Imagem acima:
- Mapa de levantamento territorial –
1940
- Reimpresso, com alterações – 1954
(Arquivo Histórico Antônio Soares da
Fonseca - Gravataí – RS)
- No mapa lê-se a palavra “Cachoeira” ao lado da ponte sobre o Rio Gravataí (referência a antiga queda
d'água), logo à frente a conhecida “Villa da Cachoeirinha” distrito de Gravataí (atual
Município de Cachoeirinha).
___Neste aparece o primeiro núcleo urbano a chamada
Vila Imbuí.
___Com as ruas da direita para esquerda:
·
Rua Tamoyos,
·
Rua Tabajara,
·
Rua Tupy (atual Papa João XXIII),
·
Rua Tapajós,
___Do lado contrário da Estrada Flores da Cunha:
·
Rua Amapá,
·
Rua Rio Branco.
___A este núcleo após foram abertas:
·
Rua Gravatay,
·
Rua Imbuy,
·
Rua Guarany,
·
Rua Clóvis Pestana,
·
Rua Ruy Ramos,
___Do lado contrário:
·
Rua da Quitandinha,
·
Rua Brochado da Rocha,
·
Rua Dona Cecília.
CACHOEIRINHA
Cachoeirinha
I tu cum issu
15 de Maio de 1966
Emancipação
Anos de Bons Serviços
Bem Vindo
Cachoeirinha
Villa da Cachoeirinha
Distrito de Cachoeirinha
Cidade
de Cachoeirinha
Noiva
do Vale do Gravataí
Cidade do Leite
Monumento do Rotary após a ponte
___Muito se escreve sobre a História de Cachoeirinha, mas é inegável que ainda somos
carentes de obras abrangentes sobre a formação e evolução da região, das
comunidades, da cidade, do pitoresco, seu estado, em seus aspectos sociais,
urbanísticos, políticos, econômicos e ambientais. A carência é ainda maior
quando se trata de trabalho de difusão do conhecimento histórico, da Cidade, no
Estado, e seu contexto no cenário Nacional e Mundial, que transcendem os meios
acadêmicos para alcançar camadas mais amplas da população, principalmente às
novas gerações.
___Um dos princípios
que orientam as ações em Cachoeirinha é o compromisso com a Qualidade
de Vida, com a melhoria do
bem-estar e das condições sócio econômicas dos moradores através da Participação
Popular diante da eterna busca da Felicidade com Sustentabilidade.
___Conhecer a própria
história é pressuposto básico para a cidadania, tem hoje no dado cultural um
dos seus indicadores mais importantes.
___Acredito que este
trabalho de resgate esteja à altura da trajetória dos fundadores que buscaram
pela Civilidade, a
Fé, a preocupação com
a Cultura e preservação do Meio Ambiente.
___Historicamente, a 'Cachoeirinha' integra um espaço dos Povos Originários, da vinda para o território de espanhóis, até a ocupação portuguesa que remonta ao “período colonial”, mas somente nas primeiras décadas do século XIX a região foi ocupada com a instalação da “Fazenda dos Baptista”, mas a cidade tem uma ligação direta
com o município mãe Gravataí (Aldeia
dos Anjos) e a capital Porto Alegre,
e suas decisões.
J. Muller
Cachoeirinha
Estado
do Rio Grande do Sul
Brasil
Centro Novo – Vila Eunice
Município de Cachoeirinha
Emancipação: 15 de Maio de 1966
Gentílico: Cachoeirinhense
ou “Cachoeirinha”
___Dentro da história
de Cachoeirinha compreende a ocupação de áreas de cultivo de hortifrutigranjeiros, plantação
de eucaliptos, criação de gado e uma produção voltada para a atividade
leiteira, levando o município a ser reconhecido como “Cidade do
Leite”.
___Cachoeirinha com milhares de habitantes é uma das
cidades mais desenvolvidas da região.
___Possui importantes
indústrias como:
Companhia Souza Cruz (uma das maiores fábricas de cigarros da América do Sul),
Jimo (indústria química),
Parks (importante fabricante de modens digitais e ADSL),
Conservas Ritter (a mais antiga indústria da cidade),
Trafo Equipamentos Elétricos, junto a um comércio e serviços diversificados.
O Nome
Terras
da Cachoeirinha
Estância da Cachoeirinha ou Cachoeira
Villa
Cachoeirinha
Distrito
de Cachoeirinha
Município
de Cachoeirinha
___A origem do nome Cachoeirinha provém por existir uma “pequena cachoeira” situada entre 1 e 3 km da antiga ponte de ferro
(1925) sobre o Rio Gravataí.
___Essa “cachoeirinha”, como era chamada, aparecia mais
acentuadamente em época de estiagem e impedia a navegação no rio até a
cidade de Gravataí.
___Por determinação
do Governo do Estado começaram a dragar o Rio
Gravataí, para facilitar a navegação de embarcações maiores, e dinamitaram as
pedras que formavam a famosa "cachoeirinha", desaparecendo o acidente geográfico
que explica a origem do topônimo.
Nota:
- Vale lembrar que
até a metade do século XX, no município e arredores, o meio de transporte mais
utilizado eram as Gasolinas (barcos
de pequeno porte) providas de motor, que circulavam pelo Rio Gravataí.
Títulos
___A Cidade de Cachoeirinha tem
dois títulos:
Noiva do
Vale do Gravataí
___O
Rio Gravataí é um curso de água que
banha o estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. ___Por sua ligação direta com o Rio Gravataí e também ser o município
mais jovem do vale, é proclamada como “Noiva do Vale do Gravataí”.
Cidade do
Leite
___Inicialmente,
a economia de Cachoeirinha estava
baseada no cultivo de hortifrutigranjeiros e na criação de gado, destacando-se,
sobretudo, pela produção leiteira, o “Tambo de Leite” que
a levou a ser reconhecida como "Cidade
do Leite".
Leiteiro de Porta a Porta
___Até
o final da década de 1960, o “leiteiro” entregava
o leite em garrafa de vidro, de porta em porta toda a manhã, onde era deixado o
valor de pagamento semanal.
Primeiro Slogan
___Na década de 1970, foi criado o slogan em formato de
adesivo "Cachoeirinha i tu cum issu", para tirar o
estigma que o município tinha de “cidade dormitório”, pobreza e sem desenvolvimento.
Cachoeirinha I Tu Cum Issu
Poema
“Canções
de amor, água na fonte.
-
É Cachoeirinha, logo ali,
Cruzando
a ponte”.
Rio Gravataí
___Cachoeirinha tem uma ligação muita
próxima com o Rio Gravataí, que corta o município e o divide em
dois.
O rio serpenteia a sua Noiva
___O Rio Gravatahy ou Gravataí forma-se no Banhado Grande, que abrange os atuais
municípios (2024) de Santo
Antônio da Patrulha, Glorinha, Gravataí, Cachoeirinha, Alvorada e
Viamão.
___Este banhado
recebe as águas de toda a bacia hidrográfica compreendida nestes municípios, se
situando entre a Serra Geral e a Coxilha das Lombas.
___Deságua no Delta do Jacuí, um conjunto de canais,
ilhas e pântanos, a partir do qual, forma o Lago Guaíba. A partir do Guaíba
as águas seguem para a Lagoa dos Patos
e, daí, por seqüência, para o Oceano
Atlântico.
Afluentes
___Os principais
afluentes do Rio Gravataí no Banhado Grande são:
·
Arroio Miraguaia,
·
Arroio Chico Lomã, em Santo Antonio da Patrulha;
·
Arroio Passo Grande, em Glorinha;
·
Arroio Passo do Pinto na divisa Glorinha-Gravataí,
·
Arroio Sanga da Porteira,
·
Arroio do Vigário,
·
Arroio Alexandrina, em Viamão.
___Temos também a
importante contribuição das vertentes das do Arroio Águas Claras, no município de Viamão.
___Fora da área do Banhado:
Em
Gravataí:
·
Arroio Demetrius, também chamado de “Arroio Passo dos Ferreiros”, principal afluente do Rio
Gravataí (tem sua nascente no município de Taquara).
·
Arroio Barnabé (tem sua nascente no Morro Itacolomi).
Em
Alvorada:
·
Arroio Águas Belas,
·
Arroio Passo do Feijó, como os mais expressivos neste município.
Água para Abastecimento
___O Rio Gravataí é a principal alavanca
para o desenvolvimento de toda a região. Deste “manancial hídrico” é realizada a captação de água para o abastecimento
público de quase um milhão de pessoas.
Água para as Demais Atividades
___A água que
abastece as indústrias dos mais diversos ramos é retirada do Rio Gravataí, assim como as lavouras de
toda a região da bacia, a criação de gado, as atividades de lazer e recreação
são abastecidas pelas águas deste manancial hídrico.
Descrição da Área
___A sub-bacia
hidrográfica do Rio Gravataí possui
uma área de 2.200 Km², o que
corresponde a 2,6% da área da bacia
hidrográfica do Guaíba, incluindo,
total ou parcialmente, os municípios de Santo
Antônio da Patrulha, Taquara, Glorinha, Gravataí, Alvorada, Viamão,
Cachoeirinha, Canoas (zona Sul) e Porto Alegre (parte da zona Norte).
___O sistema de
drenagem é formado por três conjuntos de comportamentos hidráulicos distintos: -
nascentes, Banhado Grande e curso
inferior (ou Rio Gravataí propriamente dito).
___As nascentes são
constituídas por vertentes íngremes no divisor de águas com o Rio dos Sinos, em altitudes de
até 400 m, recolhendo as
precipitações e despejando no Banhado
Grande.
___O Banhado Grande, que atua como regulador
de vazão, originalmente ocupava uma área de 450 km², sendo reduzido para apenas 50 km², em função do uso da água para “irrigação das culturas de arroz”.
___O Rio Gravataí possui um trecho em canal
artificial, construído pelo DNOS na década de 1960, iniciando ao final do Banhado Grande até próximo da Olaria Velha (Cachoeirinha),
percorrendo cerca de 20 km.
___O Rio Gravataí é um rio de planície, de
baixa velocidade, sinuoso e com muitos meandros. ___Ao longo do seu curso,
de 34 km desde o Passo dos Negros até o Delta do Jacuí, a profundidade, a
largura e a velocidade da corrente são variáveis, mesmo considerando curtas
distâncias. No seu trecho inferior ocorre o fenômeno de inversão de correntes,
em função da influência do Delta do
Jacuí.
___Os efeitos do regime
pluviométrico da região Sul refletem-se na vazão do Rio Gravataí, determinando um período de cheia no inverno e um de
estiagem no verão. Baseados nos dados das vazões medidos pelo DNAEE no período de 1939 à 1989, na Estação de Campo Bom (Rio dos Sinos) definiu-se o período de
estiagem (novembro a maio) e o período de chuvas (junho a outubro).
___A área da bacia do
Gravataí apresenta duas regiões com
características de ocupação distintas: - predomínio da atividade agropecuária
na área superior, banhados, e predomínio do uso urbano-industrial no curso
inferior do rio. Os usos predominantes das águas são para irrigação de lavouras
de arroz (entorno do Banhado Grande e canal do DNOS) e o abastecimento público
no curso inferior, além de servir como corpo receptor de grande carga de
despejos domésticos e industriais.
Carga Poluidora
___Segundo
levantamentos da FEPAM (Cargas
Poluidoras Lançadas nos Corpos Hídricos do Estado do RS, 1997), as indústrias
da sub-bacia do Gravataí geram uma
carga orgânica bruta de aproximadamente 2.516
ton/ano de DBO, mas com o
tratamento implantado nas indústrias, a carga remanescente lançada é de 1.100 ton/ano de DBO.
___Quanto aos esgotos
domésticos, a carga orgânica gerada é de 19.524
ton/ano de DBO.
Cachoeirinha – Sua História
Cronologia
Antepassados
Primórdios
Povos Originários
___Antes da chegada
dos espanhóis e portugueses ao Continente
Perdido de São Pedro, a região era habitada por Povos Originários designados equivocadamente de “Índios” pelos europeus.
___Os principais
grupos que aqui viviam eram:
·
Minuano,
·
Charrua,
·
Tape,
·
Coroado,
·
Arachane,
·
Carijó.
___O Norte do
território foi ocupado por um grupo de origem Gê que foi designado como Guaianás,
mas também era chamado de Botocudos
ou Coroados, e, por último, de Kaingángs.
___Os Guaranis que habitavam os Vales do Taquari e do Jacuí eram designados de Tape.
___Os Guaranis do litoral Norte ficaram conhecidos como Carijós.
___Os que viviam nas áreas da várzea da Laguna dos Patos eram conhecidos como Arachane.
___Os Minuanos e Charruas que viviam no Sul do estado eram os dois únicos grupos
autóctones da região.
Nota:
___Desde os tempos
pré-coloniais que os reinos de Portugal e Espanha avançavam um no território de
outro.
Brasil Colônia
Século
XVIII
1736
Estrada dos Tropeiros
Por volta de 1736, nas terras do Sul do atual
Brasil, é aberta por Cristóvão Pereira de Abreu a longa Estrada
dos Tropeiros, que se dirigia até Sorocaba
(São Paulo).
Estrada dos Tropeiros – Patrulha
___Devido ao
contrabando de gado que passava por essa estrada, surgiu um “Registro” ou "Guarda", mais tarde chamada “Patrulha” (origem da atual Santo Antonio da
Patrulha).
___Essa fiscalizava e
cobrava os impostos dos rebanhos que passavam por ali e seguiam para Sorocaba
(São Paulo) e as Minas Gerais.
1750
Tratado de Madrid
Em 1750, Portugal e Espanha assinaram
o Tratado de Madrid, estipulando que Portugal devolveria a Colônia do Sacramento (no Uruguai),
fundada em território espanhol em troca dos Sete Povos das Missões, mais a Nordeste.
___Para povoar os Sete Povos das Missões, os portugueses
trariam colonos do densamente povoado arquipélago dos Açores.
Tratado de Santo Ildefonso
___Como consequência
do acordo e do posterior Tratado de Santo Ildefonso (1777),
os Guaranis que habitavam os Sete Povos das Missões deveriam deixar a região.
Guerra Guaranítica
___Os “índios” não aceitaram abandonar as terras
espanholas no território das Missões,
teve início a Guerra Guaranítica.
___Em consequência da
guerra, milhares de “índios” fugiram para o território português, estabelecendo-se nas imediações do
Rio Pardo, atualmente Rio Santa Maria.
Coroa
Portuguesa
Sesmarias
Nesta época, ao expandir seus domínios para o
Sul da América, a Coroa Portuguesa concedia “cartas de sesmarias” a quem já habitava a região, com o
intuito de povoá-la.
Sesmeiro – Pedro Gonçalves Sandoval
___Pedro Gonçalves
Sandoval, natural de Lima (Peru), recebeu a “primeira sesmaria”, pois já habitava o chamado Rincão de Gravathay, nos
Campos de Viamão.
Sesmeiro – João Lourenço Veloso
Neste período, o capitão João Lourenço
Veloso também recebeu sua “sesmaria”, dando posse das terras que habitava no Rincão de Gravathay,
mais a Nordeste, próximo ao Morro
Itacolomi.
Aldeia dos Anjos – Terras
___Parte
dessas terras seria comprada pela Coroa
Portuguesa para assentamento da então Aldeia dos Anjos.
___Era o primeiro “arranchamento da aldeia”, transferido posteriormente para as
atuais terras centrais de Gravatahy.
1762
Aldeia dos Anjos – Povoação
Em 1762, desse contingente de refugiados, cerca
de mil “índios” Guarany
foram trazidos, pelo capitão Antônio Pinto Carneiro para as
proximidades do Rio Gravathay, dando
início a povoação da então Aldeia de Nossa Senhora dos Anjos e
terras da futura “Villa da Cachoeirinha”, tendo a pecuária e a agricultura como
atividades predominantes.
Nota:
- A Aldeia
dos Anjos já existia de fato antes de sua data oficial de fundação, em
08 de abril de 1763.
- Com a confusão
gerada pela Guerra Guaranítica, os colonos açorianos que
originalmente seriam assentados nos Sete Povos das Missões tiveram que ocupar
outras áreas (Vale do rio Jacuí (centro do estado) e o Vale do rio Gravathay).
José Marcellino de Figueiredo
Aldeamento
___José Marcellino
de Figueiredo urbanizou o aldeamento, construindo escolas, olarias e
moinhos.
Aldeia dos
Anjos
José Marcellino – Aldeia dos
Anjos – Índios
___Os cerca de 1.000 índios Guarany/Tapes,
“mestres” em diversas áreas, foragidos das Missões Jesuíticas do Rio da Prata (atual Uruguay), foram
estabelecidos na Aldeia dos Anjos (Gravatahy) por Marcellino
de Figueiredo.
___O governador fez
aprender a “cultura do trigo” a que mais tarde se dedicaram.
Rafael
Pinto Bandeira
Rafael Pinto Bandeira – Herói
Em 2 de janeiro de
1765, atendendo aos seus
méritos, o vice-rei o promoveu ao posto de tenente para servir na Companhia de Dragões comandada por seu
pai, já capitão.
___Participou
ativamente da luta de reconquista de Rio Grande e seus grandes feitos foram a
tomada do Forte São Martinho (posto
avançado dos Sete Povos das Missões, considerado inexpugnável por causa do terreno
escarpado) e o sítio ao Forte de Santa
Tecla (próximo à atual cidade de Bagé-RS), onde, após 26 dias de cerco, a guarnição espanhola capitulou, sob condições,
retirando-se para Montevidéu. As muralhas de Santa Tecla foram totalmente arrasadas.
___Por essa época,
Porto Alegre firmou-se como sede da governança militar de São Pedro do Rio
Grande.
___A notícia da
tomada de Santa Tecla chegou a
Lisboa com vibrante júbilo, resultando na promoção de Rafael ao posto de coronel (comandante da Legião de Tropas
Ligeiras) e na concessão do hábito da “Ordem de Cristo”.
1771
Pôrto – Estaleiro
Em 08 de
outubro de 1771, os
artesões do maior estaleiro do Rio
Guaíba realizam um grande feito, lançaram n’água a fragata São José e Belona.
___Era o primeiro
grande barco totalmente feito aqui. O Porto
dos Casais fez uma grande solenidade, desceram todas as autoridades de Viamão.
José Marcellino – Chamado para o Rio de Janeiro
___José Marcellino Figueiredo vai embora,
chamado pelo vice-rei ao Rio de Janeiro.
Novo Governador
Em 25 de
outubro de 1771, assume
outro governador do Território de São
Pedro da Capitania o Tenente-coronel Antonio
da Veiga Andrade.
1772
Aldeia dos Anjos – Tropeiros
___A Aldeia de Nossa Senhora dos Anjos,
caminho de “tropeiros”, começou a se desenvolver.
Pôrto (Porto do Viamão/Porto Alegre) – Freguesia
Em 26 de
março de 1772, no Pôrto (Porto dos Casais), a história de “Porto
Alegre”, capital da Capitania de
São Pedro do Rio Grande, no Brasil, inicia oficialmente, quando o povoado
primitivo foi elevado à condição de “Freguesia”.
___A primeira boa
notícia que os “casais açorianos” receberam
em 20 anos acampados a margem do
Guaíba foi que Dom Antonio do Desterro,
do bispado do Rio de Janeiro, havia assinado pastoral, transformando o povoado
do Porto dos Casais (Porto Alegre)
em “Capela” ou Freguesia de São Francisco das Chagas do
Porto dos Casais,
desmembrada da Villa de Viamão.
Freguesia:
- Era uma divisão territorial que tinha como
sede um povoado com uma igreja matriz e diversas capelas disseminadas em sua
área geográfica.
- A igreja matriz registrava os batismos,
casamentos e óbitos.
Posse da Terra
___Agora o povoado
começaria a solucionar seus problemas, haveria a instalação de serviços
públicos e sonhar com a denominação de “Villa”.
Mas o principal era resolver a questão da “posse da
terra”.
1773
Porto Alegre
Pôrto (Porto Alegre) – Paróquia
Em 18 de
janeiro de 1773, no
Brasil, o bispo Dom Antônio do Desterro,
bispo do Rio de Janeiro, tendo sido mudado seu orago, substitui a invocação de “São Francisco das Chagas” pela de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre,
elevando o povoado à categoria de “Paróquia”,
assim muda para Freguesia Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre.
José Marcellino – Transformar o Pôrto em Villa e Capital
___José
Marcellino de Figueiredo
no Rio de Janeiro continuava com a ideia de transformar o Porto dos Casais em “Villa e Capital”,
foi ele que convenceu o Bispo e o Vice-Rei Marquês de Lavrádio, da importância estratégica e militar do
povoado.
José Marcellino – Governador
Em 11 de
julho de 1773, José Marcellino de Figueiredo retorna novamente como
governador da Capitania de São Pedro do
Rio Grande, dias depois envia ofício a Câmara
em Viamão.
Ofício a Câmara de Viamão
Em 25 de
julho de 1773, de
Porto Alegre José Marcellino de
Figueiredo envia Ofício a Câmara no Arraial do Viamão, informando os “Senhores juízes ordinários
e mais offecciais da Câmara deste Continente do Rio Grande”, a mudança da capital para Porto Alegre.
___E, logo adiante,
ordenava que os “juízes ordinários da Câmara de Viamão” também se
mudassem para o Pôrto.
___Neste que foi o “primeiro documento oficial” da Freguesia
de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre, com um pouco mais de um ano era elevada a capital.
Resistencia de Viamão
___Houve resistência dos membros da Câmara,
por um mês; mas o governador Marcellino
de Figueiredo mandou prende-los.
___Acabaram cedendo.
Última Sessão da Câmara em Viamão
Em 29 de
agosto de 1773, é
realizada a última sessão da Câmara na Villa de Viamão, onde a última ata, o Termo de Vereança lavrado em Viamão conta com toda a clareza a
intimação para mudança da capital que determinava a transferência da Câmara para o Porto, devido à ordem do Governador.
Terceira Capital da Capitania
___A Câmara se mudava para a Freguesia (Villa) de Porto Alegre, a
terceira capital da Capitania de São
Pedro:
·
Rio Grande (até 1763),
·
Viamão (até 1773).
·
Porto Alegre (de 1773 em diante)
___O Porto foi à
capital da “Capitania, Província e Estado”,
com a exceção de um período durante a Revolução
Farroupilha, que a capital voltou a Rio
Grande na Barra Sul.
Porto Alegre – Primeira Sessão da Câmara
Em 06 de
setembro de 1773, em
Porto Alegre, o poder civil foi instalado oficialmente quando promoveu a “primeira sessão solene” da Câmara.
___Os primeiros
sinais de prosperidade fincam raiz na Freguesia.
1776
Guerra Portugal – Espanha
Porto Alegre – Acampamento Militar
Em 1776, Porto Alegre se transformaria em
um formigueiro, 7.000 soldados
circulavam entre a sede do Governo e a Laguna
dos Patos, passando pela Estrada dos
Tropeiros e a Aldeia dos Anjos.
___Acamparam no Largo da Quitanda (atual Praça da
Alfândega), onde não havia mais lugar, era tanta gente que o próprio governador
José Marcellino de Figueiredo
reclamou dos gastos com os soldados:
- “Come muito. - Dão muita despesa”.
Expulsar os Espanhóis
___Este contingente militar
enviado pelo Marquês de Lavradio,
para expulsar os espanhóis de São Pedro
do Rio Grande, aqui se formou o “primeiro exército
luso-brasileiro”, com soldados
de todas as Capitanias.
Maior Operação Bélica do Brasil
Em 07 de
abril de 1776, em
Porto Alegre, com suas ações planejadas pelo governador José Marcellino de Figueiredo e Bohm, a “Villa de Rio Grande” no
Sul da Capitania foi retomada dos espanhóis, assim como a margem direita da Lagoa Mirim e o Canal de São Gonçalo.
___Esta foi à “maior operação bélica do Brasil Colônia”, executada
pelo “primeiro Exército Luso-Brasileiro” até
então formado.
1777
Em 1º de outubro de
1777, a
paz entre Portugal e
Espanha se fez com o Tratado de Santo
Ildefonso.
___Com
a “Paz”, a rotina voltou a extensa Freguesia de Porto Alegre e a sua Aldeia dos Anjos.
1778
Freguesia do Pôrto de Porto Alegre
Acrópole
Militar
Entre
1773 e terminou em 1778, são
levantadas fortificações, não foi por acaso que os poderes da Freguesia do Pôrto de Porto Alegre
foram instalados na parte mais alta do “espigão na
península”, em uma Acrópole,
como na Grécia antiga.
___Da mesma maneira
que a Colônia de Sacramento (no
Uruguay), Porto Alegre nasceu com o
objetivo Militar e Fortificada, seguindo as peculiaridades
do terreno por ser mais econômico.
1784
Rafael Pinto Bandeira – Governador Militar
Em 25 de janeiro de
1784, ao Tratado
de Santo Ildefonso seguiu-se a demarcação de limites, em operação conjunta
dos dois países. O governador militar, brigadeiro Veiga Cabral, foi indicado como 1º Comissário de Portugal e em função disso teve de ausentar-se de
Porto Alegre.
___Em seu lugar, a
governança foi assumida interinamente por Rafael
Pinto Bandeira, tendo sido ele o “primeiro rio-grandense” a ascender a tão alto cargo.
1788
Rafael Pinto Bandeira – Casamento
Dona Josefa Eulália de Azevedo e Souza
Em 02 de abril de
1788, o
Brigadeiro Rafael Pinto Bandeira casou pela segunda vez, já
com 47 anos de idade, com Dona Josefa
Eulália de Azevedo e Souza, natural da Colônia
do Sacramento (Rio da Prata), que viera com seus pais José de
Azevedo e Souza e dona Bernardina do Espírito Santo Duarte e
mais onze irmãos, para a “Via do Rio Grande” em virtude do tratado de
1777.
·
Rafael Pinto Bandeira, filho de Francisco Pinto Bandeira (*1701, Laguna-SC; †15.6.1771, Rio Pardo-RS),
capitão de dragões, e
·
Clara Maria de Oliveira (*1720, Colônia Sacramento;
†1º.01.1781, Porto Alegre-RS), casados em Rio Grande-RS em 1738, nasceu na hoje cidade de Rio Grande-RS, em 16 de dezembro de 1740 provavelmente.
Rafael Pinto Bandeira
___Dotado de
prodigiosa acuidade visual, Rafael Pinto Bandeira era o típico
vaqueano, guardando na memória os rios, as serras, as cruzadas de todo o Continente de São Pedro. Rafael Pinto Bandeira – Lenda Viva
___Surgiu daí a
lenda, originada da supersticiosa adoração que seus soldados lhe devotavam, de
que Rafael, mesmo a qualquer hora da noite mais tenebrosa, podia
orientar-se unicamente provando o sabor dos pastos e ervas.
___O Marquês
de Lavradio, em carta ao vice-rei Vasconcelos, enfatizava:
"A cabeça de Rafael é o verdadeiro mapa do Rio
Grande”.
Rafael Pinto Bandeira – Segundo
Casamento
___Desse segundo
matrimônio houve o casal uma filha - Dona Rafaela (que passou
à História com o apelido de "Brigadeira") - que foi casada com o Coronel Vicente
Ferrer da Silva Freire, um dos primeiros habitantes do atual município de
Canoas e proprietário de uma chácara em Porto Alegre, na zona no alto do
espigão (Praça D. Feliciano entre as ruas Pinto Bandeira e Coronel Vicente, até
o Caminho Novo).
1794
Cultura do Trigo
Em
___Nas cercanias, os
colonos aplicavam-se na agricultura e criações várias para mantimento dos
cidadãos, com primazia para a produção de trigo e farinha.
Chácara da Brigadeira
___O local era
conhecido por "Chácara da Brigadeira", em Porto Alegre, pois ali residiu Dona Rafaela filha de Rafael Pinto Bandeira, após a morte do marido.
1795
Rafael Pinto Bandeira – Morto
Em 09 de janeiro de
1795, em Rio Grande-RS,
faleceu Rafael Pinto Bandeira.
___Seus despojos
encontram-se na Matriz daquela cidade, à esquerda de quem entra, numa tosca
urna de madeira.
Fazenda Cachoeira
___Com a morte de Rafael Pinto Bandeira, Dona Josefa Eulália de Azevedo e
Souza foi a herdeira das terras na futura Fazenda Cachoeira (futura Cachoeirinha).
Estrada do Passo d`Areia – Tropeiros
No século XVIII, conhecida inicialmente como Caminho
do Passo da Areia, era um dos segmentos da velha Estrada da Aldeia
dos Anjos, que ligou a Villa de
Porto Alegre ao povoado da Aldeia de
Nossa Senhora dos Anjos de Gravatahy
(atual município de Gravataí) e de lá até Santo
Antonio da Patrulha.
___Esta estrada em
terras de D. Josefa Eulália de Azevedo,
por meio da pioneira, Alicinha
Brigadeiro, por ser esposa do Brigadeiro
Rafael Pinto Bandeira.
Nota:
- Uma estrada, vários nomes, a atual Rua 24 de Outubro em Porto Alegre, que iniciava nos altos do
espigão, era chamada de Estrada da
Aldeia dos Anjos, e era o caminho natural para aqueles que seguiam rumo a Gravatahy, à época conhecida como a “Aldeia dos Anjos”. Por ela passavam viajantes em mulas e
cavalos, peões tocando a boiada, carreteiros transportando charque, arroz,
feijão, batata, milho e hortaliças.
Século XIX
1809
Capitania Geral de São Pedro – Divisão Política
Em 07 de outubro de 1809, em
Porto Alegre, a elevação da “Freguesia a Villa”, foi determinada também pela divisão política,
sendo preciso fazer uma nova Provisão
Real (o decreto da época), formalizando a Real Resolução de 27 de abril de 1809, proposto pelo governador Paulo José da Silva Gama ao Príncipe Regente de Portugal em carta
de 04 de dezembro de 1803, na primeira
divisão da recém denominada Capitania
Geral de São Pedro (Rio Grande do Sul).
___A Provisão Real criou quatro municípios, instalados pelo governador
D. Diogo de Souza em
1810 e 1811:
·
Porto Alegre
(capital),
·
Rio Pardo (a Oeste),
·
Rio Grande (ao Sul), e
·
Santo Antônio da Patrulha (ao Norte).
Extensão inicial da Villa de Porto Alegre
___A área do antigo
município de Porto Alegre se estendia de Camaquã
até a atual Caxias do Sul,
desmembraram-se mais de 80 dos
atuais municípios gaúchos:
·
Até 1889,
13 municípios;
·
Até 1967,
57 municípios tinham se desmembrado
da sede.
___Porto Alegre
ficou (2011) como um dos menores municípios do
Estado, com 522 km2.
Aldeia dos Anjos – Distrito
___Com a criação dos quatro primeiros
municípios da Capitania de São Pedro,
a então Aldeia dos Anjos alçou-se à condição de “distrito” de Porto Alegre.
1811
Ferrugem no Trigo
Em 1811, em Porto Alegre, abateu-se sobre a
lavoura de “Trigo” (principal cultura) a “praga da ferrugem” e a produção da Capitania caiu para 180 mil alqueires, em relação aos 460 mil alqueires do ano anterior.
___A
lavoura de trigo não se recuperou.
1812
Capitania de São Pedro do Rio Grande
Em 16 de
dezembro de 1812, através de Alvará, Porto Alegre tornou-se “sede” da Capitania de São Pedro do Rio Grande,
recém-criada, e cabeça da comarca de São
Pedro do Rio Grande e Santa
Catharina.
João Baptista Soares da Silveira e
Souza
1813
Terras da Cachoeirinha
Em 1813, chega
ao Brasil e ao Rio Grande de São Pedro o sr. João Baptista Soares da
Silveira e Souza (1801-1870), natural da Ilha de São Jorge,
Arquipélago dos Açores.
1814
João Baptista – Sesmaria
Em 1814, João Batista Soares
da Silveira e Souza, nascido na Freguesia de Nossa
Senhora do Rosário da Villa de Velas,
na Ilha de São Jorge, Arquipélago dos Açores.
___ João Batista naquele momento residente
na Aldeia Nossa Senhora dos Anjos (Gravatahy),
reivindicou a administração colonial uma sesmaria de
terras, 18 meses após sua chegada a
região, primeiramente uma área na região do atual município de Sapucaia do Sul,
mas acabou recebendo as terras as margens do Rio Gravatahy, a Estrada de Sapucaia, as “terras” dos Pachecos e o Arroio
Brigadeiro (Arroio Barnabé), as quais compõem aproximadamente o território
e os limites do Município de
Cachoeirinha.
___João Baptista foi o primeiro a se estabelecer na
região, que era estrada de “passagem de tropeiros”.
Família Baptista
Fazenda da Cachoeira
___Fixou residência na Fazenda da
Cachoeira, sua propriedade tinha em torno de dois mil hectares.
___A casa está
situada na Estrada Porto Alegre/Santo
Antônio (atual Avenida Flores da Cunha, pda. 52, ao lado do INPS).
Brasil Reino
1815
Casa dos Baptista
Em 1815, construiu
a sede da estância no estilo açoriano, a Casa dos Baptista, a
sede é formada pela “Casa Grande, Senzala e Alfona”.
___O conjunto arquitetônico totaliza 761,10 m2.
Nota:
- Em 2011, apresenta
ótimo estado de conservação, onde se pode ver uma construção que no passado
serviu de senzala, e um galpão que foi uma atafona (local onde se produzia
farinha de trigo).
Terras da Cachoeirinha
___Os 43,77 km² do atual município pertenciam
ao coronel João Batista Soares da Silveira e Souza, e era um
distrito da Aldeia de Nossa Senhora dos
Anjos (Gravataí).
Brasil Império
1825
João Baptista – Aprovador
A partir de 1825, João Batista Soares da Silveira e Souza ocupou o ofício de Aprovador de Testamento da Aldeia Nossa Senhora dos Anjos.
1829
João Baptista – Juiz Suplente
Em 1829, elegeu-se como suplente de Juiz de Paz de Gravatahy, porém.
1833
João Baptista – Juiz Titular
Em 1833, com a morte do titular, assumiu
efetivamente o cargo.
1837
João Baptista – Juiz de Paz Eleito
Em 1837, elegeu-se Juiz de Paz.
João Baptista – Construtor de Mil Escravos
___João Baptista foi
um empreiteiro-construtor, rico proprietário de “MIL ESCRAVOS”, se
dizia, - estes trabalhavam nas suas empreitadas,
participando de construções da capital da província Porto Alegre do século
XIX.
João Baptista – Comendador
___Pelos serviços
prestados João Baptista Soares da Silveira e Souza recebeu o título de "Comendador".
1844
João Baptista – Obras do Empreiteiro
A partir de 1844, o já Comendador Batista destaca-se como empreiteiro em diversas obras
públicas, como o aterro da Praça do
Paraizo, a construção da Ponte de
Pedra (Ponte dos Açores de Porto Alegre) do Rio Jacaraey (Riacho), do prédio da Bailante, do Theatro São
Pedro, da Casa de Correção e de
outras obras particulares importantes como o edifício Malakoff, que foi o “primeiro prédio de quatro andares” de Porto Alegre.
1845
Primeira Ponte – Rio Gravataí
Construída em Pedra
Aldeia dos Anjos – Cachoeirinha
Por volta de 1845, a principal obra construída na Aldeia Nossa Senhora dos Anjos foi a Ponte de Pedra em “estilo romano açoriano” com três vãos em arco (modelo da época) sobre o Rio Gravatahy, ligando sua propriedade e toda região a Porto
Alegre.
___Esta foi
a primeira ponte na 'Cachoeira ou
Cachoerinha' sobre o Rio Gravatahy para facilitar o transito entre Porto Alegre e a Aldeia dos
Anjos, pela Estrada do Passo da
Areia, sob ordens do juiz de paz, político e empreiteiro João Baptista Soares da Silveira e Souza,
o “Comendador Baptista”.
Pedágio – Ponte Rio Gravataí
___Quando acabara de
ser erguida a ponte, o governo da Província estabeleceu ali, no Caminho entre Porto Alegre e Conceição do Arroio (atual Osório) um posto de arrecadação de
impostos sobre os tropeiros que faziam a rota, para arrecadação.
___Mesmo com todos os
esforços a arrecadação era ínfima.
— Os tropeiros
buscavam partes mais rasas do rio para passar e evitar o posto de arrecadação,
no Verão, no Inverno, quando da cheia anual do Rio Gravataí, ainda com seu curso praticamente intocado e a queda
d'água da Cachoeira, tudo ficava alagado.
Guilherme Dias da Silva, historiador da
Secretaria da Cultura de Cachoeirinha
Nota:
- A ponte foi demolida no início do século XX, para a construção da Ponte de Ferro.
1853
João Baptista – Vereador
Em 1853, o Comendador Baptista tomou posse como “vereador” em Porto Alegre, durante seu mandato teve diversas propostas rejeitadas,
entrando em atrito com a Câmara
quando tentou apropriar-se de Campos da
Várzea do Rio Gravatahy.
1856
Situação do Pedágio na Ponte
Em 1856, no Relatório da Província, mostrava o fracasso na “cobrança do pedágio” na Ponte da Cachoeira (Cachoeirinha).
1860
João Baptista – Arranha-Céu
Em 1860, em Porto Alegre, o empreiteiro João Batista Soares da Silveira e Souza
o “maior construtor da cidade” inaugurou quatro
anos depois do início da obra, teve sua conclusão, no Largo do Paraíso (atual Praça XV), em frente ao primeiro Mercado Público, o então espetacular Edifício Malakoff, que com o seu térreo
e outros três andares, tornou-se o maior edifício da cidade e o primeiro
exclusivamente comercial.
1870
João Baptista – Casamentos
___O Comendador João Batista Soares da Silveira e Souza foi casado com Dona Maria Baptista Felícia da Silveira e
Souza, depois com Dona Joaquina de
Jesus.
Escravos
___Em seus registros,
João Baptista contabilizava 72 escravos.
___Entre eles, Severino, a quem o comendador
alforriava e “lançava em seu testamento como herdeiro”, junto com a esposa, de toda a fatia de terras (atual
formam o Norte de Cachoeirinha, em direção à RS-118).
João Baptista – Falecimento
Em 16 de março de
1870, o Comendador
João Batista Soares da Silveira e Souza faleceu sem deixar filhos,
legítimos ou ilegítimos.
___O comendador era
um homem bastante poderoso. Conhecido como o "senhor de mil
escravos", os documentos, não apontam este número, pois em 1870, a Freguesia
da Aldeia dos Anjos tinha 5.855
habitantes, sendo 1.161 escravos.
João Baptista – Testamento
___Deixou sua “Fazenda” no Vale
do Gravatahy para usufruto dos seus dois sobrinhos:
·
2/5 das terras para o Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza, e
·
3/5 das terras para José Baptista da Silveira e Souza, conforme testamento na página
seguinte - “A herança do colonizador”.
João Baptista – Os Herdeiros
___Do Coronel João Batista Soares da Silveira e
Souza,
Aos dez dias do mês de outubro de mil
oitocentos setenta e nove, nesta Secretaria do Governo da Província de S. Pedro do Rio Grande do Sul, compareceu
João Batista Soares da Silveira e Souza, naturalizado cidadão Brasileiro por
Casta Imperial de 19 de julho último, e, perante mim em execução e de
conformidade com as disposições dos antigos 5º e 6º do Decreto nº 1950 de 12 de
julho de 1871, prestou juramento de obediência e fidelidade à Constituição e ás
Leis do País, jurando ao mesmo tempo reconhecer o Brasil por sua pátria daquele
dia em diante, e na mesma ocasião declarou ser Católico Apostólico Romano,
natural da Ilha de São Jorge, Reino de Portugal, Casado com brasileira, da qual
tem três filhos, a saber: João, com seis anos de idade, Antonio com cinco anos
e Maria com dois e meio anos de idade, nascidos na Freguesia de N. Sª dos Anjos
d' Aldeã, município desta cidade de Porto Alegre. E para constar se lavrou o
presente termo que é assinado por mim e pelo naturalizado.
___De José Batista Soares da Silveira e Souza,
Ao primeiro dia do mês de Outubro de
mil oitocentos setenta e nove, nesta Secretaria do Governo da Província de S.
Pedro do Rio Grande do Sul, compareceu José Batista Soares da Silveira e Souza,
naturalizado Cidadão brasileiro por Carta Imperial de 14 de Junho do corrente
ano, e, perante mim, em execução e de conformidade com as disposições dos
artigos 5° e 6° do Decreto n° 1950 de 12 Junho de 1871, prestou juramento de
obediência e fidelidade á Constituição e ás Leis do império, jurando ao mesmo
tempo reconhecer o Brasil por sua pátria daquele dia em diante, e na mesma
ocasião declarou ser Católico, Apostólico Romano, natural da Ilha de S. Jorge,
Reino de Portugal, casado com brasileira da qual tem três filhas a saber: Maria
José com sete anos de idade, Maria Domingas com quatro anos e Cipriana, com
três anos, todas naturais desta cidade de Porto Alegre. E para contar se lavrou
o presente termo, que sai por mim assinado e pelo naturalizado.
1875
Família Cunha
Cachoeirinha – Propriedade de Presente
Em 1875, Inocência Soares da Cunha,
casada com Manoel Basílio da Cunha, sobrinha e afilhada do
coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza ganhou de
presente a propriedade vizinha a sua Fazenda Cachoeira.
___Nesta casa dona Inocência
e seu Manoel passaram a viver.
Casa dos Cunha
Povoamento
Cachoeirinha – Estrada da Aldeia dos Anjos
___O povoamento do
local onde atualmente se localiza a cidade de Cachoeirinha começou com a construção da Estrada Gravatahy – Santo Antônio da Patrulha (RS 030), em
terras de Dona Josefa Eulália de Azevedo, por meio da pioneira, Dona Alicinha
Brigadeiro, por ser esposa do Brigadeiro Rafael Pinto Bandeira.
Cachoeirinha – Loteamento Inicial
___Essas terras foram
loteadas dando inicio a construção de casas à margem da referida estrada.
1880
Tropeirismo
Em 11 de junho de
1880, a Aldeia dos Anjos, com o grande trânsito
de carretas pela Estrada da Aldeia dos Anjos, com mercadorias
vindas principalmente do Litoral Norte
e de Santo Antônio da Patrulha, passou à condição
de “Villa”.
Município Mãe
Gravatahy
Em 23 de outubro de
1880, quatro meses
depois, foi instalado de forma oficial o Município de Gravathay; que
tem origem na língua Guarany,
onde “gravatá” é o nome de uma espécie de “Apiácea”, embora erroneamente classificado como Bromeliácea, abundante na região, enquanto que "hy" significa rio na linguagem dos Povos Originários da nação Guarany.
Nota:
- Até o final do
século XIX a grafia correta para o nome do município era "Gravatahy",
que pode ser traduzido literalmente como "Rio dos Gravatás".
1884
Cachoeirinha – CEF
Em 1984, esquina
da Rua Lídio Batista (Rua da
Quitandinha), o novo prédio da primeira agencia da CEF – Caixa Econômica Federal.
Loja Universal
___Nos anos 1970 até 1984, nesse local, em um prédio antigo, existia a
Loja Universal de tecidos e confecções,
propriedade de seu André e dona Juraci.
Porto Alegre – Libertem seus Escravos
Em 12 de
agosto de 1884, pela manhã,
___Vivia-se a
agitada “Semana da Libertação” em várias cidades do Império.
Porto Alegre – Extinta a Escravidão
Em 07 de setembro de 1884, em Porto Alegre, a Câmara declarou Extinta a Escravidão na cidade, quase quatro anos antes da Lei Áurea.
– No Arquivo Histórico de Porto Alegre:
- O “Livro de Ouro” do Centro Abolicionista da capital lista, em 28 páginas, 870 pessoas
que libertaram os seus escravos naqueles dias.
·
O
recordista foi Lutero Ferreira Ávila,
que soltou 95, seguido de João Gonçalves Lopes, com 51, e o coronel José Manoel Correa, 19.
·
A
cidade na qual viviam 5.790 escravos
registrados, no ano seguinte possuía 1.815,
e em 1887, às vésperas da Lei Áurea, apenas 58.
___Somente um
problema; os libertos foram largados, abandonados sem direitos sem nada, ao “bel prazer”.
___Alforros se
aglomeraram na Colônia Africana
(atual bairro Rio Branco), Campos do Bom
Fim que passou a chamar “Campos da Redenção”
e no Areal da Baronesa (atual Cidade
Baixa).
1886
Aldeia dos Anjos – Criação 2 Distritos
Em 24 de abril de
1886, pelo Ato Provincial nº 1578, foi
criado os distritos de Glória e Costa do Ipiranga,
na Aldeia dos Anjos (Gravatahy).
Brasil República
1897
Cachoeirinha – Visita de Herr
Collenbusch
Em 1897, a região da atual cidade de Cachoeirinha teve a visita do alemão Herr
Collenbusch, e um “grupo de caçadores” com o pequeno vapor que os levara para os arredores da então Aldeia dos Anjos (Gravatahy) onde
praticavam o seu esporte.
Barco vapor no Gravatahy
Margens do Rio Gravatahy em um trecho muito próximo onde passa a atual
Auto-estrada Porto Alegre-Osório (Freeway)
Herr Collenbusch no detalhe com a mão sobre seu cão
Gravatahy – Casas de Farinha
Nas últimas décadas do
século XIX, registrou-se um significativo desenvolvimento da região, principalmente
em função do “cultivo da mandioca” e da exportação de sua farinha para outras partes do país e exterior,
através do Passo das Canoas.
Gravatahy – Farinha de Mandioca
___A cultura da “farinha de mandioca” garantiu desenvolvimento econômico para
o município até a primeira metade do século
XX.
Século XX
1902
Família Bins
___O major Alberto Bins, nome
expoente do Partido Republicano Rio-grandense,
proprietário da Fábrica Berta de
cofres em Porto Alegre, possuía a Granja
Progresso as margens do Rio Gravataí,
lado contrário da “cachoeirinha”, na vila de mesmo nome.
Cachoeirinha – Granja Progresso
Agrônomo Oscar Loewen
Em 1902, é fundada a Granja
Progresso (que já existia desde o final do século XIX), pelo engenheiro agrônomo Oscar Loewen,
cunhado do major Alberto Bins, situada na margem direita do Rio Gravataí, na época uma área
de 1.200 hectares.
A residência – 1935
Circulação de automóveis nos caminhos internos da granja – 1915
Cachoeirinha – Granja Progresso
Videiras
___Oscar Loewen dedicava-se
a cultura das videiras. A granja começou uma plantação de 72 variedades de videiras, oriundas de países europeus.
Colheita de uvas – 1915
De chapéu e colete o Major Alberto Bins
Granja Progresso – Produção de Vinhos
Entre 1910 e 1920, a Granja Progresso passou a produzir vinhos do tipo “Merlot, Bourdeaux e Malbec”, e depois os vinhos brancos (Rheno) a
partir da uva “Traminer”.
Granja Progresso – Produtiva
___Após a morte do
agrônomo Oscar Loewen, continuou a cultura de videiras na Granja Progresso.
Granja Progresso – Arroz
___Com um sistema
avançado para a época, Alberto Bins deu
início ao plantio do arroz, produção de mais de 400 hectares de arroz.
Granja Progresso – Gado e Eucalípto
___ A granja ainda
criava gado leiteiro e de corte junto com a plantação de eucalipto.
Plantação de eucaliptos – 1918
Granja Progresso – Empreendedorismo
___As atividades
agropecuárias desenvolvidas na Granja
Progresso, ficaram conhecidas até fora do estado do Rio Grande do Sul,
graças ao empreendedorismo do Major Alberto Bins e dos 20 trabalhadores que garantiam seu
funcionamento.
Granja Progresso
1912
Gravatahy – Distrito de Canoas
Em 26 de dezembro de
1912, pelo Ato Municipal nº 48, foi criado o distrito
de Canoas, no município de Gravatahy.
Família Wilkens
1917
Cachoeirinha – Armazém de Campanha
Em maio de 1917, Carlos Antônio Wilkens,
natural da cidade de São Leopoldo, fixou residência e se estabeleceu
comercialmente na região da “Cachoeirinha”,
próximo a Ponte do Gravatahy com um
armazém de campanha.
___Logo expandiu sua firma, tornando-se um
comerciante conceituado. Além de comerciante, político e agropecuarista era
humanitário e religioso, prestimoso dos que dele necessitavam.
Carlos Antônio
Wilkens, sua esposa Olivia Baptista (filha do coronel Baptista) junto aos
filhos Carlos, Heitor, Ceres, Antenor e Nestor. Na foto faltou a filha menor,
Terezinha – 1928
Capela da Boa Viagem
Capela Nossa Senhora da Boa Viagem
___
Carlos Antônio Wilkens, junto à esposa Dona Olívia,
empenhou-se em dirigir a construção da antiga Capela Nossa Senhora da Boa Viagem.
___A capela seria por muito tempo o prédio que se
via na entrada e saída da cidade, pois a parada 46 era em frente a capela, assim como a casa dos Wilkens que fica do outro lado da faixa
em frente.
___ Carlos Antônio Wilkens faleceu em 20
de junho de 1941, com 52 anos de idade.
Gravatahy – Distrito de Butiá
Em 20 de julho de
1917, pela Lei Municipal nº 99, foi criado o Distrito de Butiá, no município de Gravatahy.
Primeira Ponte de Pedra – Demolida
Em 1917, a Ponte
de Pedra construída pelo coronel e comendador João Batista Soares
da Silveira e Souza, foi dinamitada pela Companhia de Navegação Fluvial e Lacustre, melhorando a navegação
no Rio Gravatahy, uma vez que o
movimento já era alto para Gravataí e
Santo Antonio da Patrulha.
Fim da Cachoeirinha
Pedra da Cachoeirinha
___A pedra que
formava uma “pequena cachoeira” a 'Cachoeirinha' na época de
seca, originou o nome do Povoado,
foi dinamitada para facilitar a navegação do Rio Gravataí.
Família Ritter
1919
Fábrica de Alimentos
Em 1919, é fundada por Frederico Augusto
Ritter, gaúcho, neto de imigrantes alemães. ___Empreendedor nato iniciou
uma atividade industrial inovadora, na região, com a fundação de uma “fábrica de alimentos”.
Conservas Ritter
___A Conservas
Ritter iniciou suas atividades com a produção de leite e derivados
destinados ao mercado de Porto Alegre, na Granja Esperança plenamente
arborizada com mais de 50
hectares, onde também eram cultivadas diversas árvores frutíferas, onde moravam
e produziam os produtos.
Granja Esperança
Portão de Entrada
Conservas Ritter – Pioneirismo
___A única
alternativa foi desenvolver uma linha de produtos industrializados, não
perecíveis, que pudessem suportar a demora da viagem, sem comprometer a sua
qualidade. Assim foi introduzida, com pioneirismo no Estado do Rio Grande do
Sul, a produção industrial de uma linha de conservas salgadas, além de uma
ampla linha de doces e geléias de frutas.
___O início da moderna fábrica à vapor, na
época recém construída, para oferecer ao consumidor alimentos da mais “alta qualidade”.
1923
Cachoeirinha – Fazenda Cachoeira
Em 1923, o herdeiro do “Comendador Baptista”, o Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza faleceu, proprietário
das terras da Fazenda da Cachoeira.
___Porém a execução
de seu testamento dependia do trabalho de medição de suas terras.
João Baptista Soares da Silveira e Souza
1924
Fazenda Cachoeira – Fatiada
___Com o falecimento do coronel João
Batista Soares da Silveira e Souza.
___Os
filhos e filhas do coronel João Batista Soares fizeram
entre 1924 e 1936 a divisão da propriedade em fatias.
1º Núcleo Urbano
Villa Cachoeirinha
___A maior parte deles se lotou nas terras herdadas
o que originaram os primeiros grupamentos da região, conhecida como Villa
Cachoeirinha.
Fazenda Cachoeira – Loteada
___Os herdeiros
lotearam e iniciaram a venda das terras da Fazenda
Cachoeira, com a exceção da sede e sua área ao redor.
___Foram abertas as
ruas com nomes indígenas, no também chamado Parque Imbuí:
·
Tamoio,
·
Tabajara,
·
Tapajós,
·
Tupi, atual Papa João XXIII, formando-se o primeiro loteamento
urbano, a Vila Cachoeirinha.
·
Imbuí,
·
Gravataí,
·
Guaraní.
Estrada Porto Alegre/ Conceição do Arroio
Em 1925, em Porto Alegre, é construída a “primeira estrada” (depois Estrada Flores da Cunha, antiga parte da BR 101,
atual RS-030) da Capital até Conceição
do Arroio (atual Osório), passando pela Cachoeirinha e por Gravatahy
em direção a Santo Antonio da Patrulha.
·
A
partir de 1938, passa a ser chamada de RS-030.
·
Até meados de
1960, a viagem para o
litoral Norte ainda era um tormento, antes da instalação da segunda ponte de
ferro.
Segunda Ponte – Rio Gravataí
1925
Construída em Ferro
Em 1925, oito anos depois de dinamitada a Ponde de Pedra e da “cachoeirinha” (1917) foi construída a nova Ponte em Ferro sobre o Rio Gravataí,
a segunda ponte sobre o Rio Gravataí
era de mão única, ligava a Estrada Porto
Alegre-Conceição do Arroio (Osório).
Ponte de Ferro – Doação
___A estrutura da
ponte ferroviária, foi uma doação do Exército da Tchecoeslováquia (país do
Leste europeu) ao governo Gaúcho, que veio desmontada de navio até o Porto de
Porto Alegre, partes vieram pelo Rio
Gravataí, partes de caminhão e carroças até a beira do rio.
Ponte de Ferro – Estrutura
___Construída em
vigas de ferro e parafusos, com arco fechado (ferroviário).
___Foi montada em Cachoeirinha, com piso de acesso em
pranchas (tabuão) de madeira, sobre 2 estruturas de concreto, como pilastras
dentro do rio.
___Nas laterais dos
dois lados da estrada e dos dois lados da ponte, para segurança a indicação do
caminho:
·
4 Muradas em concreto, com detalhes entalhados,
junto as laterais da ponte.
·
30 Balaustres laterais em molde concreto, com
detalhes únicos, ligados por correntes pesadas, indicavam o acesso, pintados de
branco.
Alicerce da Cabeceira
Ponte de Ferro – Inauguração
___Em sua base, pelo
lado de Cachoeirinha, existia uma
placa em bronze da inauguração, onde compareceram o presidente do Estado Borges de Medeiros e autoridades de
Gravatahy, Porto Alegre e moradores da Cachoeirinha.
___Este era o único
acesso para se chegar à Porto Alegre ou Gravataí, na entrada da Villa
de Cachoeirinha, ponte esta que virou símbolo de Cachoeirinha.
Ponte de Ferro
Década de 1960
Auto Omnibus
Em 1926, em Porto Alegre, circula o primeiro Auto Omnibus (também conhecidas por Jardineira), já testados desde 1925, propriedade de Amador dos
Santos Fernandes e Manuel Ramires,
circula pelas ruas, com linhas direcionadas ao subúrbio da zona Norte, onde o
sistema de Bondes da cidade não alcançava, mas ainda não chegava
na região da Aldeia dos Anjos.
1928
Rio Gravataí – Dragagem
Em 1928, o Governo Estadual executou
dragagem e abertura do canal no Rio
Gravataí, para facilitar a navegação entre os municípios de Santo Antônio da Patrulha, Gravataí e Porto Alegre (naquela época Gravataí exportava farinha de mandioca
para todo o Estado).
___O rio era
importante meio de transporte entre os municípios da região.
Visita do Presidente da República
Em 1926, a então Villa de
Cachoeirinha teve a honra de receber a visita do Presidente da
República Washington Luis Pereira de Souza (1926-1930), em
roteiro oficial.
___É a primeira vez
na República que um presidente visita o Rio Grande do Sul.
Presidente Washington Luis Pereira de Souza
Cachoeirinha – Granja Progresso
___O presidente Washington
Luis era convidado de honra do major Alberto Bins,
Intendente (Prefeito) de Porto Alegre na sua Granja Progresso na Cachoeirinha.
Sede da Granja Progresso
Washington Luis Pereira de Souza (de bengala) tendo ao lado o governador
Borges de Medeiros (com um menino) bem como outros políticos do PRR (Partido
Republicano Rio-Grandense).
Alberto Bins, aparece à esquerda ao lado do filho Edgar Bins. Fora do
grupo e a direita com o guarda-chuva, aparece o antigo e conhecido jornalista
Archimedes Fortini do jornal Correio do Povo.
1928
Rio Gravataí – Dragagem
Em 1928, o Governo Estadual executou
dragagem e abertura do canal no Rio
Gravataí, para facilitar a navegação entre os municípios de Santo Antônio da Patrulha, Gravataí e Porto Alegre (naquela época Gravataí exportava farinha de mandioca
para todo o Estado).
___O rio era
importante meio de transporte entre os municípios da região.
1929
Estrada do Passo d’Areia
Em 1929, em
Porto Alegre, a Estrada do Passo d’Areia
(antiga Estrada da Aldeia dos Anjos), ganhou trecho de concreto, da Rua Benjamin Constant até o triângulo (atual triângulo da Assis
Brasil) que dão acesso a Estrada do
Passo do Feijó (Alvorada) e para a Aldeia
dos Anjos (Gravataí).
Porto Alegre – Avenida Assis Brasil
·
Em 1948, ganhou o nome de Avenida Assis Brasil, mesmo sendo um desafeto do governo anterior. Imaginava-se
que esta rua não seria importante por ficar fora do núcleo urbano da cidade,
mas a história acabou outra.
___Atualmente com 9
km de extensão a Avenida Assis
Brasil, expandiu a cidade para a zona Norte até seus limites de Porto
Alegre com Cachoeirinha.
Conservas Ritter – Medalha de Ouro
Em 1929, a preocupação de Frederico
Augusto Ritter com a qualidade era constante e fazia parte da sua
filosofia de vida, a Conservas Ritter ao longo da sua história
conquistou vários prêmios de reconhecimento de qualidade.
___Ganhou a “Medalha de Ouro” pela qualidade na produção de geléias,
na Exposição Nacional de Horticultura.
___A Alimentos
Ritter S/A é a empresa com a maior linha de doces de frutas e geléias
no Brasil.
Família Brambila
1930
Na década de 1930, em meados, foi construída uma
casa por Sr. João Brochado Smith, herdeiro do coronel João
Baptista Soares da Silva e Souza, com o objetivo servir de moradia para a Família Brambila.
Cachoeirinha – Produção Leiteira
___A Família
Brambila dedicou-se na produção leiteira (tambo de leite) por mais de
três décadas.
Nota:
- A edificação ficou conhecida como "Casa
do Leite". Em 2011, restaurada e preservada, abriga o Ecomuseu Casa do Leite.
Casa do Leite
1931
Gravataí – José Loureiro da Silva
Em 1931, assumiu o governo do município de Gravataí, o dr. José Loureiro
da Silva (1931/ 1933) que, durante seu mandato, configurou uma
importante fase desenvolvimentista para a cidade.
___Entre as suas
principais realizações estão:
·
Implantação do sistema de energia elétrica na cidade,
·
Alargamento e calçamento das primeiras ruas,
·
Construção da faixa ligando Gravataí a Porto Alegre, passando pelo distrito de Cachoeirinha,
·
Projeto urbanístico atual do Centro da cidade de Gravataí.
Capela da Boa Viagem
1932
Capela da Boa Viagem – Pedra Fundamental
Em 04 de novembro de
1932, foi lançada a pedra fundamental da
capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, o “primeiro templo religioso” de Cachoeirinha.
Capela da Boa Viagem – Construção
___
Carlos Antônio Wilkens, junto à esposa Dona Olívia,
empenhou-se em dirigir a construção da antiga Capela Nossa Senhora da Boa Viagem.
Capela da Boa Viagem – Imagem
___A imagem de Nossa
Senhora dos Navegantes, doada para a igreja Nossa Senhora dos Anjos de Gravataí, foi trazida em procissão para
a nova capela, com a participação dos moradores, comandados pelo padre Pedro
Wagner, pároco da matriz Nossa
Senhora dos Anjos, onde foi entronizada no altar pintado com o fundo de “Céu Azul”.
1934
Imagem – Nossa Senhora da Boa Viagem
Em 1934, na Capela
da Boa Viagem, a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes é venerada sob o título de “Nossa Senhora da Boa Viagem”.
Família Wilkens – Prédio
Na década de 1930, os Wilkens
estavam em plena obras do novo prédio comercial e residencial, no melhor estilo
alemão, na entrada de Cachoeirinha,
junto ao porto de areia.
Casa dos Wilkens
Observa-se ao lado a maravilhosa casa em estilo
açoriano
Fazenda dos Baptista – Medição
___Com a morte do Coronel João Baptista Soares da Silveira e
Souza, para execução de seu testamento dependia do trabalho de medição de
suas terras.
Entre janeiro de 1929
e abril de 1934, ocorreu a medição das terras, trabalho coordenado pelo Major Engenheiro Tito Marques Fernandes.
Fazenda dos Baptista – Partilha
___A partilha da Fazenda dos Batista, bem como outras
terra contíguas que foram adquiridas pelo Coronel
João Baptista Soares da Silveira e Souza entre 1872 e 1913, teve seus quinhões definitivamente distribuídos
entre:
·
Lydio Baptista,
·
Carlos Wilckens,
·
João Brochado Smith,
·
Francisco Martins e
·
Melania Vieira Soares.
___A formação da Villa de Cachoeirinha, e depois a
cidade, ocorreu devido ao “processo de fragmentação” da Fazenda do Coronel João
Batista.
1937
Interventor em Porto Alegre
Em 22 de
outubro de 1937, em Porto Alegre, é nomeado pelo novo
Interventor Federal (governador) Daltro
Filho, o intendente (prefeito) de Porto Alegre Loureiro da Silva (mandato: 22.10.1937-15.09.1943), descendente do
primeiro sesmeiro, do antigo Porto de
Viamão, Jerônimo de Ornelas, seu
sétimo avô, em substituição
do major Alberto Bins.
___O major Alberto Bins, quando se opos ao controle do partido hegemônico, com
Getúlio Vargas à frente, ficando ao
lado de Flores da Cunha.
___Ele era o
responsável pela exposição do Centenário
da Revolução Farroupilha (1935), foi acusado de desviar recursos no momento
de prestar contas.
Granja Progresso – Confiscada
___A granja era como
um local de repouso para o político, e chegou a ser ponto de encontro dos
poderosos que chegariam ao poder no Brasil em 1930.
___Alberto Bins pagou o preço da
perseguição política. Como resultado deste processo, o Estado lhe tomou a Granja Progresso e instalou ali,
posteriormente, o IRGA (Instituto
Rio-grandense do Arroz).
___Ironicamente,
dando sequência à promissora produção de arroz que Alberto Bins dera início.
Nota:
-Por este motivo a destruição da casa da Granja Progresso, hoje em ruínas.
Ruínas da sede Granja Progresso – 2022
1938
Capela da Boa Viagem – Autorização
Em 31 de dezembro de
1938, Dom João Becker, arcebispo metropolitano de Porto
Alegre, autoriza o funcionamento da Capela
de Nossa Senhora da Boa Viagem, o tradicional prédio “verde esmeralda” e sua pequena torre, que recebia as
pessoas na entrada da cidade.
Nota:
- Até 1955,
a Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem
pertenceu à paróquia Nossa Senhora dos
Anjos de Gravataí.
Dom João Becker
1939
Cachoeirinha – Ônibus
Viação Gravataiense
Em 1939, na Villa de Cachoeirinha, distrito de Gravataí, os moradores estavam insatisfeitos com o transporte
coletivo que passava pela faixa em seu distrito, gerido pela Viação
Gravataiense.
Cachoeirinha – Protesto
___Como uma forma de manifestação, a Ponte de Ferro foi “fechada com arame farpado”. Assim, nenhum
ônibus podia passar para ir ou vir de Porto
Alegre por Cachoeirinha.
Nota:
- Foi um movimento vitorioso dos futuros cidadãos da ainda Villa
Cachoeirinha, distrito de Gravataí.
Viação Gravataiense – 1944
1941
Grande Enchente
Em 10 de
abril de 1941, começou a chover sobre a região durante 22 dias, causando a Maior Enchente já vista na Cachoeirinha, onde o Rio Gravatahy ultrapassou e invadiu a
região.
Enchente – Índice Pluviométrico
___Os índices pluviométricos atingiram altíssimos 619,4 milímetros.
Enchente – Sol
Em 15 de
maio de 1941, em Porto Alegre, finalmente, o Sol apareceu.
___Mas o mesmo vento “Minuano” que
limpou o tempo represou as águas do Guaíba,
permanecendo a enchente.
Cachoeirinha – Aglomerado Urbano
Em 1941, começa a ocupação urbana com o
surgimento do aglomerado urbano da Villa da Cachoeirinha.
Fazenda Cachoeira – Lydio Baptista Soares
___O sobrinho José
Baptista Soares da Silveira e Souza, herdeiro direto do Comendador Baptista, ficou com o
casarão sede da Fazenda Cachoeira,
posteriormente, o filho dele, Lydio
Baptista Soares.
___O único herdeiro da Fazenda Cachoeira que não loteou suas terras foi Lydio
Baptista Soares.
1942
Fazenda Cachoeira – Morre Lydio Baptista
Em 1942, com a morre de Lydio Baptista Soares, herdaram a fazenda sua esposa e os filhos:
·
Júlio
Baptista Soares e os demais irmãos.
___Júlio Batista, que seria o último morador da sede Casa dos Baptista, esta foi a única terra não desmembrada pelos
herdeiros.
Fazenda Cachoeira – Mato do
Júlio Baptista
___A propriedade, com toda a
área verde no entorno preservada, ficou conhecida como Mato do Júlio.
1948
Plano de Eletrificação do Estado
Em
outubro de 1948, em Porto Alegre, no restaurante das Lojas Renner, nas esquinas das ruas São Raphael e Otávio Rocha, onde eram realizadas as reuniões da FIERGS por ser A.J. Renner membro ativo da entidade.
___O governador do Estado Walter Jobim comparece a entidade para anunciar o Plano de Eletrificação do Estado, uma
luta das indústrias do estado.
Villa Cachoeirinha
___Com
o início dos loteamentos, a Villa Cachoeirinha transformou-se,
a área rural deu lugar à ruas, quadras, comércio e fortalecimento da
comunidade.
1954
Gravataí – Ônibus
SOGIL
Em 25 de maio de 1954, em Gravataí, 16 empreendedores decidiram lançar-se à tarefa de desenvolver um
serviço eficaz de transporte coletivo de passageiros, capaz de ligar Gravataí a Porto Alegre (futura SOGIL).
___Os sócios eram donos
de um ou dois ônibus que, somados àqueles comprados da Viação
Gravataiense, que anteriormente mantinha o serviço.
Nota:
- A empresa só se chamará Gigante na década de 1950 em homenagem ao funcionário "cobrador baixinho", SOGIL – Sociedade de Ônibus Gigante Ltda.
Primeira Paróquia
1955
Gravataí – Proposta de Distrito de Cachoeirinha
Em 1955, proposta para tornar a Vila de Cachoeirinha um distrito por
iniciativa do vereador Mário Rosa. Mas a questão só será aprovada em 1957.
Arquidiocese – Criação de Paróquia
Em 30 de dezembro de
1955, o arcebispo metropolitano de Porto
Alegre Dom Vicente Scherer, determinou a criação da "primeira paróquia de Cachoeirinha", a Paróquia São Vicente de Paulo, desmembrada da Paróquia Nossa Senhora dos Anjos de Gravataí.
Dom Vicente Scherer
Arquidiocese – Decreto
Em 31 de dezembro de 1955, foi decretada a criação da Paróquia São Vicente de Paulo,
desmembrada da Paróquia de Gravataí.
Primeiro Pároco
___Assumiu
como primeiro pároco Pe. João Valter Giehl, que passou a
atender também a Capela Nossa Senhora da
Boa Viagem, com missas uma vez por mês.
___Párocos:
·
Em 02 de fevereiro de 1958,
toma posse o segundo pároco Pe. Luiz Geremias que dá início a
construção na nova Igreja Matriz.
·
Em 16 de janeiro de 1966,
assume o Pe. Seno Schneider como pároco e celebra a primeira
missa na nova Igreja.
·
Em 31 de janeiro de 1971,
Pe. Ilmo Schutz toma posse como pároco e
·
Em 16 de janeiro de 1972,
é substituído pelo Pe. João Poletto,
no mesmo ano da fundação da paróquia N. Sra. da Boa Viagem desmembrada da
paróquia S. Vicente de Paulo.
·
Em 03 de novembro de 1974,
inauguração oficial do piso da Igreja Matriz com a presença do cardeal D. Vicente
Scherer.
·
Em 30 de dezembro de 1984,
assume o Pe.Francisco Nicolau Scheibel.
·
Em 02 de agosto de 1986,
assume Pe. Arlindo Bottan.
·
Em 04 de janeiro de 1987,
assume Pe. Ermelindo Lottermann que muito se empenhou na
restauração da Igreja Matriz, uma bela obra arquitetônica que tanto orgulha o
povo de Cachoeirinha.
·
Em 27 de setembro de 2009,
assume Pe. José Brand reformulando os movimentos da Paróquia,
acrescentando ideias novas como a instalação de ar condicionado na Igreja, a
introdução do polo da Faculdade EAD
UNIERGS e proporcionando um pouco de cultura com apresentação de shows e
palestrantes aos paroquianos e a comemoração dos 60 anos da Paróquia, com uma festa inesquecível.
·
Em 28 de maio de 2017,
assume Pe. José Antônio Heinzmann com a intenção de dar
continuidade ao trabalho de seus antecessores, cativando paroquianos com sua
palavra, voz grave, apoiando os movimentos, jovens, idosos, reformando
instalações e incentivando as comunidades com seus projetos de desenvolvimento.
1956
Escola Wilkens
Em 1956, Carlos Wilkens, filho mais
velho de Carlos Antônio Wilkens e também proprietário de
armazéns de secos e molhados e dono de uma “grande
extensão de terras”, doou uma parte de terras para que se
construísse uma escola.
___Contam que as terras foram doadas porque o Sr. Antônio fizera uma promessa quando a
mãe estava doente, se a mãe se curasse ele doaria as terras para construção da
escola (que recebeu seu nome).
São Carlos Borromeu – Imagem
___Mais
tarde a esposa do Sr. Carlos Antônio Wilkens em viagem para
Europa trouxe uma imagem de São Carlos
Borromeu que a partir de então se tornou o patrono da escola.
Cachoeirinha – Energia Elétrica
Em 20 de maio de 1956,
foi com festa a
inauguração da “energia elétrica” da Vila Regina até a Ponte.
Foto estão o Capitão Hélio, assistente do Interior e Justiça, Coronel
Perachi, Capitão Walmor, assistente do governador Ildo Meneghetti, o prefeito
de Gravataí Emílio Allem e o deputado Lima Becker.
Distrito de Cachoeirinha
1957
Cachoeirinha – Distrito
Em 07 de junho de 1957, pela Lei Municipal nº 3, da Prefeitura Municipal de Gravataí,
foi criado o Distrito de Cachoeirinha, aprovada e sancionada
pelo prefeito gravataiense Alfredo
Emílio Allem.
Centro de Gravataí, Estação Rodoviária na Praça D. João Becker – Década
de 1950
Município Mãe
Sub-Prefeitura
___Com a formação do Distrito de Cachoeirinha foi aberta uma sub-prefeitura para
administrar o distrito que crescia em tamanho e importância.
Sub-Prefeitura de Cachoeirinha
Sub-Prefeitura de Cachoeirinha
1958
Gravatahy – Distrito de Ipiranga
Em 08 de
janeiro de 1958, pela
Lei Municipal nº 1, foi criado o Distrito
de Ipiranga.
Gravatahy – Distrito de Dom Feliciano
Em 09 de
janeiro de 1958, pela
Lei Municipal nº 302, foi criado o Distrito
de Dom Feliciano.
Cine Danúbio Azul
Primeiro Cinema
___Anteriormente neste mesmo prédio era um Salão de Bailes, e o Bar e Café Ouro Verde.
Cinema – Primeiro Proprietário
Em 1958, é inaugurado o “primeiro cinema” de Cachoeirinha,
o Cine Danúbio Azul, popularmente conhecido como "Pulguinha", de propriedade do sr. Leopoldino
Luiz Ribeiro.
Como diz o anúncio da época: - “Amplo e Confortável”
Cinema – Segundo Proprietário
___Depois o Cinema Danúbio Azul passou para a D. Olga e Seu Nenê.
Nota:
- Muito popular aos
domingos com filmes de Mazzaroppi e Teixeirinha.
- Na década de 1980, começou a passar filmes de chanchadas
brasileiras.
Fotos Jornal "O Gravataiense" de 25/12/1958
(Arquivo Histórico Antônio Soares da Fonseca - Gravataí, RS)
Padre Jeremias
Em 02 de fevereiro de 1958, toma posse o segundo pároco da Paróquia São Vicente de Paulo Pe. Luiz Frederico
Geremias.
Pe. Luiz Frederico Geremias
___Este dará início à construção
da nova “Igreja Matriz”.
Igreja Matriz
___Logo na chegada teve
como meta principal a construção da igreja. Para obter recursos realizou
diversas rifas e durante a missa pedia para que os fiéis deixassem de fumar por
um dia e ajudar com o valor da carteira de cigarro.
Nota:
- Desta forma já havia erguido uma igreja em
Glorinha.
Matriz – Projeto
___Um prédio colossal para um
distrito que ainda não era cidade e muito pouco desenvolvido.
___A nova paróquia com 36,7
metros de comprimento, 18,35 metros
de largura e área total de 673,44 metros
quadrados.
Projeto da nova Paróquia
Matriz – Obras
___O Pe. Luiz Frederico Geremias acompanhava as
obras de perto e inclusive botava a “mão na
massa”.
Padre Geremias com a mão na massa –
década 1950
Acervo Igor Zaro
Pe. Luiz Frederico
Geremias
___Ele nasceu no dia 4 de março de 1918, na cidade de Guaporé e tinha 18 irmãos. Foi ordenado padre em 30 de novembro de 1945.
___Chegou na Capela São Vicente de Paulo, na então Villa Cachoeirinha, em fevereiro de 1958.
___Em uma trajetória de
lutas e conquistas, Pe. Luiz Frederico Geremias foi muito
importante para a construção da Igreja
São Vicente de Paulo.
Obras da Matriz em andamento
Obras da Matriz
Mobilização
___O “município mãe”
de Gravataí (sede) não aceitava o
desmembramento do Distrito de Cachoeirinha.
___A mobilização, luta, discussões, brigas e
manobras não foram fáceis de ambos os lados.
___O padre Luiz Frederico Geremias,
ou “padre Geremias”
foi muito importante para a emancipação de Cachoeirinha.
Comissão de Emancipação
___Por duas vezes, Pe. Geremias havia
sido procurado pela “comissão de emancipação”,
mas não quis participar deste movimento oficialmente.
No centro da foto está o padre Luiz
Frederico Geremias, ou padre Geremias
Emancipação – Padre Geremias Adere
___Somente na terceira vez o padre
Geremias aceitou o convite da “comissão de emancipação” e
resolveu aderir ao movimento.
___Com seu carisma e trabalho teve grande
participação na emancipação de Cachoeirinha.
Lutas pela Emancipação
1959
Primeira Tentativa de Emancipação
Em 1959, iniciaram as reuniões para a
emancipação de Cachoeirinha.
___As primeiras
reuniões foram realizadas na casa de José Teixeira.
___Essa casa fez
parte da história do município por ser sede da ADP - Aliança
Democrática Popular, local de reuniões para tratar da emancipação, e depois, por se tornar
a sede do agencia dos Correios.
Casa de José Teixeira
Emancipação – CORREIOS E TELÉGRAFOS
___Conforme:
·
Maria De Fátima Silva Rosa a
casa dos Correios era na Rua Brochado da
Rocha, era a casa da Dona Glória
bem em frente ao açougue do Seu Jaci.
·
Márcia Ferraz diz, minha madrinha Ceully Costa
Teixeira, disponibilizou uma parte da casa para a Agência dos Correios.
___Neste endereço também se reuniram pessoas para
discussão sobre o processo de emancipação do município.
___A primeira Comissão de Emancipação de Cachoeirinha não
deu resultado na tentativa de separar-se de Gravataí, pois não contava com a adesão da população e esvaziou-se.
Plano Diretor de Porto Alegre
Em 30 de
dezembro de 1959, em Porto Alegre, é aprovado pela Câmara de Vereadores o primeiro Plano Diretor de Porto Alegre (Lei 2046/59).
___Porto Alegre foi à “primeira cidade do Brasil a ter seu
crescimento disciplinado por um Plano Diretor”, este conjunto de
diretrizes foi inaugurado no Governo
JK enquanto construía Brasília a nova capital federal, no
cerrado de Goiás.
___Este plano pretendia controlar o crescimento
desordenado da cidade impedir que ela fosse descaracterizada (mas foi exatamente o
que aconteceu).
___As cidades limítrofes no Eixo Norte:
·
Cachoeirinha,
Gravataí e Alvorada crescem e intensificam sua ligação física com a Capital.
Família Muller
1960
Cachoeirinha – Rua Guaraní
Em 1960, chega ao Distrito de Cachoeirinha vindos de Porto Alegre o casal Jacob
Muller e Antonieta Magdalena Larini Muller, ele de origem
alemã de Triunfo e ela italiana de Caxias, fixaram residência na Rua Guarany, 155, Parque Imbuí.
___Jacob Muller adquire outros imóveis no
distrito de Cachoeirinha e na cidade
de Gravataí.
Segunda Tentativa de Emancipação
Em 1960, na primeira metade, iniciou-se
a segunda Comissão de Emancipação de Cachoeirinha.
Segunda reunião de Emancipação
___Na segunda reunião de emancipação do Distrito de Cachoeirinha, Ruy
Teixeira aparece discursando para empresários e moradores de
Cachoeirinha.
___Essa
foi a segunda reunião, mas a ata só começou a ser registrada a partir do
terceiro encontro.
Gravataí – Resiste a Emancipação do Distrito
___Mas esta comissão
de emancipação de Cachoeirinha,
também não foi vitoriosa.
Gravataí – Desenvolvimento e Crescimento
A partir da década de
1960, a
cidade de Gravataí entrou em um rápido
processo de industrialização, que chega ao auge a partir de 1973.
Casa do Leite
Na década de 1960, na parada 57, o leite recolhido ali era levado para a CORLAC (Companhia Rio-grandense de Lácteos).
CORLAC – Pedra Fundamental
___A área da Casa do Leite, pertencia a Corlac, e nesta foi colocada a pedra
fundamental da nova fábrica, evento que teve a presença de políticos da região.
___A fábrica não saiu
da pedra fundamental, a área abandonada atualmente ao lado do Shopping do Vale, e tem um posto de gasolina.
Nota:
- A figueira continua ali, e a casa ruína também continua no canto
direito, marcando o lugar, do principal produto de Cachoeirinha até a década de 1980.
Ruínas
Casa do Leite restaurada
Ecomuseu Casa do Leite
Distrito de Cachoeirinha
Em 01 de julho de
1960, na divisão
territorial, o Distrito de Cachoeirinha, figura no município de Gravataí.
___Assim permanecendo
em divisão territorial datada de 31-XII-1963.
Casa Baptista
Nos anos 1960, há uma preocupação com a
relevância histórica do imóvel da Família
Baptista no "Mato do Júlio".
1961
Estancia Cachoeira
Em 1961, o historiador Francisco
Riopardense de Macedo já apontava a Estância da Cachoeira como relevante na história do estado.
“Ela é representativa de um momento da arquitetura
das estâncias luso-brasileiras, um exemplo de arquitetura colonial”.
___Na região metropolitana de Porto Alegre, não se
tem notícia de outro imóvel nestas condições que esteja no estado de
conservação em que a casa se encontra.
Nota:
- Na data a casa
continuava com mobiliário de época quando inspecionada.
Cachoeirinha – Protesto Aumento da Passagem
Em Julho de 1961, Cachoeirinha foi capa de todos os jornais de capital, devido
aos protestos pelo aumento da passagem de ônibus.
___Foram feitas barreiras na RS-030 (Avenida Flores da Cunha) nas
paradas 46 na Ponte e 53 entre o Cine Danúbio Azul e o Mato do Júlio que impediam a passagem
dos ônibus da empresa "Sociedade de Ônibus Gigante
Ltda".
___O protesto que começou de
forma pacífica acabou evoluído para apedrejamento dos carros da Polícia que
vieram com muita truculência tentar acabar com o protesto da população.
___O povo da Cachoeirinha fechou a Ponte.
___O protesto só terminou
quando o DAER (Departamento Autônomo
de Estradas de Rodagem) suspendeu a concessão da empresa que estava com presos
abusivos e atendeu o pedido da população.
___Conforme Sr. Amaral Freitas: - “Lembro
muito bem desse dia...ninguém passava na ponte, e o protesto aconteceu frente o
Mato do Julio, próximo ao antigo abrigo da 54,
e olha que eu tinha 7 anos, parece
que o padre Luiz Geremias que
acalmou o povo”.
Nota:
- Conta-se que nessa mobilização junto a Ponte de Ferro, ocorreu uma briga
generalizada e Padre Geremias junto
no tumulto levou um soco que sua batina preta chegou a levantar.
1962
C.T.G.
CTG – Rancho das Saudade
Em 22 de abril de 1962, é inaugurado o CTG – Rancho da Saudade, sinônimo das
tradições gaúchas em Cachoeirinha.
1964
Família Muller – Herdeiros
Em 1964, Silvio Antonio Muller (filho de Jacob
Muller), e sua esposa Iara Bauer Pires
Muller e o recém, nascido Jaime
Muller em 02/06/1963 J. P. Muller, nome em homenagem ao querido
profissional Dr. Jaime, que além de
medicar em Cachoeirinha tinha seu
consultório fixo na Volta do Guerino em Porto Alegre, em cima da Relojoaria De Conto.
___Vem residir na Rua Guaraní, 148, Parque Imbuí, em frente à casa do patriarca.
Família Cidade
___Nesta época Ruben Carlos Cidade, casado com Selma Therezinha Cidade (Filha de Jacob
Muller) e família, muda-se de Gravataí
para Cachoeirinha no Parque Imbuí, para cuidar de sua sogra Antonieta Magdalena Muller.
___Rubem Cidade, gráfico, irá abrir em Cachoeirinha
a primeira “tipografia” da cidade, na Avenida Flores da Cunha.
A Luta pela Emancipação
1965
Terceira Tentativa de Emancipação
Em 1965, foi criado um terceiro Movimento
de Emancipação do Distrito de Cachoeirinha, junto ao “legislativo municipal” de Gravataí.
___Não foi fácil.
___Na época, eram
três vereadores do Distrito de
Cachoeirinha na Câmara de Vereadores
de Gravataí.
Última legislatura de vereadores de Cachoeirinha na Câmara de Vereadores
de Gravataí
Acervo professor
Gilson Lazarotto
___Cachoeirinha estava bem representada:
·
José Prior,
·
Osvaldo Correia,
·
Martinho Espíndola, e o
·
Vice-prefeito de Gravataí Ruy Teixeira, três residiam em Cachoeirinha.
___Era forte a
representação política que o Distrito de
Cachoeirinha tinha em relação ao “Município Mãe” Gravataí.
___Sendo assim, a
terceira investida para a emancipação do distrito e criação do Município de Cachoeirinha saiu
vitoriosa.
___O
ex-prefeito Ruy Teixeira conta como foi a luta para a
emancipação da cidade:
“O processo de emancipação foi muito influenciado e apoiado, juntamente
com três vereadores:
- José
Prior, Osvaldo
Correia e Martinho Espíndola”.
Município de Gravataí
Em 09 de novembro de
1965, o distrito e elevado à categoria de “Município”
com a denominação de – Cachoeirinha –,
pela Lei Estadual n.º 5.090,
desmembrado do Município de Gravataí,
com a área de 36 Km2.
Prefeitura Municipal de Gravataí
Igreja Matriz
1966
Em 16 de janeiro de 1966, assume a Paróquia São
Vicente de Paulo o Padre Seno Schneider.
Igreja Matriz – Primeira Missa de Inauguração
___O Padre Seno
Schneider celebra a primeira
missa na nova Igreja recém terminada, uma grande novidade no novo Município.
Igreja Matriz São
Vicente de Paulo
Igreja Matriz São
Vicente de Paulo – 2006
Corrida de Automóveis
Em 28 de janeiro de
1966, aconteceu a Corrida de Automóveis na Estrada Flores da Cunha (RS-030), a população
em peso assistiu o acontecimento na lateral da estrada.
Largada no Centro, parada 51
Largada
Junto a Rua Brochado da Rocha, a Casa Soares, a Padaria Central,
de propriedade de Sr. Nicolau e dona Nanci – década 1960
Corrida de Carros
Entre a parada 54 e 55 da Avenida Flores da Cunha
Estação de Água
Falta de Água
___Nesta época, com o crescimento
populacional a falta de água era constante, as pessoas eram atendidas por carro
pipa ou poços artesianos.
CORSAN – ETA
___Por determinação do governo do
estado é construída em Cachoeirinha
a Estação de Tratamento de Água da CORSAN -
Companhia de Saneamento do Estado do Rio
Grande do Sul.
ETA – Obras
___A construção se deu no ponto mais alto do município, no espigão na Rua Tupi (Avenida João XXIII) na “antiga chácara” da Família Medeiros.
Obras da ETA – CORSAN
Nota:
- Até o final da década de 1980 a torre da igreja
matriz e a caixa d´água da Corsan eram as únicas construções que se via a
distância vindo de Porto Alegre pela Avenida Assis Brasil.
O prédio verde e
branco da CORSAN
Cachoeirinha
Emancipação Política
Município de Cachoeirinha
Data Oficial
Em 15 de maio de 1966, "Data tão
Festiva", inicia a história da instalação do Município de Cachoeirinha documentada
na Lei nº 5090/66, data em que se
comemora oficialmente sua emancipação política de Gravataí.
___Município constituído
do antigo distrito sede.
___O “aglomerado, povoado, após villa,
depois distrito” que
fazia parte do Município de Gravataí
começou a se expandir livre chegando ao Município
de Cachoeirinha, ou
só “Cachoeirinha”.
Primeira
Prefeitura Municipal de Cachoeirinha
Primeiro Prefeito
Interventor Nomeado
Em 1966, o primeiro
prefeito do município foi Francisco Valls Filho (15/05/1966 -
31/01/1968), nomeado interventor pelas autoridades estaduais da época,
estávamos em pleno período de Ditadura
Militar (desde 1964).
Parque Imbuí
___A Prefeitura cria o primeiro
parque, foi criado o Parque Imbuí, na parte baixa do espigão da Matriz, junção das ruas:
·
Gravataí,
·
Imbuí,
·
Guarani, na parada 51.
___Este parque será considerado o primeiro Centro de Cachoeirinha,
ruas ainda sem calçamento.
Calçamento
___As ruas em Cachoeirinha não tinham calçamento,
havia um corredor pluvial calçado por pedra irregular de 50 cm de cada lado da rua junto ao meio fio, nas quatro primeiras
ruas abertas, que foi coberto pela terra e poeira constante em Cachoeirinha.
___Tinha uma só rua
em formato de avenida com canteiro no meio, era a Rua da Quitandinha.
___A Faixa Preta (Avenida Flores da Cunha),
que era a avenida principal, de mão dupla, asfaltada, sem acostamento calçado
(em terra).
Primeira Rua Calçada
___Depois foi calçada
a Rua Tupi (Avenida João XXIII), com
pedra regular, até a Corsan,
___Após a Rua Brochado da Rocha, duas quadras
calçadas com pedras.
___Somente na década de 1970, é que as ruas do Centro conhecido, na
parada 51, começaram a ganhar
calçamento de pedra irregular, no formato de parceria, onde parte do calçamento
era arcado pela comunidade, cada um com a metade da frente de seu lote.
Primeiro Banco
1968
Agencia Unibanco
Em 1968, e instalada a primeira “agência bancária” do município, o Unibanco (União
de Bancos Brasileiros), na Avenida
Flores da Cunha, esquina Rua Rui
Ramos, parada 49.
Nota:
- As famosas filas na
década de 1960 e 1970, que se iam pela Rua
Rui Ramos, aguardando a abertura da agência, muitas vezes reservadas por
pedras no chão, pelas pessoas que iam para casa e depois voltavam, "Muita Brigas".
Prefeito – Eleição pelo Voto Direto
Em 1968, na segunda gestão acontece a primeira “eleição direta para a Prefeitura” em Cachoeirinha
é eleito Ruy da Silva Teixeira (31/01/1968 - 02/07/1969), o
primeiro prefeito eleito pelo voto popular.
Ruy Teixeira assina a posse
___O
primeiro prefeito eleito de Cachoeirinha, Ruy Teixeira assinando
a posse perante o juíz na Sociedade Esportiva Cachoeirinha.
Primeira Praça
Praça Cônego Pedro Wagner
Em 1968, na Rua Tupi (Avenida João XXIII), recém calçada, é inaugurada a
primeira praça a atual Praça Cônego Pedro Wagner de Cachoeirinha em frente a igreja matriz São Vicente de Paulo, com a sua “pira
cívica” na época camada de “Pira
da Pátria”.
Nota:
- Na época na Semana da Pátria, a cada mês de setembro, alunos das escolas eram
escolhidos para a vigília do fogo simbólico.
Praça Cônego Pedro Wagner
Faixa Preta
Competição de Estrada Gaúcha
Em 1968, foi realizada a última competição de Estrada Gaúcha, na RS-030 entre Cachoeirinha
até Capão da Canoa no Oceano
Atlântico, na “Faixa Preta”.
O DKW Malzoni, o 3º da esquerda para a direita, carro nº 9, que
chegou em 5º lugar
Foto jornal Folha da Tarde
Dia de Corrida
Divisão Territorial
Em 31 de dezembro de
1968, em divisão territorial, o município de Cachoeirinha é
constituído do “distrito Sede”.
1969
Prefeito Destituído
Em 1969, por problemas políticos, Rui
Teixeira foi destituído do cargo de prefeito municipal e assumiu em
seu lugar o interventor Aury de Oliveira (01/09/1969 -
31/03/1973).
Avenida Flores da Cunha – Engarrafamento
___Antes da nova
ponte, havia o aumento anual do fluxo de veículos, onde principalmente no Verão
era comum no retorno do litoral o engarrafamento sem fim, pois a ponte de mão
única não dava vazão; primeiro no sistema “pare e siga”.
___Depois foi colocada uma sinaleira de
duas luzes (vermelha e verde) em cada lado da ponte.
Ponte de Ferro, com sinaleira
Terceira Ponte – Rio Gravataí
Construída em Ferro
No final da década de
1960, é construída
pelo Exército a "segunda
ponte de ferro",
“esta provisória”, que permaneceu permanente, do lado
direito da antiga ponte, após a grande enchente daqueles anos.
Enchente
___Nesta enchente
para chegar a Cachoeirinha da
entrada da Santo Agostinho na curva
tinha o Posto Texaco, prédio verde e
branco (atual FIERGS), dali até a Ponte
estava tudo inundado, para manter a ligação foram colocadas “boias vermelhas” que marcavam o caminho, para os veículos
não caírem na granja de arroz.
Ponte de Ferro instalada, próximo a inauguração
1970
O chamado Milagre Brasileiro
Pra Frente Brasil
A partir
da década de 1970, em Cachoeirinha,
sob plena Ditadura Militar, impulsionado
pelos programas do governo federal, a cidade começa o ápice ao crescimento e
desenvolvimento.
Cachoeirinha – Cidade Dormitório
___Cachoeirinha
ainda é “cidade
dormitório” (trabalham em Porto Alegre, dorme em
Cachoeirinha), mas em breve isto mudará, com a criação do Distrito Industrial.
RS-030 – Avenida Flores da Cunha
Na década de 1970, o trecho que atravessa o
município de Cachoeirinha da
rodovia RS-030, foi concedido à Prefeitura de Cachoeirinha, a “Faixa Preta” que já era a Avenida Flores da
Cunha.
CORSAN – Falta de Água
Na década de
1970, ainda era comum a “falta de água” em Cachoeirinha, onde a Corsan (distribuidora) não dava conta
do consumo, a maioria das casas possuiam poço artesiano que no Verão eram
cheios pelo carro pipa da Prefeitura.
Carro pipa
Distrito Industrial
Em 1970, foi instalado o Distrito Industrial de
Cachoeirinha, o que foi possível a partir da cessão de áreas pela CEDIC (órgão do Governo do Estado), na Estrada do Ritter e no caminho a cidade
de Canoas, a economia do município diversificou-se e tomou impulso.
Distrito Industrial – Instalação
___Estrategicamente localizada a 17 km do centro de Porto Alegre, Cachoeirinha faz divisa, também, com Gravataí, Esteio, Alvorada, Canoas e Sapucaia do Sul.
___Na área interna do distrito, as obras de
terraplanagem foram grandiosas, construídos:
·
Avenida Principal, larga com canteiro central,
·
Vias transversais de acesso,
·
Lotes planos e amplos de acordo com a
necessidade,
·
Estrada
do Ritter foi alargada e asfaltada até a divisa
com a cidade de Canoas; até a rodovia RS-118
permaneceu sem calçamento.
Nota:
- O Distrito com o tempo se expandiu
para além da área programada, atingindo toda a região até a rodovia RS-118.
Distrito Industrial – Migrantes
___O crescimento ocasionou a migração de populações provenientes do Sul de
Santa Catarina e Norte do Rio Grande do Sul.
___Posteriormente, também migrantes de regiões do Oeste do Rio Grande do Sul,
como Palmeira das Missões, Santa Maria, e sul de Santa Catarina adotaram a
cidade.
Distrito Industrial – Pólo Logístico
___O Distrito
Industrial transformou Cachoeirinha em
um importante “Pólo Logístico”,
além de se destacar por sua pujança nas áreas industrial, comercial e cultural.
Migrantes Catarinas
Cachoeirinha – Chegada dos Migrantes
___Após a emancipação
e instalação de seu Distrito Industrial,
Cachoeirinha se tornou uma cidade
atrativa com muitas oportunidades.
___Grande parte
destes eram de Sombrio (SC), mas
também chegaram ao município moradores de regiões do próprio Rio Grande do Sul
como Palmeira das Missões, Santo Antônio da Patrulha e Santa Maria.
Cachoeirinha – Catarinenses
___Nas tabelas abaixo
podemos observar como a naturalidade com mais habitantes na cidade após os
próprios gaúchos, eram os catarinenses. Além disso esse número se manteve em
crescimento como o da população total.
___Naturalidade de
habitantes de Cachoeirinha – ano
1970:
·
Total Gaúcho 27,598
·
Catarinense 3,081
·
Pop. Total 30,841
- Fonte Censo IBGE/1970
Cachoeirinha-RS – Sombrio-SC
___Os sombrienses vieram de Santa Catarina
para Cachoeirinha movidos pela esperança
em uma oportunidade de mudança de vida, com as abundantes ofertas de emprego
geradas pela instalação do novo Distrito
Industrial na cidade.
___Também é
importante lembrar que a cidade é vizinha a capital gaúcha. Já a capital
Florianópolis, não foi a escolhida por migrantes, pois mesmo pertencendo ao
mesmo estado a época era muito menos desenvolvida e mais distante que Porto
Alegre, enquanto Sombrio-Florianópolis ficam a 3h e 10 min via BR-101, Sombrio-Cachoeirinha ficam a 2h e 30min.
1971
Tipografia Caiçara
Em 1971, é instalada a Tipografia Caiçara de Rubem
Carlos Cidade, da Família Cidade,
primeira tipografia de Cachoeirinha,
localizada na parada 49 (ao lado
atual Supermercado Asun).
Igreja Matriz
Em 31 de janeiro de 1971, Pe. Ilmo Schutz toma posse da
paróquia São Vicente de Paulo como
pároco.
Trevo e Viaduto da Assis Brasil
___Com
os aterros e terraplanagem da nova rodovia (Freeway) a pleno, em direção a
Osório, iniciaram a construção do viaduto sobre a Avenida Assis Brasil que seria o acesso a zona Norte de Porto
Alegre e ao município de Cachoeirinha.
___A
duplicação da Avenida Assis Brasil
ficou interessantemente a 500 metros
da Ponte sobre o Rio Gravataí, bem
na curva na entrada da alça de acesso a Freeway,
para Porto Alegre, durante mais de 30
anos, que era de pista simples e sem acostamento asfaltado. A Avenida Assis Brasil era até o final da
década de 1960 do Triangulo a ponte do Rio
Gravataí era de pista simples sem acostamento que era de terra, no final
ficou só os 500 metros.
Nota:
- Este cronista que vos narra,
criança ainda acompanhou de perto as obras tanto do Viaduto e duplicação da Assis
Brasil, como a Ponte sobre o Rio
Gravataí na Freeway.
Calçadão
Avenida Gal. Flores da Cunha
___Na administração
de Francisco de Assis foi iniciado o
famoso calçadão da Avenida Flores da
Cunha, começando na Ponte até a parada 51.
___Esta que foi a
maior obra de urbanização da cidade até aquele momento, transformando a “Faixa Preta” e seu acostamento poeirento em uma
avenida com pistas de rolamento, canteiro central, amplas calçadas em formato
de calçadão, arborização e estacionamento demarcado (Em 2024, desfigurado).
Nota:
- Este cronista, teve
a honra de morar (Rua Guarany, primeiro no nº 160 e depois no nº 155), onde sua
Família chegou em 1964 e seus avós em 1960.
1972
Igreja Matriz
Em 16 de janeiro de 1972, Pe. Ilmo Schutz é substituído
pelo Pe. João Poletto, que era o padre que
primeiro comprava um carro zero na cidade (de Fusca para Brasília e Gol).
Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem
Em 23 de fevereiro de 1972, a Capela de Nossa Senhora da
Boa Viagem, na parada 46 foi
elevada à categoria de “Paróquia”, desmembrada da matriz Paróquia São Vicente de Paulo.
Paróquia da Boa Viagem – Padre Abell
Em 05
de março de 1972, Dom Vicente Scherer, nomeou Padre Abel, primeiro pároco de nova paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem.
Programa de Domingo – Visita as obras da Auto-Estrada
Em 1972, aos domingos as famílias iam até a
beira Rio Gravataí para ver os
serviços de terraplanagem da “primeira auto-estrada” do RGS (Freeway),
com as grandes
máquinas e muita terra vermelha junto a construção das pontes sobre o rio.
Região Metropolitana
1973
Em 08 de junho de
1973, pela Lei Complementar Federal nº 14, foi
criada a Região Metropolitana de Porto Alegre, envolvendo além
de Cachoeirinha, outros 31
municípios.
Nota:
- Em 2012, com
praticamente quatro milhões de habitantes, a região metropolitana de Porto
Alegre era a 102ª maior aglomeração
urbana do Mundo.
Freeway
Em 26 de setembro de
1973, é inaugurada a
primeira auto-estrada do Sul do Brasil, com evento sob a Ponte do Guaíba, com a presença do presidente da república Médice.
___Obra:
·
2 Pistas de rolamento com acostamento em cada
sentido e devidamente sinalizada.
·
Viadutos, obras de arte e drenagem em todo o seu percurso de 100 km.
·
Saindo de Porto Alegre da Ponte do Guaíba, sobre o Dique de contensão,
passando por Cachoeirinha, Gravataí,
Glorinha, Santo Antonio da Patrulha até a cidade de Osório, se bifurcava em
trevo para o Litoral Norte a direita e em frente seguia em direção a Norte do
país.
___A Freeway
foi considerada a rodovia mais moderna do Brasil a época.
___A atual BR-290 (também conhecida como "Freeway"),
corta a cidade de Cachoeirinha pela
lateral Leste.
Freeway – Isola Cachoeirinha
___Foi um marco para Cachoeirinha, mas não de crescimento
direto, pois o trevo de acesso ficou em Porto Alegre, na Avenida Assis Brasil, 3 km
antes e o próximo só em Gravataí na Rodovia RS-118.
___Cachoeirinha ficava isolada, a cidade
tinha apenas o acesso de saída para Porto Alegre, sendo vista no horizonte da nova
rodovia.
Prefeito Francisco
Medeiros acompanhando a abertura do acesso temporário
___Na
foto acima, abertura da Rua Papa João XXIII
com a ligação da Freeway.
___Cachoeirinha não ganhou acesso, que foi
fechado, mas mesmo sem acesso a cidade alavancou um rápido “processo de industrialização e
desenvolvimento”.
Inauguração da Freeway
Folha da Tarde, Cia. Jornalística Caldas Junior – 23/09/73
Gravataí – Freeway impulso que Faltava
___A
Freeway
(BR-290) deixou Cachoeirinha
praticamente isolada, mas para Gravataí
foi o impulso que faltava para a sua industrialização. Sendo um dos fatores
determinantes para que Gravataí abandonasse
a economia agrária e a criação do seu “Distrito Industrial”, que ainda não existia.
Vale do Gravataí – Polo Industrial
___O
crescimento de Gravataí com o seu Distrito Industrial, foi importante
também para Cachoeirinha,
transformando o Vale do Gravataí em
um “Polo Industrial e
Comercial”,
competindo e se alinhando ao Vale dos
Sinos (Canoas, Esteio, Sapucaia, São Leopoldo, Novo Hamburgo) ao seu lado.
Terras do Velho Noca
___A área descampada
entre as paradas 49 e 50, limitada pelas Avenida Flores da Cunha, Rua
..., Rua ..., e os fundos das
moradias da Rua Rui Ramos.
___Já existia alguns
prédios instalados em terrenos doados pelo Seu
Noca nas bordas da propriedade, como:
·
Colégio Polivalente,
·
Posto de Saúde, primeiro de Cachoeirinha, em continuação da rua algumas residências entre
terrenos baldios,
·
Capela do Perpétuo Socorro, vinculada a Paróquia da Boa Viagem,
___E a casa, estilo
chalé de 2 pisos, na chácara do Seu Noca na esquina com a Avenida Flores da Cunha.
Vila Eunice
1974
Loteamento
Em 1974, é criado entre as paradas 49 e 50, um marco para a cidade de Cachoeirinha,
o Loteamento Vila Eunice nas terras do conhecido "Velho
Noca", área imensa, este
pai da professora Eunice, que fora diretora da Escola Estadual Gov. Roberto Silveira.
Vila Eunice junto a av. Flores da Cunha – década 1980
Vila Eunice – Primeiras Construções
___Os dois prédios
que aparecem na imagem de tijolo a vista, foram os primeiros a serem
construídos na Vila Eunice.
Nota:
- Nesta época vários prédios foram construídos na mesma técnica de
tijolos a vista.
___A altura de 3 pisos era uma tradição construtiva em
Cachoeirinha, pelo motivo da cidade
estar na rota da pista do Aeroporto
Salgado Filho.
Nota:
- Na imagem o segundo prédio da direita para a esquerda foi o primeiro
prédio construído na área, quando ainda não existia o loteamento.
Restaurante La Coruña
Restaurante de Grife
___Na imagem acima o
primeiro prédio da direita para esquerda, já construído no loteamento Vila Eunice, teve o primeiro
restaurante de grife em Cachoeirinha,
o Restaurante La Coruña na ponta do
prédio, o mais caro e bem frequentado da cidade.
___Também ficava
neste prédio a “loja de comercialização do loteamento”, e a loja J.
H. Santos.
___Este cronista que
vos narra, conhecia a todos os sócios do empreendimento e a família de Seu Noca.
Novo Centro
___Este loteamento
será a régua mestra do novo “Centro Comercial” urbano de Cachoeirinha,
tornou-se o primeiro bairro de “classe média alta” da cidade e fruto do crescimento urbano.
Centro Novo
Nota:
- Este cronista
conheceu e conviveu com os idealizadores do loteamento, direcionado
primeiramente aos ciganos que tinham o hábito de se instalar com suas barracas
no local descampado, e tinham o dinheiro para compra à vista dos lotes (o que
muitos fizeram), sendo os primeiro moradores do arruamento.
- Nesta época todo
mundo atalhava pelas terras do Noca,
principalmente para ir a Posto de Saúde
ou ao Polivamente (que era meu caso
diário)
Ciganos
Acampamento Cigano
___Anualmente os ciganos chegavam em Cachoeirinha e a maioria
acampava com suas barracas características na área do velho Noca, entre
a parada 49 e 50, outros nos Campos do Juca junto a Casa
do Leite, parada 57.
___Durante a semana saiam as mulheres para a venda de frigideiras e ler a
sorte das pessoas, e os homens as negociatas.
Vila Eunice
___Dizia-se que um “príncipe dos ciganos” acampava no Noca
e foi um dos primeiros moradores da Vila Eunice.
___Mesmo após o loteamento concluído os ciganos acampavam nos lotes ainda
livres.
Igreja Matriz – Piso
Em 03 de novembro de 1974, acontece a inauguração oficial do piso da igreja Matriz São Vicente de Paulo com a presença
do Cardeal Dom Vicente Scherer.
___A Matriz desde a inauguração
não tinha piso.
Vitrais da Matriz
Ônibus – Linha Ponte
Cachoeirinha – Mobilidade
Monopólio da SOGIL
Na década de 1970, para quebrar o monopólio da SOGIL na Linha: Cachoeirinha/ Gravataí – Ponte; e melhor atender a população de Cachoeirinha, que sofria com a espera e
os ônibus intensamente lotados (ônibus circulavam de portas abertas com as
pessoas penduradas para fora) vindos de Gravataí ou do Centro de Porto Alegre.
Cachoeirinha – Duas Empresas
EXPRESSO CACHOEIRINHA
RÁPIDO CACHOEIRINHA
___A Prefeitura Municipal, com o DAER, recorreu e duas empresas de São
Paulo que se habilitaram (uma delas a Taboão),
para o serviço de transporte coletivo intermunicipal entre Cachoeirinha Ponte - Gravataí.
___Cachoeirinha de mal atendimento à
plenamente atendida, tanto que a maior parte das viagens iam e voltavam de
Gravataí praticamente vazios. O que foi o problema para as empresas.
___A empresa Expresso Cachoeirinha, fornecia o
melhor atendimento, com ônibus a média de 15
minutos de intervalo.
___Em Cachoeirinha tinham o nome de:
·
Expresso Cachoeirinha (Azul e Vermelho), com freqüência maior, da empresa Taboão de São Paulo, os horário eram
quase interruptos, nunca se teve tanta oferta de coletivo.
·
Rápido Cachoeirinha (Branco e Vermelho).
Empresa Rápido Cachoeirinha
___Nas linhas da SOGIL, em Cachoeirinha, não podia-se embarcar, somente desembarcar.
___As empresas operaram
por quase um ano, mas se tornou deficitária.
Linha Gravataí – Ponte
SOGIL
___A SOGIL que se sentia prejudicada, investiu, recorreu e retomou a linha:
·
Gravataí/ Cachoeirinha – Ponte
Futuro Papa em Cachoeirinha
1975
Igreja da Boa Viagem – Demolida
___Conforme
o jornal Folha da Tarde, a manchete:
"Ninguém mais
salva a capela de Cachoeirinha".
Em 25 de fevereiro de
1975, o
conhecido Padre Abel Vilalba decidiu
mandar demolir para a construção da nova Igreja
Nossa Senhora da Boa Viagem.
___O
que aconteceu não houve manutenção o telhado estava desabando. Já em 1970 a parte da entrada da capela
passou por uma "reforma" o cupim tomou conta.
___Assim
perdemos um marco histórico da nossa cidade, construída em 1932, a "Capela da Boa Viagem" foi o primeiro
templo religioso construído no município de Cachoeirinha.
Nota:
- Em 1972,
a Família Cidade através de Rubem Cidade
e Selma Terezinha Cidade, foram os
festeiros da tradicional Festa de Nossa
Senhora da Boa Viagem, este que vos narra estava por ser sobrinho, com 9
anos.
Passagem do Patriarca de Veneza
Em 1975, o Cardeal “Patriarca de
Veneza” D. Albino Luciani, em visita ao Rio Grande do Sul, foi
a várias cidades:
D. Albino Luciani
___D. Albino
Luciani ficou na cidade de Santa Maria na casa do Cardeal
brasileiro Dom Aloísio Lorscheider (único Cardeal
brasileiro a receber votos em um dos conclaves até aquela data "Primeiro
Conclave de 1978”), que eram amigos.
Dom Aloísio Lorscheider
Gravataí – Seminário Menor São José
___O Cardeal Dom
Albino Luciani visitou o Seminário Menor
São José, em Gravataí.
Cachoeirinha – Abençoada
___No caminho à
Gravataí, D. Albino passando e conhecendo o Município de Cachoeirinha, conforme o padre/professor Abell do Polivalente, pároco da Igreja
São José do Sarandi (Porto Alegre).
Seminário Menor São José – Gravataí
1977
Prefeito Chico
Em 31 de
janeiro de 1977,
tomou posse como prefeito Francisco José
Rodrigues (31/01/1977 - 31/01/1983) que sucedeu a Aury de Oliveira.
___Chico, como era conhecido, morador do Interior I, deu impulso ao
desenvolvimento urbano de Cachoeirinha.
___A conquista da
vitória para prefeitura, foi interessante, uma vez que até as vésperas seu nome
não despontava entre os primeiros.
Nota:
-
Claro existe um fato da vitória, mas em respeito à memória de Chico Rodrigues, manteremos assim.
1978
Em 1978, o “Patriarca de Veneza”, Cardeal D.
Albino Luciani, tornou-se o Papa João Paulo
I.
Papa João Paulo I
1980
Cachoeirinha – Mobilidade
Transporte Interurbano
SOGIL
A partir de 1980, a empresa SOGIL – Sociedade
de Ônibus Gigante S/A decidiu intensificar seu foco no transporte do
eixo Gravataí - Porto Alegre,
abdicando das linhas do município de Cachoeirinha,
que atendia desde a década
de 1930.
VICASA
___A concessão é repassada
para a VICASA – Viação Canoense S/A, do município de Canoas.
___A VICASA inicia com linhas:
·
Cachoeirinha – Fátima, e
·
Interior I.
Nota:
___No início das operações foi tudo maravilhoso até não mais ser,
principalmente quando disponibilizou o serviço com ônibus Executivo com tarifa diferenciada, e para cada 1 da “linha comum” era 2 ou 3 Executivos
liberados, para forçar pela espera ao passageiro optar por este serviço mais
caro. Claramente esta viagem era mais rápida, mas só para quem ia ao Centro de
Porto Alegre, pois o Executivo
seguia via Freeway desde o trevo da
Assis Brasil direto até o Terminal Rui
Barbosa. Já quem queria ir a Avenida Assis Brasil, Benjamim Constant,
Farrapos, tinha mesmo que esperar.
Cachoeirinha – Migrantes Catarinenses
___Naturalidade de
habitantes de Cachoeirinha – ano 1980:
·
Total
Gaúcho 56,654
·
Catarinense 5,430 (Declarados)
·
Pop.
Total 63,196
- Fonte: Censo IBGE
1980
Parque da Matriz
___A Habitasul S/A, holding de várias
empresas inclusive bancos (Banco Habitasul, Caderneta de Poupança Apesul),
loteamento Eldorado (Eldorado do Sul), o loteamento Jurerê Internacional em Florianópolis.
___A Habitasul Incorporadora promoveu a
abertura de um grande loteamento nas terras adquiridas dos Baptistas, um grande descampado, entre a Avenida Flores da Cunha e a BR-290
(Freeway).
Hospital de Cachoeirinha
Hospital Padre Jeremias
___Uma necessidade
de Cachoeirinha e apelo da sociedade
era a instalação de um hospital público, o que aconteceu em área do novo
loteamento Parque da Matriz, em área
cedida a Prefeitura pela Habitasul
Incorporadora, paralela à Avenida
Flores da Cunha.
___O nome do
hospital é em homenagem ao pároco mais popular da cidade e um dos autores da
emancipação de Cachoeirinha.
Hospital
recém inaugurado
Nesta
época da Avenida Flores da Cunha se via o Hospital
1984
Prefeito Francisco de Medeiros
Em 31 de
janeiro de 1984,
assume o prefeito Francisco de Medeiros
(31/01/1984 – 1°/01/1989), que sucedeu Francisco
José Rodrigues.
___Governou Cachoeirinha em outra oportunidade
(01/01/1993 - 24/07/1994), tendo falecido no exercício do cargo, vítima de um
acidente de trânsito, com o que foi substituído por seu vice, Maurício Medeiros Tonolher (25/07/1994
- 31/12/1996).
___Entre os dois
mandatos de Francisco de Medeiros,
governou Cachoeirinha, Gilso de Almeida Nunes (01/01/1989 -
31/12/1992).
Diretas Já
Em 1984, Cachoeirinha
formou “comissão” como em todo o Brasil na luta
pelas "Diretas
Já" e o fim do Regime Militar.
Marcha pela Diretas, av. Flores da Cunha
Concentração pelas Diretas – Poli
(Polivalente)
Igreja Matriz
Em 30 de dezembro de 1984, o Pe.
Francisco Nicolau Scheibel assume a paróquia Matriz de São Vicente de Paulo.
Indústria Gráfica Caiçara
___Neste período a Tipografia Caiçara de Ruben Carlos Cidade se transformou em Indústria Gráfica Caiçara, atendendo
com o “parque gráfico” criado o Distrito Industrial de
Cachoeirinha e a Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre, entre outros.
___A família realizava grande
parte dos serviços diários na gráfica (Selma Therezinha Cidade, a gerente
Mirian Rejane Cidade, Robson Claudionor Cidade (Tata), Arthur Jacob Cidade.
Acesso às Pontes de Ferro
___Nas cabeceiras da Ponte de Ferro foram retirados os
balauestres e a murada (elementos históricos) dos dois lados da ponte que
complementavam sua estética, substituídos por uma estrutura de concreto na
diagonal, como “guard rail”, nas
duas pontes.
Enchentes
___Cachoeirinha
sempre sofreu com as enchentes, anualmente, principalmente nas áreas ribeiras, causando
um grande transtorno as famílias afetadas e dificultando o acesso a Aldeia dos Anjos ou para a capital
Porto Alegre, a estrada ficava fechada ou com acesso reduzido.
Anos 1960
Granja – Anos 1960
Enchente na parada 48
Avenida Assis Brasil (Granja), Porto Alegre –
1984
Rio Gravataí – Dique
___Pelo motivo das constantes enchentes o Governo
Federal, Estadual e a Prefeitura com o então prefeito Francisco de
Medeiros deu início a construção do Dique de Contensão em aterro sobre a margem, para evitar o avanço
das águas do Rio Gravataí que
castigavam principalmente os bairros do Interior
I.
___Atualmente
a maior parte da enchente fica para Porto Alegre sobre a plantação na granja de
arroz.
Avenida Assis Brasil – Porto Alegre
Dique Primeira Fase
1985
Rio Gravataí – Projeto Dique
Em 1985, a obra do Dique de Contensão foi planejada e executada pelo engenheiro Wilson Ghinatti.
Vista aérea da construção do Dique no Porto de Areia
Vê-se a Rua Campos Sales, a antiga Delegacia de Polícia, a fábrica de
Carrocerias Dimer e a Churrascaria Vassourão
Foto: Luis Ricardo Dimer
Parque Doutor Tancredo Neves
Em 09 de agosto de
1985, foi criado o Parque Doutor Tancredo Neves, na Granja Esperança, através da Lei n.° 811, que denomina o “Parque Municipal”.
1986
Igreja Matriz
Em 02 de agosto de 1986, assume a paróquia São Vicente de Paulo Pe. Arlindo Bottan.
1987
Igreja Matriz
Em 04 de janeiro de 1987, a paróquia São Vicente de Paulo assume Pe. Ermelindo Lottermann.
Primeiro Arranha-céu
1989
Edifício Madrid
Em 1989, é
construído o primeiro arranha-céu de Cachoeirinha, o Edifício Madrid,
na Avenida Flores da Cunha, 580 esquina com a Rua Anita Garibaldi, parada 47,
com seus 10 andares e 2 elevadores e lojas comerciais no
térreo.
Edifício Madrid
Ponto Referencial
___A partir desta data a torre da Matriz e a caixa d`água da Corsan deram lugar para um novo ponto
de referência.
Nota:
- Este cronista que
vos narra, teve loja no sétimo andar, loja de roupas femininas chamada "Nudez", com as sócias Regina, Eliana e patrocínio de Peri de Carvalho Zinn, da Irmãos Wainstein.
Morre Pe. Geremias
Em 23 de março de 1989, quinta-feira, Padre Geremias, Luiz Frederico Geremias foi vítima de um ataque
cardíaco e morreu a caminho da Catedral Metropolitana,
em Porto Alegre.
Padre Geremias – Velório
Em 24 de março de 1989, no dia seguinte, sexta-feira
Santa, em Cachoeirinha, foi
enterrado na casa onde semeou a fé e orientou católicos.
___O
velório de Padre Geremias atraiu uma multidão de pessoas na
Igreja Matriz São Vicente de Paulo.
Multidão no velório de Padre Geremias
Quarta Ponte – Rio Gravataí
1990
Ponte Em Concreto
Na década
de 1990, para facilitar a circulação de veículos entre a
região do Vale do Gravataí e Porto
Alegre, houve a necessidade da construção de uma nova ponte, agora em concreto, projeto do Governo do
Estado.
___Foram construídos
no ritmo brasileiro (lento) as duas pontes com duas pistas de rolagem em cada
sentido, em formato de arco romano, exatamente sobre onde estavam localizadas
as 2 Pontes de Ferro.
Ponte de Ferro – Demolição
___A “Ponte de
Ferro” foi desmontada
e colocada no Parque de Exposição na
Estrada do Ritter, de lá o símbolo
maior de Cachoeirinha, foi vendida
como ferro-velho, a “velha ponte”, de tantas travessias e enchentes, permaneceu no imaginário de seu Povo.
Ponte de Ferro – Placa de Bronze
___Não sobrou nem a
placa inaugural em bronze que ficava sobre a viga frontal bem no meio, pelo
lado de Cachoeirinha.
Ponte em concreto
Estancia Cachoeira – Tombamento
Nos anos 1990, teve início a pressão pública pelo
tombamento da Estância da Cachoeira,
mais conhecida como Mato do Júlio, a
partir de uma pesquisa realizada pela professora Isabel Mombach, que ingressou com um pedido junto ao Ministério Público para o “tombamento
de diversos imóveis de importância histórica” para
o município, entre eles a Casa dos
Baptista.
Dique Segunda Fase
Rio Gravataí – Conduto Forçado
Nos anos 1990, o prefeito Maurício
Medeiros iniciou a construção do Conduto
Forçado, finalizado na gestão Vicente Pires, que auxilia no
envio forçado das águas pluviais do Centro da cidade para o Rio Gravataí, evitando o alagamento
pelas chuvas.
1995
Centro de Educação Ambiental
Em 27 de abril de
1995, foi firmado parceria com o Unibanco
Ecologia, instituindo o Centro de Educação Ambiental Francisco de
Medeiros, no Parque Doutor Tancredo
Neves.
___O Centro tem como objetivo o
desenvolvimento da sensibilização da comunidade, em percepção que visa conhecer
as relações entre os seres e seu meio, para amar a vida sobre todas as formas e
defender a idéia de uma vida harmoniosa.
Primeiro Shopping
Shopping do Vale
Em maio de 1995, é inaugurado o primeiro shopping
de Cachoeirinha, o Shopping
do Vale, com objetivo de oferecer a comunidade do Vale do Gravataí, um centro de compras, serviços, estudos e lazer.
___Localizado na Avenida Flores da Cunha, o shopping
situa-se estrategicamente próximo à divisa com a cidade de Gravataí, em pleno “coração” do Pólo Automotivo do Rio
Grande do Sul.
Cachoeirinha – Segundo Cinema
___A rede Arcoiris de Cinema, instalou 03 salas de exibição no Shopping do Vale, depois de quase 20 anos sem sala de exibição desde o
fechamento do Cine Danúbio Azul.
Shopping do Vale – Entrada Principal
Vale do Gravataí – Pólo Industrial
___O crescimento
acelerado da região é devido ao grande Parque
Industrial que a adotou para estabelecer seus negócios, destacando a
indústria metal-mecânica como base da economia.
1996
Patrimônio Ecológico
Em março de 1996, o Parque Doutor Tancredo Neves
foi instituído área de “patrimônio ecológico” do Município.
Corpo de Bombeiros Voluntários
Freiwillige
Feuerwehr
Em 1996, pela manhã a Prefeitura de Cachoeirinha entregou aos
Bombeiros uma nova viatura Sandero e
duas viaturas totalmente reformadas.
___Uma
delas é o “primeiro caminhão de
bombeiros” de Cachoeirinha,
um Mercedes-Benz 1313 ano
1971 com
escada Magirus (ano 1974) que foi
doado a prefeitura por uma cidade da Alemanha em 1996, junto com um caminhão tanque.
___O
caminhão foi trazido do porto de Rio Grande pelo prefeito Maurício Medeiros e o motorista da prefeitura Betinho Marchi.
Nota:
- A Prefeitura cedeu por empréstimo esses dois
veículos ao governo do Estado, sendo ele responsável por sua manutenção e
integridade da viatura.
- Em 2013,
as duas viaturas foram devolvidas a Prefeitura com diversos problemas.
___E hoje, o "Guardião" voltou à ativa depois de uma reforma total e
melhorias na escada Magirus.
1997
Prefeito – Valdecir Mucillo
Em 01 de janeiro de
1997, assume como prefeito Valdecir Mucillo (01/01/1997 -
31/12/2000) foi o sucessor de Maurício
Medeiros Tonolher.
Século XXI
2000
Estância Cachoeira – Júlio Baptista
Nos anos 2000, com a morte de Júlio Batista,
dono do local conhecido como "Mato do Júlio" deu
início à especulação sobre quais seriam os destinos da Estância Cachoeira.
“A preservação da sede Casa dos
Baptista da Estância Cachoeira é um passo fundamental da valorização do passado
e da cultura de Cachoeirinha.”
José Luiz Stédile – Prefeito Eleito
Em outubro de 2000, José Luiz Stédile (PT), candidatou-se a prefeito pela segunda vez e foi eleito.
Linhas Intermunicipais de Cachoeirinha
TRANSCAL
Na década
de 2000, após
20 anos de serviços prestados a
nominal VICASA –
Viação Canoense S/A, transferiu a concessão das linhas intermunicipais de Cachoeirinha para Porto Alegre para a nova empresa TRANSCAL – Transporte
Canoense Ltda, de Canoas.
2001
Prefeito José Stédile
Em 01 de janeiro de 2001,
assume o prefeito José Luiz Stédile (01/01/2001 -
31/12/2008).
2002
Complexo da Souza Cruz
Em 2002, o complexo industrial da Souza
Cruz foi ampliado com a instalação definitiva da fábrica.
Complexo Souza Cruz
2003
Projeto Linha Rápida
Corredor Norte/Nordeste
Em
janeiro de 2003, Porto Alegre/ RS, os projetos de engenharia foram concluídos, em
conseqüência das dificuldades observadas no desenvolvimento do Projeto Operacional, as obras físicas
se limitaram aquelas que seguramente não sofreriam modificações posteriores:
- Corredor POA/Alvorada, e
- Corredor POA/
Cachoerinha/Gravataí.
___Em
sua concepção original, em 1996, o Projeto Linha Rápida
contemplava a implantação de:
- 31 km de corredores com faixas
exclusivas,
- 56 estações,
- 7 terminais,
- 39,5 quilômetros de malha viária
de apoio,
- Iluminação pública,
substituição da frota, bilhetagem automática, sinalização, controles,
desapropriações e demais serviços complementares.
Corredor de ónibus Avenida Flores da Cunha
___O Projeto Linha Rápida consiste em
integrar o sistema de transporte coletivo nos corredores Norte e Nordeste da Prefeitura de Porto Alegre, sendo
coordenado desde janeiro de 2003 pela Fundação Estadual de
Planejamento Metropolitano e Regional - METROPLAN, vinculada à Secretaria Estadual de Habitação e
Desenvolvimento Urbano. Com a ampliação das obras previstas e o
comportamento geral do mercado, o custo do projeto está orçado atualmente em R$
210 milhões, informa o coordenador
do Projeto Linha Rápida, Erno Zimpel.
Quinta Ponte – Rio Gravataí
Construída em Concreto
___Com o
Projeto Linha Rápida, foi construída
a terceira Ponte em Concreto na lateral esquerda, seguindo
o mesmo padrão em arco das 2 anteriores,
para gerar o “corredor exclusivo” para ônibus na ponte central (projeto que ficou estagnado, mas a
ponte foi concluída).
Projeto Linha Rápida – Histórico do Projeto
___A
primeira etapa da obra iniciou em 1999, no final do segundo semestre. A empresa contratada, Brita Porto-alegrense, faliu.
___Até o
momento o que foi realizado foi a construção do Terminal Mauá, a construção e ampliação de pontes sobre o Rio Gravataí em Cachoeirinha e 4 quilômetros
entre o trecho Porto Alegre e Alvorada.
Construção 3ª Ponte sobre Rio Gravataí
___Neste
período foi realiza os seguintes serviços Terminal
Triangulo:
- 2 túneis de pedestres (na
Assis Brasil e na Baltazar de Oliveira Garcia) e a
- Pavimentação em concreto do
terminal.
___A
segunda etapa iniciada no segundo semestre de 2001, após a licitação da empresa SBS,
contemplou a estrutura metálica e cobertura do terminal, prédios de apoio e o
túnel de ligação entre as duas vias da Avenida
Assis Brasil.
2004
José Luiz Stédile – Prefeito Reeleito
Em 2004, José Luiz Stédile (PT), concorrendo a Prefeitura de Cachoeirinha pela terceira vez, foi eleito novamente.
___Os dois mandatos
de Luiz Stédile marcaram um visível
avanço nas áreas de iluminação pública, pavimentação asfaltica e sinalização de
trânsito.
José Luiz Stédile
2005
José Luiz Stédile – Desvios
Em 2005, no primeiro mandato do prefeito José Luiz
Stédile foi marcado o caso de super-faturamento na compra de chás. O
desvio de dinheiro público foi divulgado na mídia local e até hoje não foi
esclarecido.
___Meses após a
constatação dos desvios nas compras de chás, o prefeito Luiz Stédile, junto com parte de funcionários em cargos de
confiança da prefeitura, saiu do Partido
dos Trabalhadores e foi para o Partido
Socialista Brasileiro.
2006
Cachoeirinha – Grande Incêndio
Em 13 de junho de
2006, ocorreu o “maior incêndio” em Cachoeirinha,
a Prefeitura decretou estado de emergência.
___A tragédia
ambiental começou na empresa MBN
Produtos Químicos, localizada no Distrito
Industrial do município.
Grande Incêndio – Evacuação
___Os produtos
químicos da empresa se espalharam pelos arroios, e parte da área urbana teve de
ser evacuada. O fogo se alastrou por várias casas próximas à empresa. O
acidente ganhou destaque no noticiário nacional.
___A empresa MBN pagou todos os danos causados a
todos os prejudicados e fez doações de veículos à órgãos públicos de Cachoeirinha.
Coluna de fumaça tóxica
2008
Prefeitura – Gilso Nunes Retorna como Vice
Em setembro de 2008, o então vereador e contabilista Luiz
Vicente Pires (PSB), foi eleito o mais novo prefeito.
___Luiz Vicente Pires foi eleito vereador
nas eleições de
2004.
___Gilso de
Almeida Nunes retorna a prefeitura depois de 15 anos afastado, no cargo de vice-prefeito.
2009
Prefeito – Luiz Vicente Pires
Em 01 de janeiro de
2009, assume o prefeito Luiz Vicente da Cunha Pires (01/01/2009
-31/12/2012).
Luiz Vicente Pires
2010
Memorial Alberto Bins
Em 28 de setembro de
2010, terça-feira, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga)
e a Fundação de Apoio e Desenvolvimento
de Tecnologia ao Irga (Fundação
Irga), desenvolveu em parceria com a “Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Defender” – Defesa
Civil do Patrimônio Histórico, o Projeto “Memorial Alberto Bins”.
___Na tarde, a
conteceu o lançamento da “pedra fundamental” da futura sede do projeto, localizada na Estação Experimental do Arroz (EEA).
Pedra Fundamental
Avenida
Flores da Cunha
Em 08 de dezembro
de 2010, a sociedade de Cachoeirinha
já se reuniu diversas vezes nos 44 anos de história do município para
discutir o que queria para o seu principal espaço público, a “Avenida
Flores da Cunha”. Mas muita coisa mudou desde que a via era o antigo caminho para as Praias do Litoral Norte, a antiga “Faixa Preta”.
___Atualmente, a avenida
dos cachoeirinhenses recebe o segundo maior trânsito do Rio Grande do Sul, 160 mil veículos, além de acolher 50 mil pedestres todos os dias.
Av. Flores da Cunha – Plano Setorial
___Atenta a essa
realidade, a Prefeitura acaba de
valorizar essa histórica mobilização da comunidade com a entrega do Plano Setorial da Flores da Cunha, um
conjunto de obras, intervenções urbanas e medidas sócio-ambientais que vão
garantir o crescimento sustentável da avenida e evitar seu colapso.
___É a primeira vez
na história que Cachoeirinha produz
um planejamento daquilo que deseja para o seu futuro, independente de mudanças
de prefeito.
___O Plano Setorial foi apresentado pelo
prefeito Vicente Pires e pelo secretário de Planejamento e Gestão, Saul
Sastre, para uma Câmara de
Vereadores lotada na última segunda-feira. O encontro foi o último de uma
série de audiências públicas que movimentou as forças vivas da cidade desde o
início do ano.
___Na oportunidade,
a OE Arquitetura, consultoria contratada pela Prefeitura, mostrou o texto final do plano que será apresentado
como “Projeto de Lei” a Câmara
de Vereadores, as principais mudanças que serão sugeridas ao Plano Diretor e um passeio virtual pelo
novo desenho da avenida, com calçadas, ciclovia, elevadas e racionalização do
trânsito.
Avenida Flores da Cunha – parada 49
___O prefeito afirmou
na audiência que ali estava depositado o sentimento de toda a sociedade sobre o
futuro da avenida:
“Reunimos associações de bairro, empreendedores, empresas públicas,
sindicatos e todos os segmentos possíveis e esse plano segue o pedido de todos
com uma visão estratégica do governo municipal”.
___O prefeito lembrou
que já ouviu críticas de que a remodelação da avenida fosse uma utopia, ou
seja, impossível de sair do papel. Para afastar os urubus de vez plantão,
anunciou que junto com a apresentação do plano a Prefeitura estava tirando do
jovem estudo as primeiras obras: - a re-pavimentação integral da avenida e a
construção das calçadas.
___O novo asfalto da Avenida Flores da Cunha deverá começar
a ser implantando entre janeiro
e fevereiro (2011). A obra que vai renovar o piso de uma avenida castigada por quase
1 milhão de passagens de veículo por semana utilizará uma das novíssimas
tecnologias de responsabilidade ambiental, que permite a utilização da atual
camada asfáltica.
___Veículos especiais
farão a retirada do piso, sua reciclagem e imediata reposição. Isso evita o uso
de petróleo e outros recursos naturais que seriam necessários para produzir
asfalto novo.
___O prefeito Vicente
Pires quer começar em abril as obras de construção das calçadas da
avenida, foi reservado R$ 2,3 milhões
do orçamento municipal para executar as obras, numa também iniciativa inédita
da prefeitura, que está assumindo de vez a responsabilidade com o fim da poeira
onde deveria ter passeio público e com a padronização dos caminhos do pedestre
do Centro.
___Junto com as
calçadas, virão a construção de estacionamentos, instalação de novas paradas,
paisagismo e dignidade e acessibilidade para os pedestres.
2011
Cachoeirinha – ENART
Em 2011, o CTG Rancho da Saudade se
sagrou o grande campeão do ENART,
na modalidade “Danças Tradicionais, Força A”, em Santa Cruz do Sul.
___Esse é o terceiro título da entidade, que já havia conquistado o primeiro
lugar nas edições de
2004 e 2007. Além disso, conquistou o segundo
lugar na modalidade Danças de Salão,
com o casal Josiel e Marianne.
CTG Rancho da Saudade
Cachoeirinha – Perda de Patrimônio Histórico
Em 2011, Cachoeirinha perdeu dois prédios históricos, que este cronista
muito freqüentou. É a história perdida para o desenvolvimento sem estudo e
consulta:
·
Uma das primeiras farmácias de Cachoeirinha,
a Farmácia do Povo, já não pode mais
ser contemplada, localizada na Avenida
Flores da Cunha, ao lado do nº 1934. A antiga drogaria deu espaço para
um estacionamento, utilizado pelos clientes de uma conhecida lanchonete da
cidade.
·
O Prédio comercial Sbardelotto,
localizado na Avenida Flores da Cunha
esquina com a Rua Dona Cecília, na
Pda. 51, não se sabe para qual
objetivo foi destruído.
___Até o final da década de 1980, nenhum prédio em Cachoeirinha tinha mais que o piso térreo, primeiro e segundo andar
(três pisos).
Prédio de Reinaldo Sbardelotto
Cachoeirinha – Brique do Parcão
Em 15 de maio de 2011, na festa dos 45 anos de emancipação, o Parcão,
principal ponto de encontro dos cachoeirinhenses aos finais de semana, vai
marcar com a inauguração do Brique de Cachoeirinha.
___A proposta é
reunir os artistas e artesãos do município numa exposição permanente aos
domingos, junto ao canteiro central, das 9h às 19h.
___No local, os
artesãos da Economia Popular Solidária,
que já possuem uma loja de venda de produtos ao lado da Prefeitura, também
terão oportunidade de expor e mostrar seus trabalhos.
___O Brique será comandado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e
Turismo (SMDET).
Banco de
Alimentos
Em 31 de outubro de
2011, na noite, criou mais um capítulo na
história de Cachoeirinha. A fundação
do Banco de Alimentos no município e posse da Diretoria do biênio 2011/2013 reuniu lideranças de todos os
segmentos, no auditório do Centro das
Indústrias de Cachoeirinha
(CIC), numa grande demonstração da vontade da sociedade em acabar com a fome.
___A posse festiva
contou com a presença:
·
Presidente da Rede do Banco de Alimentos do RS, Paulo Renê Bernhard,
·
Presidente do Banco de Alimentos de Porto Alegre, Antônio Parissi,
·
Presidente do Banco de Alimentos de Gravataí, Roberto Bastiani,
·
Vice-prefeito de Cachoeirinha, Gilso
Nunes,
·
Presidente do Centro das Indústrias, Neiva Bilhar, e demais convidados.
Cachoeirinha – Campanha
Em 10 de novembro
de 2011, a prefeitura lança campanha para deixar Cachoeirinha mais bonita denominadas:
CIDADE LIMPA, CIDADE FELIZ e CALÇADA LEGAL.
___A Secretaria Municipal de Planejamento de
Cachoeirinha (Seplan) intensifica a
fiscalização de terrenos baldios e calçadas irregulares na cidade. O objetivo é
informar a comunidade e notificar proprietários sobre sua responsabilidade em
manter esses locais em condições adequadas de preservação e uso.
___Segundo o titular
da Seplan, secretário Charlante Stuart,
esta ação vai envolver Ministério
Público, Centro das Indústrias de
Cachoeirinha (CIC), Sindilojas, Associação Comercial de Cachoeirinha (ACC),
por estes serem agentes multiplicadores de informação.
Calçada Legal
___A campanha CALÇADA LEGAL vai alertar sobre a
situação das calçadas, e o trabalho será conscientizar os proprietários de
imóveis sobre a importância de manter os passeios públicos em bom estado para a
circulação de pedestres, mantendo-as pavimentadas, limpas e desobstruídas, conforme
a Lei Municipal 1.772/99 e 1.177/91.
___Segundo a chefe da
fiscalização da Seplan, Daniela Curzel, os primeiros locais a serem
vistoriados são as ruas perpendiculares à Avenida
Flores da Cunha, as vias onde haja escolas e postos de saúde e depois o restante
da cidade.
Cidade Limpa, Cidade Feliz
___Já a campanha CIDADE LIMPA, CIDADE FELIZ vai
trabalhar diretamente com os proprietários de terrenos baldios, fiscalizando e
comunicando-os sobre a sua responsabilidade de em mantê-los limpos e cercados,
conforme a Lei Municipal 1.511/95 e 1.772/99.
“A fiscalização já começou e a comunidade já começa a dar retorno
positivo sobre esta ação. Há pessoas que chegam à nós e dizem que vão
providenciar a limpeza do terreno antes que a notificação chegue, Já é um avanço”.
___Estão sendo
priorizados no momento a fiscalização nos loteamentos que apresentam maior
número de terrenos baldios, como City
Nova Fase, Parque da Matriz e Jardim Colinas.
___As ações da Seplan também buscam despertar na
comunidade o interesse em cuidar da cidade, mantendo-a limpa e organizada,
ampliando a qualidade de vida da população. Somente em 2011 foram emitidas 542
comunicações aos proprietários de terrenos baldios, destas 309 tornaram-se notificações. Para as
calçadas foram emitidas 313 notificações.
___Em ambas as
campanhas serão feitas vistorias nos bairros e levantamento das irregularidades
(terrenos e calçadas); identificação dos responsáveis legais e expedição da
notificação.
___Expirados os
prazos, os locais serão revisitados pela equipe de fiscalização da Seplan para verificar o cumprimento das
notificações. Caso contrário, para calçadas será aplicada multa de 240 URMs (Unidade de Referência
Municipal). Para os terrenos baldios, a multa é de 1 URM por metro quadrado de área.
Divulgação Secom.
Cachoeirinha – Mobilidade
Transporte Urbano
STADTBUS
No dia 03 de dezembro
de 2011, a empresa de ônibus Stadtbus, nova permissionária
do transporte coletivo municipal de Cachoeirinha,
apresentou a frota zero km que está atendendo os usuários da cidade.
VICASA
___A Stadtbus substitui a VICASA,
após 30 anos de concessão dos
serviços.
2012
Igreja Matriz – Ospa
46 Anos de Emancipação
Em 15 de maio de 2012, terça-feira, a Orquestra
Sinfônica de Porto Alegre – OSPA, esteve em Cachoeirinha, apresentando um concerto que celebra os 46
Anos de Emancipação.
___A apresentação
ocorreu na Paróquia Matriz São Vicente
de Paulo. O concerto, com entrada franca, foi regido pelo maestro Manfredo
Schmiedt.
Nave da matriz São Vicente de Paulo
Ospa – Programa
___No programa
constaram as obras:
Capricho Italiano,
Op. 45, obra alegre, inspirada em festas carnavalescas, composta por um dos
maiores compositores do Romantismo russo, P. I. Tchaikovski (1840 – 1893) e Intermezzo
do III ato: Manon Lescaut, do italiano G. Puccini (1858 – 1924). Também serão
executadas Abertura Páscoa Russa, Op. 36, de N. Rimsky-Korsakov (1844 – 1908),
em homenagem à Páscoa, que é considerado o acontecimento mais glorioso do
calendário da igreja russa; Claire de Lune, de Claude Debussy (1862 – 1918),
com arranjo de A. Caplet (1878 – 1925).
___Para finalizar o
concerto, a OSPA executou Abertura
1812, de P. I. Tchaikovsky.
Patrimônio Histórico
2015
Casa dos Baptista – Judicializado
Em 2015, o processo da Casa dos
Baptista se resolveu em primeira instância na vara civil com o seu
indeferimento pelo juiz, para quem a “importância histórica da casa” não
estava comprovada.
Situação atual
Família Júlio Batista – em frente a
casa
___Para
o advogado Jeferson Lazzaroto, presidente da subseção da OAB em Cachoeirinha, “foi um
erro por parte do juiz, que não leu o processo. Ali tinham laudos do Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), atestando o valor
histórico do imóvel”.
___Uma
articulação da Secretaria de Cultura,
em conjunto com a OAB/RS, promoveu
atos públicos e palestra em defesa da casa, chamando a atenção da opinião
pública para a ameaça que rondava o principal “patrimônio
histórico” de Cachoeirinha.
___Em segunda instância, a Justiça concedeu o tombamento, que tem sido encaminhado pela Prefeitura.
___Os
estudos de patrimônio têm sido desenvolvidos agora, uma vez que os herdeiros
compreenderam que o tombamento não desvaloriza economicamente seu imóvel e nem
impossibilita sua venda ou alteração.
“O que acontece é que
tudo o que for modificado na casa precisa ser autorizado pelo órgão que
monitora o tombamento, para que sua estrutura original seja preservada”,
explica.
___Para o historiador, esse pode se tornar um
espaço de resgate da identidade e identificação dos cidadãos de Cachoeirinha com sua cidade, que passa
por um processo de educação patrimonial.
2016
Cachoeirinha – Consulta Popular
Em 2016, em “Consulta
Popular” é conquistado pela
comunidade a contemplação de um recurso de R$ 800 mil a ser investido em turismo.
Praça Ecoturismo – Visita Técnica
Em outubro de 2016, foi feita a primeira visita técnica ao
espaço, às margens do Rio Gravataí,
para a construção do Praça do Ecoturismo
de Cachoeirinha.
___A contemplação do município na Consulta Popular dos recursos a ser
investido em turismo, a partir daí foi feito o projeto, com o objetivo de
aproximar a cidade do rio, integrando o espaço ao complexo da Casa de Cultura.
2017
Praça Ecoturismo – Posse do Terreno
Em 2017, a Justiça deu à Prefeitura a
reintegração de posse do terreno. No local, antigamente, funcionava uma empresa
de comércio de areia (Porto de Areia).
2019
Arena Estrelada
Esporte Clube Cruzeiro – Inauguração
Em 13 de março de 2019, as 16h, inaugura em Cachoeirinha após 7 anos de obras a Arena
Estrelada do Esporte Clube Cruzeiro,
estádio com capacidade de 12 mil
espectadores, mas liberado somente para 2
mil inicialmente.
___O jogo inaugural pelo Campeonato Gaúcho – Divisão de Acesso, foi com São Gabriel.
E.C. Cruzeiro 0 X 0 E.C. São Gabriel
Projeto Arena Cruzeiro
Arena Cruzeiro de Cachoeirinha/RS
Nome: Arena Cruzeiro
Endereço: Bairro Granja Esperança
Clube: Esporte Clube Cruzeiro
Capacidade: 16 000
Dimensões do Gramado.
Status atual: ativo
Público recorde: 1 500 torcedores (13.03.2019 -
Cruzeiro 0 x 0 EC São Gabriel)
Primeiro gol: Wander do Cruzeiro aos 3 minutos do
primeiro tempo em 24.03.2019 - Cruzeiro 2 x 0 Bagé pela Divisão de Acesso do
Campeonato Gaúcho 2019.
Arena da Granja – Obras
___Também é chamado de "Arena da Granja Esperança".
___A Arena
Cruzeiro é um estádio ainda em construção pertencente ao clube de futebol Esporte Clube Cruzeiro, fundado em
Porto Alegre no Morro Santana.
___Agora localizado no município de Cachoeirinha, Rio Grande do Sul.
·
No ano de 2010,
o estrelado negociou a área de seu estádio com a Prefeitura de Cachoeirinha. Em permuta, o clube comprou uma área de
sete hectares na área do Bairro Granja
Esperança em Cachoeirinha, na
região metropolitana de Porto Alegre, onde está sendo construído o novo
estádio.
·
Em janeiro de 2012,
as obras iniciaram. O novo estádio tem o formato de arena, com 16 mil lugares, nos padrões exigidos
pela FIFA.
·
Além do estádio, o Cruzeiro está construindo um Centro
de Treinamento em Cachoeirinha.
Estádio em Obras
Estádio em Obras
Estádio em Obras
Vista aérea
Casa de Cultura
Casa de Cultura Demósthenes Gonzales
Nota:
- Este cronista que vos narra, em 1968,
neste prédio que era branco com detalhes em preto, brincou de carrinho no andar
superior, que era a residência da marcenaria do térreo, com o amiguinho de
carrinhos brancos de louça agathá, nunca esquecido.
Conservas Ritter – 100 Anos
Em
2019, há 100 anos, Olga Becker Ritter e Frederico
Augusto Ritter mudaram-se para a Granja
Esperança em Cachoeirinha, uma
bela área rural, onde iniciaram suas plantações de cultivos especiais de frutas
e hortaliças.
___A data marcou o início da moderna fábrica à vapor, na época recém
construída, para oferecer ao consumidor alimentos da mais alta qualidade.
Evento Mundial
Mil Agulhas pela Dignidade
Em 07 de dezembro de 2019, durante a inauguração da Praça do Ecoturismo Leonel de Moura Brizola,
na margem direita do Rio Gravataí e
em frente à Casa de Cultura de Cachoeirinha, aconteceu a intervenção
têxtil denominada “Mil Agulhas pela Dignidade”.
___Organizada
pela artista visual e dinamizadora social Karen
Rosentreter, de Barcelona, Espanha, a proposta é ocupar um espaço público
para se manifestar através da arte têxtil, em torno do debate sobre os
conflitos no Chile e na América Latina.
___A
manifestação vai ser em 10 países (Argentina, Bélgica, Chile, Espanha,
Inglaterra, Suécia, França, Estados Unidos, Costa Rica e Brasil). No
Brasil, além de Cachoeirinha, o “Mil
Agulhas” vai ser também em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.
___O
objetivo, segundo a artista Karen
Rosentreter, é criar pequenas peças têxteis com mensagens alusivas ao tema
e fazer um varal como instalação, com as diferentes mensagens feitas no local
em que se está bordando.
___Pedaços
de tecidos, tesouras, agulhas, fios de lã, pinças, darão forma à intervenção. ___Registros
fotográficos das peças produzidas em todas as cidades participantes serão
utilizadas para dar vida a uma exposição.
___A
artista visual da Casa de Cultura de
Cachoeirinha, Fernanda Capra, conta que, na cidade, o evento acontecerá às 15h30min e contará com os coletivos Tramando ARTE e TransFormArte.
Portos de Cachoeirinha
___Cachoeirinha
no Rio Gravataí, possuía dois “Portos
de Areia” principalmente, um a cada lado das
pontes de ferro.
Porto de Areia
___Na margem de Porto Alegre em frente ao atual Praça do Ecoturismo existe outro porto
de areia.
Praça do Ecoturismo
Em 07 de dezembro de 2019, foi inaugurada
oficialmente a Praça do Ecoturismo – Leonel de Moura Brizola de Cachoeirinha, junto ao antigo Porto de Areia
Nota:
- Nas margens do Rio Gravataí existiam vários portos de areia para venda a
construção civil, areia retida do fundo dos rios da região (com ou sem
autorização).
Praça Ecoturismo – Porto de Areia
Localização
___Rua
Beira-Rio, em frente da Casa de
Cultura Demosthenes Gonzales, junto ao Dique
as margens do Rio Gravataí.
___É a última rua para quem sai de Cachoeirinha pela Avenida Flores da Cunha, antes das pontes, à direita.
Praça Ecoturismo – Proposta
___A Praça
tem a proposta de ser um ponto turístico e de lazer, além de integrar a cidade
ao Rio Gravataí.
“Esta obra valoriza uma parte importante da cidade,
por se tratar da entrada do município e compor com a Casa de Cultura um
complexo de lazer, turismo, cultura e integração com o meio ambiente, é para
contemplação da natureza e valorização do Rio Gravataí”,
salientou o prefeito Miki Breier.
Prefeito Miki Breier junto a Praça
Praça Ecoturismo – Área
___A área da praça monta em torno de 3.800 metros quadrados.
Praça Ecoturismo – Custo da Obra
___O orçamento inicial de R$ 765.997,67 pulou para quase R$
900 mil de acordo com o empreiteiro Leandro
dos Santos, sócio diretor da CPX
Construtora e Pavimentadora, que construiu o espaço, por causa das
adaptações necessárias ao projeto original.
___Conforme o contrato, o valor total da obra foi
de R$ 896 mil, sendo 80% do recurso proveniente da Consulta Popular de
2016 e 20% de
contrapartida da Prefeitura, ou seja, R$
806 mil do Governo do Estado e R$ 89
mil do município.
Praça Ecoturismo – Equipamentos
___A praça conta com:
·
Rampa para descida de barcos e pequenas
embarcações para o Rio Gravataí,
·
Mirante – deck de madeira junto ao rio,
·
Pista de passeio,
·
Recantos com quiosques, esplanada,
espaços de convivência, áreas sombreadas e ensolaradas,
·
Sanitários públicos, amplos banheiros,
masculino e feminino,
·
Acessibilidade em todos os espaços,
·
Espaço destinado para cafeteria ou
lancheria – ainda não há definição sobre qual tipo de comércio deve ocupar o
espaço,
·
Bicicletário,
·
Postes de iluminação,
·
Bancos,
·
Lixeiras de coleta seletiva ao longo da
praça,
Praça Ecoturismo – Festa
___Na inauguração da Praça de Ecoturismo Leonel de Moura Brizola contou com a realização
de diversos shows com música nativista-tradicionalista, samba, espetáculo de
canto coral e de danças, além de DJs e MCs.
___Brinquedos
infláveis, feira do artesanato, food trucks, apresentações de artes marciais,
oficinas escolares, passeios de barcos e a presença de coletivos como
TransFormArte, Tramando ARTE e Mulheres Empreendedoras.
2024
Grande Enchente
Em junho de 2024, devido ao desastre natural da enchente
Serra abaixo em toda o Delta devido ao alto índice pluviométrico, afetou toda
as regiões do Estado, e Cachoeirinha
não ficou de fora, com as águas do Rio
Gravataí invadindo a área urbana da cidade. Exigindo o empenho de toda a
população.
___Cachoeirinha
ficou isolada pelo Sul, sem seu acesso direto a Porto Alegre.
Enchente – Comitiva do Governo Federal
Em 11 de Junho de
2024, comitiva do Governo
Federal, com os ministros Paulo Pimenta,
Waldez Góes e o Secretário Nacional da Defesa Civil, esteve em Cachoeirinha, e reforçou a necessidade de celeridade nos processos.
Com um ofício do prefeito já é possível o recebimento de R$ 500 mil para a cidade para as necessidades emergenciais.
Fim da Cronologia
Estória Contada
História de Cachoeirinha
Todos sabemos história e estórias, vamos contar, dividir, e tornar
público a grandeza de Cachoeirinha e de seus autores.
Salgueira
Em 1991, Mário Cunha, neto do
casal Manoel Basílio da Cunha e Inocência Soares da
Cunha, no livro "Memória de Cachoeirinha - 1991", ajuda na reconstituição da antiga propriedade,
dizendo que, junto a esta, havia uma senzala e um refeitório para os escravos
(um espaço sem cobertura).
___Conta ainda, que o
seu avô Manoel Basílio da Cunha, costumava ir até a fazenda do
coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza, buscar Anacleto,
negro forte e saudável, para que as escravas tivessem filhos igualmente
saudáveis e fortes.
___Na propriedade
produzia-se arroz, mandioca, milho, criação de gado e uma charqueada onde se
produzia o charque (processo de salgamento da carne bovina).
Na década de
1990, Mário Cunha precisou construir um poço e o fez no local da Salgueira (espaço na charqueada onde
salgava-se a carne).
___No local, mesmo
passados anos e cavando muitos metros, a água ainda se encontrava salobra.
Biografias
Rafael Pinto Bandeira
Grande Herói
___Era filho de Francisco Pinto Bandeira (*1701,
Laguna-SC; †15.6.1771, Rio Pardo-RS), capitão de dragões, e de Clara Maria de Oliveira (*1720, Colônia
Sacramento; †1º.01.1781, Porto Alegre-RS), casados em Rio Grande-RS em 1738,
nasceu na hoje cidade de Rio Grande-RS, em 16 de dezembro de 1740 provavelmente; mas seguramente foi
batizado a 17 deste mês, "nesta Matriz de Jesus Maria
José da fortaleza do porto" (Rio Grande-RS), segundo reza o Livro
nº 1 de assentamentos de batismos, à folha 15-verso.
___A formação de Rafael efetuou-se na época em que o Rio
Grande do Sul lutava para se constituir como parte da comunidade lusitana. Era
um período agitado e, mesmo nos intervalos das guerras regulares, não havia
paz: - a luta continuava nas fronteiras ainda não determinadas, sustentadas por
pioneiros provenientes de Laguna, Curitiba e São Paulo.
___Quando, em
decorrência de medidas tomadas visando à execução do Tratado de Madri, foi descoberto um passo na confluência do Rio
Pardo com o Rio Jacuí e levantado o Forte
Jesus-Maria-José, recebeu o Tenente Francisco
Pinto Bandeira a incumbência de guarnecê-lo, participando com seus homens
da construção. Acompanhava-o Rafael que,
ainda guri, participou, ao lado de seu pai, da primeira escaramuça havida
contra os “Índios” dos Sete Povos.
Em 31 de julho de
1754, antes portanto de
completar 14 anos, assentou praça em
Santo Amaro, na companhia do Cap. Pedro
Pereira Chaves, sendo promovido ao posto de cabo em 11 de novembro de 1760.
___Sua destacada
atuação militar torna-se nítida a partir
de 1763, quando os espanhóis
conquistam o Chuí, a Villa de Rio Grande e outros pontos estratégicos do
chamado "Continente de
São Pedro". O centro de resistência lusitana localizou-se na 'Tranqueira' de Rio Pardo.
___Os meios para
enfrentar os espanhóis, na luta de reconquista, eram poucos. Foi necessário
contar com o auxílio indispensável dos conhecedores do terreno rio-grandense,
tirando-se disto o máximo proveito. A solução foi adotar a guerra de
guerrilhas, ordenada pelo governo do Rio de Janeiro em 6 de julho de 1763:
"A guerra
contra o invasor será feita com pequenas patrulhas atuando dispersas,
localizadas em matas e nos passos dos rios e arroios. Destes locais sairão ao
encontro dos invasores para surpreendê-los, causar-lhes baixas, arrruinar-lhes
cavalhadas, gados e suprimentos e, ainda, trazer-lhes em contínua e persistente
inquietação."
___Dotado de
prodigiosa acuidade visual, Rafael Pinto
Bandeira era o típico vaqueano, guardando na memória os rios, as serras, as
cruzadas de todo o Continente de São
Pedro. ___Surgiu daí a lenda, originada da supersticiosa adoração que seus
soldados lhe devotavam, de que Rafael,
mesmo a qualquer hora da noite mais tenebrosa, podia orientar-se unicamente provando
o sabor dos pastos e ervas. E o Marquês
de Lavradio, em carta ao vice-rei Vasconcelos,
enfatizava: "A cabeça de Rafael é o verdadeiro mapa do Rio Grande".
Em 2 de janeiro de
1765, atendendo aos seus
méritos, o vice-rei o promoveu ao posto de tenente para servir na Companhia de Dragões comandada por seu
pai, já capitão.
___Participou
ativamente da luta de reconquista de Rio Grande e seus grandes feitos foram a
tomada do Forte São Martinho (posto
avançado dos Sete Povos das Missões, considerado inexpugnável por causa do terreno
escarpado) e o sítio ao Forte de Santa
Tecla (próximo à atual cidade de Bagé-RS), onde, após 26 dias de cerco, a guarnição espanhola capitulou, sob condições,
retirando-se para Montevidéu. As muralhas de Santa Tecla foram totalmente arrasadas.
___Por essa época,
Porto Alegre firmou-se como sede da governança militar de São Pedro do Rio
Grande.
___A notícia da
tomada de Santa Tecla chegou a
Lisboa com vibrante júbilo, resultando na promoção de Rafael ao posto de coronel (comandante da Legião de Tropas
Ligeiras) e na concessão do hábito da “Ordem de Cristo”.
___A paz entre Portugal
e Espanha se fez com o Tratado de Santo
Ildefonso de 1º
de outubro de 1777.
___Ao Tratado
seguiu-se a demarcação de limites, em operação conjunta dos dois países. O
governador militar, brigadeiro Veiga
Cabral, foi indicado como 1º
Comissário de Portugal e em função disso teve de ausentar-se de Porto
Alegre. Em seu lugar, a governança foi assumida interinamente por Rafael Pinto Bandeira, em 25 de janeiro de 1784, tendo sido ele o primeiro
rio-grandense a ascender a tão alto cargo.
No ano de 1788, é convidado pela rainha D. Maria I a visitar a “Corte de Lisboa”. Lá se demora até o ano seguinte,
sendo distinguido com honrarias jamais prestadas a outro brasileiro. ___Além de
receber atenções especiais da rainha, registra-se o fato de uma alta dama da
corte ter esculpido sua efígie numa miniatura de marfim.
Em fevereiro de
1790, regressou ao Brasil,
ostentando os galões de General-Brigadeiro
do exército português. Foi o primeiro brasileiro a alcançar tão alta graduação
militar.
___Tornou a ocupar
interinamente a governança militar do Rio Grande do Sul em 29 de abril de 1790.
___Pela aquisição de
bens por meio de butins (operações de guerra), Rafael Pinto Bandeira conseguiu considerável fortuna, e sua
estância era considerada a de mais avultado patrimônio no Continente de São Pedro. Inclusive, ele se dava ao luxo de ter uma
pequena orquestra em sua estância, para animar as horas de refeição. Procurou
recompensar seus legionários, e muitos deles tornaram-se prósperos
estancieiros.
___Todavia, a vida
sedentária imposta pelo cargo de governador militar fez com que engordasse
muito, adquirindo tal peso a ponto de não poder montar a cavalo senão com o
auxílio de alguém.
___Sua morte teria
sido provocada por um acidente ao montar.
Família Baptista
A Casa dos Batistas – Os Donos da
Terra
Em 1814, João Batista Soares da Silveira e Souza, nascido na Freguesia de Nossa Senhora do Rosário da Villa de Velas, na Ilha de São Jorge, Arquipélago dos Açores.
___ João Batista naquele momento residente
na Aldeia Nossa Senhora dos Anjos (Gravatahy),
reivindicou uma sesmaria em Sapucaia,
porém, recebeu uma sesmaria entre o Rio
Gravatahy, a Estrada de Sapucaia,
as “terras” dos Pachecos e o Arroio
Brigadeiro, as quais compõem hoje aproximadamente o território e os limites
do Município de Cachoeirinha.
A partir de 1825, João Batista Soares da Silveira e Souza ocupou o ofício de Aprovador de Testamento da Aldeia Nossa Senhora dos Anjos.
Em 1829, elegeu-se como suplente de Juiz de Paz de Gravatahy, porém.
Em 1833, com a morte do titular, assumiu efetivamente
o cargo.
Em 1837, elegeu-se Juiz de Paz.
Em 1853, tomou posse como “vereador” em Porto Alegre, durante seu mandato
teve diversas propostas rejeitadas, entrando em atrito com a Câmara Municipal quando tentou
apropriar-se de Campos da Várzea do Rio Gravatahy.
A partir de 1844, o já Comendador Batista destaca-se como empreiteiro em diversas obras
públicas, como o aterro da Praça do
Paraizo, a construção da Ponte de
Pedra (Ponte dos Açores de Porto Alegre) do Rio Jacaraey (Riacho), do prédio da Bailante, do Theatro São
Pedro, da Casa de Correção e de
outras obras particulares importantes como o edifício Malakoff, que foi o “primeiro prédio de quatro andares” de Porto Alegre.
Por volta de 1845, a principal obra construída na Aldeia Nossa Senhora dos Anjos foi a Ponte de Pedra em “estilo açoriano” com três vãos sobre o Rio Gravatahy, ligando sua propriedade
e toda região a Porto Alegre.
Em 1917, a Ponte
de Pedra foi dinamitada pela Companhia
de Navegação Fluvial e Lacustre, melhorando a navegação no Rio Gravatahy.
___A pedra que
formava uma pequena cachoeira a 'Cachoeirinha'
na época de seca, originou o nome do Povoado, também foi dinamitada.
Em 1925, oito anos depois foi inaugurada a Ponte de Ferro.
___O Comendador João Batista Soares da Silveira e Souza foi casado com Dona Maria Baptista Felícia da Silveira e
Souza, depois com Dona Joaquina de
Jesus.
Em 16 de março de
1870, o Comendador João Batista Soares da Silveira
e Souza faleceu sem deixar filhos, legítimos ou ilegítimos, por isso deixou
sua “Fazenda” no Vale
do Gravatahy para usufruto dos seus dois sobrinhos:
·
2/5 das terras para o Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza, e
·
3/5 das terras para José Baptista da Silveira e Souza, conforme testamento na página
seguinte - “A herança do colonizador”.
Em 1923, o Coronel
João Baptista Soares da Silveira e Souza faleceu, porém a execução de seu
testamento dependia do trabalho de medição de suas terras, o que ocorreu
somente entre janeiro
de 1929 e abril de 1934, sendo este trabalho coordenado pelo Major Engenheiro Tito Marques Fernandes.
___A partilha da Fazenda dos Batista, bem como outras
terra contíguas que foram adquiridas pelo Coronel
João Baptista Soares da Silveira e Souza entre 1872 e 1913, teve seus quinhões definitivamente distribuídos
entre Lydio Baptista, Carlos Wilckens, João Brochado Smith, Francisco
Martins e Melania Vieira Soares.
___A formação da Villa de Cachoeirinha, e depois a
cidade, ocorreu devido ao processo de fragmentação da Fazenda do Coronel João Batista.
Comendador
João Batista Soares
da Silveira e Souza
A Herança do Colonizador
Testamento
“Em nome da Santíssima Trindade Eu João Batista Soares da Silveira e
Souza na cidade de Porto Alegre morador no primeiro distrito da Freguesia de
Nossa Sra dos Anjos, ordeno o meu testamento pela na missa seguinte. Sou
natural da Freguesia de Nossa Senhora do Rosário termo da Villa das Vellas da
Ilha de São Jorge, filho legitimo de Manoel Silva Soares e de Catharina de
Jesus. Fui casado em primeiras núpcias com Dona Maria Baptista Felícia da
Silveira e Souza, e em segunda com D. Anna Joaquina de Jesus, não tenho filho
legitimo, nem ilegítimos e todos os meus ascendentes são hoje falecidos, e por
iss posso livremente dispor de meus bens. Por morte de minhas consortes de quem
fui herdeiro e testamenteiro; i e das [...] somente da terça, casa [...] os
testamentos de q dei contas em juízo, assim como das tutorias q tive a meu
cargo o q a mínima omissão e toda reclamação q a este respeito aparecer é fala.
O meu enterro será feito sem ostentação. No dia do meu falecimento se for
possível e em todos os outros se celebrarão Missas por minha alma as que de
poder em dizer até o septimo dia. Celebrar-se hão mais quatrocentos missas a
saber”
“Cem pelas almas de meus pais e de meus dois tios O Sr Matheus da Silva
e Souza e Frei João Baptista, cem pelas almas de minhas mulheres, cem pelas
almas de meus escravos, e cem por minha alma, todas de esmola de costume.
Entregarei a nossos afilhados João e Maria os três escravos que lhes damos,
substituídos por outros é muito sabido.
Deixo libertos os meus escravos
Severino crioulo com direito aos meus bens que possue com minha licença, e uso
fruto do sitio e campo entre a estrada geral antiga que segue do Barnabé para a
Brigadeiro e pela entrada da cidade do Boqueirão até a encruzilhada que segue
em duas estradas, uma para o Bernabé, outra para Itacolomi e Sapucaia, e pela
estrada que segue para Sapucaia devidindo-me do campo que foi do contrato, em
quanto lhe viver. Deixo libertos os escravos João e sua mulher Isabel e dez mil
réis mensais por toda a sua vida. Deixo os crioulos Constantino, e Delfina para
servirem a meus herdeiros quinze anos servindo bem, e servindo mal, o dobro do
tempo. Deixo minha escrava parda de nome Rosa o uso fruto das minhas casas
citas na rua do Senhor dos Passos e beco do Rosário com obrigação de suprir em
tudo repartidamente a sua mãe, a minha escrava Joaquina, e o meu escravo”
“Severino, e por morte dos três
nomeados ficará as ditas casas pertencendo aos filhos, que ela tiver e se
falecer sem filhos depois da morte da dita parda Rosa que agora deixo liberta,
de sua dita mãe a escrava Joaquina que deixo liberta e do escravo Severino
acima liberto passarão as ditas casas para meus herdeiros.
Deixo liberta a parda Leopoldina. Deixo para servirem meus herdeiros até
completarem vinte e cinco anos, mais dês anos, servindo mal, as duas pardas
Rafaela e Cíntia, Justiniana crioula, Virgilina, Inocencio, Clara e João
pardos, e José crioulos. As crias dessas escravas servirão somente vinte e
cinco anos para receberem educação e pagarem a criação. O pardo Felisbino, e o
crioulo Manoel Maria servirão meus herdeiros vinte anos, e servindo mal
servirão trinta anos. O pardo Bernardo filho da escrava Joaquina servirá tão
bem aos meus herdeiros como os acima vinte e cinco, ou trinta e cinco anos. A
crioula Anna fica liberta. Deixo a cada hum de meus afilhados de batismo cem
mil. Deixo a minha afilhada Inocencia filha de meu compadre Jose Silveira
Soares de Bitencurt” o uso fruto do sitio em q por sua mora seus Paes e por sua
morte a seus filhos, e não os tendo a sua irmã Maria, e na falta desta a seus
irmãos. Deixo a minha sobrinha Maria filha de meu compadre José Silveira Soares
de Sou digo de Bitencourt a quantia de hum conto de reis. O sitio de que acima
falei a afª Inocencia e o que esta dentro dos antigos valos da estrada que
seguia pa Fregª. Nsª dos Anjos, para o lado do sul, e por outros valos antigos
que servirão de devisa entre mim José Francisco Pacheco Deixo a meu primo
Inocencio José de Souza o rendimento de três contos de reis em Apolices da
divida publica e por sua morte a seu filho Claro José de Souza as mesmas
Apolices no sobredito valor. Devido aos três filhos de meu falecido primo
Thimoteo da Silva e Souza de nomes Manoel Thimoteo, D. Mª Franca, e D. Dorothea
a cada hum uma a Apólice da Divida Publica de hum conto de réis. Deixo a meu
sobrinho Manoel quatro escravos dos que possuo, por ele escolhidos. Instituo
por meus testamenteiros em primeiro lugar o meu sobrinho”
“sobrinho José Batista Soares da
Silva e Souza, em segundo a meu sobrinho João Batista Soares da Silveira e
Souza Sobrinho, e em terceiro Snr José Inocencio Pereira e lhes peço que. por
serviço de os e amizade para comigo aceitem e cumprão este meu testamento e
aquele q. aceitar alem de sua vintena deixo hum conto de reis. Deixo a quatro
orfãos pobres da Freguesia de N. Sasª dos Anjos quinhentos mil para ajuda de
dote p/ o [...] casamento e a quatro orfãos pobres da cidade de Porto Alegre
quinhentos mil na ocasião do casamento, quatrocentos mil aos pobres da cidade
de Porto Alegre e quatrocentos mil reis aos pobres da Freguesia de N. Sª dos
Anjos todas essas esmolas serão dadas á eleição de meu testamenteiro e a
escrita do o juramento de dele no ato da conta do testamento, será mª exigência
ou documento. Deixo a pessoa, enfermeiro, que maio bem me servir na ultima
enfermidade, seja livre ou escravo hum conto de reis. Dos bens de que acima não
dispus se para hum calculo de divisão em cinco partes três das quais somente o
uso fruto deixo a meu “primeiro testamenteiro e sobrinho José Batista Soares da
Silveira e Souza, e as outras duas partes o uso fruto a meu sobrinho segundo
testamenteiro João Batista Soares da Silva e Souza sobrinho, pois a ambos
instituo na dita proporção meus
universais herdeiros com condição de somente gozarem do uso fruto, e por morte
deles ficarão a seus filhos porem se falecerem sem filhos os ditos bens passarão aos outros netos de
meu Irmão Manoel Silveira Soares, e na falta da descendência de meu Irmão
passarão aos descendentes de minha meia Irmã em conformidade de q dispõem as
Leis. Dou aos meus testamenteiros o tempo de sete anos para cumprirem este meu
testamento, e nenhum dos meus legatários, os poderão obrigar a entrega de coisa
alguma antes tem prazo: ficando a consciência deles o faze-lo antes se lhes for
possível. Se entre aos q se julgarem com direito a minha herança houver algum
q. por má índole, ou perversidade sobre coisas que não devesse obrar seja por.
isso privado da herança ou legado a que aliás “teria direito. É minha vontade
que meus bens se aumentem e continuem a existir pra família de meu Irmão Manoel
Silveira Soares por isso recomendo a todos os meus herdeiros que vivão honrada
e virtuozamente fieis a Religião de nossos Pais para que os bons costumes se
perpetuem em nossa Família. Este é o meu testamento que quero tenha todo o
vigor e completa execussão tendo da melhor forma que em Direito valer possa, e
se poder o escreverei em duplicado, ou triplicado para evitar o transtorno que
de sua perda poderá não gerir-se, o que em nada influirá para sua validade, e
basta ser por mim escrito para que por falta de formulas que podem mudar-se sem
minha culpa ele deixe de ser valido, e rogo as Justiças a cujo Autoridade fique
atento o fação valer como se não tivesse falta nascida da minha ignorância, do
esquecimento ou do pouco tempo de que nesta ocasião posso dispor. Distrito da
Freguesia de Nossa Senhora dos Anjos 18 de Janeiro de 1870.”
Cachoeirisses
Famílias
A
Família Adamatti
B
Família Baptista
Família Bins
Família Brambilla
C
Família Câmara
Família Cidade
Família Cunha
F
Família Freitas
M
Família Medeiros
Família Muller
N
Família Nunes
P
Família Pacheco
Família Prior
R
Família Ritter
S
Família Sbardeloto
Família da Silveira
T
Família Teixeira
W
Família Wilkens
Saudade
Patrimônio Afetivo
___Do
patrimônio cultural e artístico de Cachoeirinha,
alguns já se foram ou se perderam, mas persistem na lembrança, outros resistem
ao tempos e novos aparecem ou são criados.
___Sendo os principais:
Pontes de
Ferro
___A primeira construída em
1925, em vigas de ferro (tipo ferroviária), seguindo o
padrão da época, em mão única, pelo governo do Estado para a ligação de Porto
Alegre/Gravataí, e o resto do país.
___A segunda ponte de ferro provisória construída
pelo Exército na década de 1970,
após enchente.
Demolida
___Demolida na década de 1990,
para a construção das novas pontes em concreto, a estrutura da ponte foi jogada
desmontada no Parque de Eventos na Estrada do Ritter e depois terminaria
vendida como sucata sem nenhuma explicação do poder público até os dias de
hoje.
___A ponte de ferro mesmo depois de consumida pela ignorância do Executivo e Legislativo Municipal se tornou o maior símbolo do município, que
perdeu sua “cachoeirinha” em
1928, e sua ponte de ferro na década
de 1990.
As 2 Pontes de
Ferro
Ícone de Cachoeirinha – década 1980
Sobrou das Pontes
___Das Pontes de Ferro sobraram somente os alicerces, ao menos.
Alicerces das Pontes
Matriz São
Vicente de Paulo
___Igreja católica, obra iniciada as obras em 1958, é um símbolo da cidade, construída sobre o alto de uma colina, atual Rua João XXIII, era a maior construção
que se destacava no horizonte.
___A obra imponente fico prensada entre prédios mau projetados, e construções
irregulares que ofuscaram a bela e importância do prédio, o que deveria ser
revisto, para uma cidade carente de monumentos.
___Saudade de quando a
Matriz estava sozinha e imponente no espaço, não prensado entre construções sem
avaliação de impacto.
Maior Construção
___Durante mais de 30 anos
foi a maior construção da cidade, era a primeira imagem a se ver vindo de Porto
Alegre pela Avenida Assis Brasil,
antes da construção dos arranha-céus da cidade, e mesmo de costas para quem
vinha da Fátima, e principalmente
circulando pela Freeway.
Matriz iluminada para o Natal
Cúpula do altar
Caixa
d’Água da Corsan
___A caixa d`água da Corsan, da década de 1960/1970, ao lado do Colégio Rodrigues Alves, é um ícone junto com a Matriz,
neste período até os anos 2000, principalmente para
quem vinha de Porto Alegre, lá na Avenida Assis Brasil já se avistava a caixa
dágua verde e branca, com o letreiro e a torre da Matriz, como referência,
antes de chegar na ponte de ferro.
Bloco
Filhos da Lua
___Cachoeirinha
teve bloco carnavalesco os Filhos da Lua
este agitou a cidade de 1958 até 1969.
Grupo reunido em frente a antiga Foto
Adamatti
Prainha
___Cachoeirinha
assim como Gravataí tiveram a
sua “prainha”, em Cachoeirinha ficava no final da Rua Luis Cardoso, depois do campo do Canto do Rio, bem de frente à Fábrica
de Linguiça do Foguinho.
___Durante a semana era frequentada pelas crianças
e nos fins de semana quente pelas famílias.
Prainha – anos 1960
___Atualmente
no lugar da Prainha temos o “Dique”
e logo em seguida a ponte da Freeway.
Deslocamento
para o Litoral
___Para se deslocar na até 1973,
para o litoral Norte, principalmente para as praias de Tramandai, Santa Terezinha,
Mariluz, Capão da Canoa ou Torres,
na época que ainda não existia a Freeway,
todo o transito era pela Estrada
(avenida) Flores da Cunha.
Engarrafamento
___Os engarrafamentos por ser pista simples eram
quilométricos, e o povo de Cachoeirinha
ia até a faixa para ver o movimento intenso, principalmente no retorno aos
domingos.
___Os ônibus e carros iam e vinham pela "Faixa Preta",
as pessoas aguardavam com suas malas o “ônibus pinga-pinga” da
Unesul, bem cedinho, que se dirigia
as praias, o ponto de embarque era principalmente na parada 51 no Posto Schell.
___ERA MUITO BOM!
Prédio
Sbardeloto
___Considerados os mais ricos de Cachoeirinha, tinham vários imóveis na
cidade, este prédio da parada 50, no
Centro antigo, na Esquina da RS-30
(Avenida Flores da Cunha) com a Rua
Brochado da Rocha, onde ficava a farmácia, a Casa Soares e outros comércios.
Loja Linck
___Conhecida loja de bazar, papelaria e armarinho,
na parada 51, esquina Avenida Flores da Cunha com Rua Gravataí, atendimento pelos donos e
família.
Centro
Antigo – Sede de Cachoeirinha
___O primeiro “Centro de Cachoeirinha” era localizado na parada 51.
___Com a instalação
do Loteamento Vila Eunice o Centro Comercial
se transferiu para a parada 49,
Cachoeirinha não possui um Centro Cívico,
pois as instituições (Executivo, Legislativo, Judiciário, Matriz) estão
espalhadas por falta de planejamento urbanístico.
Rei do
Mocotó
___O restaurante
localizado na parada 53 na Avenida Flores da Cunha, era famoso por seu mocotó
que nos fins de semana faziam fila para compra o prato ou aguardar lugar no
pequeno espaço.
Nota:
- Por muito tempo o mocotó era feito em um tonel de lata, e era muito
gostoso.
Hotéis
Desde a década de 1960, Cachoeirinha
já tinha “Hotel de Viajantes”,
pelo motivo da Rodovia RS-030
(Avenida Flores da Cunha), em direção ao Norte do país, sempre foram 2 hotéis:
Hotel
Prior
Localizado na Avenida
Flores da Cunha, Parada 48, entrada
pela esquina na Rua sobre a Ferragem Prior.
Hotel Prior
Demolição do Prior
Hotel
dos Viajantes
Localizado na Avenida
Flores da Cunha, Parada 50, entrada
pela esquina na Rua Guaraní, sobre o
Açougue e o Salão de Barbeiro do Zé.
Postos de Gasolina
___Cachoeirinha
tinha primeiramente 2 postos de
gasolina, e atendiam a Rodovia RS-030 (Avenida Flores da Cunha):
Posto
Schell
___Este posto de gasolina, da parada 50, um ícone do tempo e “Rodoviária”
de Cachoeirinha
(parada da Unesul). Desde à época que se abastecia com “gasolina
azul”, primeiro auto posto de todo o Vale do Gravataí.
Aldo Souza
Posto
Texaco
___Este era o segundo posto de combustível de Cachoeirinha na parada 47 na Avenida Flores da Cunha, um posto bem menor.
Nota:
- Existia outro Posto Texaco no mesmo formato e estrutura na curva da Avenida Assis Brasil na entrada da Santo Agostinho em Porto Alegre (onde
hoje está a FIERGS), era o último posto em direção a Cachoeirinha, pois após o posto começava a granja de arroz.
Paradas
___A forma de se localizar no município de Cachoeirinha é pela "Parada" ponto ou abrigo de embarque e desembarque
do transporte coletivo, cada parada tem sua
singularidade e importância.
Junto ao Posto Schell com a Matriz ao fundo – década 1960
O famoso ônibus com nariz em carroceria de caminhão Chevrolet
Dia de Corrida – 1966
Frente à Rua Brochado da Rocha ao lado da Rua Imbuí, Posto Schell e
antigo Cartório
Parada 49
___A parada 49 sempre foi o segundo Centro
de Cachoeirinha, o que não se
encontrava na parada 51, buscava-se
na parada 49.
Avenida Flores da Cunha junto a Vila
Eunice – anos 2000
Vista aérea Av. Flores da Cunha – anos
2010
Parada 59
___A parada 59 é a divisa com o município de
Gravataí, sendo que a igreja de N. Sra. de Fátima, fica em Gravataí, um dos bairros mais antigos
de Cachoeirinha.
Rua ... , divisa municipal de Cachoeirinha e Gravataí
Igreja N. Sra. de Fátima
https://www.diariocachoeirinha.com.br/_conteudo/2014/02/noticias/regiao/13662-vivendo-no-limite-da-parada-59.html
Ponto de
Táxi
___Em Cachoeirinha até os anos 1980, existiam 4
Pontos fixo de Táxis:
·
Na Esquina da Rua, na Parada 49
·
Na Esquina da Rua Brochado da Rocha, na Parada 51
·
Na Esquina da Rua João XXIII, na Parada 52
·
Na Esquina da Rua, defronte à Igreja de Fátima, na
Parada 59.
___Depois:
·
Na Esquina da Estrada Mal. Randon, Parada 48ª
·
Na Esquina da Avenida, na Parada 48A – Vila Eunice
Vale Transporte
___Primeiro eram
bloquinhos em papel, depois fichas plásticas e finalmente ficha furadas para
facilitar o transporte amarradas.
Nota:
- Este que vos narra em 1981, foi a Brasília pela
UMESPA e DCE da UFRGS defender o “Vale Transporte”, em plena Ditadura, fizemos a via sacra em todos os gabinetes do
Congresso, por surpresa o então senador José
Sarney nos recebeu e acabou em 1986 presidente e
promulgou o Vale Transporte, me considerou pouquinho “Pai” do projeto.
Dr. Jaime
___O Dr. Jaime foi o primeiro médico de Cachoeirinha, atendia a todos sem
restrições, tinha o seu primeiro consultório/ambulatório, na RS-030 quase esquina Rua Tapajós ao lado da Farmácia América em que era sócio com Sr. Oscar, aos lados do prédio só tinha
chácaras.
Farmácia
América e Consultório Dr. Jaime
___Depois se
transferiu para a Rua Tapajós em uma
casa de alvenaria.
___Com a construção
do prédio na esquina da Avenida Flores
da Cunha com a Rua Tapajós abriu
o consultório no primeiro andar de frente para a “Tapajós”.
O
prédio do Restaurante Colombo era a Farmácia América e o prédio ao lado o
terceiro consultório do Dr. Jaime
___Conforme Sr. Renato Domingos:
“Bah
que show trabalhei lá com 12 anos fiquei 2 anos agendava ficha para o Dr. Jaime
kahan donos farmácia Sr. Oscar e dona Dorcina chamavam de dona bichinha
saudades.”
Nota:
-
Dr. Jaime tinha a “Clínica para Senhoras” no 3º andar do Edifício Bi-jóia na Volta do Guerino em Porto Alegre.
-
Este que vos narra, que morava na Rua Guaraní, 155, foi muitas vezes atendido
pelo Dr. Jaime, e tem o nome em sua homenagem.
Stúdio 59
___Muitos tiveram o
seu momento no Stúdio 59 que ficava
na parada 46, todos as sextas,
sábados e na domingueira.
___Na década de 1970 e 1980, o conjunto Impacto, um dos maiores a época no estado, tocava todo o mês na
cidade em um dos salões de Cachoeirinha.
Muita gente dançou a este som.
+Saudade
·
Segunda Ponte de Ferro, construída pelo Exército
·
Salão da Fátima de Valmor
Bettiato o “Casquinha”
·
CADOP – Colégio Agrícola Daniel de Oliveira Paiva
·
Granja Esperança
·
Tambo de Leite, leite entregue em casa
·
O barulho dos “Tabuões” de madeira das pontes de ferro
·
Sinaleira a primeira de Cachoeirinha na ponte de ferro
·
IRGA
·
Desfile de 7 de Setembro na Avenida Flores da Cunha
·
Casa Soares – calçados, parada 51
·
Cine Danúbio Azul, parada 52
·
Bar Paquera, parada 49
·
Seu Lindolfo, parada 46
·
Relojoaria Pacheco, parada 50
·
Bar dos Motoristas, parada 51
·
Atacado Reinaldo Sbardeloto, parada 51
·
Prédio do Cartório, parada 51
·
Hotel Prior, parada 49
·
Prédio da Loja Link, parada 51
·
Prédio do Armarinho das Alemoas, parada 53
·
Prédio da Relojoaria Estrela, parada 52
·
Prédio da Soberana dos Móveis – A Soberana dos Móveis tem o crediário
mais amigável da cidade, parada 50
·
Prédio da Loja Ibraco, gerente Sr.
Martins, pai de Cristina Vila,
parada 51 (esquina
·
Lojas Manlec, parada 50 (em frente à Rua Guarani)
·
Prédio da Loja Conforto do Lar, parada 51 (em frente a Soberana)
·
Lojas Freitas, parada 51
·
Prédio Atacado Sbardeloto, parada 51
·
Prédio da Farmácia do Povo, parada 52 (esquina
·
Grupo Escolar Governador Roberto Silveira, de dia, Colégio Mauá a noite
tinha MOBRAL, Rua
·
Igreja Pentecostal Betel, Rua da Quitandinha
·
Igreja Assembléia de Deus, Rua Guaraní
·
Armador/Funerária, Sr. Arlindo,
Rua Guarani, depois igreja evangélica
·
Colégio Rodrigues Alves
·
Colégio Polivalente Presidente Kennedy – ESPOCA
·
Casa do Velho Noca, Seu Noca, pai D. Eunice, fora diretora Escola Gov. Roberto
Silveira, homenagem em nome da filha – Vila Eunice, parada 49
·
Prédio do Unibanco, parada 50
·
Prefeitura Velha, parada 53
·
Fruteira do Japonês, parada 50
·
Madeireira Prior, parada 49
·
Madeireira Cachoeirense, parada 50
·
Salão de Beleza da Iris, Rua Imbuí
·
Salão de Beleza da Lu, parada 50
·
Sapataria Freitas, Rua Guarani
·
Armazém Oliveira, Rua Imbui
·
Tipografia Caiçara, parada 49
·
Sociedade Esportiva Cachoeirinha – SEC, parada 52
·
Professor Santana, de matemática – ESPOCA
·
O Pó (poeira) de Cachoeirinha
·
Clube Regina
·
Igreja da Boa Viagem, parada 46
·
Posto Shell, parada 51
·
Rei do Mocotó, parada 53
·
Padaria Bazotti, parada 48
·
Loja Zélia, loja de sapatos, parada 50
·
Kisorp, fábrica de sorvetes, Rua Guarani
·
Botos no Rio Gravataí
·
Supermercado Real, parada 51 (prédio atacado Sbardeloto)
·
Veranópolis – O VERA, Interior I
·
Furtar frutas nos pomares do Ritter
Curiosidades
___Na cidade de General Câmara existe um igreja com
projeto parecido com o modelo da Matriz da Cachoeirinha.
Patrimônio
Histórico/Cultural
___Cachoeirinha
tem uma identidade cultural expressa na sua história e no seu patrimônio
histórico, artístico e arquitetônico (Casa do Leite, Irga - Instituto Rio-Grandense
do Arroz) junto a produção artístico-musical.
Estância da Cachoeira
___No então primeiro
distrito da Aldeia dos Anjos, João Baptista ergueu a sua estância, a Casa dos Baptista, dentro da área
conhecida como Mato do Júlio.
___A Casa dos
Baptista é o patrimônio histórico mais importante do município.
___No século XXI, no coração de Cachoeirinha (RS) há uma área de 256 hectares cujo destino ainda gera curiosidade entre os moradores
da cidade da região metropolitana de Porto Alegre.
Mato do Júlio
___Popularmente
conhecida como Mato do Júlio, a propriedade encerra uma casa
com mais de 200 anos com parte
significativa na história do estado e uma vasta vegetação, possivelmente
nativa, ainda intocada.
Casa da Família Baptista Soares da Silveira e Souza é de arquitetura colonial.
Foto: Divulgação/ PMC
Tombamento
___O processo de
tombamento do imóvel e de uma área de 10
hectares (4% da área total do Mato do Júlio) ao seu redor está em
andamento na justiça.
Pesquisa in Loco
___Enquanto isso, o
que os pesquisadores descobrem no casarão hoje encravado no Centro urbano da
cidade é fascinante.
— Já foram mais de
sete mil documentos recolhidos dentro da casa e do porão. O material ainda não
foi analisado por completo e catalogado, mas já sabemos que há ali, por
exemplo, livros contábeis da movimentação da estância e de praticamente todas
as atividades dos Baptista no século XIX.
___Dados como o
controle do número de escravos, pagamentos por obras, negociações de terras. A
cidade está diante da origem de Cachoeirinha
documentada, e que precisa ser preservada e catalogada.
Granja Progresso
___Da residência do
major Alberto Bins na Granja
Progresso, atualmente (2012) restam as ruínas da fachada, considerada
importante monumento da história de Cachoeirinha
e do Estado do Rio Grande do Sul.
___Construída às
margens do Rio Gravataí, no final do
século XIX, a casa de campo do intendente
(prefeito) de Porto Alegre, que hospedou figuras ilustres nos anos 1920 e 1930, como:
·
Presidente da República Washington Luiz,
·
Governador Borges de Medeiros,
·
Vice-almirante Auguste Hermann Rademaker Grunewald,
·
Ministro do Trabalho Lindolfo Collor.
Granja Progresso
Alberto Bins
___Alberto Bins se deslocava todas as
sextas-feiras após o expediente semanal no comando de Porto Alegre para a Granja Progresso, onde, nos finais de
semana, um grande número de políticos, militares e empresários eram recebidos
com banquetes.
___A beleza e o
refinamento da residência surpreendiam todos que por ali passavam.
___A casa possuía
diversas dependências:
·
Na parte superior tinha três quartos e uma sala de estar.
·
No térreo existia uma grande sala de jantar cuidada nos mínimos
detalhes.
___As ruínas
dimensionam a imponência da casa. As paredes, de tijolos maciços, medem meio
metro de espessura e nos marcos das portas e janelas é possível verificar a
existência de vigas de aço.
Ruinas
Granja Esperança
___A Granja Esperança propriedade dos Ritter,
onde se localiza os pomares a indústria e o “Castelinho”, residência dos Ritter.
Castelinho
Casa Wilkens
___Casa de Cultura de
Cachoeirinha.
Prédio histórico junto as pontes do Rio Gravataí
Nota:
- Este cronista que
vos narra, teve o privilégio de brincar com o filho do proprietário Sr. Carlos Wilkens que residiam no primeiro andar, na
infância no final da década de 1960, ele tinha carrinhos branco de louça
ágatha, era um jipe.
C.T.G. Rancho da Saudade
___A mais popular das
tradições do “povo gaúcho” tem em Cachoeirinha um
confortável e bonito Centro de Tradições.
___É o CTG
Rancho da Saudade, situado junto a um parque de rodeios, onde são
realizados eventos que reúnem artistas, ginetes e milhares de pessoas.
Ronda Crioula
___A Ronda
Crioula, realizada anualmente no município, recebeu o reconhecimento do Governo do Estado do Rio Grande do Sul,
sendo incluída no calendário oficial.
Rodeio de Cachoeirinha
___Os rodeios
realizados em Cachoeirinha atraem
pessoas de várias cidades do Brasil e do Mundo.
Eventos
___Cachoeirinha possui um calendário anual
de atividades e eventos de todas as áreas.
Apresentação da OSPA na Igreja Matriz – 2011
Show Verão Cultural – 2011
Decoração Natalina
Corte do Carnaval de Cachoeirinha (Rei Momo, Rainha e Princesas)
Esporte
Turismo
___Principais Pontos
Turísticos de Cachoeirinha:
Ruínas – Casa major Alberto Bins
___Localizada na
Avenida Bonifácio Carvalho Bernardes, 1494, junto ao IRGA.
Granja Progresso
Fachada lateral
Escadaria da Entrada
Parque Ambiental
Doutor Tancredo Neves
___Localizado na
Avenida Capitão Garibaldi Pinto dos Santos, 2265, Bairro Granja
Esperança.
F: 51 3470-7118 R247
___O parque possui
uma área de 17,51ha e variadas
espécies da flora e fauna regionais. Parte da área está destinada ao Centro de Educação Ambiental, que atua
na pesquisa de produção de mudas e espécies.
___Projetos com a
comunidade em geral, que estimulem a “preservação e conservação ambiental”:
Ginástica no Parque
___Utiliza um
maravilhoso espaço com ar puro para prática de atividades físicas, integrando a
comunidade com o ambiente natural.
Oficina do Verde
___Os alunos
participam da produção de mudas de árvores nativas, jogos e técnicas para
despertar através de atividades práticas a responsabilidade de cuidar do
ambiente.
Oficinas de Xadrez
___São realizadas nas
áreas de lazer do Parque, tendo como objetivo o melhoramento da concentração e
do raciocínio das pessoas.
Curso de Jardinagem e
Paisagismo em Harmonia com a Natureza
___Aberto a
comunidade, ensina a arte de se projetar um jardim não só pelo valor visual que
o mesmo possa ter, mas pelo valor ambiental, orientando a utilização de
espécies nativas que alimentam e abrigam a fauna, bem como sensibilizando para
convivência com estes pequenos animais.
Curso de Plantas
Medicinais, Aromáticas e Condimentares
___Aberto a
comunidade, ensina a produção, secagem, armazenagem, manipulação e utilização
destas plantas.
Exposições
___São realizadas em
datas e eventos comemorativos, como no caso da Semana do Índio, realizada em
abril, contendo utensílios e artesanatos de oito tribos indígenas brasileiras.
Palestras
___São realizadas e
adaptadas para diferentes faixas com os seguintes temas:
·
Agrotóxicos;
·
Ervas medicinais;
·
Resíduos sólidos;
·
Água;
·
A crise do clima;
·
Desenvolvimento sustentável;
·
Vídeo "Agressão ao Homem".
Trilhas Ecológicas
___São realizadas no
interior da mata, onde os alunos ou grupos organizados (comunidade) conhecem as
riquezas de uma floresta centenária com idade estimada em 500 anos e aprendem a importância de preservá-la.
Horto Florestal
___Assim denominado,
existe de fato desde outubro
de 1989, mas foi legalizado
em 25 de outubro de 1996.
___Com uma área de 18.400m² situado na Avenida Capão da
Canoa, 45 - Vila Bethânea.
___Fica este espaço
destinado ao uso de reprodução de essências nativas e ornamentais, destinadas
às arborizações de escolas, ruas, praças e demais logradouros públicos, com
doações destas espécies para a comunidade. Visitação pública diária.
Rio Gravataí
___Suas águas banham
o município de Cachoeirinha
delineando o limite geográfico com a capital do Estado Porto Alegre.
Rio Gravataí
CTG – Rancho da Saudade
___Localizado na
Avenida Frederico Ritter, 2626, possui área para realização de rodeios e
eventos com uma grande área verde, onde são realizados os eventos que
reúnem artistas, ginetes, invernadas e pessoas que procuram as tradições
gaúchas.
CTG
PARCÃO
___Localizado no
Parque da Matriz, parada 56.
Vista aérea
CITY PARK
Associativisvo
___Os Clubes que fizeram e fazem a tradição e
a alegria da sociedade de Cachoeirinha
em bailes, festa e eventos.
Sociedade Esportiva Cachoeirinha - SEC
___Conhecido
como "Cachoeirinha", principal clube
social da cidade, onde na década e 1970 foi instalada a “primeira piscina” da cidade.
Sociedade Regina
___Pequeno
clube localizado no triângulo.
Clube Veranópolis
___Tradicional
clube cachoeirense, com sua matinés de domingo.
Clube Fátima
___Iniciou
suas atividades na década
de 1970,
no bairro Fátima, de propriedade de Valmor Bettiato, tio deste
cronista, muitas atrações nacional estiveram no "Salão da Fátima", como era
conhecido, entre elas a cantora Vanderleia, Nelson Ned e
outros tantos.
Porque
Cachoeirinha
___A cidade é uma alternativa para as pessoas que
buscam ficar próximo a capital Porto Alegre.
___A cidade fica situada em um ponto estratégico na
região metropolitana, ponto de passagem entre os municípios que a cercam e
destino ao Litoral Norte e Santa Catarinha.
Porto Alegre vista de Cachoeirinha
Cachoeirinha é uma pequena
“Cidade Grande”.
Rota Romântica de Cachoeirinha
Os pontos
românticos no estilo Cachoeirinha
Chaveco em Cachoeirinha
Dicas, ou até mesmo, opções para passear como o “seu amor”
O dia começa com uma caminhada pelo Parcão da cidade.
Vocês podem dar algumas voltas curtindo a “beleza” da cidade tomando um bom Chimarrão.
O almoço na Galeteria Pasta Suta.
A tarde, assistir um filme romântico no Shopping do Vale e
saborear as delicias da Praça de Alimentação.
Tendo uma graninha no bolso, curta algumas horas na suíte do Motel
Sahara.
Se for falta de “verba” vá ao Motel Aconchego, a
festa é a mesma.
Para fechar a noite com “chave de ouro”, leve o seu amor
para comer na Pizzaria Krocante ou se quiserem alguma coisa mais “rústica” tem o Xis do Bascão.
Aproveite
as dicas, e Ame Muito
Cachoeirinha precisa de Amor.
Símbolos
Brasão
Bandeira
Hinos
___A cidade de Cachoeirinha possui 2 hinos municipais de datas distintas:
Primeiro Hino do Município de Cachoeirinha
Letra e Música:
Professor Odilo (conhecido como CrocOdilo) – professor de música da Escola
Pres. Kennedy - ESPOCA
Administração: Prefeito
Francisco José Rodrigues
Quinze de maio é
data tão festiva
Quinze de maio da
emancipação
De Cachoeirinha,
cidade progressista
Oh! Cachoeirinha, escuta
esta canção;
(Estribilho)
Tu és trabalho,
Tu és progresso
Tu és grandeza
Cachoeirinha
Faz ( ...) anos, tu
eras Cachoeirinha
Um lugarejo sem
muita expressão
Mas hoje todos,
aqui te admiramos
Por isso escuta
cidade, esta canção;
Segundo Hino do Município de Cachoeirinha
Letra: Josué Martins
Rodrigues
Melodia: Josué
Martins Rodrigues
Administração:
Ante o sol da
liberdade
Vem surgindo bem
constante,
Com justiça e
honridade
Cachoeirinha
deslumbrante.
Linda jóia alvissareira
Voluntária do futuro.
Corre livre em tuas veias
Um progresso bem seguro.
Cachoeirinha terra
forte,
Lindos sonhos te
esperam.
És do povo a
esperança,
Lindas flores te
despertam.
Flores vivas de trabalho
Cresces linda e bendita.
Serás sempre minha vida
Minha amada Cachoeirinha.
Dados
Geografia
___Localização no
Brasil:
29° 57’ 03” S 51° 05’ 38” O
___Unidade
Federativa: Rio Grande do Sul
Características Geográficas
Área
43,766 km²
População
119 100 habitantes (Censo IBGE/2010)
Densidade
2 721,29 hab./km²
Altitude 10
m
Clima
Subtropical Cfa
Fuso
horário UTC−3
Indicadores
IDH
0,813 elevado PNUD/2000
PIB
R$ 2 839 759,406 mil IBGE/2008
PIB per
capita R$ 24 229,41 IBGE/2008
Prefeitura Municipal de Cachoeirinha
Dados Gerais
Endereço da prefeitura |
Av. Flores da Cunha, 2207/2209
- V. Cachoeirinha |
CEP |
94.910-003 |
CNPJ |
87.990.800/0001-85 |
Telefone |
Fone: (51)3470-6622 / 3470-6920 |
Fax |
51-3439-3008 |
E-mail da prefeitura |
prefeitura@cachoeirinha.rs.gov.br |
Site da prefeitura |
portal.cachoeirinha.rs.gov.br |
Distância de POA |
11 km |
Vias de Acesso |
BR-290, RS-118 |
Ano de Criação do Município |
15/05/1966 (Lei n.° 5090/66) |
Porte Município |
Grande |
Região |
Sul |
Mesorregião |
Metropolitana de Porto Alegre |
Microrregião |
Porto Alegre |
Código do IBGE |
430310 |
Código da Famurs |
62 |
Associação |
GRANPAL |
Federação |
FAMURS |
Conselho Regional do RS -
COREDE |
Metropolitano Delta do Jacuí |
Munícipio(s) de origem |
Gravataí |
Municípios limítrofes |
Norte: Esteio e Sapucaia |
Área da unidade territorial |
43,766 km² |
Base da economia |
Comércio, Indústria e Serviços |
Padroeiro do município |
|
Gentílico |
Cachoeirinhense |
___Cachoeirinha é um município brasileiro do
estado do Rio Grande do Sul, pertence à meso-região Metropolitana de Porto
Alegre.
___Localiza-se junto
ao Rio Gravataí, no Sul do país.
___O município fica
situado em um ponto estratégico na Região
Metropolitana de Porto Alegre, com acesso facilitado aos municípios
vizinhos.
___O feriado facultativo
de Cachoeirinha é no dia 15 de Maio, data da emancipação.
___Cachoeirinha é conhecida por ter um
grande distrito industrial e ter a sede de grandes empresas de diversos ramos.
___O perfil
industrial vem se consolidando nos setores metal-mecânico, comércio, logística
e prestação de serviços.
Vegetação
___A vegetação do
município é constituída de campos, mata e mata-galerias.
___As coxilhas são
recobertas pelo capim forquilha e pastagem comum. Cachoeirinha conta com uma reserva de 17 hectares de mata nativa, com localização próxima ao Centro
da cidade. ___Outras reservas naturais encontram-se em propriedades
particulares e possuem legislação própria de proteção. O município tem ainda um
horto florestal localizado ao lado da rodovia RS-118.
Bacia do Rio Gravataí
___A bacia
hidrográfica de Cachoeirinha é
constituída pelo Rio Gravataí e seus
três afluentes. ___O rio tem suas nascentes no município de Santo Antônio da Patrulha, com área de
drenagem de 2.800 km², apresentando
vazão média de 28 m³/s, percorrendo
um total de 39 km.
Meio Ambiente
___A proteção ao meio
ambiente, sua preservação e recuperação, recebe especial atenção no município,
tanto através de ações efetivas da comunidade como do ponto de vista legal, com
a aprovação de leis e decretos.
___O Parque Municipal Tancredo Neves,
com 17 hectares de área,
possui exemplares centenários, como figueiras com mais de 300 anos, além de variados espécimes de flora e fauna regionais,
protegidos pela fiscalização.
___Parte do parque é
destinado ao Centro de Educação
Ambiental, que atua na pesquisa e produção de mudas e espécimes nativos e
na educação de crianças da rede municipal de ensino.
Saúde
Hospital Municipal de Cachoeirinha
Hospital Municipal Padre Jeremias
___Localizado no
Parque da Matriz.
UBS
UPA
Comunicações
Correios
·
Agência: AC CENTRO DAS INDUSTRIAS
Endereço: AV. DAS
INDUSTRIAS, 750
Bairro: DISTRITO
INDUSTRIAL
Município:
CACHOEIRINHA UF: RS
CEP: 94930970
Telefone: (51)
3439-2982 Fax: (51)3470-5200
E-mail:
rs02_accindustr@correios.com.br
Horário de
funcionamento
Segunda a Sexta:
09:00 às 17:00
·
Agência: AC CACHOEIRINHA
Endereço: AV. GENERAL
FLORES DA CUNHA, 1330
Bairro: VILA IMBUHY
Município:
CACHOEIRINHA UF: RS
CEP: 94901970
Telefone: (51)
3471-7181 Fax: (51)3470-4476
E-mail:
rs02_accachoeir@correios.com.br
Horário de
funcionamento
Segunda a Sexta:
09:00 às 17:00
·
Agência: ACF FLORES DA CUNHA
Endereço: AV. GEN.
FLORES DA CUNHA, 733
Bairro: VILA
VERANOPOLIS
Município:
CACHOEIRINHA UF: RS
CEP: 94910970
Telefone: (51)
3470-1356 Fax: (51)3471-8214
E-mail:
acfflores@terra.com.br
Horário de
funcionamento
Segunda a Sexta:
09:00 às 18:00
Horário de almoço:
Sábado: 09:00 às
12:00
Telecomunicações
Fixa – Móvel (2011)
Brasil Telecom
Brasil Telecon
Claro
Tim
Vivo
Canais de TV
___Que abrangem o
município (2011):
CNT canal 46
MTV canal 14
RBSTV canal 12
Rede 21 canal 40
Rede Bandeirantes
canal 10
Rede Mulher canaol 18
Rede TV canal 55
Rede Vida canal 20
RIT canal 42
Sbt canal 5
Tve canal 7
TVCOM canal 36
Tv Guaíba canal 2
Tv Pampa canal 4
TV Ulbra canal 48
Rádios
___Que abrangem o
município (2011):
Rádio Metrópole AM
1570 KHz
Av. Flores da Cunha,
4402 cj 303
Fone/Fax: (51)
3469-3003
Nota:
- O município é abrangido pelas rádios de Porto Alegre.
Jornais
___Que circulam no
município (2011):
·
A Notícia do Vale
Av. Flores da Cunha,
580 - cj. 1008
Fone: (51)
439-2207/Fax: (51) 470-2293
94910-000
Cachoeirinha/RS
anoticiadovale@uol.com.br
·
Diário de Cachoeirinha
Rua Dona Cecília, 141
- Parada 51
Fone: (51) 3041-2301
CEP 94935-130
Cachoeirinha/RS
diario@diariodecachoeirinha.com.br
·
Jornal de Cidade
Periodicidade:
SEMANAL
Av. Flores da Cunha,
580 - sala 1102
CEP: 94910-000
Fone: 051-3470-6628
E-mail:
j.cidade@ig.com.br
·
Jornal de Cachoeirinha
Periodicidade:
SEMANAL
Av. Dorival de
Oliveira, 6626 CEP: 94070-000
Fone: 051-3471-4008
E-mail:
comercial@correiodegravatai.com.br
cachoerinha@jornaldecachoerinha.com.br
·
Jornal ZN
Av. Frederico Ritter,
163 - sl.201
Fone/Fax:(51)
3471-4008
94901-970
Cachoeirinha/RS
jcachoerinha@uol.com.br
·
Momento Regional
Periodicidade:
QUINZENAL
Av. Flores da cunha,
1891/305 CEP: 94910-003
Fone: 051-3470-4100
E-mail:
momentoregional@terra.com.br
___Jornais da região:
·
Correio de Gravataí
·
Correio Rio-grandense, Caxias do Sul
·
Gazeta Popular
·
Folha do Nordeste
·
Correio do Povo, Porto Alegre
·
Diário Gaúcho, Porto Alegre
·
Jornal O Sul, Porto Alegre
·
Jornal do Comércio, Porto Alegre
·
Zero Hora, Porto Alegre
Religião e Religiosidade
___A população é predominantemente
católica/cristã, convivendo de forma harmônica com todos os demais segmentos
religiosos.
Católica
Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem
___Junto a Ponte do Rio Gravataí, parada 46, na entrada da
cidade, a nova paróquia foi erguida na década
de 1990.
Altar
Igreja Matriz São Vicente de Paulo
___Localizada na Praça Cônego Pedro Wagner, que
semanalmente recebe centenas de fiéis, especialmente em ocasiões
festivas.
Imponência da Igreja Matriz
Um dos monumentos de Cachoeirinha
Igreja Matriz no Natal
Igreja Santa Luzia
Evangélica
Igreja Evangélica Betel
___Rua Lídio Batista
Soares, 345, bairro Quitandinha, prédio histórico para a cidade.
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
___Rua Guaraní,
Templo Mormon
___Avenida Brambilla,
Fachada
Ritos Africanos
Centro de Umbanda Reino de Ogum Megê
___Rua Rui Ramos,
Fé em Cachoeirinha
___A Fé em Cachoeirinha pode ser capaz de remover montanhas.
Procissão à Nossa Senhora
Procissão à São Cristóvão
Missa de posse de Dom Alessandro na Igreja Matriz
Tradicional tapete para a Procissão de Corpus Cristi
Educação
___Escolas
municipais, estaduais e particulares são responsáveis pelo ensino de milhares
de crianças e jovens.
___Cumprindo os
preceitos constitucionais, Cachoeirinha priorizou
em sua rede o ensino fundamental, onde está inscrita a grande maioria dos
alunos, distribuídos em:
·
20 escolas municipais (2011).
Educação Infantil
Centro de Atenção Integrada à Criança – CAIC
Primeiro Grau:
·
15 escolas municipais,
·
08 particulares.
Segundo Grau:
·
07 escolas estaduais,
·
03 particulares são responsáveis pela seqüência do
ensino, oferecendo cursos técnicos, profissionalizantes.
ESPOCA - Escola Polivalente Pres. Kennedy
Ensino Superior:
___A cidade
conta com 01 faculdade particular.
___A proximidade de Cachoeirinha com outras cidades permite
o fácil deslocamento de estudantes para cerca de 11 universidades.
Faculdade CESUCA
Mobilidade
___Cachoeirinha está situada em um ponto
estratégico na região metropolitana do Estado com proximidade da Capital
Gaúcha.
___Tem, como vias de
acesso, a RS-020, RS-118, a BR-290 (Freeway) e a BR-116.
Estação Rodoviária
___Cachoeirinha nunca possuiu uma Estação Rodoviária, mesmo tendo linhas
intermunicipais de curso médio passando pela RS-030 e linhas de longo percurso pela BR 290 (Freeway), pela
proximidade da cidade com Porto Alegre e Gravataí que possuem Estação Rodoviária.
___Desde a instalação
da ponte de ferro em
1925, e a partir da década de 1930, as primeiras jardineiras seguiam para
o litoral Norte, ainda por estrada de terra.
UNESUL
___Em Cachoeirinha a parada 51 junto ao Posto
Shell, desde o início era o principal “ponto de embarque” para o Litoral Norte, principalmente Unesul.
Até 1973, todas as linhas para o Norte do País
seguiam pela RS-030 (Avenida Flores
da Cunha) e passavam por dentro de Cachoeirinha.
___As linhas da Unesul, Citral e Miraguaia
paravam em todos os pontos, somente os diretos não paravam.
___As linhas de longo
percurso para outros estados, saiam de Porto Alegre e paravam somente em Osório
e Torres, na rodoviárias da cidade.
Ruas e Avenidas
Rodovia: RS-030
___Começa no final da
Avenida Assis Brasil, no limite de
Porto Alegre com Cachoeirinha, na
ponte sobre o Rio Gravataí,
atravessa o município de Sul a Norte.
·
Tráfego/dia: 9 mil veículos
(chega a 12 mil em fins de semana de
Verão)
·
Quem utiliza: - Moradores de Cachoeirinha
e Gravataí, veranistas de Tramandaí a Torres - que deixam a Freeway para não
pagar pedágio - e usuários da RS-020
vindos de Taquara e São Francisco de Paula.
·
Pontos Positivos: - Boa pavimentação e atendimento aos pedestres, com
faixas de segurança e passeios pavimentados.
·
Pontos Negativos: - Sinalização horizontal com falhas.
Avenida General Flores
da Cunha
___A principal artéria de Cachoeirinha,
desde caminho, estrada e avenida, concentra a administração, comércio e
serviços da cidade.
Avenida Flores da Cunha
Tradicional engarrafamento de fim de tarde
Avenida Flores da Cunha
Nova Avenida Flores da Cunha, projeto Mato do Júlio
Rodovia BR 290 – Porto Alegre – Osório (Freeway)
___Construída na década de 1970, foi um marco para Cachoeirinha, cidade que acompanhou
toda a sua construção.
Freeway sobre neblina
Rodovia RS-118
Duplicação da ERS-118 – 2012
Estrada do Ritter
___Avenida Frederico Augusto Ritter
Estrada do Ritter, junto a Avenida Flores da Cunha
Avenida Flores da Cunha, esquina Estrada do Ritter
Mobilidade – Ônibus
Transporte Coletivo Intermunicipal
Linhas Intermunicipais
GRAVATAIENSE
Na década de 1930, a empresa Gravataiense de Gravataí, foi a “primeira empresa de ônibus” a efetuar a ligação então com a Vila de Cachoeirinha, na época distrito
de Gravataí, com a linha:
·
Gravataí – Porto Alegre, via Cachoeirinha
___A linha saia de
Gravataí, passando por Cachoeirinha,
seguindo para Porto Alegre via Avenida
Assis Brasil e Avenida Farrapos
até o Centro e depois no terminal na Praça
Rui Barbosa e sua grande paineira.
Linha Intermunicipal Cachoeirinha/ Porto Alegre
SOGIL
___Com o aumento da
população a SOGIL – Sociedade de Ônibus
Gigante Ltda, passou a fazer a linha com saída de Cachoeirinha da parada 59
até Porto Alegre na Praça Rui Barbosa.
·
Cachoeirinha – Fátima/ Porto Alegre
Na década
de 1970, a SOGIL operava as
ligações:
·
Cachoeirinha/ Fátima – Porto Alegre
·
Gravataí/ Cachoeirinha – Ponte
Linha
intermunicipal Cachoeirinha/Gravataí – Ponte
RÁPIDO
CACHOEIRINHA
EXPRESSO
CACHOEIRINHA
No início dos anos
1980, novas empresas no
mercado, linha Cachoeirinha/Gravataí – Ponte:
·
Rápido Cachoeirinha
·
Expresso Cachoeirinha
___Estas linhas operaram
por quase um ano, até que a SOGIL
investiu e retomou a linha Gravataí/
Cachoeirinha – Ponte.
Ônibus linha Ponte
Linha
intermunicipal Cachoeirinha/ Porto Alegre
VICASA
Na década
de 1980, a SOGIL perdeu a
concessão da linha intermunicipal Cachoeirinha/
Porto Alegre para a VICASA – Viação Canoense S/A, de Canoas.
Executivo
Linha
intermunicipal Cachoeirinha/ Porto Alegre
TRANSCAL
Na década
de 2000, a VICASA transferiu a
concessão da linha intermunicipal Cachoeirinha/
Porto Alegre para a nova empresa TRANSCAL – Transporte Canoense
Ltda, de Canoas.
Executivo
Linha intermunicipal Taquara/ Porto Alegre, via
Cachoeirinha
CITRAL
A CITRAL S.A. (Comercial, Importadora Transportes,
Representações e Acessórios Ltda), surgiu da fusão das companhias Dreher & Borges Ltda e Benetti & Cia., cuja razão
social era Real e Rex, empresas que faziam as linhas
entre as cidades gaúchas:
·
Taquara-Santo Antônio da Patrulha;
·
Taquara-Rolante-Riozinho;
·
Taquara-Porto Alegre, via Cachoeirinha
e Morungava (Gravataí), com seus ônibus mais confortáveis, mas com a tarifa
mais cara.
Linha intermunicipal Santo Antonio da Patrulha/
Porto Alegre, via Cachoeirinha
UNESUL
Fundada
em 1964, a UNESUL DE TRANSPORTES LTDA é o resultado da
segmentação dos serviços de transporte coletivo de passageiros, da empresa União Erechim de Transportes Ltda, que
vinha realizando desde a década
de 1940 a operação das linhas entre Porto Alegre, Passo Fundo, Erechim e
Caxias do Sul e dessas cidades para o Oeste de Santa Catarina e Paraná e
litoral Norte do Rio Grande do Sul.
___A nova empresa sem
se descuidar do foco inicial, eleito pelos pioneiros, que era dar suporte à
onda migratória dos gaúchos que buscavam novas fronteiras agrícolas, fora do
Rio Grande do Sul, buscou sempre a expansão dos seus serviços e negócios.
___A nova sociedade,
na sua fundação em 30 de setembro de 1964, dispunha de 65 ônibus.
Cachoeirinha – UNESUL
___Os veranistas de Cachoeirinha, para o litoral Norte, a partir
da cidade de Tramandaí, embarcavam na própria cidade, na "Faixa" (Avenida Flores da Cunha), RS-030 com destino as praias em ônibus
da UNESUL.
Mobilidade – Ônibus
Transporte Coletivo Municipal
___Cachoeirinha inicia a concessão do
serviço de transporte coletivo municipal que era servida apenas com linhas
vindas de Gravataí para Porto Alegre da SOGIL.
Linhas Municipais
Linha Municipal Fátima/ Ponte
SOPAL
Na década
de 1970, a primeira empresa a operar o transporte municipal de Cachoeirinha entre os bairros e o
Centro até a Ponte, foi a empresa SOPAL – Sociedade de Ônibus
Porto-alegresense Ltda, de Porto Alegre.
___Iniciou fazendo a
única linha:
·
Fátima – Ponte até o CADOP
___A SOPAL colocava na linha municipal de Cachoeirinha os ônibus que saiam de
circulação das suas linhas urbanas em Porto Alegre.
___Novas linhas foram
incorporadas:
·
Interior 1 e 2 – Ponte
VICASA
Na década de 1980, com a saída da SOPAL, assumiu a VICASA – Viação Canoense S/A que
já operava a linha intermunicipal de Cachoeirinha/
Porto Alegre e a linha Parque da
Matriz em Gravataí.
___A linhas operadas:
·
Fátima/ Ponte
·
Interior 1
___Depois novas
linhas foram incorporadas:
·
Nair/ Ponte
·
Parque da Matriz/ Ponte
·
Granja/ Fonte
Micro-ônibus
VICASA
Na década
de 2000, a VICASA implantou o
serviço de lotações, ônibus menores, para adequar a demanda do município.
Licitação do Transporte Coletivo Municipal
Em 2008, o Município
de Cachoeirinha abriu processo licitatório, sob a modalidade de
concorrência pública, com o objetivo de outorgar a concessão destinada a
prestação de serviços de transporte coletivo urbano de passageiros, adotando
mesmo critério de julgamento, a maior oferta pela outorga da concessão com o de
melhor técnica, nos termos do inciso VI,
do artigo 15º da Lei 8987/95.
Mobilidade – Briga entre STADTBUS e TRANSCAL
Em 12 de dezembro
de 2008, após a análise dos envelopes de proposta técnica, a comissão
especial declara vencedora a proposta da empresa TRANSCAL levando em consideração a diferença do ano da frota
ofertada.
Em 19 de dezembro
de 2008, a empresa STADTBUS entrou
com recurso administrativo, quanto a decisão da comissão especial alegando que
ela obteve a mesma pontuação da TRANSCAL
e que o ano da frota não deveria ser considerado como desempate.
Em 31 de dezembro
de 2008, o prefeito José Stédile acolhe o posicionamento da
comissão que declarou a empresa TRANSCAL
vencedora do procedimento.
Em 05 de janeiro de
2009, o prefeito Vicente Pires homologa o processo à
empresa TRANSCAL.
Em 08 de janeiro
de 2009, a empresa STADTBUS obtém
antecipação de tutela na Justiça e suspende a assinatura do contrato.
Em 27 de fevereiro
de 2009, a Procuradoria Geral do
Município tomou conhecimento que a limitar foi revogada pelo Judiciário.
Em 19 de junho
de 2009, a comissão especial decide por suspender a assinatura do contrato
tendo em vista os processos na Justiça.
Em 29 de junho
de 2009, a TRANSCAL solicita à
comissão reconsideração da decisão de não assinar o contrato.
Em 21 de julho
de 2011, a comissão especial acatou a decisão do prefeito Vicente Pires de realizar o sorteio, o
que foi aceito pelas duas empresas.
Em 01 de agosto de
2011, foi realizado o
sorteio de números para cada empresa que ficaram na espera do resultado da Loteria Federal.
Mobilidade – STADTBUS Vencedora
Em 03 de agosto de
2011, o último número do
primeiro prêmio da Loteria Federal,
o número 2, deu vitória para a STADTBUS.
Em 04 de outubro
de 2011, a STADTBUS, empresa de
Santa Cruz do Sul que venceu a licitação do transporte coletivo municipal pela Loteria Federal, vai assinar o contrato
de concessão de 10 anos, no gabinete
do prefeito Vicente Pires, em
horário a ser definido.
___A empresa cumpriu
com todas as exigências do edital de licitação.
___Depositou R$ 1 milhão, que deverão ser empregados
nas novas paradas de ônibus nos bairros, e já comprovou a aquisição dos
coletivos.
___Assinado o contrato,
começa a correr o prazo de 60 dias
para ela assumir as linhas municipais. Cachoeirinha
ganha 44 ônibus coletivos novos,
sendo 10 com ar-condicionado, e
ainda 30 lotações.
___O serviço mantido
pela atuais lotações, em princípio, ainda continuará. A direção da STADTBUS somente falará à imprensa
sobre contratação de pessoal e transição com a VICASA depois de assinar o contrato.
___A Stadtbus, de Santa Cruz do Sul atua em 14 municípios gaúchos.
Mobilidade – STADTBUS
___A Stadtbus, sediada em Santa
Cruz do Sul, é uma empresa em que a política de qualidade e a melhoria
contínua refletem-se na mente de cada um dos seus colaboradores. A inovação
constante gerada por soluções tecnológicas e a evolução permanente de produtos
e serviços, a busca de clientes cada vez mais satisfeitos e um meio ambiente
preservado com suas ações são os objetivos da Stadtbus. Considerada como
referência em transporte coletivo no Estado, a empresa conta com uma equipe de
mais de 300 profissionais e uma
frota de mais de 130 ônibus. Presta
serviços em 14 cidades, sendo a
maior empresa de transporte urbano dos Vales do Rio Pardo, Taquari e Jacuí.
Veículos com motores ecológicos, mais eficientes e menos poluentes, adaptados
de acordo com os padrões de acessibilidade, e inovações como internet dentro do
ônibus, suporte para bicicletas, máquina de lavagem que recicla a água para o
seu reaproveitamento na limpeza da frota, entre outras iniciativas de cunho
social e ambiental, mostram o respeito da empresa pelas comunidades em que
atua.
Em 2010, ano do seu vigésimo aniversário, a Stadtbus incorporou à sua frota 30 ônibus novos, movimentando ainda
mais a economia da comunidade. Levando com orgulho seu nome germânico pelo
Brasil, a Stadtbus é uma importante
geradora de renda e de empregos, fazendo com que a sua força estimule o
fortalecimento de todos que estão ao seu redor.
Passeata da nova frota pela Flores da Cunha
Em 02 de dezembro
de 2011, o prefeito Vicente Pires em entrevista coletiva,
que não pretende desistir de implantar seis linhas de lotações experimentais
por até um ano. Sem polemizar as afirmações do diretor da Stadtbus, ele
argumenta que o empresário está no direito de questionar, mas destacou que cabe
ao município gerir e tomar decisões relativas ao transporte coletivo, que é uma
concessão pública.
___Segundo Vicente, as linhas não vão trazer
prejuízos para a Stadtbus e ela
própria poderá participar do processo de seleção. “A licitação vencida pela Statdbus é de 2008 e na época alguns bairros nem existiam. Precisamos
atender essas pessoas”, destaca, salientando que se as linhas forem viáveis, ao
final de um ano, será aberta uma licitação. “E ela poderá participar”, afirma. Outro aspecto ressaltado por Vicente é que a licitação vencida pela
empresa de Santa Cruz do Sul em nenhum momento garantia exclusividade a ela. “Não existe feldo algum em Cachoeirinha. Feudo é monopólio e
somos contra. A própria Lei Orgânica
do município, no seu artigo 142, proíbe monopólios nas concessões de serviços.
Então, estamos colocando em primeiro plano o interesse da comunidade. Desde que
a Stadtbus venceu a licitação não
nos demos por satisfeitos. Defendemos a concorrência porque ela traz melhores
serviços”.
Mobilidade – TRANSCAL
Em 30 de dezembro
de 2011, a Transcal, operadora do
transporte intermunicipal é a maior empregadora do município no setor privado,
com 450 funcionários atuando nas
unidades de Cachoeirinha e
Morungava, anunciou a incorporação de 17
novos coletivos à sua frota, sendo 10
executivos, cinco comuns para a cidade e dois para Morungava.
___Todos os carros
comuns são adaptados para portadores de deficiência e os executivos possuem ar
condicionado.
Em 2011, a empresa já havia adquirido 15 ônibus novos e realizou a
implantação do seriviço seletivo com cinco ônibus com “ar condicionado, internet e
televisão”.
___Nesta última leva,
explica o gerente Pedro Bessa, sete
carros são para renovação da frota. Para 2012, revela, está no planejamento a expansão do serviço seletivo. Bessa explica que todas as ampliações
em linhas, itinerários e horários sempre dependem de negociações com a Metroplan, órgão do governo do Estado
responsável pelo transporte intermunicipal, e com base na demanda.
Mobilidade – Ciclovia
___
Mobilidade – Calçadas e Calçamento
___
Paradas
___As paradas de ônibus foi e continua sendo
o ícone de localização dentro da cidade de Cachoeirinha,
principalmente no eixo da Avenida Flores
da Cunha.
___A numeração
antiga, iniciava no Centro de Porto Alegre, sendo a parada 1 o Terminal Rui
Barbosa, e as demais paradas até a ponte do Rio Gravataí, onde inicia como se conta a parada 46 da Igreja da Boa
Viagem, e continua sobre Gravataí, Glorinha, Santo Antonio da Patrulha e
Osório, por toda a extensão da RS-030.
___Durante o tempo as
paradas desde a ponte foram deslocadas de seu lugar original por vários
motivos, ou duplicadas como 50 A, e 51 A, que já não existem.
___Numeração dentro
do Município de Cachoerinha:
Parada 46 – Igreja da Boa Viagem
Parada 47 – Posto Texaco
Parada 48 – Avenida das Torres
Parada 49 – Prior
Parada 50 – Unibanco
Parada 51 – Linck
Parada 52 – Esquina Rua Tupi
Parada 53 – Prefeitura
Parada 54 – Subida – Estancia Baptista
Parada 55 – Topo – Mato do Juca
Parada 56 – Parque da Matriz
Parada 57 – Casa do Leite
Parada 58 – Atual Shopping do Vale
Parada 59 – Igreja de Fátima
Demografia
___Na década de 1970, Cachoeirinha
foi um dos municípios gaúchos com maior crescimento populacional.
Em 2010, a cidade conta com 117.203 habitantes que se dividem em 43,7 km² de área territorial.
___A maioria absoluta
da população mora na zona urbana, com apenas 700 moradores na chamada zona rural.
Bairros de Cachoeirinha
ANAIR
ASSUNÇÃO
AVERONICE
BOM PRINCÍPIO
CACHOEIRINHA
CANARINHO
CARLOS WILKENS
CEDIC
CENTRO
CITY FASE NOVA
CITY NOVA
CITY VELHA
COHAB
DISTRITO INDUSTRIAL
RITTER
EUNICE NOVA
EUNICE VELHA
FÁTIMA
Igreja Santa Luzia
GRANJA ESPERANÇA
IRGA I
IRGA II
JARDIM BEIJA FLOR
JARDIM BETÂNIA
Início da Vila Bethania
JARDIM DO BOSQUE
JARDIM MAUÁ
JARDIM VITÓRIA
MARECHAL RONDON
Marechal Rodon
Viaduto sobre rodovia RS-118 – Marechal Rondon
MEU RINCÃO
NAVEGANTES
NOVA CACHOEIRINHA
NOVA
CANARINHO
NOVA GRANJA
OLARIA
PARQUE BRASÍLIA
PARQUE DA MATRIZ
Parcão, Parque da Matriz, ao lado Mato do Juca
PARQUE ESPIRITO SANTO
PARQUE FLORIDO
PARQUE SILVEIRA
MARTINS
PARQUE TANCREDO NEVES
PRINCESA ISABEL
QUITANDINHA
Avenida Flores da Cunha, prédio da antiga Farmácia Oliveira
SANTO ÂNGELO
SÍTIO IPIRANGA
SÍTIO TÚNEL VERDE
VALE DO SOL
VERANÓPOLIS
VILA CACHOEIRINHA
VILA CITY
VILA DA PAZ
VILA IMBUHY
VILA JARDIM AMÉRICA
VILA MÁRCIA
VILA MONTE CARLO
VILA NOVA
VILA PONTA PORÃ
VILA REGINA
VILA S. MARTINS
VILA VELHA
VISTA ALEGRE
Pórtico transferido para dentro da cidade
Segurança
Guarda Municipal
___Desde ....., Cachoeirinha instalou a Guarda Municipal.
Nova sede da Guarda Municipal - 2011
Central de Monitoramento
Personalidades
___Pessoas notórias e
honradas, nascidas em Cachoeirinha
ou nascidas em outras localidades, ligadas biograficamente à cidade:
A
Alberto Bins (1869/1957) – Agro-pecuarista em Cachoeirinha
Alberto Bins - 1940
___Filho de alemão,
Alberto Bins foi um dos mais importantes industriais porto-alegrenses (Cofres
Berta, União de Ferros e Estaleiro Bins).
___Presidente da Associação Comercial de Porto Alegre,
um dos fundadores do Banco
Pelotense, da Varig – Viação Aérea
Rio-Grandense e do Sindicato do Arroz,
vice-intendente de Porto Alegre (1924 a 1928) e intendente (prefeito) de
Porto Alegre (1930 a 1937).
___Organizou a Exposição Farroupilha em 1935 e após
este evento, transformou a área no Parque
Farroupilha (Redenção).
___Proprietário da Granja Progresso, um complexo
agropecuário de 750 hectares em
Cachoeirinha.
Em 1937, retirou-se da política, com a
decretação do Estado Novo, pelo presidente Getúlio
Vargas, passando somente a gerenciar seus negócios.
___Porto Alegre
homenageou seu ex-prefeito substituindo o nome da Rua São Raphael por Avenida
Alberto Bins (uma das avenidas mais movimentadas da capital).
“... A história de Alberto Bins como Intendente que substitui Rocha
começou em fevereiro de 1928. Foi em sua Granja Progresso que Bins
recebeu a convocação de Borges para que assumisse a Intendência, dada a sua
condição de Vice Intendente e o falecimento de Otavio Rocha...”
Trecho do livro Sociedades Ibero-Americanas: reflexões e pesquisas
recentes, Arno
Alvarez Kern (org.), Coleção História 35, EDIPUCRS.
C
Carlos Luciano da Silva (Mineiro) – Jogador de futebol.
Carlos Luciano da Silva
Cátia Owicki – Atleta de Patinação Artística.
Cátia Owicki
D
Daniela Cecconello – Modelo.
Daniela Cecconello
E
Ermelindo Lottermann – Pároco da Igreja São Vicente de Paulo.
Ermelindo Lottermann
F
Francisco de Medeiros
___O prefeito mais famoso da cidade, conhecido como
o "O
Gaiteiro" como gostava de ser chamado.
___Era muito querido pela população carente da cidade.
Medeiros foi vereador, prefeito por
duas vezes e deputado estadual pelo PMDB, realizou diversas obras no município,
entre as principais estão:
·
Dique,
que é responsável por evitar que as águas do Rio Gravataí inundem os bairros da Região I, e
·
Duplicação da ponte na entrada da
cidade e onde ocorreu o acidente que o vitimou, e que hoje leva seu nome como homenagem.
Francisco de Medeiros
Arquivo Isabel Medeiros
J
JPM, empresário, consultor, cronista, modelista e ferromodelista.
JPM – 1977
L
Seu Lindolfo, fundador do Colégio
M
Miki Breier – Deputado Estadual, prefeito eleito.
Miki Breier
Nota:
_ Este cronista que vos narra, foi amigo de infância de Miki, quando tínhamos na faixa de 10
anos, brincando de espadas com um pedaço de sarrafo acertei seu olho, ele
morava na esquina da Rua Clóvis Pestana, minha mãe me levou para casa e claro a
“surra”.
P
Paulo Borges – apresentador de televisão e Deputado Estadual.
Paulo Borges
O
Oswaldo Camargo – Vereador.
R
Rodrigo José Galatto (Goleiro) – Jogador de futebol.
Rodrigo José Galatto
Rui Teixeira
Rui Teixeira
___Teve grande
atuação política nas cidades de Gravataí e Cachoeirinha.
Na década de 1950, foi vereador pelo distrito de Cachoeirinha e chegou a ser
vice-prefeito do município de Gravataí na gestão de Dorival Cândido Luz de Oliveira (1964-1968).
___Atuou e muito para
a emancipação de nossa cidade, no último ano de seu mandato como vice-prefeito
de Gravataí, Rui Teixeira se tornou
o “primeiro prefeito”
de Cachoeirinha.
___Eleito por voto
direto, sua gestão durou somente seis meses, sendo cassado no período da Ditadura Militar.
Z
Zé Louco ou Loko
José da Costa
___Mais conhecido por
Zé Loko, talvez a maior expressão de
que tudo pode em Cachoeirinha.
___A sua correria
pelas calçadas da Avenida Flores da Cunha.
- Zé Loko Sabe!
- Zé Loko Vê!
JZH
Solange Pires Muller
Mirian Rejane Cidade
Artur Cidade
Marlene Pires Betiatto
Thulyo Muller Maciel
Vicente Muller
Jacob Muller
Antonieta Magdalena Muller
Silvio Antônio Muller
Iara Bauer Pires
Rubem Cidade
Selma Cidade
Robson Claudionor Cidade (Tata)
Marlene Pires Betiatto
Valmor Betiatto
Política
Prefeitura
___O Poder Executivo do município de Cachoeirinha é representado pelo Prefeito e seu Gabinete de Secretários, seguindo o modelo proposto pela “Constituição Federal”.
Nova Programação Visual – 2011
Administrações
Prefeitos de Cachoeirinha
·
Francisco Valls Filho (15/05/1966 - 31/01/1968), escolhido como interventor.
·
Rui da Silva Teixeira (31/01/1968 - 02/07/1969), primeiro prefeito eleito pelo voto
popular.
·
Aury de Oliveira (01/09/1969 - 31/03/1973), por problemas políticos, Rui Teixeira foi destituído do cargo e
assumiu em seu lugar o interventor.
·
Alécio Caetano Goulart (2/07/1969 - 01/09/1969 e 31/01/1973 - 31/01/1977) governou a
cidade por duas vezes.
·
Francisco José Rodrigues (31/01/1977 - 31/01/1983), o famoso “Chico”, em sua gestão foi urbanizada a Avenida
Flores da Cunha com a duplicação e construção do calçadão da ponte a parada
51.
·
Francisco de Medeiros (31/01/1984 - 01/01/1989), músico, governou a cidade em outra
oportunidade (01/01/1993 - 24/07/1994), tendo falecido no exercício do cargo,
vítima de um acidente de trânsito.
·
Gilso de Almeida Nunes (01/01/1989 - 31/12/1992), sucessor de Francisco Medeiros e entregou o cargo para o mesmo anos depois.
·
Maurício Medeiros Tonolher (25/07/1994 - 31/12/1996), que era vice e sobrinho do antecessor,
substitui Francisco Medeiros após o
acidente automobilístico.
·
Valdecir Mucillo (01/01/1997 - 31/12/2000) foi o sucessor de Maurício Tonolher.
·
José Luiz Stédile assumiu em 01/01/2001.
·
Luiz Vicente da Cunha Pires – PSB (2009–2012)
Câmara
___O Poder Legislativo é representado pela Câmara de Vereadores, composta por 11 vereadores eleitos para cargos de
quatro anos.
___Cabe à Câmara elaborar e votar leis
fundamentais à administração e ao Executivo,
especialmente o orçamento municipal.
Câmara de Vereadores de Cachoeirinha
Poder Judiciário
Fórum
___
Orçamento Participativo – OP
___
Política Nacional
___Nas
eleições 2010, Cachoeirinha "mudou o voto"
em relação ao primeiro turno e deu vitória a José Serra com 53,45%
dos votos contra 46,54% de Dilma Rousseff.
___Na eleição do
domingo, 76.395 eleitores
compareceram às urnas, enquanto 16.090
não votaram. A abstenção, desta forma, ficou em 17.36%, abaixo da média nacional. José Serra fez 38.746
votos em Cachoeirinha enquanto Dilma
ficou com 33.602 votos.
___No primeiro turno,
Dilma Rousseff venceu em Cachoeirinha com 32.901 votos. José Serra
ficou com 28.669. A abstenção no
primeiro turno foi de 13,10%, ou
seja, dos 92.483 eleitores aptos a
votar 80.371 compareceram às urnas.
___Numa comparação
entre os dois turnos é possível concluir que Serra levou os votos de Marina
Silva, Plínio e outros
candidatos. Dilma conseguiu apenas 701 votos a mais em relação a que tinha
obtido no primeiro turno.
Liberdade e Expressão
___Cachoeirinha vive, respira liberdade e opinião, desde a luta pela
sua emancipação do “município mãe” Gravataí.
Passeata de Mulheres em luta pelos seus direitos – 2011
Cachoeirinha
Por Imagens
Cachoeirinha Antigamente
Loja Manlec, parada 51 em frente à Rua Guaraní
Avenida Princesa Izabel – anos 1980
Avenida José Brambila – anos 1980
Estrada Frederico Ritter
Porto de Areia
As primeiras sinaleiras instaladas em Cachoeirinha
Junta Militar e o prédio ao lado do Rei do Mocotó
Anos 1980
Porto de Areia – anos 1990
Anos 1990
1991
Micro ônibus Agrale da Brigada Militar estacionado na esquina da Rua
Cel. João Batista com Av. Flores da Cunha. Ao fundo a loja J.H. Santos e o
prédio da CRT
Cachoeirinha Contemporânea
Vista aérea
Vista área das 3 novas pontes
Segundo arranha-céu de Cachoeirinha, Calçadão, parada 47 – década de
1990
Vila Eunice
Vista
Vista
Centro (antiga Vila Eunice)
Vista aérea avenida Flores da Cunha
Centro
Centro
Parada 52
Parada 52
Supermercado Nacional (antigo Atacado Sbardelotto e Supermercado Real o
primeiro supermercado de Cachoeirinha)
Campo da SEC - Sociedade Esportiva Cachoeirinha
OAB – Cachoeirinha
Logística da rede Ponto Frio na Estrada do Ritter
Cemitério Municipal de Cachoeirinha
Estrada do Ritter
Rampa de acessibilidade ao Cemitério Municipal
Estrada do Ritter
Cemitério Memorial da Colina
Cemitério Parque, na Estrada do Ritter
Shopping do Vale
Shopping do Vale
Corredor do Shopping do Vale
Cinema do Shopping do Vale
Boate Século XX – Parque da Matriz
City Park – Parque das Águas
Sol
Calor
City
Park
Neblina
Frente
Fria
Chuva
Tempestade
Avenida Flores da Cunha
Pórtico Entrada
Google Maps - Cachoeirinha
Cachoeirinha à Noite
Pórtico ao entardecer
Shopping do Vale à noite
Centro à noite
Viaduto da Freeway - Protesto da Brigada Militar – 2011
Cachoeirinha é tudo isso!
Referências
Textos e Pesquisa
Blog Cachoeirinha
Blog Leal e Valerosa
Coluna Silvestre
Acervo Jacob Muller
Delcio Melo –
Histórias e Imagens de Cachoeirinha
Confederação
Nacional de Municípios
Prefeitura Municipal
de Cachoeirinha.
Divisão Territorial
do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (01 de julho de 2008).
IBGE (10 out. 2002).
Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02).
Página visitada em 05 dez. 2010.
Censo Populacional
2010. Censo Populacional 2010.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de
2010).
Ranking decrescente
do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000).
Produto Interno Bruto
dos Municípios 2004-2008.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Confederação Nacional
de Municípios.
Prefeitura Municipal
de Gravataí.
Portal do Vale.
Pinto Bandeira, de
Darcy Azambuja, 1938.
A Família Pinto
Bandeira, de Mário Teixeira Carvalho, 1940.
História do Rio
Grande do Sul, Período Colonial, de Guilhermino César, 1970.
A vida de Raphael
Pinto Bandeira, de Alcides Cruz, 1906.
Enciclopédia da
Música Brasileira, 1977.
Dominação Espanhola
no Rio Grande do Sul, de Jônathas da Costa Rego Monteiro, 1974.
Rio Pardo na
Simbologia Rio-Grandense, de H. Canabarro Reichardt, 1979.
Povoamento do Rio
Grande de São Pedro e a Contribuição da Colônia do Sacramento, de Carlos G.
Rheingantz, 1979.
Notas à Margem da
História do Rio Grande do Sul, de Riograndino da Costa e Silva, 1968.
Construtores do Rio
Grande, 1963.
O Rio Grande e o
Prata: Contrastes, de Moysés Vellinho, 1962.
Wikimédia
Disponível em: http://www.cachoeirinha.rs.gov.br/portal/index.php/a-cidade/historico
'Calendário
Histórico Cultural do Rio Grande do Sul', publicação do Instituto Estadual do
Livro-RS, governo de José Augusto Amaral de Souza (15.03.1979/15.03.1983).
Imagens
Portal:
www.cachoeirinhars.com.br
Site: Defesa Civil do
Patrimônio Histórico
Acervo
Internet
Wikimédia
http://pontesdamemoriars.blogspot.com/p/a-casa-dos-batistas.html
https://www.diariocachoeirinha.com.br/noticias/regiao/2022/02/04/centro-das-industrias-de-cachoeirinha-completa-41-anos.html
https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2021/02/liberacao-de-novo-acesso-da-freeway-atende-demanda-de-decadas-em-cachoeirinha-ckl8fyfbq005j017wka2sdzhv.html
Renato Domingos
Bah que show
trabalhei lá com 12 anos fiquei 2 anos agendava ficha para o Dr.Jaime kahan
donos farmácia Sr. Oscar e dona dorcina chamavam de dona bichinha saudades
Nenhum comentário:
Postar um comentário