendeu o pedido da população.

___Conforme Sr. Amaral Freitas: - “Lembro muito bem desse dia...ninguém passava na ponte, e o protesto aconteceu frente o Mato do Julio, próximo ao antigo abrigo da 54, e olha que eu tinha 7 anos, parece que o padre Luiz Geremias que acalmou o povo”.

Nota:

- Conta-se que nessa mobilização junto a Ponte de Ferro, ocorreu uma briga generalizada e Padre Geremias junto no tumulto levou um soco que sua batina preta chegou a levantar.

1962

C.T.G.

CTG – Rancho das Saudade

Em 22 de abril de 1962, é inaugurado o CTG – Rancho da Saudade, sinônimo das tradições gaúchas em Cachoeirinha.

1964

Família Muller – Herdeiros

Em 1964, Silvio Antonio Muller (filho de Jacob Muller), e sua esposa Iara Bauer Pires Muller e o recém, nascido Jaime Muller em 02/06/1963 J. P. Muller, nome em homenagem ao querido profissional Dr. Jaime, que além de medicar em Cachoeirinha tinha seu consultório fixo na Volta do Guerino em Porto Alegre, em cima da Relojoaria De Conto.

___Vem residir na Rua Guaraní, 148, Parque Imbuí, em frente à casa do patriarca.

Família Cidade

___Nesta época Ruben Carlos Cidade, casado com Selma Therezinha Cidade (Filha de Jacob Muller) e família, muda-se de Gravataí para Cachoeirinha no Parque Imbuí, para cuidar de sua sogra Antonieta Magdalena Muller.

___Rubem Cidade, gráfico, irá abrir em Cachoeirinha a primeira “tipografia” da cidade, na Avenida Flores da Cunha.

A Luta pela Emancipação
1965

Terceira Tentativa de Emancipação
Em 1965, foi criado um terceiro Movimento de Emancipação do Distrito de Cachoeirinha, junto ao “legislativo municipal” de Gravataí.

___Não foi fácil.

___Na época, eram três vereadores do Distrito de Cachoeirinha na Câmara de Vereadores de Gravataí.

Última legislatura de vereadores de Cachoeirinha na Câmara de Vereadores de Gravataí

Acervo professor Gilson Lazarotto

___Cachoeirinha estava bem representada:

·         José Prior,

·         Osvaldo Correia,

·         Martinho Espíndola, e o

·         Vice-prefeito de Gravataí Ruy Teixeira, três residiam em Cachoeirinha

___Era forte a representação política que o Distrito de Cachoeirinha tinha em relação ao “Município Mãe” Gravataí.

___Sendo assim, a terceira investida para a emancipação do distrito e criação do Município de Cachoeirinha saiu vitoriosa.

___O ex-prefeito Ruy Teixeira conta como foi a luta para a emancipação da cidade:

“O processo de emancipação foi muito influenciado e apoiado, juntamente com três vereadores:

- José Prior, Osvaldo Correia e Martinho Espíndola.

Município de Gravataí

Em 09 de novembro de 1965, o distrito e elevado à categoria de “Município” com a denominação de – Cachoeirinha –, pela Lei Estadual n.º 5.090, desmembrado do Município de Gravataí, com a área de 36 Km2.

Prefeitura Municipal de Gravataí

Igreja Matriz
1966

Em 16 de janeiro de 1966, assume a Paróquia São Vicente de PauloPadre Seno Schneider.

Igreja Matriz – Primeira Missa de Inauguração

___O Padre Seno Schneider celebra a primeira missa na nova Igreja recém terminada, uma grande novidade no novo Município.

Igreja Matriz São Vicente de Paulo

Igreja Matriz São Vicente de Paulo – 2006

Corrida de Automóveis

Em 28 de janeiro de 1966, aconteceu a Corrida de Automóveis na Estrada Flores da Cunha (RS-030), a população em peso assistiu o acontecimento na lateral da estrada.

Largada no Centro, parada 51

Largada

Junto a Rua Brochado da Rocha, a Casa Soares, a Padaria Central, de propriedade de Sr. Nicolau e dona Nanci – década 1960

Corrida de Carros

Entre a parada 54 e 55 da Avenida Flores da Cunha

Estação de Água

Falta de Água

___Nesta época, com o crescimento populacional a falta de água era constante, as pessoas eram atendidas por carro pipa ou poços artesianos.

CORSAN – ETA

___Por determinação do governo do estado é construída em Cachoeirinha a Estação de Tratamento de Água da CORSAN - Companhia de Saneamento do Estado do Rio Grande do Sul.

ETA – Obras

___A construção se deu no ponto mais alto do município, no espigão na Rua Tupi (Avenida João XXIII) na “antiga chácara” da Família Medeiros.

Obras da ETA – CORSAN

Nota:

- Até o final da década de 1980 a torre da igreja matriz e a caixa d´água da Corsan eram as únicas construções que se via a distância vindo de Porto Alegre pela Avenida Assis Brasil.

O prédio verde e branco da CORSAN

Cachoeirinha

Emancipação Política

Município de Cachoeirinha
Data Oficial

Em 15 de maio de 1966, "Data tão Festiva"inicia a história da instalação do Município de Cachoeirinha documentada na Lei nº 5090/66, data em que se comemora oficialmente sua emancipação política de Gravataí. 

___Município constituído do antigo distrito sede.

___aglomerado, povoado, após villa, depois distrito” que fazia parte do Município de Gravataí começou a se expandir livre chegando ao Município de Cachoeirinha, ou só Cachoeirinha”.

Primeira Prefeitura Municipal de Cachoeirinha

Primeiro Prefeito
Interventor Nomeado

Em 1966, o primeiro prefeito do município foi Francisco Valls Filho (15/05/1966 - 31/01/1968), nomeado interventor pelas autoridades estaduais da época, estávamos em pleno período de Ditadura Militar (desde 1964).

Parque Imbuí
___A Prefeitura cria o primeiro parque, foi criado o Parque Imbuí, na parte baixa do espigão da Matriz, junção das ruas:

·         Gravataí,

·         Imbuí,

·         Guarani, na parada 51

___Este parque será considerado o primeiro Centro de Cachoeirinha, ruas ainda sem calçamento.

Calçamento
___As ruas em Cachoeirinha não tinham calçamento, havia um corredor pluvial calçado por pedra irregular de 50 cm de cada lado da rua junto ao meio fio, nas quatro primeiras ruas abertas, que foi coberto pela terra e poeira constante em Cachoeirinha.

___Tinha uma só rua em formato de avenida com canteiro no meio, era a Rua da Quitandinha.

___A Faixa Preta (Avenida Flores da Cunha), que era a avenida principal, de mão dupla, asfaltada, sem acostamento calçado (em terra).

Primeira Rua Calçada

___Depois foi calçada a Rua Tupi (Avenida João XXIII), com pedra regular, até a Corsan,

___Após a Rua Brochado da Rocha, duas quadras calçadas com pedras.

___Somente na década de 1970, é que as ruas do Centro conhecido, na parada 51, começaram a ganhar calçamento de pedra irregular, no formato de parceria, onde parte do calçamento era arcado pela comunidade, cada um com a metade da frente de seu lote.

Primeiro Banco
1968

Agencia Unibanco

Em 1968, e instalada a primeira “agência bancária” do município, o Unibanco (União de Bancos Brasileiros), na Avenida Flores da Cunha, esquina Rua Rui Ramos, parada 49.
Nota: 

- As famosas filas na década de 1960 e 1970, que se iam pela Rua Rui Ramos, aguardando a abertura da agência, muitas vezes reservadas por pedras no chão, pelas pessoas que iam para casa e depois voltavam, "Muita Brigas".

Prefeito – Eleição pelo Voto Direto

Em 1968, na segunda gestão acontece a primeira “eleição direta para a Prefeitura” em Cachoeirinha é eleito Ruy da Silva Teixeira (31/01/1968 - 02/07/1969), o primeiro prefeito eleito pelo voto popular.

Ruy Teixeira assina a posse

___O primeiro prefeito eleito de Cachoeirinha, Ruy Teixeira assinando a posse perante o juíz na Sociedade Esportiva Cachoeirinha.

Primeira Praça
Praça Cônego Pedro Wagner 

Em 1968, na Rua Tupi (Avenida João XXIII), recém calçada, é inaugurada a primeira praça a atual Praça Cônego Pedro Wagner de Cachoeirinha em frente a igreja matriz São Vicente de Paulo, com a sua “pira cívica” na época camada de “Pira da Pátria”.

Nota:

- Na época na Semana da Pátria, a cada mês de setembro, alunos das escolas eram escolhidos para a vigília do fogo simbólico.

Praça Cônego Pedro Wagner

Faixa Preta

Competição de Estrada Gaúcha

Em 1968, foi realizada a última competição de Estrada Gaúcha, na RS-030 entre Cachoeirinha até Capão da Canoa no Oceano Atlântico, na “Faixa Preta”.

O DKW Malzoni, o 3º da esquerda para a direita, carro nº 9, que chegou em 5º lugar

Foto jornal Folha da Tarde

Dia de Corrida

Divisão Territorial 

Em 31 de dezembro de 1968, em divisão territorial, o município de Cachoeirinha é constituído do “distrito Sede”.

1969

Prefeito Destituído
Em 1969, por problemas políticos, Rui Teixeira foi destituído do cargo de prefeito municipal e assumiu em seu lugar o interventor Aury de Oliveira (01/09/1969 - 31/03/1973).

Avenida Flores da Cunha – Engarrafamento

___Antes da nova ponte, havia o aumento anual do fluxo de veículos, onde principalmente no Verão era comum no retorno do litoral o engarrafamento sem fim, pois a ponte de mão única não dava vazão; primeiro no sistema “pare e siga”.

___Depois foi colocada uma sinaleira de duas luzes (vermelha e verde) em cada lado da ponte.

Ponte de Ferro, com sinaleira

Terceira Ponte – Rio Gravataí
Construída em Ferro

No final da década de 1960, é construída pelo Exército"segunda ponte de ferro",

“esta provisória”, que permaneceu permanente, do lado direito da antiga ponte, após a grande enchente daqueles anos.

Enchente

___Nesta enchente para chegar a Cachoeirinha da entrada da Santo Agostinho na curva tinha o Posto Texaco, prédio verde e branco (atual FIERGS), dali até a Ponte estava tudo inundado, para manter a ligação foram colocadas “boias vermelhas” que marcavam o caminho, para os veículos não caírem na granja de arroz.

Ponte de Ferro instalada, próximo a inauguração

1970

O chamado Milagre Brasileiro

Pra Frente Brasil

A partir da década de 1970, em Cachoeirinha, sob plena Ditadura Militar, impulsionado pelos programas do governo federal, a cidade começa o ápice ao crescimento e desenvolvimento.

Cachoeirinha – Cidade Dormitório

___Cachoeirinha ainda é “cidade dormitório” (trabalham em Porto Alegre, dorme em Cachoeirinha), mas em breve isto mudará, com a criação do Distrito Industrial.

RS-030 – Avenida Flores da Cunha

Na década de 1970, o trecho que atravessa o município de Cachoeirinha da rodovia RS-030, foi concedido à Prefeitura de Cachoeirinha, a “Faixa Preta” que já era a Avenida Flores da Cunha.

CORSAN – Falta de Água
Na década de 1970, ainda era comum a “falta de água” em Cachoeirinha, onde a Corsan (distribuidora) não dava conta do consumo, a maioria das casas possuiam poço artesiano que no Verão eram cheios pelo carro pipa da Prefeitura.

Carro pipa

Distrito Industrial
Em 1970, foi instalado o Distrito Industrial de Cachoeirinha, o que foi possível a partir da cessão de áreas pela CEDIC (órgão do Governo do Estado), na Estrada do Ritter e no caminho a cidade de Canoas, a economia do município diversificou-se e tomou impulso.

Distrito Industrial – Instalação

___Estrategicamente localizada a 17 km do centro de Porto Alegre, Cachoeirinha faz divisa, também, com Gravataí, Esteio, Alvorada, Canoas e Sapucaia do Sul.

___Na área interna do distrito, as obras de terraplanagem foram grandiosas, construídos:

·         Avenida Principal, larga com canteiro central,

·         Vias transversais de acesso,

·         Lotes planos e amplos de acordo com a necessidade,

·         Estrada do Ritter foi alargada e asfaltada até a divisa com a cidade de Canoas; até a rodovia RS-118 permaneceu sem calçamento.

Nota:

- O Distrito com o tempo se expandiu para além da área programada, atingindo toda a região até a rodovia RS-118.

Distrito Industrial – Migrantes
___O crescimento ocasionou a migração de populações provenientes do Sul de Santa Catarina e Norte do Rio Grande do Sul.
___Posteriormente, também migrantes de regiões do Oeste do Rio Grande do Sul, como Palmeira das Missões, Santa Maria, e sul de Santa Catarina adotaram a cidade.

Distrito Industrial – Pólo Logístico

___O Distrito Industrial transformou Cachoeirinha em um importante “Pólo Logístico”, além de se destacar por sua pujança nas áreas industrial, comercial e cultural.

Migrantes Catarinas

Cachoeirinha – Chegada dos Migrantes

___Após a emancipação e instalação de seu Distrito Industrial, Cachoeirinha se tornou uma cidade atrativa com muitas oportunidades.

___Grande parte destes eram de Sombrio (SC), mas também chegaram ao município moradores de regiões do próprio Rio Grande do Sul como Palmeira das Missões, Santo Antônio da Patrulha e Santa Maria.

Cachoeirinha – Catarinenses

___Nas tabelas abaixo podemos observar como a naturalidade com mais habitantes na cidade após os próprios gaúchos, eram os catarinenses. Além disso esse número se manteve em crescimento como o da população total.

___Naturalidade de habitantes de Cachoeirinha – ano 1970:

·         Total Gaúcho 27,598

·          Catarinense     3,081

·          Pop. Total     30,841

- Fonte Censo IBGE/1970

Cachoeirinha-RS – Sombrio-SC

___Os sombrienses vieram de Santa Catarina para Cachoeirinha movidos pela esperança em uma oportunidade de mudança de vida, com as abundantes ofertas de emprego geradas pela instalação do novo Distrito Industrial na cidade.

___Também é importante lembrar que a cidade é vizinha a capital gaúcha. Já a capital Florianópolis, não foi a escolhida por migrantes, pois mesmo pertencendo ao mesmo estado a época era muito menos desenvolvida e mais distante que Porto Alegre, enquanto Sombrio-Florianópolis ficam a 3h e 10 min via BR-101, Sombrio-Cachoeirinha ficam a 2h e 30min.

1971

Tipografia Caiçara 
Em 1971, 
é instalada a Tipografia Caiçara de Rubem Carlos Cidade, da Família Cidade, primeira tipografia de Cachoeirinha, localizada na parada 49 (ao lado atual Supermercado Asun).

Igreja Matriz
Em 31 de janeiro de 1971, Pe. Ilmo Schutz toma posse da paróquia São Vicente de Paulo como pároco.

Trevo e Viaduto da Assis Brasil

___Com os aterros e terraplanagem da nova rodovia (Freeway) a pleno, em direção a Osório, iniciaram a construção do viaduto sobre a Avenida Assis Brasil que seria o acesso a zona Norte de Porto Alegre e ao município de Cachoeirinha.

___A duplicação da Avenida Assis Brasil ficou interessantemente a 500 metros da Ponte sobre o Rio Gravataí, bem na curva na entrada da alça de acesso a Freeway, para Porto Alegre, durante mais de 30 anos, que era de pista simples e sem acostamento asfaltado. A Avenida Assis Brasil era até o final da década de 1960 do Triangulo a ponte do Rio Gravataí era de pista simples sem acostamento que era de terra, no final ficou só os 500 metros.

Nota:

- Este cronista que vos narra, criança ainda acompanhou de perto as obras tanto do Viaduto e duplicação da Assis Brasil, como a Ponte sobre o Rio Gravataí na Freeway.

Calçadão

Avenida Gal. Flores da Cunha

___Na administração de Francisco de Assis foi iniciado o famoso calçadão da Avenida Flores da Cunha, começando na Ponte até a parada 51.

___Esta que foi a maior obra de urbanização da cidade até aquele momento, transformando a “Faixa Preta” e seu acostamento poeirento em uma avenida com pistas de rolamento, canteiro central, amplas calçadas em formato de calçadão, arborização e estacionamento demarcado (Em 2024, desfigurado).

Nota:

- Este cronista, teve a honra de morar (Rua Guarany, primeiro no nº 160 e depois no nº 155), onde sua Família chegou em 1964 e seus avós em 1960.

1972

Igreja Matriz
Em 16 de janeiro de 1972, Pe. Ilmo Schutz é substituído pelo Pe. João Poletto, que era o padre que primeiro comprava um carro zero na cidade (de Fusca para Brasília e Gol).

Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem
Em 23 de fevereiro de 1972, 
Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, na parada 46 foi elevada à categoria de “Paróquia”, desmembrada da matriz Paróquia São Vicente de Paulo.

Paróquia da Boa Viagem – Padre Abell

Em 05 de março de 1972, Dom Vicente Scherer, nomeou Padre Abel, primeiro pároco de nova paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem.

Programa de Domingo – Visita as obras da Auto-Estrada

Em 1972, aos domingos as famílias iam até a beira Rio Gravataí para ver os serviços de terraplanagem da “primeira auto-estrada” do RGS (Freeway), com as grandes máquinas e muita terra vermelha junto a construção das pontes sobre o rio.

Região Metropolitana

1973

Em 08 de junho de 1973, pela Lei Complementar Federal nº 14, foi criada a Região Metropolitana de Porto Alegre, envolvendo além de Cachoeirinha, outros 31 municípios.
Nota:

- Em 2012, com praticamente quatro milhões de habitantes, a região metropolitana de Porto Alegre era a 102ª maior aglomeração urbana do Mundo.

Freeway

Em 26 de setembro de 1973, é inaugurada a primeira auto-estrada do Sul do Brasil, com evento sob a Ponte do Guaíba, com a presença do presidente da república Médice.

___Obra:

·         2 Pistas de rolamento com acostamento em cada sentido e devidamente sinalizada.

·         Viadutos, obras de arte e drenagem em todo o seu percurso de 100 km.

·         Saindo de Porto Alegre da Ponte do Guaíba, sobre o Dique de contensão, passando por Cachoeirinha, Gravataí, Glorinha, Santo Antonio da Patrulha até a cidade de Osório, se bifurcava em trevo para o Litoral Norte a direita e em frente seguia em direção a Norte do país.

___A Freeway foi considerada a rodovia mais moderna do Brasil a época.

___A atual BR-290 (também conhecida como "Freeway"), corta a cidade de Cachoeirinha pela lateral Leste.

Freeway – Isola Cachoeirinha

___Foi um marco para Cachoeirinha, mas não de crescimento direto, pois o trevo de acesso ficou em Porto Alegre, na Avenida Assis Brasil, 3 km antes e o próximo só em Gravataí na Rodovia RS-118.

___Cachoeirinha ficava isolada, a cidade tinha apenas o acesso de saída para Porto Alegre, sendo vista no horizonte da nova rodovia.

Prefeito Francisco Medeiros acompanhando a abertura do acesso temporário

___Na foto acima, abertura da Rua Papa João XXIII com a ligação da Freeway

___Cachoeirinha não ganhou acesso, que foi fechado, mas mesmo sem acesso a cidade alavancou um rápido “processo de industrialização e desenvolvimento”.

Inauguração da Freeway

Folha da Tarde, Cia. Jornalística Caldas Junior – 23/09/73

Gravataí – Freeway impulso que Faltava

___A Freeway (BR-290) deixou Cachoeirinha praticamente isolada, mas para Gravataí foi o impulso que faltava para a sua industrialização. Sendo um dos fatores determinantes para que Gravataí abandonasse a economia agrária e a criação do seu “Distrito Industrial”, que ainda não existia.

Vale do Gravataí – Polo Industrial

___O crescimento de Gravataí com o seu Distrito Industrial, foi importante também para Cachoeirinha, transformando o Vale do Gravataí em um “Polo Industrial e Comercial”, competindo e se alinhando ao Vale dos Sinos (Canoas, Esteio, Sapucaia, São Leopoldo, Novo Hamburgo) ao seu lado.

Terras do Velho Noca

___A área descampada entre as paradas 49 e 50, limitada pelas Avenida Flores da Cunha, Rua ..., Rua ..., e os fundos das moradias da Rua Rui Ramos.

___Já existia alguns prédios instalados em terrenos doados pelo Seu Noca nas bordas da propriedade, como:

·         Colégio Polivalente,

·         Posto de Saúde, primeiro de Cachoeirinha, em continuação da rua algumas residências entre terrenos baldios,

·         Capela do Perpétuo Socorro, vinculada a Paróquia da Boa Viagem,

___E a casa, estilo chalé de 2 pisos, na chácara do Seu Noca na esquina com a Avenida Flores da Cunha.

Vila Eunice
1974

Loteamento

Em 1974, é criado entre as paradas 49 e 50, um marco para a cidade de Cachoeirinha, o Loteamento Vila Eunice nas terras do conhecido "Velho Noca", área imensa, este pai da professora Eunice, que fora diretora da Escola Estadual Gov. Roberto Silveira.

Vila Eunice junto a av. Flores da Cunha – década 1980

Vila Eunice – Primeiras Construções

___Os dois prédios que aparecem na imagem de tijolo a vista, foram os primeiros a serem construídos na Vila Eunice.

Nota:

- Nesta época vários prédios foram construídos na mesma técnica de tijolos a vista.

___A altura de 3 pisos era uma tradição construtiva em Cachoeirinha, pelo motivo da cidade estar na rota da pista do Aeroporto Salgado Filho.

Nota:

- Na imagem o segundo prédio da direita para a esquerda foi o primeiro prédio construído na área, quando ainda não existia o loteamento.

Restaurante La Coruña

Restaurante de Grife

___Na imagem acima o primeiro prédio da direita para esquerda, já construído no loteamento Vila Eunice, teve o primeiro restaurante de grife em Cachoeirinha, o Restaurante La Coruña na ponta do prédio, o mais caro e bem frequentado da cidade.

___Também ficava neste prédio a “loja de comercialização do loteamento”, e a loja J. H. Santos.

___Este cronista que vos narra, conhecia a todos os sócios do empreendimento e a família de Seu Noca.

Novo Centro

___Este loteamento será a régua mestra do novo “Centro Comercial” urbano de Cachoeirinha, tornou-se o primeiro bairro de “classe média alta” da cidade e fruto do crescimento urbano.

Centro Novo

Nota:

- Este cronista conheceu e conviveu com os idealizadores do loteamento, direcionado primeiramente aos ciganos que tinham o hábito de se instalar com suas barracas no local descampado, e tinham o dinheiro para compra à vista dos lotes (o que muitos fizeram), sendo os primeiro moradores do arruamento.

- Nesta época todo mundo atalhava pelas terras do Noca, principalmente para ir a Posto de Saúde ou ao Polivamente (que era meu caso diário)

Ciganos

Acampamento Cigano

___Anualmente os ciganos chegavam em Cachoeirinha e a maioria acampava com suas barracas características na área do velho Noca, entre a parada 49 e 50, outros nos Campos do Juca junto a Casa do Leite, parada 57.

___Durante a semana saiam as mulheres para a venda de frigideiras e ler a sorte das pessoas, e os homens as negociatas.

Vila Eunice

___Dizia-se que um “príncipe dos ciganos” acampava no Noca e foi um dos primeiros moradores da Vila Eunice.

___Mesmo após o loteamento concluído os ciganos acampavam nos lotes ainda livres.

Igreja Matriz – Piso
Em 03 de novembro de 1974, acontece a inauguração oficial do piso da igreja Matriz São Vicente de Paulo com a presença do Cardeal Dom Vicente Scherer.

___A Matriz desde a inauguração não tinha piso.

Vitrais da Matriz

Ônibus – Linha Ponte

Cachoeirinha – Mobilidade

Monopólio da SOGIL

Na década de 1970, para quebrar o monopólio da SOGIL na Linha: Cachoeirinha/ Gravataí – Ponte; e melhor atender a população de Cachoeirinha, que sofria com a espera e os ônibus intensamente lotados (ônibus circulavam de portas abertas com as pessoas penduradas para fora) vindos de Gravataí ou do Centro de Porto Alegre.

Cachoeirinha – Duas Empresas

EXPRESSO CACHOEIRINHA 

RÁPIDO CACHOEIRINHA 

___A Prefeitura Municipal, com o DAER, recorreu e duas empresas de São Paulo que se habilitaram (uma delas a Taboão), para o serviço de transporte coletivo intermunicipal entre Cachoeirinha Ponte - Gravataí.

___Cachoeirinha de mal atendimento à plenamente atendida, tanto que a maior parte das viagens iam e voltavam de Gravataí praticamente vazios. O que foi o problema para as empresas.

___A empresa Expresso Cachoeirinha, fornecia o melhor atendimento, com ônibus a média de 15 minutos de intervalo.

___Em Cachoeirinha tinham o nome de:

·         Expresso Cachoeirinha (Azul e Vermelho), com freqüência maior, da empresa Taboão de São Paulo, os horário eram quase interruptos, nunca se teve tanta oferta de coletivo.

·         Rápido Cachoeirinha (Branco e Vermelho).

Empresa Rápido Cachoeirinha

 

___Nas linhas da SOGIL, em Cachoeirinha, não podia-se embarcar, somente desembarcar.

___As empresas operaram por quase um ano, mas se tornou deficitária.

Linha Gravataí – Ponte

SOGIL

___A SOGIL que se sentia prejudicada, investiu, recorreu e retomou a linha:

·         Gravataí/ Cachoeirinha – Ponte

Futuro Papa em Cachoeirinha
1975

Igreja da Boa Viagem – Demolida 

___Conforme o jornal Folha da Tarde, a manchete: "Ninguém mais salva a capela de Cachoeirinha".

Em 25 de fevereiro de 1975, o conhecido Padre Abel Vilalba decidiu mandar demolir para a construção da nova Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem.

___O que aconteceu não houve manutenção o telhado estava desabando. Já em 1970 a parte da entrada da capela passou por uma "reforma" o cupim tomou conta.

___Assim perdemos um marco histórico da nossa cidade, construída em 1932, a "Capela da Boa Viagem" foi o primeiro templo religioso construído no município de Cachoeirinha.

Nota:

- Em 1972, a Família Cidade através de Rubem Cidade e Selma Terezinha Cidade, foram os festeiros da tradicional Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, este que vos narra estava por ser sobrinho, com 9 anos.

Passagem do Patriarca de Veneza

Em 1975, o Cardeal “Patriarca de Veneza” D. Albino Luciani, em visita ao Rio Grande do Sul, foi a várias cidades:

D. Albino Luciani

___D. Albino Luciani ficou na cidade de Santa Maria na casa do Cardeal brasileiro Dom Aloísio Lorscheider (único Cardeal brasileiro a receber votos em um dos conclaves até aquela data "Primeiro Conclave de 1978”), que eram amigos.

 

Dom Aloísio Lorscheider 

Gravataí – Seminário Menor São José

___O Cardeal Dom Albino Luciani visitou o Seminário Menor São José, em Gravataí.

Cachoeirinha – Abençoada

___No caminho à Gravataí, D. Albino passando e conhecendo o Município de Cachoeirinha, conforme o padre/professor Abell do Polivalente, pároco da Igreja São José do Sarandi (Porto Alegre).

Seminário Menor São José – Gravataí

1977

Prefeito Chico

Em 31 de janeiro de 1977, tomou posse como prefeito Francisco José Rodrigues (31/01/1977 - 31/01/1983) que sucedeu a Aury de Oliveira.

___Chico, como era conhecido, morador do Interior I, deu impulso ao desenvolvimento urbano de Cachoeirinha.

___A conquista da vitória para prefeitura, foi interessante, uma vez que até as vésperas seu nome não despontava entre os primeiros.

Nota:

- Claro existe um fato da vitória, mas em respeito à memória de Chico Rodrigues, manteremos assim.

1978

Em 1978, o “Patriarca de Veneza”, Cardeal D. Albino Luciani, tornou-se o Papa João Paulo

I.

Papa João Paulo I

1980

Cachoeirinha – Mobilidade

Transporte Interurbano

SOGIL

A partir de 1980, a empresa SOGIL – Sociedade de Ônibus Gigante S/A decidiu intensificar seu foco no transporte do eixo Gravataí - Porto Alegre, abdicando das linhas do município de Cachoeirinha, que atendia desde a década de 1930.

VICASA

___A concessão é repassada para a VICASA – Viação Canoense S/A, do município de Canoas.

___A VICASA inicia com linhas:

·         Cachoeirinha – Fátima, e

·         Interior I.

Nota:

___No início das operações foi tudo maravilhoso até não mais ser, principalmente quando disponibilizou o serviço com ônibus Executivo com tarifa diferenciada, e para cada 1 da “linha comum” era 2 ou 3 Executivos liberados, para forçar pela espera ao passageiro optar por este serviço mais caro. Claramente esta viagem era mais rápida, mas só para quem ia ao Centro de Porto Alegre, pois o Executivo seguia via Freeway desde o trevo da Assis Brasil direto até o Terminal Rui Barbosa. Já quem queria ir a Avenida Assis Brasil, Benjamim Constant, Farrapos, tinha mesmo que esperar.

Cachoeirinha – Migrantes Catarinenses

___Naturalidade de habitantes de Cachoeirinhaano 1980:

·         Total Gaúcho 56,654

·         Catarinense      5,430 (Declarados)

·         Pop. Total      63,196

- Fonte: Censo IBGE 1980

Parque da Matriz

___A Habitasul S/A, holding de várias empresas inclusive bancos (Banco Habitasul, Caderneta de Poupança Apesul), loteamento Eldorado (Eldorado do Sul), o loteamento Jurerê Internacional em Florianópolis.

___A Habitasul Incorporadora promoveu a abertura de um grande loteamento nas terras adquiridas dos Baptistas, um grande descampado, entre a Avenida Flores da Cunha e a BR-290 (Freeway).

Hospital de Cachoeirinha

Hospital Padre Jeremias

___Uma necessidade de Cachoeirinha e apelo da sociedade era a instalação de um hospital público, o que aconteceu em área do novo loteamento Parque da Matriz, em área cedida a Prefeitura pela Habitasul Incorporadora, paralela à Avenida Flores da Cunha.

___O nome do hospital é em homenagem ao pároco mais popular da cidade e um dos autores da emancipação de Cachoeirinha.

Hospital recém inaugurado

Nesta época da Avenida Flores da Cunha se via o Hospital

1984

Prefeito Francisco de Medeiros

Em 31 de janeiro de 1984, assume o prefeito Francisco de Medeiros (31/01/1984 – 1°/01/1989), que sucedeu Francisco José Rodrigues.

___Governou Cachoeirinha em outra oportunidade (01/01/1993 - 24/07/1994), tendo falecido no exercício do cargo, vítima de um acidente de trânsito, com o que foi substituído por seu vice, Maurício Medeiros Tonolher (25/07/1994 - 31/12/1996). 

___Entre os dois mandatos de Francisco de Medeiros, governou Cachoeirinha, Gilso de Almeida Nunes (01/01/1989 - 31/12/1992).

Diretas Já

Em 1984, Cachoeirinha formou “comissão” como em todo o Brasil na luta pelas "Diretas Já" e o fim do Regime Militar.

Marcha pela Diretas, av. Flores da Cunha 

Concentração pelas Diretas – Poli (Polivalente)

Igreja Matriz
Em 30 de dezembro de 1984,
 o Pe. Francisco Nicolau Scheibel assume a paróquia Matriz de São Vicente de Paulo.

Indústria Gráfica Caiçara

___Neste período a Tipografia Caiçara de Ruben Carlos Cidade se transformou em Indústria Gráfica Caiçara, atendendo com o “parque gráfico” criado o Distrito Industrial de Cachoeirinha e a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, entre outros.

___A família realizava grande parte dos serviços diários na gráfica (Selma Therezinha Cidade, a gerente Mirian Rejane Cidade, Robson Claudionor Cidade (Tata), Arthur Jacob Cidade.
Acesso às Pontes de Ferro

___Nas cabeceiras da Ponte de Ferro foram retirados os balauestres e a murada (elementos históricos) dos dois lados da ponte que complementavam sua estética, substituídos por uma estrutura de concreto na diagonal, como “guard rail”, nas duas pontes.

Enchentes

___Cachoeirinha sempre sofreu com as enchentes, anualmente, principalmente nas áreas ribeiras, causando um grande transtorno as famílias afetadas e dificultando o acesso a Aldeia dos Anjos ou para a capital Porto Alegre, a estrada ficava fechada ou com acesso reduzido.

Anos 1960

Granja – Anos 1960

Enchente na parada 48

Avenida Assis Brasil (Granja), Porto Alegre – 1984

Rio Gravataí – Dique

___Pelo motivo das constantes enchentes o Governo Federal, Estadual e a Prefeitura com o então prefeito Francisco de Medeiros deu início a construção do Dique de Contensão em aterro sobre a margem, para evitar o avanço das águas do Rio Gravataí que castigavam principalmente os bairros do Interior I.

___Atualmente a maior parte da enchente fica para Porto Alegre sobre a plantação na granja de arroz.

Avenida Assis Brasil – Porto Alegre

Dique Primeira Fase
1985

Rio Gravataí – Projeto Dique

Em 1985, a obra do Dique de Contensão foi planejada e executada pelo engenheiro Wilson Ghinatti.

Vista aérea da construção do Dique no Porto de Areia

Vê-se a Rua Campos Sales, a antiga Delegacia de Polícia, a fábrica de Carrocerias Dimer e a Churrascaria Vassourão

Foto: Luis Ricardo Dimer

Parque Doutor Tancredo Neves

Em 09 de agosto de 1985, foi criado o Parque Doutor Tancredo Neves, na Granja Esperança, através da Lei n.° 811, que denomina o “Parque Municipal”.

1986

Igreja Matriz

Em 02 de agosto de 1986, assume a paróquia São Vicente de Paulo Pe. Arlindo Bottan.
1987

Igreja Matriz
Em 04 de janeiro de 1987, a paróquia São Vicente de Paulo assume Pe. Ermelindo Lottermann.

Primeiro Arranha-céu
1989

Edifício Madrid

Em 1989, é construído o primeiro arranha-céu de Cachoeirinha, o Edifício Madrid, na Avenida Flores da Cunha, 580 esquina com a Rua Anita Garibaldi, parada 47, com seus 10 andares e 2 elevadores e lojas comerciais no térreo.

 Edifício Madrid

Ponto Referencial

___A partir desta data a torre da Matriz e a caixa d`água da Corsan deram lugar para um novo ponto de referência.
Nota:

- Este cronista que vos narra, teve loja no sétimo andar, loja de roupas femininas chamada "Nudez", com as sócias Regina, Eliana e patrocínio de Peri de Carvalho Zinn, da Irmãos Wainstein.

Morre Pe. Geremias
Em 23 de março de 1989, quinta-feira, Padre Geremias, Luiz Frederico Geremias foi vítima de um ataque cardíaco e morreu a caminho da Catedral Metropolitana, em Porto Alegre.

Padre Geremias – Velório 

Em 24 de março de 1989, no dia seguinte, sexta-feira Santa, em Cachoeirinha, foi enterrado na casa onde semeou a fé e orientou católicos.

___O velório de Padre Geremias atraiu uma multidão de pessoas na Igreja Matriz São Vicente de Paulo.

Multidão no velório de Padre Geremias

Quarta Ponte – Rio Gravataí

1990

Ponte Em Concreto

Na década de 1990, para facilitar a circulação de veículos entre a região do Vale do Gravataí e Porto Alegre, houve a necessidade da construção de uma nova ponte, agora em concreto, projeto do Governo do Estado.

___Foram construídos no ritmo brasileiro (lento) as duas pontes com duas pistas de rolagem em cada sentido, em formato de arco romano, exatamente sobre onde estavam localizadas as 2 Pontes de Ferro.

Ponte de Ferro – Demolição

___A “Ponte de Ferro” foi desmontada e colocada no Parque de Exposição na Estrada do Ritter, de lá o símbolo maior de Cachoeirinha, foi vendida como ferro-velho, a “velha ponte”, de tantas travessias e enchentes, permaneceu no imaginário de seu Povo.

Ponte de Ferro – Placa de Bronze

___Não sobrou nem a placa inaugural em bronze que ficava sobre a viga frontal bem no meio, pelo lado de Cachoeirinha.

Ponte em concreto

Estancia Cachoeira – Tombamento

Nos anos 1990, teve início a pressão pública pelo tombamento da Estância da Cachoeira, mais conhecida como Mato do Júlio, a partir de uma pesquisa realizada pela professora Isabel Mombach, que ingressou com um pedido junto ao Ministério Público para o “tombamento de diversos imóveis de importância histórica” para o município, entre eles a Casa dos Baptista.

Dique Segunda Fase
Rio Gravataí – Conduto Forçado

Nos anos 1990, o prefeito Maurício Medeiros iniciou a construção do Conduto Forçado, finalizado na gestão Vicente Pires, que auxilia no envio forçado das águas pluviais do Centro da cidade para o Rio Gravataí, evitando o alagamento pelas chuvas.

1995

Centro de Educação Ambiental

Em 27 de abril de 1995, foi firmado parceria com o Unibanco Ecologia, instituindo o Centro de Educação Ambiental Francisco de Medeiros, no Parque Doutor Tancredo Neves.

___O Centro tem como objetivo o desenvolvimento da sensibilização da comunidade, em percepção que visa conhecer as relações entre os seres e seu meio, para amar a vida sobre todas as formas e defender a idéia de uma vida harmoniosa.

Primeiro Shopping 
Shopping do Vale

Em maio de 1995, é inaugurado o primeiro shopping de Cachoeirinha, o Shopping do Vale, com objetivo de oferecer a comunidade do Vale do Gravataí, um centro de compras, serviços, estudos e lazer.

___Localizado na Avenida Flores da Cunha, o shopping situa-se estrategicamente próximo à divisa com a cidade de Gravataí, em pleno “coração” do Pólo Automotivo do Rio Grande do Sul.

Cachoeirinha – Segundo Cinema

___A rede Arcoiris de Cinema, instalou 03 salas de exibição no Shopping do Vale, depois de quase 20 anos sem sala de exibição desde o fechamento do Cine Danúbio Azul.

Shopping do Vale – Entrada Principal

Vale do Gravataí – Pólo Industrial

___O crescimento acelerado da região é devido ao grande Parque Industrial que a adotou para estabelecer seus negócios, destacando a indústria metal-mecânica como base da economia.

1996

Patrimônio Ecológico
Em março de 1996, 
o Parque Doutor Tancredo Neves foi instituído área de “patrimônio ecológico” do Município.

Corpo de Bombeiros Voluntários

Freiwillige Feuerwehr

Em 1996, pela manhã a Prefeitura de Cachoeirinha entregou aos Bombeiros uma nova viatura Sandero e duas viaturas totalmente reformadas.

___Uma delas é o “primeiro caminhão de bombeiros” de Cachoeirinha, um Mercedes-Benz 1313 ano 1971 com escada Magirus (ano 1974) que foi doado a prefeitura por uma cidade da Alemanha em 1996, junto com um caminhão tanque.

___O caminhão foi trazido do porto de Rio Grande pelo prefeito Maurício Medeiros e o motorista da prefeitura Betinho Marchi.

Nota:

- A Prefeitura cedeu por empréstimo esses dois veículos ao governo do Estado, sendo ele responsável por sua manutenção e integridade da viatura.

- Em 2013, as duas viaturas foram devolvidas a Prefeitura com diversos problemas.

___E hoje, o "Guardião" voltou à ativa depois de uma reforma total e melhorias na escada Magirus.

1997

Prefeito – Valdecir Mucillo

Em 01 de janeiro de 1997, assume como prefeito Valdecir Mucillo (01/01/1997 - 31/12/2000) foi o sucessor de Maurício Medeiros Tonolher.

Século XXI

2000
Estância Cachoeira – Júlio Baptista

Nos anos 2000, com a morte de Júlio Batista, dono do local conhecido como "Mato do Júlio" deu início à especulação sobre quais seriam os destinos da Estância Cachoeira.

“A preservação da sede Casa dos Baptista da Estância Cachoeira é um passo fundamental da valorização do passado e da cultura de Cachoeirinha.”

José Luiz Stédile – Prefeito Eleito
Em outubro de 2000, 
José Luiz Stédile (PT), candidatou-se a prefeito pela segunda vez e foi eleito.

Linhas Intermunicipais de Cachoeirinha

TRANSCAL

Na década de 2000, após 20 anos de serviços prestados a nominal VICASA – Viação Canoense S/A, transferiu a concessão das linhas intermunicipais de Cachoeirinha para Porto Alegre para a nova empresa TRANSCAL – Transporte Canoense Ltda, de Canoas.

2001

Prefeito José Stédile 

Em 01 de janeiro de 2001, assume o prefeito José Luiz Stédile (01/01/2001 - 31/12/2008).

2002

Complexo da Souza Cruz

Em 2002, o complexo industrial da Souza Cruz foi ampliado com a instalação definitiva da fábrica.

Complexo Souza Cruz

2003

Projeto Linha Rápida

Corredor Norte/Nordeste

Em janeiro de 2003, Porto Alegre/ RS, os projetos de engenharia foram concluídos, em conseqüência das dificuldades observadas no desenvolvimento do Projeto Operacional, as obras físicas se limitaram aquelas que seguramente não sofreriam modificações posteriores:

  • Corredor POA/Alvorada, e
  • Corredor POA/ Cachoerinha/Gravataí.

___Em sua concepção original, em 1996, o Projeto Linha Rápida contemplava a implantação de:

  • 31 km de corredores com faixas exclusivas,
  • 56 estações,
  • 7 terminais,
  • 39,5 quilômetros de malha viária de apoio,
  • Iluminação pública, substituição da frota, bilhetagem automática, sinalização, controles, desapropriações e demais serviços complementares.

Corredor de ónibus Avenida Flores da Cunha

___O Projeto Linha Rápida consiste em integrar o sistema de transporte coletivo nos corredores Norte e Nordeste da Prefeitura de Porto Alegre, sendo coordenado desde janeiro de 2003 pela Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional - METROPLAN, vinculada à Secretaria Estadual de Habitação e Desenvolvimento Urbano. Com a ampliação das obras previstas e o comportamento geral do mercado, o custo do projeto está orçado atualmente em R$ 210 milhões, informa o coordenador do Projeto Linha Rápida, Erno Zimpel.

Quinta Ponte – Rio Gravataí

Construída em Concreto

___Com o Projeto Linha Rápida, foi construída a terceira Ponte em Concreto na lateral esquerda, seguindo o mesmo padrão em arco das 2 anteriores, para gerar o “corredor exclusivo” para ônibus na ponte central (projeto que ficou estagnado, mas a ponte foi concluída).

Projeto Linha Rápida – Histórico do Projeto

___A primeira etapa da obra iniciou em 1999, no final do segundo semestre. A empresa contratada, Brita Porto-alegrense, faliu.

___Até o momento o que foi realizado foi a construção do Terminal Mauá, a construção e ampliação de pontes sobre o Rio Gravataí em Cachoeirinha e 4 quilômetros entre o trecho Porto Alegre e Alvorada.

Construção 3ª Ponte sobre Rio Gravataí

___Neste período foi realiza os seguintes serviços Terminal Triangulo:

  • 2 túneis de pedestres (na Assis Brasil e na Baltazar de Oliveira Garcia) e a
  • Pavimentação em concreto do terminal.

___A segunda etapa iniciada no segundo semestre de 2001, após a licitação da empresa SBS, contemplou a estrutura metálica e cobertura do terminal, prédios de apoio e o túnel de ligação entre as duas vias da Avenida Assis Brasil.

2004

José Luiz Stédile – Prefeito Reeleito

Em 2004, José Luiz Stédile (PT), concorrendo a Prefeitura de Cachoeirinha pela terceira vez, foi eleito novamente.

___Os dois mandatos de Luiz Stédile marcaram um visível avanço nas áreas de iluminação pública, pavimentação asfaltica e sinalização de trânsito.

José Luiz Stédile

2005

José Luiz Stédile – Desvios

Em 2005, no primeiro mandato do prefeito José Luiz Stédile foi marcado o caso de super-faturamento na compra de chás. O desvio de dinheiro público foi divulgado na mídia local e até hoje não foi esclarecido.

___Meses após a constatação dos desvios nas compras de chás, o prefeito Luiz Stédile, junto com parte de funcionários em cargos de confiança da prefeitura, saiu do Partido dos Trabalhadores e foi para o Partido Socialista Brasileiro.

2006

Cachoeirinha – Grande Incêndio 

Em 13 de junho de 2006, ocorreu o “maior incêndio” em Cachoeirinha, a Prefeitura decretou estado de emergência.

___A tragédia ambiental começou na empresa MBN Produtos Químicos, localizada no Distrito Industrial do município.

Grande Incêndio – Evacuação

___Os produtos químicos da empresa se espalharam pelos arroios, e parte da área urbana teve de ser evacuada. O fogo se alastrou por várias casas próximas à empresa. O acidente ganhou destaque no noticiário nacional.

___A empresa MBN pagou todos os danos causados a todos os prejudicados e fez doações de veículos à órgãos públicos de Cachoeirinha.

Coluna de fumaça tóxica

2008

Prefeitura – Gilso Nunes Retorna como Vice

Em setembro de 2008, o então vereador e contabilista Luiz Vicente Pires (PSB), foi eleito o mais novo prefeito.

___Luiz Vicente Pires foi eleito vereador nas eleições de 2004.

___Gilso de Almeida Nunes retorna a prefeitura depois de 15 anos afastado, no cargo de vice-prefeito.

2009

Prefeito – Luiz Vicente Pires

Em 01 de janeiro de 2009, assume o prefeito Luiz Vicente da Cunha Pires (01/01/2009 -31/12/2012).

Luiz Vicente Pires

2010

Memorial Alberto Bins

Em 28 de setembro de 2010, terça-feira, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e a Fundação de Apoio e Desenvolvimento de Tecnologia ao Irga (Fundação Irga), desenvolveu em parceria com a “Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Defender”Defesa Civil do Patrimônio Histórico, o Projeto “Memorial Alberto Bins”.

___Na tarde, a conteceu o lançamento da “pedra fundamental” da futura sede do projeto, localizada na Estação Experimental do Arroz (EEA).

Pedra Fundamental

Avenida Flores da Cunha

Em 08 de dezembro de 2010, a sociedade de Cachoeirinha já se reuniu diversas vezes nos 44 anos de história do município para discutir o que queria para o seu principal espaço público, a “Avenida Flores da Cunha”. Mas muita coisa mudou desde que a via era o antigo caminho para as Praias do Litoral Norte, a antiga “Faixa Preta”.

___Atualmente, a avenida dos cachoeirinhenses recebe o segundo maior trânsito do Rio Grande do Sul, 160 mil veículos, além de acolher 50 mil pedestres todos os dias.

Av. Flores da Cunha – Plano Setorial

___Atenta a essa realidade, a Prefeitura acaba de valorizar essa histórica mobilização da comunidade com a entrega do Plano Setorial da Flores da Cunha, um conjunto de obras, intervenções urbanas e medidas sócio-ambientais que vão garantir o crescimento sustentável da avenida e evitar seu colapso.

___É a primeira vez na história que Cachoeirinha produz um planejamento daquilo que deseja para o seu futuro, independente de mudanças de prefeito.

___O Plano Setorial foi apresentado pelo prefeito Vicente Pires e pelo secretário de Planejamento e Gestão, Saul Sastre, para uma Câmara de Vereadores lotada na última segunda-feira. O encontro foi o último de uma série de audiências públicas que movimentou as forças vivas da cidade desde o início do ano.

___Na oportunidade, a OE Arquitetura, consultoria contratada pela Prefeitura, mostrou o texto final do plano que será apresentado como “Projeto de Lei” a Câmara de Vereadores, as principais mudanças que serão sugeridas ao Plano Diretor e um passeio virtual pelo novo desenho da avenida, com calçadas, ciclovia, elevadas e racionalização do trânsito.

Avenida Flores da Cunha – parada 49

___O prefeito afirmou na audiência que ali estava depositado o sentimento de toda a sociedade sobre o futuro da avenida:

“Reunimos associações de bairro, empreendedores, empresas públicas, sindicatos e todos os segmentos possíveis e esse plano segue o pedido de todos com uma visão estratégica do governo municipal”.

___O prefeito lembrou que já ouviu críticas de que a remodelação da avenida fosse uma utopia, ou seja, impossível de sair do papel. Para afastar os urubus de vez plantão, anunciou que junto com a apresentação do plano a Prefeitura estava tirando do jovem estudo as primeiras obras: - a re-pavimentação integral da avenida e a construção das calçadas.

___O novo asfalto da Avenida Flores da Cunha deverá começar a ser implantando entre janeiro e fevereiro (2011). A obra que vai renovar o piso de uma avenida castigada por quase 1 milhão de passagens de veículo por semana utilizará uma das novíssimas tecnologias de responsabilidade ambiental, que permite a utilização da atual camada asfáltica.

___Veículos especiais farão a retirada do piso, sua reciclagem e imediata reposição. Isso evita o uso de petróleo e outros recursos naturais que seriam necessários para produzir asfalto novo.

___O prefeito Vicente Pires quer começar em abril as obras de construção das calçadas da avenida, foi reservado R$ 2,3 milhões do orçamento municipal para executar as obras, numa também iniciativa inédita da prefeitura, que está assumindo de vez a responsabilidade com o fim da poeira onde deveria ter passeio público e com a padronização dos caminhos do pedestre do Centro.

___Junto com as calçadas, virão a construção de estacionamentos, instalação de novas paradas, paisagismo e dignidade e acessibilidade para os pedestres.

2011

Cachoeirinha – ENART

Em 2011, CTG Rancho da Saudade se sagrou o grande campeão do ENART, na modalidade “Danças Tradicionais, Força A”, em Santa Cruz do Sul.
___Esse é o terceiro título da entidade, que já havia conquistado o primeiro lugar nas edições
de 2004 e 2007. Além disso, conquistou o segundo lugar na modalidade Danças de Salão, com o casal Josiel e Marianne.

CTG Rancho da Saudade 

Cachoeirinha – Perda de Patrimônio Histórico

Em 2011, Cachoeirinha perdeu dois prédios históricos, que este cronista muito freqüentou. É a história perdida para o desenvolvimento sem estudo e consulta:

·         Uma das primeiras farmácias de Cachoeirinha, a Farmácia do Povo, já não pode mais ser contemplada, localizada na Avenida Flores da Cunha, ao lado do nº 1934. A antiga drogaria deu espaço para um estacionamento, utilizado pelos clientes de uma conhecida lanchonete da cidade.

·         O Prédio comercial Sbardelotto, localizado na Avenida Flores da Cunha esquina com a Rua Dona Cecília, na Pda. 51, não se sabe para qual objetivo foi destruído.

___Até o final da década de 1980, nenhum prédio em Cachoeirinha tinha mais que o piso térreo, primeiro e segundo andar (três pisos).

Prédio de Reinaldo Sbardelotto

Cachoeirinha – Brique do Parcão

Em 15 de maio de 2011, na festa dos 45 anos de emancipação, o Parcão, principal ponto de encontro dos cachoeirinhenses aos finais de semana, vai marcar com a inauguração do Brique de Cachoeirinha.

___A proposta é reunir os artistas e artesãos do município numa exposição permanente aos domingos, junto ao canteiro central, das 9h às 19h.

___No local, os artesãos da Economia Popular Solidária, que já possuem uma loja de venda de produtos ao lado da Prefeitura, também terão oportunidade de expor e mostrar seus trabalhos.

___O Brique será comandado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET).

Banco de Alimentos 

Em 31 de outubro de 2011, na noite, criou mais um capítulo na história de Cachoeirinha. A fundação do Banco de Alimentos no município e posse da Diretoria do biênio 2011/2013 reuniu lideranças de todos os segmentos, no auditório do Centro das Indústrias de Cachoeirinha (CIC), numa grande demonstração da vontade da sociedade em acabar com a fome.

___A posse festiva contou com a presença:

·         Presidente da Rede do Banco de Alimentos do RS, Paulo Renê Bernhard,

·         Presidente do Banco de Alimentos de Porto Alegre, Antônio Parissi,

·         Presidente do Banco de Alimentos de Gravataí, Roberto Bastiani,

·         Vice-prefeito de Cachoeirinha, Gilso Nunes,  

·         Presidente do Centro das Indústrias, Neiva Bilhar, e demais convidados.

Cachoeirinha – Campanha

Em 10 de novembro de 2011, a prefeitura lança campanha para deixar Cachoeirinha mais bonita denominadas:

CIDADE LIMPACIDADE FELIZ e CALÇADA LEGAL.

___A Secretaria Municipal de Planejamento de Cachoeirinha (Seplan) intensifica a fiscalização de terrenos baldios e calçadas irregulares na cidade. O objetivo é informar a comunidade e notificar proprietários sobre sua responsabilidade em manter esses locais em condições adequadas de preservação e uso.

___Segundo o titular da Seplan, secretário Charlante Stuart, esta ação vai envolver Ministério Público, Centro das Indústrias de Cachoeirinha (CIC), Sindilojas, Associação Comercial de Cachoeirinha (ACC), por estes serem agentes multiplicadores de informação.

Calçada Legal

___A campanha CALÇADA LEGAL vai alertar sobre a situação das calçadas, e o trabalho será conscientizar os proprietários de imóveis sobre a importância de manter os passeios públicos em bom estado para a circulação de pedestres, mantendo-as pavimentadas, limpas e desobstruídas, conforme a Lei Municipal 1.772/99 e 1.177/91.

___Segundo a chefe da fiscalização da Seplan, Daniela Curzel, os primeiros locais a serem vistoriados são as ruas perpendiculares à Avenida Flores da Cunha, as vias onde haja escolas e postos de saúde e depois o restante da cidade.

Cidade Limpa, Cidade Feliz

___Já a campanha CIDADE LIMPA, CIDADE FELIZ vai trabalhar diretamente com os proprietários de terrenos baldios, fiscalizando e comunicando-os sobre a sua responsabilidade de em mantê-los limpos e cercados, conforme a Lei Municipal 1.511/95 e 1.772/99.

“A fiscalização já começou e a comunidade já começa a dar retorno positivo sobre esta ação. Há pessoas que chegam à nós e dizem que vão providenciar a limpeza do terreno antes que a notificação chegue, Já é um avanço”.

___Estão sendo priorizados no momento a fiscalização nos loteamentos que apresentam maior número de terrenos baldios, como City Nova Fase, Parque da Matriz e Jardim Colinas.

___As ações da Seplan também buscam despertar na comunidade o interesse em cuidar da cidade, mantendo-a limpa e organizada, ampliando a qualidade de vida da população. Somente em 2011 foram emitidas 542 comunicações aos proprietários de terrenos baldios, destas 309 tornaram-se notificações. Para as calçadas foram emitidas 313 notificações.

___Em ambas as campanhas serão feitas vistorias nos bairros e levantamento das irregularidades (terrenos e calçadas); identificação dos responsáveis legais e expedição da notificação.

­­­___Expirados os prazos, os locais serão revisitados pela equipe de fiscalização da Seplan para verificar o cumprimento das notificações. Caso contrário, para calçadas será aplicada multa de 240 URMs (Unidade de Referência Municipal). Para os terrenos baldios, a multa é de 1 URM por metro quadrado de área.

Divulgação Secom.

Cachoeirinha – Mobilidade

Transporte Urbano

STADTBUS

No dia 03 de dezembro de 2011, a empresa de ônibus Stadtbus, nova permissionária do transporte coletivo municipal de Cachoeirinha, apresentou a frota zero km que está atendendo os usuários da cidade.

VICASA

___A Stadtbus substitui a VICASA, após 30 anos de concessão dos serviços.

2012

Igreja Matriz – Ospa

46 Anos de Emancipação

Em 15 de maio de 2012, terça-feira, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre – OSPA, esteve em Cachoeirinha, apresentando um concerto que celebra os 46 Anos de Emancipação.

___A apresentação ocorreu na Paróquia Matriz São Vicente de Paulo. O concerto, com entrada franca, foi regido pelo maestro Manfredo Schmiedt.

Nave da matriz São Vicente de Paulo

Ospa – Programa

___No programa constaram as obras:

Capricho Italiano, Op. 45, obra alegre, inspirada em festas carnavalescas, composta por um dos maiores compositores do Romantismo russo, P. I. Tchaikovski (1840 – 1893) e Intermezzo do III ato: Manon Lescaut, do italiano G. Puccini (1858 – 1924). Também serão executadas Abertura Páscoa Russa, Op. 36, de N. Rimsky-Korsakov (1844 – 1908), em homenagem à Páscoa, que é considerado o acontecimento mais glorioso do calendário da igreja russa; Claire de Lune, de Claude Debussy (1862 – 1918), com arranjo de A. Caplet (1878 – 1925).

___Para finalizar o concerto, a OSPA executou Abertura 1812, de P. I. Tchaikovsky.

Patrimônio Histórico

2015

Casa dos Baptista – Judicializado

Em 2015, o processo da Casa dos Baptista se resolveu em primeira instância na vara civil com o seu indeferimento pelo juiz, para quem a “importância histórica da casa” não estava comprovada.

Situação atual

Família Júlio Batista – em frente a casa

___Para o advogado Jeferson Lazzaroto, presidente da subseção da OAB em Cachoeirinha“foi um erro por parte do juiz, que não leu o processo. Ali tinham laudos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), atestando o valor histórico do imóvel”.

___Uma articulação da Secretaria de Cultura, em conjunto com a OAB/RS, promoveu atos públicos e palestra em defesa da casa, chamando a atenção da opinião pública para a ameaça que rondava o principal “patrimônio histórico” de Cachoeirinha.

___Em segunda instância, a Justiça concedeu o tombamento, que tem sido encaminhado pela Prefeitura.

___Os estudos de patrimônio têm sido desenvolvidos agora, uma vez que os herdeiros compreenderam que o tombamento não desvaloriza economicamente seu imóvel e nem impossibilita sua venda ou alteração.

“O que acontece é que tudo o que for modificado na casa precisa ser autorizado pelo órgão que monitora o tombamento, para que sua estrutura original seja preservada”, explica.

___Para o historiador, esse pode se tornar um espaço de resgate da identidade e identificação dos cidadãos de Cachoeirinha com sua cidade, que passa por um processo de educação patrimonial. 

2016

Cachoeirinha – Consulta Popular

Em 2016, em “Consulta Popular” é conquistado pela comunidade a contemplação de um recurso de R$ 800 mil a ser investido em turismo.

Praça Ecoturismo – Visita Técnica

Em outubro de 2016, foi feita a primeira visita técnica ao espaço, às margens do Rio Gravataí, para a construção do Praça do Ecoturismo de Cachoeirinha.

___A contemplação do município na Consulta Popular dos recursos a ser investido em turismo, a partir daí foi feito o projeto, com o objetivo de aproximar a cidade do rio, integrando o espaço ao complexo da Casa de Cultura

2017

Praça Ecoturismo – Posse do Terreno

Em 2017, a Justiça deu à Prefeitura a reintegração de posse do terreno. No local, antigamente, funcionava uma empresa de comércio de areia (Porto de Areia).

2019

Arena Estrelada

Esporte Clube Cruzeiro – Inauguração  

Em 13 de março de 2019, as 16h, inaugura em Cachoeirinha após 7 anos de obras a Arena Estrelada do Esporte Clube Cruzeiro, estádio com capacidade de 12 mil espectadores, mas liberado somente para 2 mil inicialmente.

___O jogo inaugural pelo Campeonato Gaúcho – Divisão de Acesso, foi com São Gabriel.

E.C. Cruzeiro 0 X 0 E.C. São Gabriel

Projeto Arena Cruzeiro

Arena Cruzeiro de Cachoeirinha/RS

Nome: Arena Cruzeiro

Endereço: Bairro Granja Esperança

Clube: Esporte Clube Cruzeiro

Capacidade: 16 000

Dimensões do Gramado.

Status atual: ativo

Público recorde: 1 500 torcedores (13.03.2019 - Cruzeiro 0 x 0 EC São Gabriel)

Primeiro gol: Wander do Cruzeiro aos 3 minutos do primeiro tempo em 24.03.2019 - Cruzeiro 2 x 0 Bagé pela Divisão de Acesso do Campeonato Gaúcho 2019.

Arena da Granja – Obras

___Também é chamado de "Arena da Granja Esperança".

___A Arena Cruzeiro é um estádio ainda em construção pertencente ao clube de futebol Esporte Clube Cruzeiro, fundado em Porto Alegre no Morro Santana.

___Agora localizado no município de Cachoeirinha, Rio Grande do Sul.

·         No ano de 2010, o estrelado negociou a área de seu estádio com a Prefeitura de Cachoeirinha. Em permuta, o clube comprou uma área de sete hectares na área do Bairro Granja Esperança em Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, onde está sendo construído o novo estádio.  

·         Em janeiro de 2012, as obras iniciaram. O novo estádio tem o formato de arena, com 16 mil lugares, nos padrões exigidos pela FIFA.

·         Além do estádio, o Cruzeiro está construindo um Centro de Treinamento em Cachoeirinha.

Estádio em Obras

Estádio em Obras

Estádio em Obras

Vista aérea

Casa de Cultura

Casa de Cultura Demósthenes Gonzales

Nota:

- Este cronista que vos narra, em 1968, neste prédio que era branco com detalhes em preto, brincou de carrinho no andar superior, que era a residência da marcenaria do térreo, com o amiguinho de carrinhos brancos de louça agathá, nunca esquecido.

Conservas Ritter – 100 Anos

Em 2019, 100 anos, Olga Becker Ritter e Frederico Augusto Ritter mudaram-se para a Granja Esperança em Cachoeirinha, uma bela área rural, onde iniciaram suas plantações de cultivos especiais de frutas e hortaliças.

___A data marcou o início da moderna fábrica à vapor, na época recém construída, para oferecer ao consumidor alimentos da mais alta qualidade.

Evento Mundial

Mil Agulhas pela Dignidade

Em 07 de dezembro de 2019, durante a inauguração da Praça do Ecoturismo Leonel de Moura Brizola, na margem direita do Rio Gravataí e em frente à Casa de Cultura de Cachoeirinha, aconteceu a intervenção têxtil denominada “Mil Agulhas pela Dignidade”.

___Organizada pela artista visual e dinamizadora social Karen Rosentreter, de Barcelona, Espanha, a proposta é ocupar um espaço público para se manifestar através da arte têxtil, em torno do debate sobre os conflitos no Chile e na América Latina.

___A manifestação vai ser em 10 países (Argentina, Bélgica, Chile, Espanha, Inglaterra, Suécia, França, Estados Unidos, Costa Rica e Brasil). No Brasil, além de Cachoeirinha, o “Mil Agulhas” vai ser também em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.

___O objetivo, segundo a artista Karen Rosentreter, é criar pequenas peças têxteis com mensagens alusivas ao tema e fazer um varal como instalação, com as diferentes mensagens feitas no local em que se está bordando.

___Pedaços de tecidos, tesouras, agulhas, fios de lã, pinças, darão forma à intervenção. ___Registros fotográficos das peças produzidas em todas as cidades participantes serão utilizadas para dar vida a uma exposição.

___A artista visual da Casa de Cultura de Cachoeirinha, Fernanda Capra, conta que, na cidade, o evento acontecerá às 15h30min e contará com os coletivos Tramando ARTE e TransFormArte.

Portos de Cachoeirinha

___Cachoeirinha no Rio Gravataí, possuía dois “Portos de Areia” principalmente, um a cada lado das pontes de ferro.

 

Porto de Areia

___Na margem de Porto Alegre em frente ao atual Praça do Ecoturismo existe outro porto de areia.

Praça do Ecoturismo

Em 07 de dezembro de 2019, foi inaugurada oficialmente a Praça do Ecoturismo – Leonel de Moura Brizola de Cachoeirinha, junto ao antigo Porto de Areia

Nota:

- Nas margens do Rio Gravataí existiam vários portos de areia para venda a construção civil, areia retida do fundo dos rios da região (com ou sem autorização).

Praça Ecoturismo – Porto de Areia

Localização

___Rua Beira-Rio, em frente da Casa de Cultura Demosthenes Gonzales, junto ao Dique as margens do Rio Gravataí.

___É a última rua para quem sai de Cachoeirinha pela Avenida Flores da Cunha, antes das pontes, à direita.

Praça Ecoturismo – Proposta

___A Praça tem a proposta de ser um ponto turístico e de lazer, além de integrar a cidade ao Rio Gravataí.

“Esta obra valoriza uma parte importante da cidade, por se tratar da entrada do município e compor com a Casa de Cultura um complexo de lazer, turismo, cultura e integração com o meio ambiente, é para contemplação da natureza e valorização do Rio Gravataí”, salientou o prefeito Miki Breier.

Prefeito Miki Breier junto a Praça

Praça Ecoturismo – Área

___A área da praça monta em torno de 3.800 metros quadrados.

Praça Ecoturismo – Custo da Obra

___O orçamento inicial de R$ 765.997,67 pulou para quase R$ 900 mil de acordo com o empreiteiro Leandro dos Santos, sócio diretor da CPX Construtora e Pavimentadora, que construiu o espaço, por causa das adaptações necessárias ao projeto original.

___Conforme o contrato, o valor total da obra foi de R$ 896 mil, sendo 80% do recurso proveniente da Consulta Popular de 2016 e 20% de contrapartida da Prefeitura, ou seja, R$ 806 mil do Governo do Estado e R$ 89 mil do município.

Praça Ecoturismo – Equipamentos

___A praça conta com:

·         Rampa para descida de barcos e pequenas embarcações para o Rio Gravataí,

·         Mirante – deck de madeira junto ao rio,

·         Pista de passeio,

·         Recantos com quiosques, esplanada, espaços de convivência, áreas sombreadas e ensolaradas,

·         Sanitários públicos, amplos banheiros, masculino e feminino, 

·         Acessibilidade em todos os espaços,

·         Espaço destinado para cafeteria ou lancheria – ainda não há definição sobre qual tipo de comércio deve ocupar o espaço,

·         Bicicletário,

·         Postes de iluminação,

·         Bancos,

·         Lixeiras de coleta seletiva ao longo da praça,

Praça Ecoturismo – Festa

___Na inauguração da Praça de Ecoturismo Leonel de Moura Brizola contou com a realização de diversos shows com música nativista-tradicionalista, samba, espetáculo de canto coral e de danças, além de DJs e MCs.

___Brinquedos infláveis, feira do artesanato, food trucks, apresentações de artes marciais, oficinas escolares, passeios de barcos e a presença de coletivos como TransFormArte, Tramando ARTE e Mulheres Empreendedoras.

2024

Grande Enchente

Em junho de 2024, devido ao desastre natural da enchente Serra abaixo em toda o Delta devido ao alto índice pluviométrico, afetou toda as regiões do Estado, e Cachoeirinha não ficou de fora, com as águas do Rio Gravataí invadindo a área urbana da cidade. Exigindo o empenho de toda a população.

___Cachoeirinha ficou isolada pelo Sul, sem seu acesso direto a Porto Alegre.

Enchente – Comitiva do Governo Federal

Em 11 de Junho de 2024, comitiva do Governo Federal, com os ministros Paulo Pimenta, Waldez Góes e o Secretário Nacional da Defesa Civil, esteve em Cachoeirinha, e reforçou a necessidade de celeridade nos processos. Com um ofício do prefeito já é possível o recebimento de R$ 500 mil para a cidade para as necessidades emergenciais.

Fim da Cronologia


Estória Contada

História de Cachoeirinha

Todos sabemos história e estórias, vamos contar, dividir, e tornar público a grandeza de Cachoeirinha e de seus autores.

Salgueira

Em 1991, Mário Cunha, neto do casal Manoel Basílio da Cunha e Inocência Soares da Cunha, no livro "Memória de Cachoeirinha - 1991", ajuda na reconstituição da antiga propriedade, dizendo que, junto a esta, havia uma senzala e um refeitório para os escravos (um espaço sem cobertura).

___Conta ainda, que o seu avô Manoel Basílio da Cunha, costumava ir até a fazenda do coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza, buscar Anacleto, negro forte e saudável, para que as escravas tivessem filhos igualmente saudáveis e fortes.

___Na propriedade produzia-se arroz, mandioca, milho, criação de gado e uma charqueada onde se produzia o charque (processo de salgamento da carne bovina).

Na década de 1990, Mário Cunha precisou construir um poço e o fez no local da Salgueira (espaço na charqueada onde salgava-se a carne).

___No local, mesmo passados anos e cavando muitos metros, a água ainda se encontrava salobra.


Biografias

Rafael Pinto Bandeira

Grande Herói

___Era filho de Francisco Pinto Bandeira (*1701, Laguna-SC; †15.6.1771, Rio Pardo-RS), capitão de dragões, e de Clara Maria de Oliveira (*1720, Colônia Sacramento; †1º.01.1781, Porto Alegre-RS), casados em Rio Grande-RS em 1738, nasceu na hoje cidade de Rio Grande-RS, em 16 de dezembro de 1740 provavelmente; mas seguramente foi batizado a 17 deste mês, "nesta Matriz de Jesus Maria José da fortaleza do porto" (Rio Grande-RS), segundo reza o Livro nº 1 de assentamentos de batismos, à folha 15-verso. 

___A formação de Rafael efetuou-se na época em que o Rio Grande do Sul lutava para se constituir como parte da comunidade lusitana. Era um período agitado e, mesmo nos intervalos das guerras regulares, não havia paz: - a luta continuava nas fronteiras ainda não determinadas, sustentadas por pioneiros provenientes de Laguna, Curitiba e São Paulo.

___Quando, em decorrência de medidas tomadas visando à execução do Tratado de Madri, foi descoberto um passo na confluência do Rio Pardo com o Rio Jacuí e levantado o Forte Jesus-Maria-José, recebeu o Tenente Francisco Pinto Bandeira a incumbência de guarnecê-lo, participando com seus homens da construção. Acompanhava-o Rafael que, ainda guri, participou, ao lado de seu pai, da primeira escaramuça havida contra os “Índios” dos Sete Povos.

Em 31 de julho de 1754, antes portanto de completar 14 anos, assentou praça em Santo Amaro, na companhia do Cap. Pedro Pereira Chaves, sendo promovido ao posto de cabo em 11 de novembro de 1760.

___Sua destacada atuação militar torna-se nítida a partir de 1763, quando os espanhóis conquistam o Chuí, a Villa de Rio Grande e outros pontos estratégicos do chamado "Continente de São Pedro". O centro de resistência lusitana localizou-se na 'Tranqueira' de Rio Pardo.

___Os meios para enfrentar os espanhóis, na luta de reconquista, eram poucos. Foi necessário contar com o auxílio indispensável dos conhecedores do terreno rio-grandense, tirando-se disto o máximo proveito. A solução foi adotar a guerra de guerrilhas, ordenada pelo governo do Rio de Janeiro em 6 de julho de 1763:

"A guerra contra o invasor será feita com pequenas patrulhas atuando dispersas, localizadas em matas e nos passos dos rios e arroios. Destes locais sairão ao encontro dos invasores para surpreendê-los, causar-lhes baixas, arrruinar-lhes cavalhadas, gados e suprimentos e, ainda, trazer-lhes em contínua e persistente inquietação."

___Dotado de prodigiosa acuidade visual, Rafael Pinto Bandeira era o típico vaqueano, guardando na memória os rios, as serras, as cruzadas de todo o Continente de São Pedro. ___Surgiu daí a lenda, originada da supersticiosa adoração que seus soldados lhe devotavam, de que Rafael, mesmo a qualquer hora da noite mais tenebrosa, podia orientar-se unicamente provando o sabor dos pastos e ervas. E o Marquês de Lavradio, em carta ao vice-rei Vasconcelos, enfatizava: "A cabeça de Rafael é o verdadeiro mapa do Rio Grande".

Em 2 de janeiro de 1765, atendendo aos seus méritos, o vice-rei o promoveu ao posto de tenente para servir na Companhia de Dragões comandada por seu pai, já capitão.

___Participou ativamente da luta de reconquista de Rio Grande e seus grandes feitos foram a tomada do Forte São Martinho (posto avançado dos Sete Povos das Missões, considerado inexpugnável por causa do terreno escarpado) e o sítio ao Forte de Santa Tecla (próximo à atual cidade de Bagé-RS), onde, após 26 dias de cerco, a guarnição espanhola capitulou, sob condições, retirando-se para Montevidéu. As muralhas de Santa Tecla foram totalmente arrasadas.

___Por essa época, Porto Alegre firmou-se como sede da governança militar de São Pedro do Rio Grande.

___A notícia da tomada de Santa Tecla chegou a Lisboa com vibrante júbilo, resultando na promoção de Rafael ao posto de coronel (comandante da Legião de Tropas Ligeiras) e na concessão do hábito da “Ordem de Cristo”.

___A paz entre Portugal e Espanha se fez com o Tratado de Santo Ildefonso de 1º de outubro de 1777.

___Ao Tratado seguiu-se a demarcação de limites, em operação conjunta dos dois países. O governador militar, brigadeiro Veiga Cabral, foi indicado como 1º Comissário de Portugal e em função disso teve de ausentar-se de Porto Alegre. Em seu lugar, a governança foi assumida interinamente por Rafael Pinto Bandeira, em 25 de janeiro de 1784, tendo sido ele o primeiro rio-grandense a ascender a tão alto cargo.

No ano de 1788, é convidado pela rainha D. Maria I a visitar a “Corte de Lisboa”. Lá se demora até o ano seguinte, sendo distinguido com honrarias jamais prestadas a outro brasileiro. ___Além de receber atenções especiais da rainha, registra-se o fato de uma alta dama da corte ter esculpido sua efígie numa miniatura de marfim. 

Em fevereiro de 1790, regressou ao Brasil, ostentando os galões de General-Brigadeiro do exército português. Foi o primeiro brasileiro a alcançar tão alta graduação militar.

___Tornou a ocupar interinamente a governança militar do Rio Grande do Sul em 29 de abril de 1790.

___Pela aquisição de bens por meio de butins (operações de guerra), Rafael Pinto Bandeira conseguiu considerável fortuna, e sua estância era considerada a de mais avultado patrimônio no Continente de São Pedro. Inclusive, ele se dava ao luxo de ter uma pequena orquestra em sua estância, para animar as horas de refeição. Procurou recompensar seus legionários, e muitos deles tornaram-se prósperos estancieiros.

___Todavia, a vida sedentária imposta pelo cargo de governador militar fez com que engordasse muito, adquirindo tal peso a ponto de não poder montar a cavalo senão com o auxílio de alguém.

___Sua morte teria sido provocada por um acidente ao montar.

Família Baptista                      

A Casa dos Batistas – Os Donos da Terra

Em 1814, João Batista Soares da Silveira e Souza, nascido na Freguesia de Nossa Senhora do Rosário da Villa de Velas, na Ilha de São Jorge, Arquipélago dos Açores.

___ João Batista naquele momento residente na Aldeia Nossa Senhora dos Anjos (Gravatahy), reivindicou uma sesmaria em Sapucaia, porém, recebeu uma sesmaria entre o Rio Gravatahy, a Estrada de Sapucaia, as “terras” dos Pachecos e o Arroio Brigadeiro, as quais compõem hoje aproximadamente o território e os limites do Município de Cachoeirinha.

A partir de 1825, João Batista Soares da Silveira e Souza ocupou o ofício de Aprovador de Testamento da Aldeia Nossa Senhora dos Anjos.

Em 1829, elegeu-se como suplente de Juiz de Paz de Gravatahy, porém.

Em 1833, com a morte do titular, assumiu efetivamente o cargo.

Em 1837, elegeu-se Juiz de Paz.

Em 1853, tomou posse como “vereador” em Porto Alegre, durante seu mandato teve diversas propostas rejeitadas, entrando em atrito com a Câmara Municipal quando tentou apropriar-se de Campos da Várzea do Rio Gravatahy.

A partir de 1844, o já Comendador Batista destaca-se como empreiteiro em diversas obras públicas, como o aterro da Praça do Paraizo, a construção da Ponte de Pedra (Ponte dos Açores de Porto Alegre) do Rio Jacaraey (Riacho), do prédio da Bailante, do Theatro São Pedro, da Casa de Correção e de outras obras particulares importantes como o edifício Malakoff, que foi o “primeiro prédio de quatro andares” de Porto Alegre.

Por volta de 1845, a principal obra construída na Aldeia Nossa Senhora dos Anjos foi a Ponte de Pedra em “estilo açoriano” com três vãos sobre o Rio Gravatahy, ligando sua propriedade e toda região a Porto Alegre.

Em 1917, a Ponte de Pedra foi dinamitada pela Companhia de Navegação Fluvial e Lacustre, melhorando a navegação no Rio Gravatahy.

___A pedra que formava uma pequena cachoeira a 'Cachoeirinha' na época de seca, originou o nome do Povoado, também foi dinamitada.

Em 1925, oito anos depois foi inaugurada a Ponte de Ferro.

___O Comendador João Batista Soares da Silveira e Souza foi casado com Dona Maria Baptista Felícia da Silveira e Souza, depois com Dona Joaquina de Jesus.

Em 16 de março de 1870, o Comendador João Batista Soares da Silveira e Souza faleceu sem deixar filhos, legítimos ou ilegítimos, por isso deixou sua “Fazenda” no Vale do Gravatahy para usufruto dos seus dois sobrinhos:

·         2/5 das terras para o Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza, e

·         3/5 das terras para José Baptista da Silveira e Souza, conforme testamento na página seguinte - “A herança do colonizador”.

Em 1923, o Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza faleceu, porém a execução de seu testamento dependia do trabalho de medição de suas terras, o que ocorreu somente entre janeiro de 1929 e abril de 1934, sendo este trabalho coordenado pelo Major Engenheiro Tito Marques Fernandes.

___A partilha da Fazenda dos Batista, bem como outras terra contíguas que foram adquiridas pelo Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza entre 1872 e 1913, teve seus quinhões definitivamente distribuídos entre Lydio Baptista, Carlos Wilckens, João Brochado Smith, Francisco Martins e Melania Vieira Soares.

___A formação da Villa de Cachoeirinha, e depois a cidade, ocorreu devido ao processo de fragmentação da Fazenda do Coronel João Batista.

Comendador

João Batista Soares da Silveira e Souza

A Herança do Colonizador

Testamento

“Em nome da Santíssima Trindade Eu João Batista Soares da Silveira e Souza na cidade de Porto Alegre morador no primeiro distrito da Freguesia de Nossa Sra dos Anjos, ordeno o meu testamento pela na missa seguinte. Sou natural da Freguesia de Nossa Senhora do Rosário termo da Villa das Vellas da Ilha de São Jorge, filho legitimo de Manoel Silva Soares e de Catharina de Jesus. Fui casado em primeiras núpcias com Dona Maria Baptista Felícia da Silveira e Souza, e em segunda com D. Anna Joaquina de Jesus, não tenho filho legitimo, nem ilegítimos e todos os meus ascendentes são hoje falecidos, e por iss posso livremente dispor de meus bens. Por morte de minhas consortes de quem fui herdeiro e testamenteiro; i e das [...] somente da terça, casa [...] os testamentos de q dei contas em juízo, assim como das tutorias q tive a meu cargo o q a mínima omissão e toda reclamação q a este respeito aparecer é fala. O meu enterro será feito sem ostentação. No dia do meu falecimento se for possível e em todos os outros se celebrarão Missas por minha alma as que de poder em dizer até o septimo dia. Celebrar-se hão mais quatrocentos missas a saber”

“Cem pelas almas de meus pais e de meus dois tios O Sr Matheus da Silva e Souza e Frei João Baptista, cem pelas almas de minhas mulheres, cem pelas almas de meus escravos, e cem por minha alma, todas de esmola de costume. Entregarei a nossos afilhados João e Maria os três escravos que lhes damos, substituídos por outros é muito sabido.

 Deixo libertos os meus escravos Severino crioulo com direito aos meus bens que possue com minha licença, e uso fruto do sitio e campo entre a estrada geral antiga que segue do Barnabé para a Brigadeiro e pela entrada da cidade do Boqueirão até a encruzilhada que segue em duas estradas, uma para o Bernabé, outra para Itacolomi e Sapucaia, e pela estrada que segue para Sapucaia devidindo-me do campo que foi do contrato, em quanto lhe viver. Deixo libertos os escravos João e sua mulher Isabel e dez mil réis mensais por toda a sua vida. Deixo os crioulos Constantino, e Delfina para servirem a meus herdeiros quinze anos servindo bem, e servindo mal, o dobro do tempo. Deixo minha escrava parda de nome Rosa o uso fruto das minhas casas citas na rua do Senhor dos Passos e beco do Rosário com obrigação de suprir em tudo repartidamente a sua mãe, a minha escrava Joaquina, e o meu escravo”

  “Severino, e por morte dos três nomeados ficará as ditas casas pertencendo aos filhos, que ela tiver e se falecer sem filhos depois da morte da dita parda Rosa que agora deixo liberta, de sua dita mãe a escrava Joaquina que deixo liberta e do escravo Severino acima liberto passarão as ditas casas para meus herdeiros.

Deixo liberta a parda Leopoldina. Deixo para servirem meus herdeiros até completarem vinte e cinco anos, mais dês anos, servindo mal, as duas pardas Rafaela e Cíntia, Justiniana crioula, Virgilina, Inocencio, Clara e João pardos, e José crioulos. As crias dessas escravas servirão somente vinte e cinco anos para receberem educação e pagarem a criação. O pardo Felisbino, e o crioulo Manoel Maria servirão meus herdeiros vinte anos, e servindo mal servirão trinta anos. O pardo Bernardo filho da escrava Joaquina servirá tão bem aos meus herdeiros como os acima vinte e cinco, ou trinta e cinco anos. A crioula Anna fica liberta. Deixo a cada hum de meus afilhados de batismo cem mil. Deixo a minha afilhada Inocencia filha de meu compadre Jose Silveira Soares de Bitencurt” o uso fruto do sitio em q por sua mora seus Paes e por sua morte a seus filhos, e não os tendo a sua irmã Maria, e na falta desta a seus irmãos. Deixo a minha sobrinha Maria filha de meu compadre José Silveira Soares de Sou digo de Bitencourt a quantia de hum conto de reis. O sitio de que acima falei a afª Inocencia e o que esta dentro dos antigos valos da estrada que seguia pa Fregª. Nsª dos Anjos, para o lado do sul, e por outros valos antigos que servirão de devisa entre mim José Francisco Pacheco Deixo a meu primo Inocencio José de Souza o rendimento de três contos de reis em Apolices da divida publica e por sua morte a seu filho Claro José de Souza as mesmas Apolices no sobredito valor. Devido aos três filhos de meu falecido primo Thimoteo da Silva e Souza de nomes Manoel Thimoteo, D. Mª Franca, e D. Dorothea a cada hum uma a Apólice da Divida Publica de hum conto de réis. Deixo a meu sobrinho Manoel quatro escravos dos que possuo, por ele escolhidos. Instituo por meus testamenteiros em primeiro lugar o meu sobrinho”

 “sobrinho José Batista Soares da Silva e Souza, em segundo a meu sobrinho João Batista Soares da Silveira e Souza Sobrinho, e em terceiro Snr José Inocencio Pereira e lhes peço que. por serviço de os e amizade para comigo aceitem e cumprão este meu testamento e aquele q. aceitar alem de sua vintena deixo hum conto de reis. Deixo a quatro orfãos pobres da Freguesia de N. Sasª dos Anjos quinhentos mil para ajuda de dote p/ o [...] casamento e a quatro orfãos pobres da cidade de Porto Alegre quinhentos mil na ocasião do casamento, quatrocentos mil aos pobres da cidade de Porto Alegre e quatrocentos mil reis aos pobres da Freguesia de N. Sª dos Anjos todas essas esmolas serão dadas á eleição de meu testamenteiro e a escrita do o juramento de dele no ato da conta do testamento, será mª exigência ou documento. Deixo a pessoa, enfermeiro, que maio bem me servir na ultima enfermidade, seja livre ou escravo hum conto de reis. Dos bens de que acima não dispus se para hum calculo de divisão em cinco partes três das quais somente o uso fruto deixo a meu “primeiro testamenteiro e sobrinho José Batista Soares da Silveira e Souza, e as outras duas partes o uso fruto a meu sobrinho segundo testamenteiro João Batista Soares da Silva e Souza sobrinho, pois a ambos instituo na dita  proporção meus universais herdeiros com condição de somente gozarem do uso fruto, e por morte deles ficarão a seus filhos porem se falecerem sem filhos  os ditos bens passarão aos outros netos de meu Irmão Manoel Silveira Soares, e na falta da descendência de meu Irmão passarão aos descendentes de minha meia Irmã em conformidade de q dispõem as Leis. Dou aos meus testamenteiros o tempo de sete anos para cumprirem este meu testamento, e nenhum dos meus legatários, os poderão obrigar a entrega de coisa alguma antes tem prazo: ficando a consciência deles o faze-lo antes se lhes for possível. Se entre aos q se julgarem com direito a minha herança houver algum q. por má índole, ou perversidade sobre coisas que não devesse obrar seja por. isso privado da herança ou legado a que aliás “teria direito. É minha vontade que meus bens se aumentem e continuem a existir pra família de meu Irmão Manoel Silveira Soares por isso recomendo a todos os meus herdeiros que vivão honrada e virtuozamente fieis a Religião de nossos Pais para que os bons costumes se perpetuem em nossa Família. Este é o meu testamento que quero tenha todo o vigor e completa execussão tendo da melhor forma que em Direito valer possa, e se poder o escreverei em duplicado, ou triplicado para evitar o transtorno que de sua perda poderá não gerir-se, o que em nada influirá para sua validade, e basta ser por mim escrito para que por falta de formulas que podem mudar-se sem minha culpa ele deixe de ser valido, e rogo as Justiças a cujo Autoridade fique atento o fação valer como se não tivesse falta nascida da minha ignorância, do esquecimento ou do pouco tempo de que nesta ocasião posso dispor. Distrito da Freguesia de Nossa Senhora dos Anjos 18 de Janeiro de 1870.”


Cachoeirisses

Famílias

A

Família Adamatti

B

Família Baptista

Família Bins

Família Brambilla

C

Família Câmara

Família Cidade

Família Cunha

F

Família Freitas

M

Família Medeiros

Família Muller

N

Família Nunes

P

Família Pacheco

Família Prior

R

Família Ritter

S

Família Sbardeloto

Família da Silveira

T

Família Teixeira

W

Família Wilkens

Saudade

Patrimônio Afetivo

___Do patrimônio cultural e artístico de Cachoeirinha, alguns já se foram ou se perderam, mas persistem na lembrança, outros resistem ao tempos e novos aparecem ou são criados.

___Sendo os principais:
Pontes de Ferro 
___A primeira construída em 1925, em vigas de ferro (tipo ferroviária), seguindo o padrão da época, em mão única, pelo governo do Estado para a ligação de Porto Alegre/Gravataí, e o resto do país.

___A segunda ponte de ferro provisória construída pelo Exército na década de 1970, após enchente.
Demolida
___Demolida na
década de 1990, para a construção das novas pontes em concreto, a estrutura da ponte foi jogada desmontada no Parque de Eventos na Estrada do Ritter e depois terminaria vendida como sucata sem nenhuma explicação do poder público até os dias de hoje.
___A ponte de ferro mesmo depois de consumida pela ignorância do Executivo e Legislativo Municipal se tornou o maior símbolo do município, que perdeu sua
“cachoeirinha” em 1928, e sua ponte de ferro na década de 1990.

As 2 Pontes de Ferro

Ícone de Cachoeirinhadécada 1980

Sobrou das Pontes

___Das Pontes de Ferro sobraram somente os alicerces, ao menos.

Alicerces das Pontes

Matriz São Vicente de Paulo
___Igreja católica, obra iniciada as obras
em 1958, é um símbolo da cidade, construída sobre o alto de uma colina, atual Rua João XXIII, era a maior construção que se destacava no horizonte.
___A obra imponente fico prensada entre prédios mau projetados, e construções irregulares que ofuscaram a bela e importância do prédio, o que deveria ser revisto, para uma cidade carente de monumentos.

___Saudade de quando a Matriz estava sozinha e imponente no espaço, não prensado entre construções sem avaliação de impacto.
Maior Construção

___Durante mais de 30 anos foi a maior construção da cidade, era a primeira imagem a se ver vindo de Porto Alegre pela Avenida Assis Brasil, antes da construção dos arranha-céus da cidade, e mesmo de costas para quem vinha da Fátima, e principalmente circulando pela Freeway.

Matriz iluminada para o Natal

Cúpula do altar

Caixa d’Água da Corsan

___A caixa d`água da Corsan, da década de 1960/1970, ao lado do Colégio Rodrigues Alves, é um ícone junto com a Matriz, neste período até os anos 2000, principalmente para quem vinha de Porto Alegre, lá na Avenida Assis Brasil já se avistava a caixa dágua verde e branca, com o letreiro e a torre da Matriz, como referência, antes de chegar na ponte de ferro.

Bloco Filhos da Lua

___Cachoeirinha teve bloco carnavalesco os Filhos da Lua este agitou a cidade de 1958 até 1969

Grupo reunido em frente a antiga Foto Adamatti 

Prainha

___Cachoeirinha assim como Gravataí tiveram a sua “prainha”, em Cachoeirinha ficava no final da Rua Luis Cardoso, depois do campo do Canto do Rio, bem de frente à Fábrica de Linguiça do Foguinho.

___Durante a semana era frequentada pelas crianças e nos fins de semana quente pelas famílias.

Prainha – anos 1960

___Atualmente no lugar da Prainha temos o “Dique” e logo em seguida a ponte da Freeway.
Deslocamento para o Litoral
___Para se deslocar na
até 1973, para o litoral Norte, principalmente para as praias de Tramandai, Santa Terezinha, Mariluz, Capão da Canoa ou Torres, na época que ainda não existia a Freeway, todo o transito era pela Estrada (avenida) Flores da Cunha.

Engarrafamento

___Os engarrafamentos por ser pista simples eram quilométricos, e o povo de Cachoeirinha ia até a faixa para ver o movimento intenso, principalmente no retorno aos domingos.

___Os ônibus e carros iam e vinham pela "Faixa Preta", as pessoas aguardavam com suas malas o “ônibus pinga-pinga” da Unesul, bem cedinho, que se dirigia as praias, o ponto de embarque era principalmente na parada 51 no Posto Schell.

___ERA MUITO BOM!

Prédio Sbardeloto

___Considerados os mais ricos de Cachoeirinha, tinham vários imóveis na cidade, este prédio da parada 50, no Centro antigo, na Esquina da RS-30 (Avenida Flores da Cunha) com a Rua Brochado da Rocha, onde ficava a farmácia, a Casa Soares e outros comércios.

Loja Linck

___Conhecida loja de bazar, papelaria e armarinho, na parada 51, esquina Avenida Flores da Cunha com Rua Gravataí, atendimento pelos donos e família.

 

Centro Antigo – Sede de Cachoeirinha

___O primeiro “Centro de Cachoeirinha” era localizado na parada 51.

___Com a instalação do Loteamento Vila Eunice o Centro Comercial se transferiu para a parada 49, Cachoeirinha não possui um Centro Cívico, pois as instituições (Executivo, Legislativo, Judiciário, Matriz) estão espalhadas por falta de planejamento urbanístico.

Rei do Mocotó

___O restaurante localizado na parada 53 na Avenida Flores da Cunha, era famoso por seu mocotó que nos fins de semana faziam fila para compra o prato ou aguardar lugar no pequeno espaço.

Nota:

- Por muito tempo o mocotó era feito em um tonel de lata, e era muito gostoso.

Hotéis

Desde a década de 1960, Cachoeirinha já tinha “Hotel de Viajantes”, pelo motivo da Rodovia RS-030 (Avenida Flores da Cunha), em direção ao Norte do país, sempre foram 2 hotéis:

Hotel Prior

Localizado na Avenida Flores da Cunha, Parada 48, entrada pela esquina na Rua sobre a Ferragem Prior.

Hotel Prior

Demolição do Prior

Hotel dos Viajantes

Localizado na Avenida Flores da Cunha, Parada 50, entrada pela esquina na Rua Guaraní, sobre o Açougue e o Salão de Barbeiro do .

Postos de Gasolina

___Cachoeirinha tinha primeiramente 2 postos de gasolina, e atendiam a Rodovia RS-030 (Avenida Flores da Cunha):

Posto Schell

___Este posto de gasolina, da parada 50, um ícone do tempo e “Rodoviária” de Cachoeirinha (parada da Unesul). Desde à época que se abastecia com “gasolina azul”, primeiro auto posto de todo o Vale do Gravataí.

 

Aldo Souza

Posto Texaco

___Este era o segundo posto de combustível de Cachoeirinha na parada 47 na Avenida Flores da Cunha, um posto bem menor.

 

Nota:

- Existia outro Posto Texaco no mesmo formato e estrutura na curva da Avenida Assis Brasil na entrada da Santo Agostinho em Porto Alegre (onde hoje está a FIERGS), era o último posto em direção a Cachoeirinha, pois após o posto começava a granja de arroz.

Paradas

___A forma de se localizar no município de Cachoeirinha é pela "Parada" ponto ou abrigo de embarque e desembarque do transporte coletivo, cada parada tem sua singularidade e importância.

Junto ao Posto Schell com a Matriz ao fundo – década 1960

O famoso ônibus com nariz em carroceria de caminhão Chevrolet

Dia de Corrida – 1966

Frente à Rua Brochado da Rocha ao lado da Rua Imbuí, Posto Schell e antigo Cartório

Parada 49

___A parada 49 sempre foi o segundo Centro de Cachoeirinha, o que não se encontrava na parada 51, buscava-se na parada 49.

Avenida Flores da Cunha junto a Vila Eunice – anos 2000

Vista aérea Av. Flores da Cunha – anos 2010

Parada 59

___A parada 59 é a divisa com o município de Gravataí, sendo que a igreja de N. Sra. de Fátima, fica em Gravataí, um dos bairros mais antigos de Cachoeirinha.

 

Rua ... , divisa municipal de Cachoeirinha e Gravataí

Igreja N. Sra. de Fátima

https://www.diariocachoeirinha.com.br/_conteudo/2014/02/noticias/regiao/13662-vivendo-no-limite-da-parada-59.html
Ponto de Táxi
___Em Cachoeirinha até os anos 1980, existiam 4 Pontos fixo de Táxis:

·         Na Esquina da Rua, na Parada 49

·         Na Esquina da Rua Brochado da Rocha, na Parada 51

·         Na Esquina da Rua João XXIII, na Parada 52

·         Na Esquina da Rua, defronte à Igreja de Fátima, na Parada 59.

___Depois:

·         Na Esquina da Estrada Mal. Randon, Parada 48ª

·         Na Esquina da Avenida, na Parada 48A – Vila Eunice

Vale Transporte

___Primeiro eram bloquinhos em papel, depois fichas plásticas e finalmente ficha furadas para facilitar o transporte amarradas.

Nota:

- Este que vos narra em 1981, foi a Brasília pela UMESPA e DCE da UFRGS defender o “Vale Transporte”, em plena Ditadura, fizemos a via sacra em todos os gabinetes do Congresso, por surpresa o então senador José Sarney nos recebeu e acabou em 1986 presidente e promulgou o Vale Transporte, me considerou pouquinho “Pai” do projeto.

Dr. Jaime

___O Dr. Jaime foi o primeiro médico de Cachoeirinha, atendia a todos sem restrições, tinha o seu primeiro consultório/ambulatório, na RS-030 quase esquina Rua Tapajós ao lado da Farmácia América em que era sócio com Sr. Oscar, aos lados do prédio só tinha chácaras.

Farmácia América e Consultório Dr. Jaime

___Depois se transferiu para a Rua Tapajós em uma casa de alvenaria.

___Com a construção do prédio na esquina da Avenida Flores da Cunha com a Rua Tapajós abriu o consultório no primeiro andar de frente para a “Tapajós”.

O prédio do Restaurante Colombo era a Farmácia América e o prédio ao lado o terceiro consultório do Dr. Jaime

___Conforme Sr. Renato Domingos:

“Bah que show trabalhei lá com 12 anos fiquei 2 anos agendava ficha para o Dr. Jaime kahan donos farmácia Sr. Oscar e dona Dorcina chamavam de dona bichinha saudades.”

Nota:

- Dr. Jaime tinha a “Clínica para Senhoras” no 3º andar do Edifício Bi-jóia na Volta do Guerino em Porto Alegre.

- Este que vos narra, que morava na Rua Guaraní, 155, foi muitas vezes atendido pelo Dr. Jaime, e tem o nome em sua homenagem.

Stúdio 59

___Muitos tiveram o seu momento no Stúdio 59 que ficava na parada 46, todos as sextas, sábados e na domingueira.

 

___Na década de 1970 e 1980, o conjunto Impacto, um dos maiores a época no estado, tocava todo o mês na cidade em um dos salões de Cachoeirinha. Muita gente dançou a este som.

 


+Saudade

·         Segunda Ponte de Ferro, construída pelo Exército

·         Salão da Fátima de Valmor Bettiato o “Casquinha”

·         CADOP – Colégio Agrícola Daniel de Oliveira Paiva

·         Granja Esperança

·         Tambo de Leite, leite entregue em casa

·         O barulho dos “Tabuões” de madeira das pontes de ferro

·         Sinaleira a primeira de Cachoeirinha na ponte de ferro

·         IRGA

·         Desfile de 7 de Setembro na Avenida Flores da Cunha

·         Casa Soares – calçados, parada 51

·         Cine Danúbio Azul, parada 52

·         Bar Paquera, parada 49

·         Seu Lindolfo, parada 46

·         Relojoaria Pacheco, parada 50

·         Bar dos Motoristas, parada 51

·         Atacado Reinaldo Sbardeloto, parada 51

·         Prédio do Cartório, parada 51

·         Hotel Prior, parada 49

·         Prédio da Loja Link, parada 51

·         Prédio do Armarinho das Alemoas, parada 53

·         Prédio da Relojoaria Estrela, parada 52

·         Prédio da Soberana dos Móveis – A Soberana dos Móveis tem o crediário mais amigável da cidade, parada 50

·         Prédio da Loja Ibraco, gerente Sr. Martins, pai de Cristina Vila, parada 51 (esquina

·         Lojas Manlec, parada 50 (em frente à Rua Guarani)

·         Prédio da Loja Conforto do Lar, parada 51 (em frente a Soberana)

·         Lojas Freitas, parada 51

·         Prédio Atacado Sbardeloto, parada 51

·         Prédio da Farmácia do Povo, parada 52 (esquina

·         Grupo Escolar Governador Roberto Silveira, de dia, Colégio Mauá a noite tinha MOBRAL, Rua

·         Igreja Pentecostal Betel, Rua da Quitandinha

·         Igreja Assembléia de Deus, Rua Guaraní

·         Armador/Funerária, Sr. Arlindo, Rua Guarani, depois igreja evangélica

·         Colégio Rodrigues Alves

·         Colégio Polivalente Presidente Kennedy – ESPOCA

·         Casa do Velho Noca, Seu Noca, pai D. Eunice, fora diretora Escola Gov. Roberto Silveira, homenagem em nome da filha – Vila Eunice, parada 49

·         Prédio do Unibanco, parada 50

·         Prefeitura Velha, parada 53

·         Fruteira do Japonês, parada 50

·         Madeireira Prior, parada 49

·         Madeireira Cachoeirense, parada 50

·         Salão de Beleza da Iris, Rua Imbuí

·         Salão de Beleza da Lu, parada 50

·         Sapataria Freitas, Rua Guarani

·         Armazém Oliveira, Rua Imbui

·         Tipografia Caiçara, parada 49

·         Sociedade Esportiva Cachoeirinha – SEC, parada 52

·         Professor Santana, de matemática – ESPOCA

·         O Pó (poeira) de Cachoeirinha

·         Clube Regina

·         Igreja da Boa Viagem, parada 46

·         Posto Shell, parada 51

·         Rei do Mocotó, parada 53

·         Padaria Bazotti, parada 48

·         Loja Zélia, loja de sapatos, parada 50

·         Kisorp, fábrica de sorvetes, Rua Guarani

·         Botos no Rio Gravataí

·         Supermercado Real, parada 51 (prédio atacado Sbardeloto)

·         Veranópolis – O VERA, Interior I

·         Furtar frutas nos pomares do Ritter


Curiosidades

___Na cidade de General Câmara existe um igreja com projeto parecido com o modelo da Matriz da Cachoeirinha.


Patrimônio

Histórico/Cultural

___Cachoeirinha tem uma identidade cultural expressa na sua história e no seu patrimônio histórico, artístico e arquitetônico (Casa do Leite, Irga - Instituto Rio-Grandense do Arroz) junto a produção artístico-musical.

Estância da Cachoeira

___No então primeiro distrito da Aldeia dos Anjos, João Baptista ergueu a sua estância, a Casa dos Baptista, dentro da área conhecida como Mato do Júlio.

___A Casa dos Baptista é o patrimônio histórico mais importante do município.

___No século XXI, no coração de Cachoeirinha (RS) há uma área de 256 hectares cujo destino ainda gera curiosidade entre os moradores da cidade da região metropolitana de Porto Alegre.

Mato do Júlio

___Popularmente conhecida como Mato do Júlio, a propriedade encerra uma casa com mais de 200 anos com parte significativa na história do estado e uma vasta vegetação, possivelmente nativa, ainda intocada.

Casa da Família Baptista Soares da Silveira e Souza é de arquitetura colonial. 

Foto: Divulgação/ PMC

Tombamento

___O processo de tombamento do imóvel e de uma área de 10 hectares (4% da área total do Mato do Júlio) ao seu redor está em andamento na justiça.

Pesquisa in Loco

___Enquanto isso, o que os pesquisadores descobrem no casarão hoje encravado no Centro urbano da cidade é fascinante.

— Já foram mais de sete mil documentos recolhidos dentro da casa e do porão. O material ainda não foi analisado por completo e catalogado, mas já sabemos que há ali, por exemplo, livros contábeis da movimentação da estância e de praticamente todas as atividades dos Baptista no século XIX.

___Dados como o controle do número de escravos, pagamentos por obras, negociações de terras. A cidade está diante da origem de Cachoeirinha documentada, e que precisa ser preservada e catalogada.

Granja Progresso

___Da residência do major Alberto Bins na Granja Progresso, atualmente (2012) restam as ruínas da fachada, considerada importante monumento da história de Cachoeirinha e do Estado do Rio Grande do Sul.

___Construída às margens do Rio Gravataí, no final do século XIX, a casa de campo do intendente (prefeito) de Porto Alegre, que hospedou figuras ilustres nos anos 1920 e 1930, como:

·         Presidente da República Washington Luiz,

·         Governador Borges de Medeiros,

·         Vice-almirante Auguste Hermann Rademaker Grunewald,

·         Ministro do Trabalho Lindolfo Collor.

Granja Progresso

Alberto Bins 

___Alberto Bins se deslocava todas as sextas-feiras após o expediente semanal no comando de Porto Alegre para a Granja Progresso, onde, nos finais de semana, um grande número de políticos, militares e empresários eram recebidos com banquetes.

___A beleza e o refinamento da residência surpreendiam todos que por ali passavam.

___A casa possuía diversas dependências:

·         Na parte superior tinha três quartos e uma sala de estar.

·         No térreo existia uma grande sala de jantar cuidada nos mínimos detalhes.

___As ruínas dimensionam a imponência da casa. As paredes, de tijolos maciços, medem meio metro de espessura e nos marcos das portas e janelas é possível verificar a existência de vigas de aço.

Ruinas

Granja Esperança

___A Granja Esperança propriedade dos Ritter, onde se localiza os pomares a indústria e o “Castelinho”, residência dos Ritter.

Castelinho

Casa Wilkens 

___Casa de Cultura de Cachoeirinha.

Prédio histórico junto as pontes do Rio Gravataí

Nota:

- Este cronista que vos narra, teve o privilégio de brincar com o filho do proprietário Sr. Carlos Wilkens que residiam no primeiro andar, na infância no final da década de 1960, ele tinha carrinhos branco de louça ágatha, era um jipe.

C.T.G. Rancho da Saudade

___A mais popular das tradições do “povo gaúcho” tem em Cachoeirinha um confortável e bonito Centro de Tradições.

___É o CTG Rancho da Saudade, situado junto a um parque de rodeios, onde são realizados eventos que reúnem artistas, ginetes e milhares de pessoas.

Ronda Crioula

___A Ronda Crioula, realizada anualmente no município, recebeu o reconhecimento do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, sendo incluída no calendário oficial.

Rodeio de Cachoeirinha

___Os rodeios realizados em Cachoeirinha atraem pessoas de várias cidades do Brasil e do Mundo.


Eventos

___Cachoeirinha possui um calendário anual de atividades e eventos de todas as áreas.

Apresentação da OSPA na Igreja Matriz – 2011

 

 

Show Verão Cultural – 2011

Decoração Natalina

 

 

Corte do Carnaval de Cachoeirinha (Rei Momo, Rainha e Princesas)


Esporte

 


Turismo

___Principais Pontos Turísticos de Cachoeirinha:

Ruínas – Casa major Alberto Bins

___Localizada na Avenida Bonifácio Carvalho Bernardes, 1494, junto ao IRGA.

Granja Progresso

Fachada lateral

Escadaria da Entrada

Parque Ambiental

Doutor Tancredo Neves

___Localizado na Avenida Capitão Garibaldi Pinto dos Santos, 2265, Bairro Granja

Esperança.

F: 51 3470-7118 R247

___O parque possui uma área de 17,51ha e variadas espécies da flora e fauna regionais. Parte da área está destinada ao Centro de Educação Ambiental, que atua na pesquisa de produção de mudas e espécies.

___Projetos com a comunidade em geral, que estimulem a “preservação e conservação ambiental”:

Ginástica no Parque

___Utiliza um maravilhoso espaço com ar puro para prática de atividades físicas, integrando a comunidade com o ambiente natural.

Oficina do Verde

___Os alunos participam da produção de mudas de árvores nativas, jogos e técnicas para despertar através de atividades práticas a responsabilidade de cuidar do ambiente.

Oficinas de Xadrez

___São realizadas nas áreas de lazer do Parque, tendo como objetivo o melhoramento da concentração e do raciocínio das pessoas.

Curso de Jardinagem e Paisagismo em Harmonia com a Natureza

___Aberto a comunidade, ensina a arte de se projetar um jardim não só pelo valor visual que o mesmo possa ter, mas pelo valor ambiental, orientando a utilização de espécies nativas que alimentam e abrigam a fauna, bem como sensibilizando para convivência com estes pequenos animais.

Curso de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares

___Aberto a comunidade, ensina a produção, secagem, armazenagem, manipulação e utilização destas plantas.

Exposições

___São realizadas em datas e eventos comemorativos, como no caso da Semana do Índio, realizada em abril, contendo utensílios e artesanatos de oito tribos indígenas brasileiras.

Palestras

___São realizadas e adaptadas para diferentes faixas com os seguintes temas:

·         Agrotóxicos;

·         Ervas medicinais;

·         Resíduos sólidos;

·         Água;

·         A crise do clima;

·         Desenvolvimento sustentável;

·         Vídeo "Agressão ao Homem".

Trilhas Ecológicas

___São realizadas no interior da mata, onde os alunos ou grupos organizados (comunidade) conhecem as riquezas de uma floresta centenária com idade estimada em 500 anos e aprendem a importância de preservá-la.

Horto Florestal 

___Assim denominado, existe de fato desde outubro de 1989, mas foi legalizado em 25 de outubro de 1996.

___Com uma área de 18.400m² situado na Avenida Capão da Canoa, 45 - Vila Bethânea.

___Fica este espaço destinado ao uso de reprodução de essências nativas e ornamentais, destinadas às arborizações de escolas, ruas, praças e demais logradouros públicos, com doações destas espécies para a comunidade. Visitação pública diária.

Rio Gravataí

___Suas águas banham o município de Cachoeirinha delineando o limite geográfico com a capital do Estado Porto Alegre.

Rio Gravataí

CTG – Rancho da Saudade

___Localizado na Avenida Frederico Ritter, 2626, possui área para realização de rodeios e eventos com uma grande área verde, onde são realizados os eventos que reúnem artistas, ginetes, invernadas e pessoas que procuram as tradições gaúchas.

CTG

PARCÃO

___Localizado no Parque da Matriz, parada 56.

Vista aérea

CITY PARK

 


Associativisvo

___Os Clubes que fizeram e fazem a tradição e a alegria da sociedade de Cachoeirinha em bailes, festa e eventos. 

Sociedade Esportiva Cachoeirinha - SEC

___Conhecido como "Cachoeirinha", principal clube social da cidade, onde na década e 1970 foi instalada a “primeira piscina” da cidade.

Sociedade Regina

___Pequeno clube localizado no triângulo.

Clube Veranópolis

___Tradicional clube cachoeirense, com sua matinés de domingo.

Clube Fátima

___Iniciou suas atividades na década de 1970, no bairro Fátima, de propriedade de Valmor Bettiato, tio deste cronista, muitas atrações nacional estiveram no "Salão da Fátima", como era conhecido, entre elas a cantora VanderleiaNelson Ned e outros tantos.


Porque Cachoeirinha

___A cidade é uma alternativa para as pessoas que buscam ficar próximo a capital Porto Alegre.

___A cidade fica situada em um ponto estratégico na região metropolitana, ponto de passagem entre os municípios que a cercam e destino ao Litoral Norte e Santa Catarinha.

Porto Alegre vista de Cachoeirinha

Cachoeirinha é uma pequena 

“Cidade Grande”.


Rota Romântica de Cachoeirinha
Os pontos românticos no estilo Cachoeirinha

Chaveco em Cachoeirinha

Dicas, ou até mesmo, opções para passear como o “seu amor”

O dia começa com uma caminhada pelo Parcão da cidade.

Vocês podem dar algumas voltas curtindo a “beleza” da cidade tomando um bom Chimarrão.

O almoço na Galeteria Pasta Suta.

A tarde, assistir um filme romântico no Shopping do Vale e saborear as delicias da Praça de Alimentação.

Tendo uma graninha no bolso, curta algumas horas na suíte do Motel Sahara.

Se for falta de “verba” vá ao Motel Aconchego, a festa é a mesma.

Para fechar a noite com “chave de ouro”, leve o seu amor para comer na Pizzaria Krocante ou se quiserem alguma coisa mais rústica” tem o Xis do Bascão.

Aproveite as dicas, e Ame Muito

  Cachoeirinha precisa de Amor.


Símbolos

Brasão

Bandeira 

Hinos

___A cidade de Cachoeirinha possui 2 hinos municipais de datas distintas:

Primeiro Hino do Município de Cachoeirinha  

Letra e Música: Professor Odilo (conhecido como CrocOdilo) – professor de música da Escola Pres. Kennedy - ESPOCA

Administração: Prefeito Francisco José Rodrigues

Quinze de maio é data tão festiva

Quinze de maio da emancipação

De Cachoeirinha, cidade progressista

Oh! Cachoeirinha, escuta esta canção;

(Estribilho)

Tu és trabalho,

Tu és progresso

Tu és grandeza

Cachoeirinha

Faz ( ...) anos, tu eras Cachoeirinha

Um lugarejo sem muita expressão

Mas hoje todos, aqui te admiramos

Por isso escuta cidade, esta canção;

Segundo Hino do Município de Cachoeirinha

Letra: Josué Martins Rodrigues

Melodia: Josué Martins Rodrigues      

Administração:

Ante o sol da liberdade

Vem surgindo bem constante,

Com justiça e honridade

Cachoeirinha deslumbrante.

Linda jóia alvissareira

Voluntária do futuro.

Corre livre em tuas veias

Um progresso bem seguro.

Cachoeirinha terra forte,

Lindos sonhos te esperam.

És do povo a esperança,

Lindas flores te despertam.

Flores vivas de trabalho

Cresces linda e bendita.

Serás sempre minha vida

Minha amada Cachoeirinha.


Dados

Geografia
___Localização no Brasil:

29° 57’ 03” S 51° 05’ 38” O

___Unidade Federativa: Rio Grande do Sul

Características Geográficas

Área    43,766 km²

População        119 100 habitantes (Censo IBGE/2010)

Densidade        2 721,29 hab./km²

Altitude            10 m

Clima   Subtropical Cfa

Fuso horário    UTC−3
Indicadores

IDH     0,813 elevado PNUD/2000

PIB      R$ 2 839 759,406 mil IBGE/2008

PIB per capita R$ 24 229,41 IBGE/2008

Prefeitura Municipal de Cachoeirinha

Dados Gerais 

Endereço da prefeitura

Av. Flores da Cunha, 2207/2209 - V. Cachoeirinha

CEP

94.910-003

CNPJ

87.990.800/0001-85

Telefone

Fone: (51)3470-6622 / 3470-6920

Fax

51-3439-3008

E-mail da prefeitura

prefeitura@cachoeirinha.rs.gov.br

Site da prefeitura

portal.cachoeirinha.rs.gov.br

Distância de POA

11 km

Vias de Acesso

BR-290, RS-118

Ano de Criação do Município

15/05/1966 (Lei n.° 5090/66)

Porte Município

Grande

Região

Sul

Mesorregião

Metropolitana de Porto Alegre

Microrregião

Porto Alegre

Código do IBGE

430310

Código da Famurs

62

Associação

GRANPAL

Federação

FAMURS

Conselho Regional do RS - COREDE

Metropolitano Delta do Jacuí

Munícipio(s) de origem

Gravataí

Municípios limítrofes

Norte: Esteio e Sapucaia
Leste: Gravataí e Alvorada
Sul: Porto Alegre
Oeste: Canoas

Área da unidade territorial

43,766 km²

Base da economia

Comércio, Indústria e Serviços

Padroeiro do município

Gentílico

Cachoeirinhense

___Cachoeirinha é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul, pertence à meso-região Metropolitana de Porto Alegre.

___Localiza-se junto ao Rio Gravataí, no Sul do país.

___O município fica situado em um ponto estratégico na Região Metropolitana de Porto Alegre, com acesso facilitado aos municípios vizinhos.

___O feriado facultativo de Cachoeirinha é no dia 15 de Maio, data da emancipação.

___Cachoeirinha é conhecida por ter um grande distrito industrial e ter a sede de grandes empresas de diversos ramos.

___O perfil industrial vem se consolidando nos setores metal-mecânico, comércio, logística e prestação de serviços.

Vegetação

___A vegetação do município é constituída de campos, mata e mata-galerias.

___As coxilhas são recobertas pelo capim forquilha e pastagem comum. Cachoeirinha conta com uma reserva de 17 hectares de mata nativa, com localização próxima ao Centro da cidade. ___Outras reservas naturais encontram-se em propriedades particulares e possuem legislação própria de proteção. O município tem ainda um horto florestal localizado ao lado da rodovia RS-118.

Bacia do Rio Gravataí

___A bacia hidrográfica de Cachoeirinha é constituída pelo Rio Gravataí e seus três afluentes. ___O rio tem suas nascentes no município de Santo Antônio da Patrulha, com área de drenagem de 2.800 km², apresentando vazão média de 28 m³/s, percorrendo um total de 39 km.

Meio Ambiente

___A proteção ao meio ambiente, sua preservação e recuperação, recebe especial atenção no município, tanto através de ações efetivas da comunidade como do ponto de vista legal, com a aprovação de leis e decretos.

___O Parque Municipal Tancredo Neves, com 17 hectares de área, possui exemplares centenários, como figueiras com mais de 300 anos, além de variados espécimes de flora e fauna regionais, protegidos pela fiscalização.

___Parte do parque é destinado ao Centro de Educação Ambiental, que atua na pesquisa e produção de mudas e espécimes nativos e na educação de crianças da rede municipal de ensino.

Saúde

Hospital Municipal de Cachoeirinha

Hospital Municipal Padre Jeremias

___Localizado no Parque da Matriz.

UBS

UPA

Comunicações

Correios

·         Agência: AC CENTRO DAS INDUSTRIAS

Endereço: AV. DAS INDUSTRIAS, 750

Bairro: DISTRITO INDUSTRIAL

Município: CACHOEIRINHA UF: RS

CEP: 94930970

Telefone: (51) 3439-2982 Fax: (51)3470-5200

E-mail: rs02_accindustr@correios.com.br

Horário de funcionamento

Segunda a Sexta: 09:00 às 17:00

·         Agência: AC CACHOEIRINHA

Endereço: AV. GENERAL FLORES DA CUNHA, 1330

Bairro: VILA IMBUHY

Município: CACHOEIRINHA UF: RS

CEP: 94901970

Telefone: (51) 3471-7181 Fax: (51)3470-4476

E-mail: rs02_accachoeir@correios.com.br

Horário de funcionamento

Segunda a Sexta: 09:00 às 17:00

·         Agência: ACF FLORES DA CUNHA

Endereço: AV. GEN. FLORES DA CUNHA, 733

Bairro: VILA VERANOPOLIS

Município: CACHOEIRINHA UF: RS

CEP: 94910970

Telefone: (51) 3470-1356 Fax: (51)3471-8214

E-mail: acfflores@terra.com.br

Horário de funcionamento

Segunda a Sexta: 09:00 às 18:00

Horário de almoço:

Sábado: 09:00 às 12:00

Telecomunicações

Fixa – Móvel (2011)

Brasil Telecom

Brasil Telecon

Claro

Tim

Vivo

Canais de TV

___Que abrangem o município (2011):

CNT canal 46

MTV canal 14

RBSTV canal 12

Rede 21 canal 40

Rede Bandeirantes canal 10

Rede Mulher canaol 18

Rede TV canal 55

Rede Vida canal 20

RIT canal 42

Sbt canal 5

Tve canal 7

TVCOM canal 36

Tv Guaíba canal 2

Tv Pampa canal 4

TV Ulbra canal 48

Rádios

___Que abrangem o município (2011):

Rádio Metrópole AM 1570 KHz

Av. Flores da Cunha, 4402 cj 303

Fone/Fax: (51) 3469-3003

Nota:

- O município é abrangido pelas rádios de Porto Alegre.

Jornais

___Que circulam no município (2011):

·         A Notícia do Vale

Av. Flores da Cunha, 580 - cj. 1008

Fone: (51) 439-2207/Fax: (51) 470-2293

94910-000 Cachoeirinha/RS

anoticiadovale@uol.com.br

·         Diário de Cachoeirinha

Rua Dona Cecília, 141 - Parada 51

Fone: (51) 3041-2301

CEP 94935-130 Cachoeirinha/RS

diario@diariodecachoeirinha.com.br

·         Jornal de Cidade

Periodicidade: SEMANAL

Av. Flores da Cunha, 580 - sala 1102

CEP: 94910-000

Fone: 051-3470-6628

E-mail: j.cidade@ig.com.br

·         Jornal de Cachoeirinha

Periodicidade: SEMANAL

Av. Dorival de Oliveira, 6626 CEP: 94070-000

Fone: 051-3471-4008

E-mail: comercial@correiodegravatai.com.br

cachoerinha@jornaldecachoerinha.com.br

·         Jornal ZN

Av. Frederico Ritter, 163 - sl.201

Fone/Fax:(51) 3471-4008

94901-970 Cachoeirinha/RS

jcachoerinha@uol.com.br

·         Momento Regional

Periodicidade: QUINZENAL

Av. Flores da cunha, 1891/305 CEP: 94910-003

Fone: 051-3470-4100

E-mail: momentoregional@terra.com.br

___Jornais da região:

·         Correio de Gravataí

·         Correio Rio-grandense, Caxias do Sul

·         Gazeta Popular

·         Folha do Nordeste

·         Correio do Povo, Porto Alegre

·         Diário Gaúcho, Porto Alegre

·         Jornal O Sul, Porto Alegre

·         Jornal do Comércio, Porto Alegre

·         Zero Hora, Porto Alegre

Religião e Religiosidade 

___A população é predominantemente católica/cristã, convivendo de forma harmônica com todos os demais segmentos religiosos.

Católica

Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem

___Junto a Ponte do Rio Gravataí, parada 46, na entrada da cidade, a nova paróquia foi erguida na década de 1990.

Altar

Igreja Matriz São Vicente de Paulo

___Localizada na Praça Cônego Pedro Wagner, que semanalmente recebe centenas de fiéis, especialmente em ocasiões festivas. 

Imponência da Igreja Matriz

Um dos monumentos de Cachoeirinha

Igreja Matriz no Natal

Igreja Santa Luzia

Evangélica

Igreja Evangélica Betel

___Rua Lídio Batista Soares, 345, bairro Quitandinha, prédio histórico para a cidade.

Igreja Evangélica Assembléia de Deus

___Rua Guaraní,

Templo Mormon 

___Avenida Brambilla,

Fachada

Ritos Africanos

Centro de Umbanda Reino de Ogum Megê

___Rua Rui Ramos,

Fé em Cachoeirinha

___A em Cachoeirinha pode ser capaz de remover montanhas.

 

 Procissão à Nossa Senhora 

 

Procissão à São Cristóvão

 Missa de posse de Dom Alessandro na Igreja Matriz

Tradicional tapete para a Procissão de Corpus Cristi

Educação

___Escolas municipais, estaduais e particulares são responsáveis pelo ensino de milhares de crianças e jovens.

___Cumprindo os preceitos constitucionais, Cachoeirinha priorizou em sua rede o ensino fundamental, onde está inscrita a grande maioria dos alunos, distribuídos em:

·         20 escolas municipais (2011).

Educação Infantil

Centro de Atenção Integrada à Criança – CAIC

Primeiro Grau:

·         15 escolas municipais,

·         08 particulares.

Segundo Grau:

·         07 escolas estaduais,

·         03 particulares são responsáveis pela seqüência do ensino, oferecendo cursos técnicos, profissionalizantes.

 

ESPOCA - Escola Polivalente Pres. Kennedy

Ensino Superior:

___A cidade conta com 01 faculdade particular.

___A proximidade de Cachoeirinha com outras cidades permite o fácil deslocamento de estudantes para cerca de 11 universidades.

Faculdade CESUCA

Mobilidade

___Cachoeirinha está situada em um ponto estratégico na região metropolitana do Estado com proximidade da Capital Gaúcha.

___Tem, como vias de acesso, a RS-020, RS-118, a BR-290 (Freeway) e a BR-116.

Estação Rodoviária

___Cachoeirinha nunca possuiu uma Estação Rodoviária, mesmo tendo linhas intermunicipais de curso médio passando pela RS-030 e linhas de longo percurso pela BR 290 (Freeway), pela proximidade da cidade com Porto Alegre e Gravataí que possuem Estação Rodoviária.

___Desde a instalação da ponte de ferro em 1925, e a partir da década de 1930, as primeiras jardineiras seguiam para o litoral Norte, ainda por estrada de terra.

UNESUL

___Em Cachoeirinha a parada 51 junto ao Posto Shell, desde o início era o principal “ponto de embarque” para o Litoral Norte, principalmente Unesul.

Até 1973, todas as linhas para o Norte do País seguiam pela RS-030 (Avenida Flores da Cunha) e passavam por dentro de Cachoeirinha.

___As linhas da Unesul, Citral e Miraguaia paravam em todos os pontos, somente os diretos não paravam.

___As linhas de longo percurso para outros estados, saiam de Porto Alegre e paravam somente em Osório e Torres, na rodoviárias da cidade.

Ruas e Avenidas
Rodovia: RS-030

___Começa no final da Avenida Assis Brasil, no limite de Porto Alegre com Cachoeirinha, na ponte sobre o Rio Gravataí, atravessa o município de Sul a Norte.

·         Tráfego/dia: 9 mil veículos (chega a 12 mil em fins de semana de Verão)

·         Quem utiliza: - Moradores de Cachoeirinha e Gravataí, veranistas de Tramandaí a Torres - que deixam a Freeway para não pagar pedágio - e usuários da RS-020 vindos de Taquara e São Francisco de Paula.

·         Pontos Positivos: - Boa pavimentação e atendimento aos pedestres, com faixas de segurança e passeios pavimentados.

·         Pontos Negativos: - Sinalização horizontal com falhas.

Avenida General Flores da Cunha
___A principal artéria de Cachoeirinha, desde caminho, estrada e avenida, concentra a administração, comércio e serviços da cidade. 

Avenida Flores da Cunha

 Tradicional engarrafamento de fim de tarde

Avenida Flores da Cunha

Nova Avenida Flores da Cunha, projeto Mato do Júlio

Rodovia BR 290 – Porto Alegre – Osório (Freeway)

___Construída na década de 1970, foi um marco para Cachoeirinha, cidade que acompanhou toda a sua construção.

Freeway sobre neblina

Rodovia RS-118

 

Duplicação da ERS-118 – 2012

Estrada do Ritter

___Avenida Frederico Augusto Ritter

Estrada do Ritter, junto a Avenida Flores da Cunha

Avenida Flores da Cunha, esquina Estrada do Ritter

Mobilidade – Ônibus

Transporte Coletivo Intermunicipal

Linhas Intermunicipais

GRAVATAIENSE

Na década de 1930, a empresa Gravataiense de Gravataí, foi a “primeira empresa de ônibus” a efetuar a ligação então com a Vila de Cachoeirinha, na época distrito de Gravataí, com a linha:

·         Gravataí – Porto Alegre, via Cachoeirinha

___A linha saia de Gravataí, passando por Cachoeirinha, seguindo para Porto Alegre via Avenida Assis Brasil e Avenida Farrapos até o Centro e depois no terminal na Praça Rui Barbosa e sua grande paineira.

Linha Intermunicipal Cachoeirinha/ Porto Alegre

SOGIL

___Com o aumento da população a SOGIL – Sociedade de Ônibus Gigante Ltda, passou a fazer a linha com saída de Cachoeirinha da parada 59 até Porto Alegre na Praça Rui Barbosa.

·         Cachoeirinha – Fátima/ Porto Alegre

Na década de 1970,SOGIL operava as ligações:

·         Cachoeirinha/ Fátima – Porto Alegre

·         Gravataí/ Cachoeirinha – Ponte

Linha intermunicipal Cachoeirinha/Gravataí – Ponte  

RÁPIDO CACHOEIRINHA

EXPRESSO CACHOEIRINHA

No início dos anos 1980, novas empresas no mercado, linha Cachoeirinha/Gravataí – Ponte:

·         Rápido Cachoeirinha

·         Expresso Cachoeirinha

___Estas linhas operaram por quase um ano, até que a SOGIL investiu e retomou a linha Gravataí/ Cachoeirinha – Ponte.

Ônibus linha Ponte

Linha intermunicipal Cachoeirinha/ Porto Alegre

VICASA

Na década de 1980,SOGIL perdeu a concessão da linha intermunicipal Cachoeirinha/ Porto Alegre para a VICASA – Viação Canoense S/A, de Canoas.

Executivo

Linha intermunicipal Cachoeirinha/ Porto Alegre

TRANSCAL

Na década de 2000, VICASA transferiu a concessão da linha intermunicipal Cachoeirinha/ Porto Alegre para a nova empresa TRANSCAL – Transporte Canoense Ltda, de Canoas.

 

Executivo

Linha intermunicipal Taquara/ Porto Alegre, via Cachoeirinha

CITRAL

A CITRAL S.A. (Comercial, Importadora Transportes, Representações e Acessórios Ltda), surgiu da fusão das companhias Dreher & Borges Ltda e Benetti & Cia., cuja razão social era Real e Rex, empresas que faziam as linhas entre as cidades gaúchas:

·         Taquara-Santo Antônio da Patrulha;

·         Taquara-Rolante-Riozinho;

·         Taquara-Porto Alegre, via Cachoeirinha e Morungava (Gravataí), com seus ônibus mais confortáveis, mas com a tarifa mais cara.

Linha intermunicipal Santo Antonio da Patrulha/ Porto Alegre, via Cachoeirinha

UNESUL

Fundada em 1964, UNESUL DE TRANSPORTES LTDA é o resultado da segmentação dos serviços de transporte coletivo de passageiros, da empresa União Erechim de Transportes Ltda, que vinha realizando desde a década de 1940 a operação das linhas entre Porto Alegre, Passo Fundo, Erechim e Caxias do Sul e dessas cidades para o Oeste de Santa Catarina e Paraná e litoral Norte do Rio Grande do Sul.

___A nova empresa sem se descuidar do foco inicial, eleito pelos pioneiros, que era dar suporte à onda migratória dos gaúchos que buscavam novas fronteiras agrícolas, fora do Rio Grande do Sul, buscou sempre a expansão dos seus serviços e negócios.

___A nova sociedade, na sua fundação em 30 de setembro de 1964, dispunha de 65 ônibus.

Cachoeirinha – UNESUL

___Os veranistas de Cachoeirinha, para o litoral Norte, a partir da cidade de Tramandaí, embarcavam na própria cidade, na "Faixa" (Avenida Flores da Cunha), RS-030 com destino as praias em ônibus da UNESUL.

Mobilidade – Ônibus

Transporte Coletivo Municipal

___Cachoeirinha inicia a concessão do serviço de transporte coletivo municipal que era servida apenas com linhas vindas de Gravataí para Porto Alegre da SOGIL.

Linhas Municipais

Linha Municipal Fátima/ Ponte

SOPAL

Na década de 1970, a primeira empresa a operar o transporte municipal de Cachoeirinha entre os bairros e o Centro até a Ponte, foi a empresa SOPAL – Sociedade de Ônibus Porto-alegresense Ltda, de Porto Alegre.

___Iniciou fazendo a única linha:

·         Fátima – Ponte até o CADOP

___A SOPAL colocava na linha municipal de Cachoeirinha os ônibus que saiam de circulação das suas linhas urbanas em Porto Alegre.

___Novas linhas foram incorporadas:

·         Interior 1 e 2 – Ponte

VICASA

Na década de 1980, com a saída da SOPAL, assumiu a VICASA – Viação Canoense S/A que já operava a linha intermunicipal de Cachoeirinha/ Porto Alegre e a linha Parque da Matriz em Gravataí.

___A linhas operadas:

·         Fátima/ Ponte

·         Interior 1

 

___Depois novas linhas foram incorporadas:

·         Nair/ Ponte

·         Parque da Matriz/ Ponte

·         Granja/ Fonte

 

Micro-ônibus

VICASA

Na década de 2000, VICASA implantou o serviço de lotações, ônibus menores, para adequar a demanda do município.

Licitação do Transporte Coletivo Municipal

Em 2008, o Município de Cachoeirinha abriu processo licitatório, sob a modalidade de concorrência pública, com o objetivo de outorgar a concessão destinada a prestação de serviços de transporte coletivo urbano de passageiros, adotando mesmo critério de julgamento, a maior oferta pela outorga da concessão com o de melhor técnica, nos termos do inciso VI, do artigo 15º da Lei 8987/95.

Mobilidade – Briga entre STADTBUS e TRANSCAL

Em 12 de dezembro de 2008, após a análise dos envelopes de proposta técnica, a comissão especial declara vencedora a proposta da empresa TRANSCAL levando em consideração a diferença do ano da frota ofertada.

Em 19 de dezembro de 2008, a empresa STADTBUS entrou com recurso administrativo, quanto a decisão da comissão especial alegando que ela obteve a mesma pontuação da TRANSCAL e que o ano da frota não deveria ser considerado como desempate.

Em 31 de dezembro de 2008, o prefeito José Stédile acolhe o posicionamento da comissão que declarou a empresa TRANSCAL vencedora do procedimento.

Em 05 de janeiro de 2009, o prefeito Vicente Pires homologa o processo à empresa TRANSCAL.

Em 08 de janeiro de 2009, a empresa STADTBUS obtém antecipação de tutela na Justiça e suspende a assinatura do contrato.

Em 27 de fevereiro de 2009, Procuradoria Geral do Município tomou conhecimento que a limitar foi revogada pelo Judiciário.

Em 19 de junho de 2009, a comissão especial decide por suspender a assinatura do contrato tendo em vista os processos na Justiça.

Em 29 de junho de 2009, TRANSCAL solicita à comissão reconsideração da decisão de não assinar o contrato.

Em 21 de julho de 2011, a comissão especial acatou a decisão do prefeito Vicente Pires de realizar o sorteio, o que foi aceito pelas duas empresas.

Em 01 de agosto de 2011, foi realizado o sorteio de números para cada empresa que ficaram na espera do resultado da Loteria Federal.

Mobilidade – STADTBUS Vencedora

Em 03 de agosto de 2011, o último número do primeiro prêmio da Loteria Federal, o número 2, deu vitória para a STADTBUS.

Em 04 de outubro de 2011, STADTBUS, empresa de Santa Cruz do Sul que venceu a licitação do transporte coletivo municipal pela Loteria Federal, vai assinar o contrato de concessão de 10 anos, no gabinete do prefeito Vicente Pires, em horário a ser definido.

___A empresa cumpriu com todas as exigências do edital de licitação.

___Depositou R$ 1 milhão, que deverão ser empregados nas novas paradas de ônibus nos bairros, e já comprovou a aquisição dos coletivos.

___Assinado o contrato, começa a correr o prazo de 60 dias para ela assumir as linhas municipais. Cachoeirinha ganha 44 ônibus coletivos novos, sendo 10 com ar-condicionado, e ainda 30 lotações.

___O serviço mantido pela atuais lotações, em princípio, ainda continuará. A direção da STADTBUS somente falará à imprensa sobre contratação de pessoal e transição com a VICASA depois de assinar o contrato.

___A Stadtbus, de Santa Cruz do Sul atua em 14 municípios gaúchos.

Mobilidade – STADTBUS

___A Stadtbus, sediada em Santa Cruz do Sul, é uma empresa em que a política de qualidade e a melhoria contínua refletem-se na mente de cada um dos seus colaboradores. A inovação constante gerada por soluções tecnológicas e a evolução permanente de produtos e serviços, a busca de clientes cada vez mais satisfeitos e um meio ambiente preservado com suas ações são os objetivos da Stadtbus. Considerada como referência em transporte coletivo no Estado, a empresa conta com uma equipe de mais de 300 profissionais e uma frota de mais de 130 ônibus. Presta serviços em 14 cidades, sendo a maior empresa de transporte urbano dos Vales do Rio Pardo, Taquari e Jacuí. Veículos com motores ecológicos, mais eficientes e menos poluentes, adaptados de acordo com os padrões de acessibilidade, e inovações como internet dentro do ônibus, suporte para bicicletas, máquina de lavagem que recicla a água para o seu reaproveitamento na limpeza da frota, entre outras iniciativas de cunho social e ambiental, mostram o respeito da empresa pelas comunidades em que atua.

Em 2010, ano do seu vigésimo aniversário, a Stadtbus incorporou à sua frota 30 ônibus novos, movimentando ainda mais a economia da comunidade. Levando com orgulho seu nome germânico pelo Brasil, a Stadtbus é uma importante geradora de renda e de empregos, fazendo com que a sua força estimule o fortalecimento de todos que estão ao seu redor.

Passeata da nova frota pela Flores da Cunha

Em 02 de dezembro de 2011, o prefeito Vicente Pires em entrevista coletiva, que não pretende desistir de implantar seis linhas de lotações experimentais por até um ano. Sem polemizar as afirmações do diretor da Stadtbus, ele argumenta que o empresário está no direito de questionar, mas destacou que cabe ao município gerir e tomar decisões relativas ao transporte coletivo, que é uma concessão pública.

___Segundo Vicente, as linhas não vão trazer prejuízos para a Stadtbus e ela própria poderá participar do processo de seleção. “A licitação vencida pela Statdbus é de 2008 e na época alguns bairros nem existiam. Precisamos atender essas pessoas”, destaca, salientando que se as linhas forem viáveis, ao final de um ano, será aberta uma licitação. “E ela poderá participar”, afirma. Outro aspecto ressaltado por Vicente é que a licitação vencida pela empresa de Santa Cruz do Sul em nenhum momento garantia exclusividade a ela. “Não existe feldo algum em Cachoeirinha. Feudo é monopólio e somos contra. A própria Lei Orgânica do município, no seu artigo 142, proíbe monopólios nas concessões de serviços. Então, estamos colocando em primeiro plano o interesse da comunidade. Desde que a Stadtbus venceu a licitação não nos demos por satisfeitos. Defendemos a concorrência porque ela traz melhores serviços”.

Mobilidade – TRANSCAL

Em 30 de dezembro de 2011, Transcal, operadora do transporte intermunicipal é a maior empregadora do município no setor privado, com 450 funcionários atuando nas unidades de Cachoeirinha e Morungava, anunciou a incorporação de 17 novos coletivos à sua frota, sendo 10 executivos, cinco comuns para a cidade e dois para Morungava.

___Todos os carros comuns são adaptados para portadores de deficiência e os executivos possuem ar condicionado.

Em 2011, a empresa já havia adquirido 15 ônibus novos e realizou a implantação do seriviço seletivo com cinco ônibus com “ar condicionado, internet e televisão”.

___Nesta última leva, explica o gerente Pedro Bessa, sete carros são para renovação da frota. Para 2012, revela, está no planejamento a expansão do serviço seletivo. Bessa explica que todas as ampliações em linhas, itinerários e horários sempre dependem de negociações com a Metroplan, órgão do governo do Estado responsável pelo transporte intermunicipal, e com base na demanda.

Mobilidade – Ciclovia

___

Mobilidade – Calçadas e Calçamento

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Paradas

___As paradas de ônibus foi e continua sendo o ícone de localização dentro da cidade de Cachoeirinha, principalmente no eixo da Avenida Flores da Cunha.

___A numeração antiga, iniciava no Centro de Porto Alegre, sendo a parada 1 o Terminal Rui Barbosa, e as demais paradas até a ponte do Rio Gravataí, onde inicia como se conta a parada 46 da Igreja da Boa Viagem, e continua sobre Gravataí, Glorinha, Santo Antonio da Patrulha e Osório, por toda a extensão da RS-030.

___Durante o tempo as paradas desde a ponte foram deslocadas de seu lugar original por vários motivos, ou duplicadas como 50 A, e 51 A, que já não existem.

___Numeração dentro do Município de Cachoerinha

Parada 46 – Igreja da Boa Viagem

Parada 47 – Posto Texaco

Parada 48 – Avenida das Torres

Parada 49 – Prior

Parada 50 – Unibanco

Parada 51 – Linck

Parada 52 – Esquina Rua Tupi

Parada 53 – Prefeitura

Parada 54 – Subida – Estancia Baptista

Parada 55 – Topo – Mato do Juca

Parada 56 – Parque da Matriz

Parada 57 – Casa do Leite

Parada 58 – Atual Shopping do Vale

Parada 59 – Igreja de Fátima

Demografia

___Na década de 1970, Cachoeirinha foi um dos municípios gaúchos com maior crescimento populacional.
Em 2010, a cidade conta com 117.203 habitantes que se dividem em 43,7 km² de área territorial.

___A maioria absoluta da população mora na zona urbana, com apenas 700 moradores na chamada zona rural.

Bairros de Cachoeirinha

ANAIR

ASSUNÇÃO

AVERONICE

BOM PRINCÍPIO

 

 

CACHOEIRINHA

CANARINHO

CARLOS WILKENS

CEDIC

CENTRO

CITY FASE NOVA

CITY NOVA

CITY VELHA

COHAB

DISTRITO INDUSTRIAL RITTER

EUNICE NOVA

EUNICE VELHA

FÁTIMA

Igreja Santa Luzia

GRANJA ESPERANÇA

 

IRGA I

IRGA II

JARDIM BEIJA FLOR

JARDIM BETÂNIA

Início da Vila Bethania

JARDIM DO BOSQUE

JARDIM MAUÁ

JARDIM VITÓRIA

MARECHAL RONDON

Marechal Rodon

Viaduto sobre rodovia RS-118 – Marechal Rondon

MEU RINCÃO

NAVEGANTES

NOVA CACHOEIRINHA

NOVA CANARINHO         

NOVA GRANJA

OLARIA

PARQUE BRASÍLIA

PARQUE DA MATRIZ

Parcão, Parque da Matriz, ao lado Mato do Juca

PARQUE ESPIRITO SANTO

PARQUE FLORIDO

PARQUE SILVEIRA MARTINS

PARQUE TANCREDO NEVES

PRINCESA ISABEL

QUITANDINHA

Avenida Flores da Cunha, prédio da antiga Farmácia Oliveira

SANTO ÂNGELO

SÍTIO IPIRANGA

SÍTIO TÚNEL VERDE

VALE DO SOL

VERANÓPOLIS

VILA CACHOEIRINHA

VILA CITY

VILA DA PAZ

VILA IMBUHY

VILA JARDIM AMÉRICA

VILA MÁRCIA

VILA MONTE CARLO

VILA NOVA

VILA PONTA PORÃ

VILA REGINA

VILA S. MARTINS

VILA VELHA

VISTA ALEGRE

Pórtico transferido para dentro da cidade

Segurança

Guarda Municipal

___Desde ....., Cachoeirinha instalou a Guarda Municipal.

 

 Nova sede da Guarda Municipal - 2011

 

Central de Monitoramento


Personalidades

___Pessoas notórias e honradas, nascidas em Cachoeirinha ou nascidas em outras localidades, ligadas biograficamente à cidade:

A

Alberto Bins (1869/1957) – Agro-pecuarista em Cachoeirinha

Alberto Bins - 1940

___Filho de alemão, Alberto Bins foi um dos mais importantes industriais porto-alegrenses (Cofres Berta, União de Ferros e Estaleiro Bins).

___Presidente da Associação Comercial de Porto Alegre, um dos fundadores do Banco

Pelotense, da Varig – Viação Aérea Rio-Grandense e do Sindicato do Arroz, vice-intendente de Porto Alegre (1924 a 1928) e intendente (prefeito) de Porto Alegre (1930 a 1937).

___Organizou a Exposição Farroupilha em 1935 e após este evento, transformou a área no Parque Farroupilha (Redenção).

___Proprietário da Granja Progresso, um complexo agropecuário de 750 hectares em Cachoeirinha.

Em 1937, retirou-se da política, com a decretação do Estado Novo, pelo presidente Getúlio Vargas, passando somente a gerenciar seus negócios.

___Porto Alegre homenageou seu ex-prefeito substituindo o nome da Rua São Raphael por Avenida Alberto Bins (uma das avenidas mais movimentadas da capital).

“... A história de Alberto Bins como Intendente que substitui Rocha começou em fevereiro de 1928. Foi em sua Granja Progresso que Bins recebeu a convocação de Borges para que assumisse a Intendência, dada a sua condição de Vice Intendente e o falecimento de Otavio Rocha...”

Trecho do livro Sociedades Ibero-Americanas: reflexões e pesquisas recentes, Arno

Alvarez Kern (org.), Coleção História 35, EDIPUCRS.

C

Carlos Luciano da Silva (Mineiro) – Jogador de futebol.

Carlos Luciano da Silva

Cátia Owicki – Atleta de Patinação Artística.

Cátia Owicki

D

Daniela Cecconello – Modelo.

Daniela Cecconello

E

Ermelindo Lottermann – Pároco da Igreja São Vicente de Paulo.

Ermelindo Lottermann

F

Francisco de Medeiros

___O prefeito mais famoso da cidade, conhecido como o "O Gaiteiro" como gostava de ser chamado.

___Era muito querido pela população carente da cidade. Medeiros foi vereador, prefeito por duas vezes e deputado estadual pelo PMDB, realizou diversas obras no município, entre as principais estão:

·         Dique, que é responsável por evitar que as águas do Rio Gravataí inundem os bairros da Região I, e

·         Duplicação da ponte na entrada da cidade e onde ocorreu o acidente que o vitimou, e que hoje leva seu nome como homenagem.

Francisco de Medeiros

Arquivo Isabel Medeiros

J

JPM, empresário, consultor, cronista, modelista e ferromodelista.

JPM – 1977

L

Seu Lindolfo, fundador do Colégio

M

Miki Breier – Deputado Estadual, prefeito eleito.

Miki Breier

Nota:

_ Este cronista que vos narra, foi amigo de infância de Miki, quando tínhamos na faixa de 10 anos, brincando de espadas com um pedaço de sarrafo acertei seu olho, ele morava na esquina da Rua Clóvis Pestana, minha mãe me levou para casa e claro a “surra”.

P

Paulo Borges – apresentador de televisão e Deputado Estadual.

Paulo Borges

O

Oswaldo Camargo – Vereador.

R

Rodrigo José Galatto (Goleiro) – Jogador de futebol.

Rodrigo José Galatto

Rui Teixeira

Rui Teixeira

___Teve grande atuação política nas cidades de Gravataí e Cachoeirinha.

Na década de 1950, foi vereador pelo distrito de Cachoeirinha e chegou a ser vice-prefeito do município de Gravataí na gestão de Dorival Cândido Luz de Oliveira (1964-1968).

___Atuou e muito para a emancipação de nossa cidade, no último ano de seu mandato como vice-prefeito de Gravataí, Rui Teixeira se tornou o “primeiro prefeito” de Cachoeirinha.

___Eleito por voto direto, sua gestão durou somente seis meses, sendo cassado no período da Ditadura Militar.

Z

Zé Louco ou Loko

José da Costa

___Mais conhecido por Zé Loko, talvez a maior expressão de que tudo pode em Cachoeirinha.

___A sua correria pelas calçadas da Avenida Flores da Cunha.

- Zé Loko Sabe!

- Zé Loko Vê!

JZH

Lembrar

Solange Pires Muller

Mirian Rejane Cidade
Artur Cidade
Marlene Pires Betiatto
Thulyo Muller Maciel
Vicente Muller


In Memorian

Jacob Muller
Antonieta Magdalena Muller
Silvio Antônio Muller

Iara Bauer Pires
Rubem Cidade

Selma Cidade
Robson Claudionor Cidade
(Tata)

Marlene Pires Betiatto

Valmor Betiatto


Política

Prefeitura

___O Poder Executivo do município de Cachoeirinha é representado pelo Prefeito e seu Gabinete de Secretários, seguindo o modelo proposto pela “Constituição Federal”.

 

Nova Programação Visual – 2011

Administrações

Prefeitos de Cachoeirinha

·         Francisco Valls Filho (15/05/1966 - 31/01/1968), escolhido como interventor.

·         Rui da Silva Teixeira (31/01/1968 - 02/07/1969), primeiro prefeito eleito pelo voto popular.

·         Aury de Oliveira (01/09/1969 - 31/03/1973), por problemas políticos, Rui Teixeira foi destituído do cargo e assumiu em seu lugar o interventor.

·         Alécio Caetano Goulart (2/07/1969 - 01/09/1969 e 31/01/1973 - 31/01/1977) governou a cidade por duas vezes.

·         Francisco José Rodrigues (31/01/1977 - 31/01/1983), o famoso “Chico”, em sua gestão foi urbanizada a Avenida Flores da Cunha com a duplicação e construção do calçadão da ponte a parada 51.

·         Francisco de Medeiros (31/01/1984 - 01/01/1989), músico, governou a cidade em outra oportunidade (01/01/1993 - 24/07/1994), tendo falecido no exercício do cargo, vítima de um acidente de trânsito.

·         Gilso de Almeida Nunes (01/01/1989 - 31/12/1992), sucessor de Francisco Medeiros e entregou o cargo para o mesmo anos depois.

·         Maurício Medeiros Tonolher (25/07/1994 - 31/12/1996), que era vice e sobrinho do antecessor, substitui Francisco Medeiros após o acidente automobilístico.

·         Valdecir Mucillo (01/01/1997 - 31/12/2000) foi o sucessor de Maurício Tonolher.

·         José Luiz Stédile assumiu em 01/01/2001.

·         Luiz Vicente da Cunha Pires – PSB (2009–2012)

Câmara

___O Poder Legislativo é representado pela Câmara de Vereadores, composta por 11 vereadores eleitos para cargos de quatro anos.

___Cabe à Câmara elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento municipal.

Câmara de Vereadores de Cachoeirinha

Poder Judiciário

Fórum

___

Orçamento Participativo – OP

___

Política Nacional
___Nas eleições 2010, Cachoeirinha "mudou o voto" em relação ao primeiro turno e deu vitória a José Serra com 53,45% dos votos contra 46,54% de Dilma Rousseff.

___Na eleição do domingo, 76.395 eleitores compareceram às urnas, enquanto 16.090 não votaram. A abstenção, desta forma, ficou em 17.36%, abaixo da média nacional. José Serra fez 38.746 votos em Cachoeirinha enquanto Dilma ficou com 33.602 votos.

___No primeiro turno, Dilma Rousseff venceu em Cachoeirinha com 32.901 votos. José Serra ficou com 28.669. A abstenção no primeiro turno foi de 13,10%, ou seja, dos 92.483 eleitores aptos a votar 80.371 compareceram às urnas.

___Numa comparação entre os dois turnos é possível concluir que Serra levou os votos de Marina Silva, Plínio e outros candidatos. Dilma conseguiu apenas 701 votos a mais em relação a que tinha obtido no primeiro turno.

Liberdade e Expressão

___Cachoeirinha vive, respira liberdade e opinião, desde a luta pela sua emancipação do “município mãe” Gravataí.

 

Passeata de Mulheres em luta pelos seus direitos – 2011


Cachoeirinha

Por Imagens

Cachoeirinha Antigamente

Loja Manlec, parada 51 em frente à Rua Guaraní

 

 

Avenida Princesa Izabel – anos 1980

Avenida José Brambila – anos 1980

Estrada Frederico Ritter

 

Porto de Areia

As primeiras sinaleiras instaladas em Cachoeirinha

Junta Militar e o prédio ao lado do Rei do Mocotó

Anos 1980

Porto de Areia – anos 1990

Anos 1990

 

1991

Micro ônibus Agrale da Brigada Militar estacionado na esquina da Rua Cel. João Batista com Av. Flores da Cunha. Ao fundo a loja J.H. Santos e o prédio da CRT

Cachoeirinha Contemporânea

Vista aérea

Vista área das 3 novas pontes

Segundo arranha-céu de Cachoeirinha, Calçadão, parada 47 – década de 1990

Vila Eunice

Vista

Vista

Centro (antiga Vila Eunice)

Vista aérea avenida Flores da Cunha

Centro

Centro

 Parada 52

 Parada 52

Supermercado Nacional (antigo Atacado Sbardelotto e Supermercado Real o primeiro supermercado de Cachoeirinha)

 Campo da SEC - Sociedade Esportiva Cachoeirinha

OAB – Cachoeirinha

Logística da rede Ponto Frio na Estrada do Ritter

Cemitério Municipal de Cachoeirinha

Estrada do Ritter

 Rampa de acessibilidade ao Cemitério Municipal

Estrada do Ritter

 

Cemitério Memorial da Colina

Cemitério Parque, na Estrada do Ritter

Shopping do Vale

Shopping do Vale

Corredor do Shopping do Vale

Cinema do Shopping do Vale

 

Boate Século XX – Parque da Matriz

City Park – Parque das Águas

Sol

Calor

City Park

Neblina

Frente Fria

Chuva

Tempestade

Avenida Flores da Cunha

Pórtico Entrada

Google Maps - Cachoeirinha

Cachoeirinha à Noite

Pórtico ao entardecer

 Shopping do Vale à noite

Centro à noite

Viaduto da Freeway - Protesto da Brigada Militar – 2011

Cachoeirinha é tudo isso!


Volte Sempre

Referências

Textos e Pesquisa
Blog Cachoeirinha

Blog Leal e Valerosa

Coluna Silvestre

Acervo Jacob Muller

Delcio Melo – Histórias e Imagens de Cachoeirinha

Confederação Nacional de Municípios

Prefeitura Municipal de Cachoeirinha.

Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (01 de julho de 2008).

IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 05 dez. 2010.

Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010).

Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000).

Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 

Confederação Nacional de Municípios.

Prefeitura Municipal de Gravataí.

Portal do Vale.

Pinto Bandeira, de Darcy Azambuja, 1938. 

A Família Pinto Bandeira, de Mário Teixeira Carvalho, 1940. 

História do Rio Grande do Sul, Período Colonial, de Guilhermino César, 1970. 

A vida de Raphael Pinto Bandeira, de Alcides Cruz, 1906.  

Enciclopédia da Música Brasileira, 1977. 

Dominação Espanhola no Rio Grande do Sul, de Jônathas da Costa Rego Monteiro, 1974.

Rio Pardo na Simbologia Rio-Grandense, de H. Canabarro Reichardt, 1979. 

Povoamento do Rio Grande de São Pedro e a Contribuição da Colônia do Sacramento, de Carlos G. Rheingantz, 1979. 

Notas à Margem da História do Rio Grande do Sul, de Riograndino da Costa e Silva, 1968. 

Construtores do Rio Grande, 1963. 

O Rio Grande e o Prata: Contrastes, de Moysés Vellinho, 1962.
Wikimédia
Disponível em:
http://www.cachoeirinha.rs.gov.br/portal/index.php/a-cidade/historico

'Calendário Histórico Cultural do Rio Grande do Sul', publicação do Instituto Estadual do Livro-RS, governo de José Augusto Amaral de Souza (15.03.1979/15.03.1983).

Imagens

Portal: www.cachoeirinhars.com.br

Site: Defesa Civil do Patrimônio Histórico
Acervo
Internet
Wikimédia

http://pontesdamemoriars.blogspot.com/p/a-casa-dos-batistas.html

https://www.diariocachoeirinha.com.br/noticias/regiao/2022/02/04/centro-das-industrias-de-cachoeirinha-completa-41-anos.html

https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2021/02/liberacao-de-novo-acesso-da-freeway-atende-demanda-de-decadas-em-cachoeirinha-ckl8fyfbq005j017wka2sdzhv.html

 

Renato Domingos

Bah que show trabalhei lá com 12 anos fiquei 2 anos agendava ficha para o Dr.Jaime kahan donos farmácia Sr. Oscar e dona dorcina chamavam de dona bichinha saudades

 

 

 

 

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